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História O Espírito Azul e a Dama Pintada - Livro 8: A Busca - Capítulo 7


Escrita por: Enora

Notas do Autor


Bom pessoal, desculpe a demora, mas lembram daquela fic sobre Fairy Tail que falei? Então eu terminei ela e isso me consumiu um bom tempo (link nas notas finais) e agora estou apenas postando quando dá tempo, além disso como estou seguindo a HQ, mas como apresentei a história de forma diferente dá um trabalhão organizar a ordem cronológica da história da Ursa, mas a primeira metade está aqui e espero que gostem.

Segundo: Quem tá pirando com o retorno de Sakura Card Captors? EU ESTOU MUITO!

E claro, agradecer aos novos favoritos:
~lunaestela
~zingdayoungsun
~Sakura_Inner
~Lua-chan_10
~ToyFreddyGirl
~CatheAm
~ClaraChan
~kyary_chan13
~DreamerGirl27

Boa leitura!

Capítulo 36 - Livro 8: A Busca - Capítulo 7


Fanfic / Fanfiction O Espírito Azul e a Dama Pintada - Livro 8: A Busca - Capítulo 7

POV Katara

            Quando Ursa começou a conversar com Zuko não pude deixar de prestar atenção, sabia que a conversa era entre os dois, mas eu precisava entender o que havia acontecido e estar preparada para como isso iria afetar Zuko.

- Tudo começou quando eu tinha a sua idade, eu morava aqui em Hira’a com seus avós Jinzuk e Rina, meu pai era um juiz local, tinha muito respeito de todos apesar de não termos muito dinheiro e minha mãe era uma mestre herborista, ah Zuko nossa casa era tão linda, tinha uma estufa enorme onde minha mãe cultivava suas ervas e preparava unguentos, poções, pomadas, a casa tinha mil cheiros! – falava Ursa com um sorriso doce de canto como o de Zuko.

- Nessa época eu era aspirante a atriz e o meu sonho era... – falou Ursa.

- Ser a Imperatriz Dragão. – completou Zuko.

- Como sabe?

Zuko olhou de relance para Ikem e disse:

- Palpite, aposto que Ikem queria ser o Imperador.

Ursa riu.

- Quando conseguimos os papeis, Ikem aproveitou o ensaio e me pediu em casamento. Eu estava eufórica, corri para casa para contar para meus pais, mas ao chegar na rua de casa percebi uma elegante liteira parada em frente de casa acompanhada de dois guardas imperiais.

Zuko fechou a cara, como uma criança que não soubesse que esse momento ruim fosse acontecer na história.

- Seu avô Azulon e seu pai estavam aqui. O terror era visível nos olhos dos meus pais, tantos anos escondidos, ou pelo menos achávamos que estávamos escondidos. Seu avô explicou que os sábios da Nação do Fogo previram nas chamas que ao misturar a linhagem dele com a da neta do Avatar Roku surgiria uma linhagem poderosa que asseguraria sua família no trono por muitas e muitas gerações. Em seguida apresentou-me seu pai, um verdadeiro príncipe, educado, cortês e até mesmo parecia carinhoso.

- Não preciso dizer que não restou-me nada além de alguns minutos para arrumar minhas coisas e despedir-me dos meus pais. Eu estava me partindo ao pensar em Ikem contando aos pais dele sobre uma noiva que não existiria mais. Subimos na liteira e ela começou a percorrer as vielas da aldeia, quando estávamos cruzando a praça ele pareceu em frente a carruagem, empunhando uma espada cenográfica a coisa mais próxima de uma arma que Ikem havia chegado sua vida toda, suando até o último poro, meu coração parou no peito.

- “Senhor do Fogo Azulon, eu peço humildemente que devolva minha noiva!” ele berrou para a liteira enquanto os guardas das laterais encaminhavam-se para ele. Eu desci e disparei antes que os guardas os alcançassem. Meu futuro sogro e marido olharam a cena estupefatos. Curvei-me de costas para Ikem e disse: “Por favor meu Senhor, ele não sabe o que está falando, se puder perdoar sua imprudência prometo que serei a melhor esposa que seu filho poderia ter e garantirei a linhagem poderosa que deseja”. Acho que o fato da praça estar vazia aquela hora reforçou meu pedido ao que seu avô respondeu: “Que seja, embarque logo.” Virei-me para Ikem. “Ursa, por favor...” ele falou com a voz embargada. “Adeus Ikem” e embarquei achando que nunca mais o veria em minha vida. – falou Ursa com uma lágrima escorrendo por todos os anos que vieram depois. Ela a secou e prosseguiu sorrindo.

- Bem, depois disso eu fui para a Capital, o casamento foi anunciado e em um espaço de tempo muito curto eu estava me casando. Apesar de tudo, o fato de seu pai ser gentil era algo que me confortava até o dia do casamento ao menos, quando ele me informou que nunca mais veria meus pais afinal “Não há como uma família tão simples ser vista associada à grande família real.” Fiquei um longo tempo apática até ter você Zuko e depois a Azula, foi algo que me deu a chance de continuar. Depois conheci uma senhora serviçal, Elua, que se ofereceu a me ajudar, eu queria notícias de meus pais, de Hira’a e de Ikem. Ela se propôs a levar as cartas. Escrevi várias Zuko, todas escondidas numa salinha que eu tinha em meu quarto, com os olhos cheios de lágrimas e as mãos borradas de tinta de tanto escrever. Enviei várias cartas para meus pais, mas nunca uma resposta chegou para mim e comecei a desconfiar de Elua.

            Zuko parecia nem ao menos respirar de tão tenso que estava.

- Decidi enviar uma carta que revelaria o que estava acontecendo. Poucos minutos depois fui chamada para a sala de treino de Ozai. “O que significa isto?” “Acho que isso é interceptação de correspondência” “Para que escreveu isso? Sei que é mentira, mandei segui-la meses antes de chegar naquele fim de mundo para desposá-la, se tivesse se deitado com aquele...” “Para confirmar minhas suspeitas sobre o destino destas cartas.” “Você gostaria que fosse verdade não é? Que Zuko fosse filho daquele homem. Pois é assim que vou trata-lo de hoje em diante, como um bastardo filho de um ninguém, toda vez que eu trata-lo dessa forma farei pensando que esse é o desejo de sua mãe.” Naquela mesma noite Ozai disse a você que teve sorte por nascer e que tê-lo-ia eliminado se não fosse ao menos um dobrador, foi a pior agressão que Ozai fez à mim em toda minha vida no palácio, eu sinto tanto por isso meu filho, eu não pensei... – e Ursa começou a chorar.

            Zuko aproximou-se e confortou-a com um abraço. Na fogueira atrás de mim não havia nenhum barulho, o que indicava que todos estavam fazendo o mesmo que eu: ouvindo a grande história da vida de Ursa.

- Bem sobre a carta foi isso. Os pais de Ikem até mesmo tentaram uma vez me tirar do palácio, mas Azula desconfiou de tudo e eu não tinha como fugir com vocês, estávamos fadados a ser pegos, não tive coragem de fugir sem vocês. Depois disso Ozai fez questão de me dizer que enviou um Arqueiro Yuyan da Fortaleza Pohuai para eliminar Ikem, foi um dos dias mais tristes da minha vida, eu estava desistindo de tudo dentro de mim aos poucos, já não havia Ikem então a promessa feita ao seu avô já não existia, mas havia vocês, meus filhos, tudo que me mantinha em pé eram vocês e ver Ozai corrompendo Azula aos poucos era algo torturante para o qual eu não tinha mais forças para lutar, era como se o custo de proteger você dos ataques dele gerados por mim fosse levar minha filha para longe.

- Eu vivia isso todos os dias até a morte de seu primo Lu Ten. Seu pai entrou em frenesi, fizemos uma visita ao seu avô no Grande Salão, seu avô mandou que saíssemos lembra? Mas Azula ficou e pelos céus ainda bem que ficou ouvindo atrás da cortina. Depois de atormentá-lo, nós duas tivemos uma conversa e ela contou-me tudo: Ozai havia pedido para tornar-se Príncipe Herdeiro, alegando que Iroh não possuía mais linhagem para sucessão. Seu avô ficou possesso com tamanha ousadia e traição ao próprio irmão e ordenou que Ozai vivesse a mesma dor de Iroh, a morte de seu primogênito, mas pior por suas próprias mãos. Fiz com que Azula não dissesse mais uma palavra sobre isso e fui confrontar Ozai ao que ele respondeu: “É verdade, mas serei misericordioso, irei mata-lo enquanto dorme ele não sentirá nada.”. Foi então que fiz minha proposta: “E se você for o Senhor do Fogo? Hoje mesmo? Pouparia a vida de Zuko? Como minha mãe era herborista aprendi muitas coisas com ela, sei preparar um veneno, incolor, sem gosto e de fácil mistura na bebida, a pessoa morre dormindo, apesar da saúde forte seu pai já é um senhor, ninguém desconfiaria e você poderia alegar que antes da morte seu pai aceitou seu pedido em relação ao trono.” Obviamente Ozai aceitou na hora, parecia que podia sentir o peso da coroa presa em seus cabelos. Foi assim que vendi o reinado do seu tio e a vida de seu avô para salvá-lo.

            Eu estava pasma e Zuko não parecia melhor, a ideia de o próprio pai aceitar mata-lo, mesmo ainda criança, talvez nunca tivesse passado por sua mente.

- Tudo correu como eu havia planejado até o enterro. Mas então Ozai veio me ver. “Você tem que ir embora. Agora que sei que pode me envenenar quando lhe for conveniente não viverei com uma assassina sob meu teto.” “Eu voltarei com as crianças para Hira’a” “Não seja ridícula, meus herdeiros permanecerão neste palácio, como uma garantia do seu silêncio. Além disso, ninguém em Hira’a desconfia que aquela garota patética chamada Ursa é a mesma Ursa que é a Senhora do Fogo, meus filhos ficam.” “Não vou sem eles!” “Ou parte hoje mesmo e sozinha ou caçarei vocês até encontra-la e eu mesmo dar um fim a isso.”.

- Eu não tinha mais alternativas, pensei comigo mesma que com a minha partida podia ser até mesmo que Ozai parasse de castiga-lo por minha causa, mas vejo que não. – falou Ursa passando os dedos pela cicatriz de Zuko. – Dei um beijo em Azula em sua cama e quando fui vê-lo você acordou e eu tinha tantas coisas pra dizer...

- “Zuko meu amor me ouça, tudo o que eu fiz foi para te proteger. Lembre-se Zuko, não importa o quanto as coisas pareçam mudar, nunca esqueça quem você é”. Suas palavras me guiaram nesses últimos anos mãe e quando eu as esqueci, fiz coisas das quais não me orgulho. – falou Zuko de cabeça baixa. – E então você partiu.

- Então eu parti.


Notas Finais


O link da minha short-fic de Fairy Tail para quem quiser acompanhar: https://spiritfanfics.com/historia/sob-a-luz-das-estrelas-8689158

Beijos!


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