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História O Espírito Azul e a Dama Pintada - Livro 9: Separação - Capítulo 2


Escrita por: Enora

Notas do Autor


Oi pessoal, cheguei cedinho de novo! Hoje um mistério resolvido e uma reviravolta chegando! Por favor comentem"

Agradecendo os favoritos:

~Lary-clan
~lunamariahawker
~AndreaDixon
~Park_Vivih
~candy-sweet
~rainbownai
~Iamahofferson2
~Thalia16Jackson
~Shirayuki-Kill
~JujuNyan
~LSolomon

Tô com saudades da Toph T.T

Boa leitura!

Capítulo 40 - Livro 9: Separação - Capítulo 2


Fanfic / Fanfiction O Espírito Azul e a Dama Pintada - Livro 9: Separação - Capítulo 2

POV Katara

Zuko então entrou no quarto.

- Nossa que banho bom. O que foi?

Indiquei com o queixo o pergaminho sobre a mesinha de canto.

- Deve ter chego logo depois que partimos, é a resposta do meu pai.

- Você já leu?

Caminhei até a carta e rompi seu lacre.

- Não, farei isso agora. - respondi e comecei a ler em voz alta enquanto Zuko ficou parado próximo a pilastra da cama.

"Querida Katara,

Quantas vezes um pai já teve mais orgulho que eu? Você e seu irmão ajudaram a salvar o mundo novamente e em nome da Tribo agradeço vocês. As baixas finais dos problemas causados por Yanluo foram altas, muitos morreram sem que nada pudéssemos fazer.

Porém, algo estranhamente bom vem ocorrendo, várias mulheres da Tribo estão engravidando simultaneamente, creio que seja o meio da natureza compensar todas essas perdas, sementes de um grande futuro para o nosso povo.

Devo informá-la que a carta de seu irmão chegou um dia após a sua (sorte a dele) e realmente contava tudo que ele podia e não podia.

Aang tem muitas responsabilidades sobre os ombros e eu acreditava que o relacionamento de vocês não duraria, afinal os antigos integrantes de sua sociedade eram monges e o desapego passional fazia parte de seu treinamento espiritual. Digo isso com essa calma, pois sei que o pior já passou para você e que conseguiu ter maturidade para enfrentar isso.

Sobre seu novo namorado, se alguém há quatro anos me dissesse que minha única e amada filha se apaixonaria pelo Senhor do Fogo eu teria voltado correndo para o Polo Sul para protegê-la desse erro..."

Zuko suspirou e sentou na cama.

- Calma tem mais. - falei.

"Mas hoje sei que Zuko é muito diferente de seu pai. Por tudo que vocês me contaram reconheci nele um líder jovem que ainda terá difíceis caminhos a percorrer com o seu povo para trazê-lo de volta ao seu território e tirá-lo dessa vida bélica.

Você cresceu independente Katara, cuidou do seu irmão, sua vó e sua tribo sozinha, desenterrou o Avatar do gelo, quebrou regras no Polo Norte e viajou o mundo coletando conhecimento e amigos, eu como seu pai já reconheço que essa decisão não cabe à mim, você já é uma mulher e se escolheu o Zuko como seu novo companheiro só cabe a mim dizer o quanto ele é sortudo.

Mas tenho que pedir duas coisas em troca da minha benção paternal.

Primeiro: sei que os nobres devem estar apavorados com uma estrangeira namorando seu soberano, então cuidado.

Segundo: quero que Zuko venha pessoalmente com você pedi-la em namoro, afinal mesmo que ele não saiba, eu ainda preciso parecer uma autoridade importante em sua vida e confesso que já estou praticando a cara de sogro mau.

Estou com saudades suas, mande notícias sempre que puder.

Papai."

Enrolei o pergaminho com um alívio no peito e um sorriso nos lábios.

- Ouviu né? Quando eu voltar da Toph você vai ter que preparar suas roupas de inverno. - falei sentando ao seu lado.

- Isso significa que você vai poder voltar comigo depois dessa visita? - perguntou ele parecendo feliz, mas ainda receoso.

- Acredito que sim. - falei pegando em sua mão.

Ele beijou-a delicadamente.

- Vamos descansar? - falou ele por fim.

Deitamos então abraçados.

- Estou preocupada com a Toph. - falei.

Zuko então puxou meu queixo de leve para eu olhá-lo.

- Você vai conseguir ajudá-la e pode contar comigo para isso.

Beijei-o demoradamente e suas mãos acariciaram minhas costas, eu já não estava tão cansada. O beijo intensificou e comecei a arranhar levemente as costas de Zuko arrepiando-o (culpa dele que dorme sem camisa). Ele então separa nossos lábios e aplica leves beijos em minha nuca me fazendo suspirar.

Estávamos tão perdidos nesse momento que quando a pedra quebrou a janela tomamos um susto e tanto.

Pulei da cama ainda com o corpo quente. Zuko correu para a janela.

- Mas que droga fugiu de novo! - reclamou ele.

- Cuidado não vá se cortar com o vidro. - falei ao vê-lo descalço sobre os cacos.

Peguei a pedra que tinha um bilhete amarrado.

"Se você se deitar com ele hoje, amanhã já não estará respirando"

Zuko grunhiu irado.

- Como é possível isso? Desgraçado a hora que puser minhas mãos nele...

- Zuko, calma! - falei pondo seu rosto entre minhas mãos. - Vamos descobrir quem está por trás disso, mas por enquanto, vamos fechar as janelas e cortinas e descansar.

- Eu sinto muito que esteja passando por isso. O que esse porco escreveu...

- Por aquele beijo eu leria cinco dessas. - falei tentando acalmá-lo e não parecer transtornada com as palavras.

Ele me abraçou e por fim me deu um beijo na testa e nos deitamos. Voltei a abraçá-lo e cai em um mundo de breu sem sonhos.

POV Zuko

Apesar da raiva dormi bem ao lado de Katara, era como se todas as coisas congelassem naquelas horas em que eu tinha seu corpo colado no meu e seu perfume me inebriando.

Quando acordei até mesmo demorei lembrar porque a janela do quarto dela estava quebrada, mas assim que a memória veio senti-me frustrado de novo.

Levantei devagar da cama para não acordá-la. Já era fim de tarde.

Saí pela janela que foi quebrada e comecei a caminhar pelo telhado. As duas vezes que o intruso esteve aqui ele desapareceu muito rápido e misteriosamente, havia algo de errado nisso.

O palácio possuía inúmeros quartos e passagens secretas para ajudar na fuga da família real se fosse necessário. Eu apostava que o ameaçador estava usando uma dessas passagens, eu só precisava encontrar a entrada.

Vasculhei cada tijolo das muretas próximas ao quarto até encontrar um solto, apertei-o e a entrada se revelou escura, mas sem teias, ou seja, alguém realmente a usou recentemente.

Acendi uma chama na palma da mão e desci a escadaria. A porta fechou-se sozinha atrás de mim.

Enquanto descia podia ouvir o som de passos ao meu redor quando entrei num corredor ouvi vozes conversando do outro lado da parede e a temperatura aumentou.

- Vamos que o jantar tem que ser reforçado porque o Senhor do Fogo voltou com os amigos e eles não almoçaram, vão acordar famintos!

Eu estava atrás da parede da cozinha então.

Continuei seguindo pelo corredor até chegar à porta que encerrava a passagem.

Ao olhar para o chão encontrei uma pilha de pano negro, era o traje do ameaçador.

Abri a porta e parei em um corredor na ala adjacente ao complexo particular do palácio: a ala dos hóspedes.

Voltei ao corredor secreto afinal não era bom que me vissem em trajes de dormir circulando por ai. Retornei aos telhados, já pensando em como o que eu descobri serviria para resolver nossos problemas.

Quando entrei novamente no quarto Katara não estava mais na cama.

Saí pelo corredor da área particular até meu quarto e me troquei para o jantar.

Eu sabia onde Katara estava então era a oportunidade perfeita para conversar com Aang e Sokka sem preocupá-la.

Bati na porta do quarto do último.

- Entre. - falou Sokka largado no sofá com o bumerangue jogado no chão.

- Sokka podemos conversar? É sobre sua irmã.

Isso pareceu interessá-lo um pouco.

- Claro.

- Pode se encontrar comigo e com Aang em dez minutos na sala de reunião?

- Certo. - falou ele levantando e indo procurar um sapato.

Corri então para o estábulo onde me informaram que Aang estava em uma das salas de meditação do palácio. Fui encontrá-lo em uma das salas na posição de Lótus meditando.

- Ahn Aang?

Silêncio por um minuto inteiro até ele abrir levemente um dos olhos.

- Você poderia dar uma pausa no seu avanço na elevação cósmica e me ajudar com um pequeno problema terreno de segurança da sua melhor amiga?

Ele fechou o olho, suspirou e então pareceu despertar.

- Obrigado. Venha comigo.

Seguimos então para a sala de reunião onde Sokka nos aguardava.

Contei aos dois tudo que ocorrera (e fiquei espantado por Sokka não dar um chilique ao saber que eu estava dormindo ao lado de sua irmã) desde a carta de Hakoda até a minha volta ao quarto.

- Onde Katara está agora? - perguntou Sokka.

- Tenho certeza que está no quarto de Toph com Suki procurando alguma pista. - respondi. - Precisamos descobrir a identidade do invasor.

- Na verdade - falou Aang. - não precisamos, eu e Toph descobrimos.

- E por que não disseram nada? - perguntei irritado.

- A Toph pediu segredo, disse que ia dar conta dela quando voltássemos, mas em vista de tudo que ocorreu...

- Dela? - perguntou Sokka.

- Foi a Lin que invadiu o quarto da Katara aquela noite. - falou Aang. - Toph me fez concentrar os vestígios de odor da veste e reconheceu o "odor enjoado daquela sem graça" imediatamente.

- Faz todo o sentido, mas não podemos usar o olfato de uma pessoa que nem está aqui para punir a Lin e seu pai, precisamos pegá-la no ato. - falei pensativo.

- Bem, eu tenho uma ideia, mas preciso do resto da noite para montar a engenhoca, não acredito que Lin vá incomodá-los hoje, mas amanhã com certeza. Meia noite nós seis nos reuniremos no quarto da Katara e montaremos a armadilha.

- Não recomendo que você conte para a Katara ainda, do jeito que a partida da Toph deixou ela à flor da pele... - falou Aang passando o dedo no pescoço.

- Certo, mais um dia e essa casa terá dois hóspedes a menos.

- Zuko avise o ferreiro que precisarei roubar algumas ferramentas dele por algum tempo.

- Na verdade Sokka, antes de partirmos pedi para meu tio separar uma sala para você fazer suas engenhocas e separar todo tipo de ferramentas que você pudesse querer enquanto está no palácio, afinal se no improviso conseguiu fazer aquela bolsa pra Toph, com uma sala só sua vai se sentir em casa.

Eu esperava que Sokka saltitasse como uma criança, mas não foi isso que aconteceu, ele pareceu triste com a menção de seu último invento.

- Certo, nos encontramos no telhado da Katara em uma hora e meia, montamos o dispositivo, jantamos e esperamos que a Lin caia na armadilha amanhã.

- Certo, enquanto isso vou ter uma reunião com Lao.

- Não vá entregar o jogo. - falou Sokka.

- Não irei, vou apenas ver em que pé de negociação ele e meu tio estão, porque quando a Lin for embora ele irá junto e espero nunca mais vê-los.

Expliquei para Sokka a localização de sua nova sala e Aang e eu nos dirigimos para a sala de reuniões.

- Quero que me acompanhe Aang, você e meu tio claro.

- Certo, mas você sabe que isso pode dificultar ainda mais sua negociação.

- Pior do que parada impossível e isso vai durar no máximo alguns dias.

Ele não disse mais nada.

Passamos por duas guardas no corredor que nos saudaram antes de chegarmos aos aposentos do meu tio.

Bati na porta.

- Entre Zuko, você até que demorou para vir. - respondeu meu tio do outro lado da porta.

Entramos.

- Como sabia que era eu?

- Conheço seus passos, mas confesso que os de Aang não consegui ouvir. O que traz vocês aqui? Achei que nos encontraríamos no jantar.

- Preciso que me diga como anda o assunto da reforma militar com Lao e os demais generais.

- Não quer discutir isso amanhã?

- Não.

Meu tio suspirou.

- Seus generais são homens difíceis Zuko, eles teimaram até o último momento, rebatendo propostas, tendo Lao como um de seus líderes de reclamação.

- Então a pauta ainda está aberta?

- Ha! Até parece que não me conhece sobrinho.

Sorri.

- O que está faltando?

- As datas dos treinos.

- A Toph foi embora e Katara irá em breve, como faremos esse treino sem elas? - perguntou Aang.

- Bem, um treino básico de água dá para fazer nas praias até Katara voltar, agora o de terra não tem jeito precisaríamos de um dominador iniciante ou mediano para simular deslizamentos de terra.

- Sem isso nem adianta marcar outra reunião com esses homens Zuko. - falou meu tio.

- Zuko eu posso fazer alguns treinamentos. - falou Aang feliz em poder ajudar.

- Aang vai saber quando seus deveres irão te chamar de novo, você está reconstruindo os Templos do Ar e outra não queremos as outras nações te acusando de algum favoritismo.

Aang suspirou.

- Tem razão Zuko, mas então essa reunião vai ter que esperar pelo jeito.

Fechei os olhos e massageei a base do nariz.

- Bem ainda tenho um tempo para aguardar o Sokka. E quanto às colônias?

- O Rei da Terra também não tem nenhuma sugestão do que faremos. A questão está controlada por enquanto com o conselho temporário e a presença de soldados da Lótus Branco, mas não sabemos quanto tempo isso pode durar.

- Quantos relatos de problemas tivemos depois que o conselho foi instaurado?

- Ao conselho chegam muitas reclamações, mas problemas da ordem que tínhamos antes de instaurá-lo nenhum.

- Isso é algo para se pensar. - falei.

- Concordo. - falaram Aang e Iroh juntos.

- Mas é uma ideia prematura, precisamos ter mais planejamento para chegar à uma proposta.

- Podemos convidar o Rei para uma reunião. - falou Aang.

- Mais fácil nós irmos para lá. Depois de revermos os treinos e ajeitarmos questões das safras podemos ir lá.

- Então amanhã envie uma carta ao Rei para combinarem sua estadia lá.

Acabados os relatórios que tio Iroh tinha para me passar, seguimos para o quarto de Katara e então Aang e eu saímos pela janela para encontrarmos Sokka nos esperando.

- A armadilha é simples e eficiente, o dispositivo que vai trancar as passagens só pode ser desarmado quebrando um ponto acessível pelo lado externo da passagem. A força de compressão pode chegar perto dos 100 kg, mais o peso da parede duvido que a Lin consiga sair. Quanto tempo pretende deixá-la aqui dentro? - falou Sokka entrando pela passagem.

Ajoelhou-se e abriu sua bolsa retirando de lá os braços metálicos que confinariam Lin na passagem.

- Inicialmente pensei em deixa-la até o amanhecer para que seu pai desse falta dela, mas pensando bem, melhor pegarmos ela no ato, para não haver tempo de inventar desculpas, mas precisamos chamar pelo menos mais duas testemunhas além de Lao. – falei.

- Depois de armarmos os alarmes amanhã, quando eles tocarem eu e Aang podemos correr chamar dois generais e o chefe da guarda, será o suficiente. – falou Sokka.

Instalamos então a armadilha seguindo as instruções cuidadosas de Sokka que verificou tudo antes de partirmos.

Entramos novamente pela janela do quarto de Katara e fomos para o jantar.

Lá encontramos Katara, Suki e meu tio nos aguardando para a refeição.

Sentei-me ao lado de Katara e beijei sua testa, seu outro lado estava vazio, no lugar em que Toph sentaria para cair de boca em todos os pratos que escapassem dos dedos de Sokka e Aang.

- Onde vocês estavam? – perguntou Suki.

- Desculpe Suki, levei eles para discutirem sobre uma melhoria nos equipamentos de locomoção para os treinos de resgate. – respondi. – Vocês estavam no quarto da Toph certo?

- Certo e pode imaginar o quanto foi frustrante não encontrar mais nada. – falou Katara. – E quanto ao treinamento?

- Bem com a partida repentina da Toph e a sua em breve, estaremos meio que travados por enquanto.

Nesse momento entrou um dos assistentes do guarda, parou próximo à nós e curvou-se.

- Sinto muito atrapalhar o vosso jantar Senhor do Fogo e amigos, mas tem um jovem no portão que diz que o senhor o está esperando. – falou o assistente,

- Um jovem? Não é um senhor? – perguntei pensativo achando que podia ser o ourives,

- Não senhor, um jovem do Reino da Terra com bagagem e tudo e ele trouxe isso. – respondeu o assistente me entregando um cordão com um símbolo que reconheci.

- Mande-o entrar.

Ficamos em silêncio enquanto o visitante não chegava. Katara que estava ao meu lado viu também o cordão, mas os demais não e aguardavam o desfecho daquela cena.

Então o chefe da guarda entra acompanhado de um jovem de aparentemente quinze anos. Pele morena, olhos verdes e cabelos negros, rosto sério. As roupas verdes e sapatos marrom deixavam claras sua origem.

Levantei-me de meu assento.

- Apresente-se. – falei.

Ele então deixou sua mala no chão e curvou-se estendendo uma carta já aberta para mim.

- Meu nome é Fei senhor, vim servi-lo no treinamento do seu exército.

- Mas quem é você afinal? – falou Suki.

- Eu sou um dos meninos da Toph.



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