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História O Espírito Azul e a Dama Pintada - Livro 7: Verdade - Capítulo 8


Escrita por: Enora

Notas do Autor


Boa Leitura! E muito obrigada a todos que curtiram <3

Capítulo 25 - Livro 7: Verdade - Capítulo 8


Fanfic / Fanfiction O Espírito Azul e a Dama Pintada - Livro 7: Verdade - Capítulo 8

POV Katara

- Você tem certeza disso? - perguntei a ele.

- A pergunta é se você tem certeza disso, eu não posso opinar, mas... - respondeu Aang enquanto já quase se finalizava a música.

- Uma segunda chance? Ele acabou de assumir nosso compromisso perante a Nação do Fogo, não quero chateá-lo... Mas eu preciso, uma segunda chance. Vou falar com ele.

Aang deu um tímido sorriso antes de responder:

- Vai ser o melhor.

Quando a música terminou e a troca de pares foi feita, eu estava com Zuko novamente, enquanto Aang dançaria com Toph, ambos parecendo com a concentração mais voltada para outra coisa que não a dança. Algo estava errado e eu saberia agora.

Quando uma nova música de ritmo mais calmo iniciou, Zuko meio que me abraçou, dançando encostado a mim, resolvi colocar tudo a limpo quando as luzes começavam a circular.

- Zuko.

- O que foi? - perguntou ele baixinho para que não nos ouvissem.

- Estive conversando com o Aang enquanto dançávamos e...

- E?

- Ele me convenceu a dar lhe uma segunda chance...

Senti seu corpo endurecer e parar de dançar, quase uma chama morrendo.

- ... para você contar o que está escondendo de mim.

Ele emitiu um som parecido com o que alguém faz quando tenta desafogar, quando tentei afastá-lo o suficiente para ver seu rosto, ele apertou de leve o abraço e voltou a dançar.

- O que está acontecendo?

- Estava acontecendo Katara, agora tudo deve acabar.

- Acabar o que?

- A corte estava em pavorosa, raramente um príncipe herdeiro assume a coroa sem estar casado. É quase um evento de caça e não digo isso de forma figurada. Há umas oito gerações, um Senhor do Fogo assumiu o trono muito jovem e os resultados da briga entre famílias de nobres quase deflagrou uma guerra civil aqui mesmo na capital.

Então...

- Quando eu namorava com Mai a situação era estável porque a Nação já estava uma confusão e ela sendo a filha mortal de uma família tão prestigiada... Era quase como se o posto de Senhora do Fogo fosse realmente dela.

A música lenta terminou. Zuko me soltou do abraço e firmou meu braço no seu de jeito firme, como se eu pudesse fugir pela multidão.

- Quando chegamos eu sabia que seria diferente... - continuou Zuko enquanto saíamos da pista ao som de nova melodia.

- Totalmente diferente namorar a filha de um chefe estrangeiro. - respondi quase inaudível.

- Por isso tentei afastar qualquer um de você antes do anúncio, ninguém poderá desconsiderar você agora, você é minha companheira e tudo que fizerem contra você saberão que me atingirá, não vão incomodá-la, pelo menos não a maioria. - e o olhar dele recaiu sobre uma jovem reluzindo ouro e um general já começando a entrar no seleto clube dos militares que vivem para ser idosos.

- Quem são? - perguntei enquanto nos acomodamos de volta à mesa.

- General Lao e sua filha Lin, eles serão nossos hóspedes até o fim da reforma militar. - respondeu Zuko que rilhava os dentes.

- Ela será pior que a maioria?

- Provavelmente, pelo menos enquanto estiver aqui.

- Então começarei por ela.

Levantei-me e mesmo sem entender Zuko levantou-se e estendeu seu braço a mim.

Descemos novamente a escada do mezanino e nos direcionei à mesa do general e sua filha.

- Que grande honra recebê-los em nossa mesa. - disse o homem ficando em pé e fazendo mesura, com a filha reproduzindo o gesto - Acho que ainda não fomos apresentados senhorita, eu sou General Lao das tropas do sul e esta é minha filha Lin, é o maior deleite da noite conhecê-la.

Por um momento pensei em ignorar o cumprimento por completo, mas não era esse tipo de comportamento que eu queria ser obrigada a seguir, então retornei com um aceno de cabeça seco e polido.

- Fico encantada em conhecê-los também, soube que serão nossos hóspedes no palácio por algum tempo. - e mesmo tentando não pude deixar de ruborizar ao pronunciar a palavras nossos.

- Sim, espero que nossa companhia agrade-a, afinal estamos aqui para servir. Espero que goste de jogar, é no que sou melhor para distrair. - disse Lin com o sorriso disfarçadamente irônico.

- Então jogaremos em breve senhorita Lin, vai descobrir que sou uma oponente de difícil derrota, mas será divertido vê-la tentar. Zuko, vamos voltar ao mezanino? Quero vislumbrar novamente o salão.

Nisso encaixei meu braço no de Zuko, fiz um leve aceno com a cabeça e voltamos para as escadarias.

- Você parece tranquila. - falou Zuko baixinho.

- E estou. Não por ela que parece uma armadilha pronta pra disparar, mas por você, por sua preocupação comigo, se importou para você como me tratariam não preciso ter medo, sei que está ao meu lado.

E nisso com um estalo inexistente, que provavelmente soou somente em minha cabeça, Zuko deixou cair um grande peso que carregava.

- Mas isso não significa que vou gostar dessas mulheres todas caçando você.

- Eu não disse que deveria. - respondeu ele rindo suave enquanto sentávamos.

- Talvez, quando meu humor não estiver dos melhores, surjam algumas estátuas novas nos corredores. - falei tentando conter a risada.

- Acho que Lin não ficaria boa nem como estátua.

- Para Lin o tratamento será personalizado, tenho ideias interessantes. Eu acho que poderia... Aquela é a família da Ty Lee?

- Sim, pai, mãe e todas as gêmeas que não casaram e mudaram-se  para outras localidades. - respondeu Zuko observando também a mesa.

- Agora entendo porque ela fugiu, eu mal aguento o Sokka que é meio parecido comigo, imagine conviver com várias de você... É pedir para enlouquecer.

- Cada um carrega o fardo que suporta, essa vida, a família, a Azula, eram pesados demais para ela, é preciso uma coragem muito grande para largar tudo quando não se é egoísta.

- Como você fez, abriu mão daquilo que lutou por anos para nos ajudar, para ajudar o mundo deixando a própria vida em segundo plano. Não foi menos corajoso.

- Não se esqueça que tive que enfrentar uma dobradora de água furiosa com instinto protetor extremo quando entrei para a equipe. - disse ele brincando.

- Você sabe que eu confiaria minha vida para qualquer um deles e para você também, o mínimo que posso fazer é ser extremamente chata, mandona e protetora.

- Então o extremamente bonita é um bônus?

 POV Zuko

Ela não respondeu, apenas ficou vermelha. Peguei sua mão e apliquei um leve beijo.

- Como foi sua tarde com a Toph?

- Tentando domar a Toph quer dizer, limpar aqueles pés foi o maior dos suplícios ela corria como uma criança de cinco anos enrolada na toalha.

Não pude deixar de rir enquanto Toph circulava pelo salão como um trevo em um mar de flores vermelhas.

- Mas ela parece bem feliz, está educada, limpa e arrumada o que prometeu a ela?

- Nada demais, prometi visitá-la na casa dela antes de voltar para casa, parece que os pais querem que ela tenha mais companhia do que lutadores valentões do Reino da Terra.

- Voltar para casa?

- Sim, uma hora vamos ter que falar com o meu pai e eu tenho pendências para arrumar em casa...

- Eu entendo, quero dizer é claro que precisamos ajeitar tudo, mas vai ser tão difícil ficar sem você.

- Eu vou fazer como o Sokka, vou viajar daqui para casa e de casa para cá o tempo todo nem vai sentir minha falta. - disse ela tentando me animar.

- Vou arranjar um dirigível para você, isso vai tornar as viagens mais curtas e cansar menos você e quando eu puder vou até você.

- Zuko nós dois sabemos que vai ser impossível você sair daqui, sua presença é indispensável no palácio.

- Minha presença é indispensável ao seu lado.

- Não pense nisso agora, vamos aproveitar nossa noite, essa festa, a comida, os amigos, salvamos o mundo de novo, merecemos um divertimento não acha?

- Tem razão, mas eu estaria muito mais feliz se estivéssemos sozinhos passeando pelas ruas, tem tantos lugares bonitos aqui na capital que eu gostaria de lhe mostrar.

- Calma, teremos tempo para tudo, não irei sair daqui fugida, mas talvez eu acabe sequestrando o governante dessa nação só um pouquinho.

- Pode ser bem mais que pouquinho, acho que ninguém se importaria ao ponto de arrancar os cabelos. – respondi rindo.

- Pois não? – perguntou Katara com seu olhar fixando algo atrás de mim.

Virei-me e deparei com um dos soldados do palácio, suado de tanto correr com cara de espanto.

- Meu Senhor – disse ele ajoelhando. – temo trazer más notícias em uma noite tão prestigiosa, mas...

- Fale.

- Sua irmã Senhor, a Princesa Azula, ela está exaltada em sua cela, grita seu nome de poucos em poucos segundos, cospe fogo incessantemente e exige ver o soberano, ela disse algo sobre...

- Sobre o que? – perguntei já preocupado.

- Sobre saber onde está a Senhora Ursa. – disse o soldado num fio de voz.

Algo em mim rugiu, tão desesperado, tão machucado que foi difícil conter os impulsos que percorriam meu corpo, uma fera machucada sob a pele.

- Zuko, você precisa ir. – disse Katara com o olhar firme e o rosto pálido.

- Não posso largá-la aqui dessa forma.

- Você não pode deixar a oportunidade passar, a colaboração dela pode ser um surto momentâneo.

- Eu volto assim que puder. – respondi levantando de súbito.

- Eu sei.


Notas Finais


Desculpe a demora, mas esse valeu a pena!

P.S.: Ainda estou sem computador :(


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