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História O feio mais belo - 8. Jack Dawson? Nah, é Park Chanyeol mesmo.


Escrita por: Misakihime

Notas do Autor


Olá pessoas!
Voltei! <3
Ia atualizar a fanfic ontem, mas na hora em que ia fazer isso a internet caiu e só voltou hoje (choramos T---T).
Estou muito surpresa com a recepção que esta fanfic está tendo e cada vez mais feliz com isso também <3.
Eu adoro todos vocês <3.
Ahh, em uma parte desse capítulo eu coloquei uma música para vocês ouvirem enquanto estão lendo =3.
Espero muito que gostem e estou muito ansiosa para saber o que acharam do capítulo.
Vejo todos nas notas finais =3
Boa leitura!

Capítulo 8 - 8. Jack Dawson? Nah, é Park Chanyeol mesmo.


Fanfic / Fanfiction O feio mais belo - 8. Jack Dawson? Nah, é Park Chanyeol mesmo.

 

Sonhando.

         Esta era a palavra ou estado de ação que poderia resumir Byun Baekhyun no momento em que se jogou em sua cama para continuar fitando aquele lenço de seda azul, o qual ganhara de seu próprio chefe.

          Um sorriso tão grande era formado em sua face, que dava a ideia de que os lábios do rapaz poderiam se rasgar a qualquer momento. Seu coração batia mais rápido, tão rápido quanto um filhote de passarinho. Ele não conseguia esconder a felicidade que fervilhava por todo o seu corpo, consumia-o, deixava-o mais vivo.

         Seus braços estavam erguidos, o lenço escondia a lâmpada de seu quarto, no entanto os raios de luz que essa emitia fazia o azul daquele tecido brilhar ainda mais, assim como fazia o ruivo perceber que naquele tecido estava bordado em dourado o nome Park Chanyeol. Talvez, isso fosse um sinal para mostrá-lo de que não estava sonhando, de que o que estava pensando e repensando aconteceu de fato.

         “Ei, escute uma coisa. Eu não quero saber o motivo pelo qual está chorando, isso não me interessa. Mas você é um funcionário da K-Beauty e meu secretário, então trate de não chorar nunca mais. Porque funcionários dessa revista não são fracos. Não se deixe abalar por qualquer coisa, está me entendendo?”

         A voz grave de Chanyeol ecoava em seus ouvidos de forma tão vívida, que era quase como se o secretário pudesse ver seu chefe ali a sua frente mais uma vez.

         Por poucos momentos, a imagem daquele tecido azul foi substituída pelo rosto do próprio Park Chanyeol. É claro que aquilo era apenas uma ilusão de sua cabeça e mesmo sendo apenas uma fantasia, Baekhyun sentiu suas bochechas corarem quando percebeu a proximidade daqueles olhos castanhos tão intensos, na verdade quando percebeu a proximidade do rosto do modelo com o seu.

         Aqueles lábios eram tão carnudos, aquele rosto tão bonito, que por pouquíssimo tempo, o rapaz chegou a se comparar até mesmo com um patinho feio estando ao lado de seu chefe, porém descartou essa ideia quando sentiu seu coração acelerar ainda mais fazendo o perceber que nada disso importava quando o assunto era gostar de alguém. Baekhyun gostava e pronto, a questão era o sentimento ser recíproco.

         “Vejo você amanhã, Baekhyun”.

         Foi a última coisa que Chanyeol lhe disse antes de colocar as mãos nos bolsos da calça de seu terno e sair do jardim. Nesse curto período de tempo, a brisa gelada daquela noite voltou a bagunçar um pouco o cabelo de seu chefe, assim como revelar um pouco mais dos seus olhos escondidos por aquela franja. Ali, o secretário sentiu que havia algo diferente.

         O famoso ceo da K-Beauty estava mudando. Ele conseguia sentir isso.

         Era com esse pensamento em mente que Byun Baekhyun se sentia mais confortado, pois assim poderia se aproximar do modelo devagarzinho e fazê-lo ver seus sentimentos, assim como fazer com que Park Chanyeol se apaixonasse pelo seu secretário.

         - Baekhyun, o que está fazendo?

         A presença de sua irmã em seu quarto o pegou de surpresa. O rapaz praticamente se sentou em um salto e escondeu o lenço de Chanyeol debaixo de sua coxa enquanto fitava Hyuna com uma cara de quem havia feito besteira.

         - Nada. – seu tom de voz saía até um pouco esganiçado.

         - Tem certeza? – os olhos da mulher ficavam em fendas.

         - Tenho, tenho. – Baekhyun olhava para qualquer lugar do quarto, menos para o rosto da sua irmã.

         Ele tinha quase certeza que suas bochechas estavam coradas e isso se dava por ter tido a sua privacidade invadida de forma tão momentânea.

         A mais velha preferiu ignorar aquilo, logo em seguida se aproximou e sentou na beirada da cama de seu irmão. Ela brincava com os dedos em uma tentativa frustrada para encontrar as palavras que queria dizer. Baekhyun percebeu isso.

         - O que foi?

         - Baek... – os cabelos grandes caíam em seu rosto. – Hã....eu queria fazer uma pergunta.

         - Pode fazer.

         Dessa vez ela mordiscou o lábio inferior.

         - O que o Sehun é para você?

         - Esse mistério todo para isso? – explodia em uma gargalhada. – Ele é meu amigo.

         Hyuna então virou o rosto para o seu irmão, os olhos castanhos iguais se cruzavam. Foi então que o rapaz percebeu que havia mais coisa por detrás daquela pergunta.

         - Não acha que tem alguma coisa...eu não sei dizer, mas ao ver ele parado daquele jeito, te olhando, eu senti como se ele fosse igual aquele menino do ensino médio. Senti que ele poderia lhe machucar e eu não quero que isso aconteça mais uma vez, Baekhyun.

         - Hyuna.

         - Hm.

         - Olhe para mim.

         - Já estou fazendo isso.

         - E o que percebeu?

         - Que você continua a mesma coisa de sempre. E a propósito, para de usar essa bendita gravata borboleta vermelha com essa blusa xadrez verde. Acho que vou comprar uma vermelha para você.

         - Não é isso! – fazia um biquinho em frustração. – Olhe bem.

         - Eu já estou olhando bem.

         - EU CRESCI, HYUNA!

         - Só na idade, porque no tamanho ainda está pequeno.

         Baekhyun considerava a ideia de expulsar sua irmã de seu quarto. Um suspiro pesado escapou dos seus lábios e quando se deu conta, estava fazendo a mesma coisa que Chanyeol, contando até dez mentalmente.

         - Ok, ok. – seu tom de voz mostrava certa impaciência. - O que eu quero dizer é que não sou mais uma criancinha. Sei me defender.

         Hyuna voltou a ficar pensativa.

         - Eu sou a mais velha, então para mim você sempre será o Baekzinho, entende? Por mais que cresça, sempre o verei como meu irmãozinho. Quero protegê-lo.

         O rapaz ficou emocionado com aquelas palavras, só não queria admitir. Mas o sorriso discreto em seu rosto entregava aquilo.

         - Só é a mais velha por um minuto.

         - Continuo sendo a mais velha. – ela dava língua para o irmão.

         - Sei que quer me proteger, eu também quero protegê-la e não acho que Sehun seja uma ameaça para mim, pelo o contrário, ele foi uma das únicas pessoas, se não a única, que me olhou sem julgamentos naquela revista desde que comecei a trabalhar lá. Gosto da amizade dele. Às vezes me pergunto o que a mamãe diria em uma situação dessas.

         - Provavelmente ela diria as mesmas coisas que você. – um sorriso surgia no rosto da menina. – E ela nos abraçaria logo em seguida. Papai, como sempre, estaria ouvindo tudo na fresta da porta aberta.

         - Ele está... – o rosto de Baekhyun começava a ficar pálido.

         - É claro que ele não está atrás da porta. Ela está fechada e agora ele está no restaurante.

         - Ah. – voltava a relaxar.

         - Como sempre com medo de ser apanhado fazendo coisas. – ela rolava os olhos. – Bom, então posso ficar tranquila com relação ao Sehun?

         - Mais do que tranquila. Acho que se conversar um pouco mais com ele, pode acabar gostando dele.

         - Isso é algo que podemos deixar para depois, não é mesmo? – Hyuna soltava uma risadinha. – Mudando de assunto...se o Sehun é apenas o seu amigo, de quem o senhor está gostando? Não me venha com mentiras, porque eu vi muito bem a sua cara de bobo apaixonado enquanto estava olhando para um lenço.

         - Não posso responder depois?

         - Não.

         - Poxa...

         - Nem tente fugir, Byun Baekhyun. Por quem o senhor está apaixonado assim?

         As bochechas do rapaz coraram, o sorriso em seu rosto se alargou revelando os dentes com o aparelho, no qual tinha borrachinhas vermelhas. Ele pegou o lenço, antes escondido debaixo de sua coxa, e disse com um tom de voz derretido, suspirado:

         - Park Chanyeol.

°°°°°°°°°°°°°°°°

         Era mais um dia de trabalho na K-Beauty, que por sinal já havia começado animado para Kim Heechul. Ele ouvia música em um dos fones em seu ouvido, estalava os dedos e balançava de um lado para o outro em uma dança animada. Um sorriso surgia no canto de seu rosto, estava se empolgando com a música.

         Baekhyun, que havia acabado de chegar observava a cena com um olhar curioso e uma expressão cômica em sua face. Ele achava engraçada a forma como Heechul dançava.

         De forma silenciosa o secretário se aproximou do amigo ainda observando-o dançar a todo vapor. Os outros funcionários não ligavam muito, já estavam acostumados com o jeito animado de Heechul quando a noite anterior desse era bem proveitosa. Quando o moreno se virou, encarando Baekhyun de súbito, berrou:

         - Crê em Deus pai! Ei, quer me matar de susto? – tirava os fones do ouvido.

         - Não. – o menor soltava uma risadinha. – Vi você dançando quando cheguei e achei engraçado.

         - Engraçado? Meu amor, eu danço com estilo e além do mais é quase impossível não querer balançar a raba com essa música.

         - Qual?

         - Essa.

****Música: Starry Night – Mamamoo

         Tão logo Baekhyun colocou os fones em seus ouvidos, a música começou. De fato, o ritmo era bem envolvente, o menor parecia imergir cada vez mais na música e quando isso estava acontecendo, um fenômeno pareceu se desenrolar diante de seus olhos.

         Oh Sehun surgiu caminhando em sua direção com um andar despojado, carregava a jaqueta de couro preta por sobre um dos ombros, vestia uma camisa de gola V branca, calça jeans e calçava um all star preto de cano longo. O mais impressionante não era nem as roupas, mas sim o seu cabelo. Shangai boy havia pintado seus cabelos de preto, assim como os deixou mais curtos, bem mais curtos. Duas mechas caíam em sua testa deixando-o ainda mais estiloso e charmoso.

         Baekhyun não ignorou o fato de que o rapaz estava bonito, só que a visão do que estava atrás de Sehun fez o secretário praticamente ter um infarto. O menor chegou até a pousar a mão esquerda sobre seu peito e o ex-platinado chegou a pensar que era com ele fazendo com que abrisse ainda mais o sorriso em seu rosto, porém quando virou para trás viu Park Chanyeol caminhando atrás de si.

         O menor também observava o seu chefe caminhar em câmera lenta. Chanyeol praticamente desfilava pela revista com o seu caminhar perfeito e sincronizado. O presidente vestia um terno preto de grife, com uma camisa social na cor azul marinho e uma gravata cinza grafite, calçava mocassins italianos, em sua face estavam óculos escuros para esconder seus olhos castanhos e os cabelos estavam alinhados em um perfeito topete.

          Baekhyun estava tão concentrado naquela visão, naqueles lábios vermelhos e carnudos que nem percebeu a expressão pouco desgostosa que Sehun mantinha em sua face. Os olhos grandes do secretário acompanhavam aquela figura como uma criança sedenta por açúcar acompanha o seu doce favorito. Ele ainda via tudo se desenrolar em câmera lenta e a música que Heechul havia colocado ainda tocava nos fones.

         Chanyeol assim que viu seu secretário, retirou seus óculos escuros revelando aquele par de olhos castanhos de brilho intenso. Logo em seguida, ele deu um sorriso discreto para o rapaz. Ninguém tinha visto além de Baekhyun, que sentiu suas bochechas corarem e o coração quase saltar pela boca.

         MEU DEUS! PARK CHANYEOL SORRIU PARA MIM! ALGUÉM ME AJUDA, PORQUE EU NÃO ESTOU BEM! Ele praticamente gritava em sua cabeça. Aquele sorriso o havia deixado animado, um calor subia por suas pernas e quando deu conta de si, estava ficando excitado.

         Foi então que arrancou os fones de seus ouvidos e se sentou rapidamente, para que ninguém visse o resultado da sua animação. Nesse curto período de tempo Chanyeol terminou de passar, agora de forma bem mais rápida do que antes e entrou em sua sala.

         - Assim você quase quebra o meu fone! – Heechul se irritou.

         - Desculpa, desculpa. – tentava esconder a metade inferior de seu corpo o máximo possível debaixo da mesa. – A propósito, a música é boa mesmo. – enfiava o rosto no monitor do computador.

         - Ei, senhor risadinhas. – Sehun o chamava.

         O ruivo não respondeu, continuou a fitar o monitor do computador.

         - Está acontecendo alguma coisa? – o moreno praticamente precisou colocar o seu rosto ao lado do monitor para fazer com que o secretário o fitasse.

         Baekhyun mantinha um olhar vacilante e tímido, estava envergonhado o suficiente para não conseguir sustentar a sua visão na face de Sehun, que unia as sobrancelhas em resposta. O secretário ainda estava animado, entretanto com o peso da realidade caindo sobre seus ombros era como se tudo fosse murchando.

         - Não, nada. Eu... – as palavras saíam tropeçadas por seus lábios.

         - Tem certeza? – aqueles olhos puxados e pequenos ficavam em fendas.

         - Hm. – acenava de forma positiva com a cabeça.

         - Bem, se é assim, quero lhe dar um ultimato ou fazer uma pergunta de extrema importância, como preferir.

         - O que é? – o nervosismo já tomava conta de si.

         - Como eu estou com esse novo visual? – Sehun fazia a v line com seus dedos pousados sobre seu queixo.

         - Ah...isso. – soltava uma gargalhada aliviada em resposta. – Ficou bom. Gostei.

         - Está falando a verdade?

         - Claro. Não sou uma pessoa que consegue mentir com facilidade.

         Shangai boy soltou uma risada, seu dedão se ergueu em um sinal de positivo e com aquela resposta saiu dali para ir pegar café. Baekhyun soltou um suspiro aliviado, quando percebeu que finalmente iria ficar sozinho. Bem, isso durou apenas dois segundos, pois Heechul logo se aproximou deslizando em sua cadeira com rodinhas e indagou com uma expressão estupefata em seu rosto:

         - O que foi aquilo?

         - O que?

         - Não se faça de desentendido, você sabe muito bem. Não pense que eu não vi a animação do seu amiguinho.

         O ruivo soltou uma gargalhada nervosa em resposta. Se ele queria enfiar a sua cabeça em um buraco e nunca mais tirá-la de lá? Ah sim, era o seu maior desejo naquele momento.

         - O que aconteceu? – Heechul tornava a perguntar.

         - Eu estava ouvindo a música, então Chanyeol apareceu de repente e ele sorriu...

         - Oi? Park Chanyeol sorriu? Meu Deus, o mundo vai acabar.

         - Ele sorriu, quero dizer, não sei. Deve ter sido coisa da minha cabeça. – ele se atrapalhava com as palavras.

         O moreno sorriu de forma maliciosa.

         - Seu danadinho, o que você estava pensando em fazer com o Chanyeol, hein? O que você prefere? Algo mais calmo ou algo mais selvagem?

         Baekhyun arregalou os olhos sentindo suas bochechas ficarem mais vermelhas do que um pimentão. Como aquela situação era desconfortável e vergonhosa. Como ele explicaria para Heechul?

         - É...hum...como eu posso explicar isso? – ele entrelaçava e soltava seus dedos em um movimento constante. – Sou virgem, Heechul.

         O moreno teve aquela paralisia de surpresa por cinco segundos, como se ele tivesse tentado “desouvir” o que tinha acabado de ouvir, só que aquilo era praticamente impossível.

         - Ai, não dá para conversar com você.

         - O que estão falando aí? – Sehun já havia voltado.

         - Nada que não lhe diga respeito. – Heechul afirmou de forma ríspida.

         - Acordou com o pé esquerdo?

         - Vê se me erra, Oh Sehun.

         - Ah, a propósito, acabei de ouvir uma notícia falando que os cinemas vão passar uma sessão especial do filme Titanic hoje.

         - E o que isso me interessa?

         - Sério? – Baekhyun fazia uma expressão fofa com seus olhos brilhantes.

         - Sim. – era praticamente impossível Sehun não sorrir com aquela visão.

         - Eu amo Titanic. Vou agora comprar os ingressos. – o ruivo se virava para o monitor do seu computador.

         - Ingressos? Pretende levar alguém, senhor risadinhas?

         Baekhyun mordeu o lábio inferior em resposta. Aquilo poderia ser muito arriscado e ele receber um não bem grande em sua cara, mas o que custaria chamar Park Chanyeol para ir ao cinema com ele, não é mesmo?

°°°°°°°°°°°°°°°°°

         Os ingressos já estavam comprados e impressos, a mão de Baekhyun suava e nesse meio tempo ele torcia para que esses não ficassem úmidos. Isso eram sintomas de uma ansiedade que lhe invadia, seu estômago até mesmo se revirava, o secretário esperava que não resultasse em uma dor de barriga.

         Ele sabia que já tinha a possibilidade de receber um gigantesco não em sua cara, porém ficava pensando: e se recebesse um sim, como ele agiria? Provavelmente daria pane no seu sistema, ele faria a mesma expressão que um atendente de loja pergunta se você quer fazer o cartão deles e responde que já tem um.

         Bom, não custa nada tentar, não é mesmo?

         Deu leves batidinhas na porta, mas não ouviu uma resposta. Será que Chanyeol havia saído? Ele pensava. Provavelmente não, pois não viu seu chefe passar pelo corredor. Bateu na porta mais uma vez e esperou. Esperou por uns bons minutos. Baekhyun já estava desistindo de fazer o convite, quando por si só decidiu abrir a porta e ver o que estava acontecendo.

         De forma silenciosa, o secretário esgueirou uma nesga da porta podendo observar a cena que se desenrolava ali dentro.

         Chanyeol estava sentado em sua cadeira, Yoo Ra estava atrás dele deslizando suas mãos espalmadas sobre o peitoral de seu chefe. A mulher estava com a mesma expressão felina daquela vez, um sorriso malicioso surgia no canto de seu rosto. Ela parecia uma gata pronta para atacar, o secretário quase podia ver as orelhas de gato na cabeça da mulher como o seu rabo que balançava de um lado para o outro. Já o presidente estava com uma expressão de monotonia no rosto.

         - Chanyeol, podemos matar as saudades hoje não é mesmo? Aquela última vez foi tão desastrosa.

         Última vez? Então quer dizer que depois daquela vez em que salvei o pescoço de Chanyeol ele ainda se encontrou com Yoo Ra na revista? O secretário pensava altamente incomodado com os fatos.

         - Sabe, estou com saudades dos seus beijos, do seu sexo. Por que não podemos fazer agora? – ela deixava seus lábios bem próximos do lóbulo da orelha de Chanyeol. Mais um pouco a mulher daria leves mordiscadas naquela região.

         Como ela ousa! O secretário já estava sendo consumido pela raiva ao mesmo tempo em que pela vergonha e por perceber a ideia estúpida que tinha pensado. É claro que seu chefe transaria com aquela mulher, se ele já o fazia antes, por que não poderia fazer agora?

         Baekhyun só estava frustrado pelas vezes que depositava expectativas demais para no final sempre dar com a cara na porta. Era demais, o rapaz poderia ter um detector de momentos em que quebraria a cara, assim tudo seria mais fácil.

         - Não quero transar com você. – Park Chanyeol se levantava da cadeira.

         Bem feito! Baekhyun comemorava em seu interior.

         - Ei, o que está acontecendo? Por que anda tão estranho? – era a vez de Yoo Ra alterar o seu tom de voz.

         O modelo soltou uma gargalhada cética.

         - Não estou estranho, eu só... – colocava as mãos nos bolsos de sua calça.

         - Você só...

         - Não quero mais transar com você. – o brilho naqueles olhos castanhos era cruel. – Com você eu apenas tive uma foda para me distrair, agora não preciso mais disso. Ao invés de me distrair, está me irritando.

         Yoo Ra parecia que ia desmoronar ali mesmo, a compostura que tinha acabou quando Chanyeol disse aquelas palavras. Quem ele pensa que é? Indagava a si mesma. Os lábios estavam trêmulos, os olhos tomados por um brilho surpreso. O sentimento de raiva a consumia, a sua vontade era de pular naquele pescoço e cravar suas unhas ali com toda a sua força.

         Ela se sentia desse jeito, pois havia feito de tudo para fisgar o coração, ou melhor, o bolso de seu chefe, desbancar aquela lambisgóia da noiva dele e no final não acabou passando de uma diversão. E as chances de ser rica? De acordar em Paris sem preocupação alguma, apenas com uma garrafa de champagne no criado mudo? Tudo havia ido por água abaixo.

         - Não é possível. – ela fingia um choro para comover Chanyeol.

         - Nós nos gostávamos tanto, como isso foi acabar assim?

         Chanyeol aumentou ainda mais o seu sorriso agora obscuro. Como se chorar me fosse fazer mudar de ideia, o modelo pensava com seus botões.

         - Errado. Nunca gostei de você, antes eu só queria o que tem entre as suas pernas, mas agora...

         Não conseguiu concluir a frase, de repente a expressão soberba deu lugar para uma expressão pensativa em sua face, seus lábios foram comprimidos e a sua mente projetou a imagem de Baekhyun diante de seus olhos. Yoo Ra percebeu isso.

         - Você...está interessado em alguém. É o novo amor da sua vida?

         - Não estou interessado em ninguém e não acredito em amores da vida.

         Ouch! Aquilo doeu até em Baekhyun, que admitiu para si mesmo ter ficado chateado ao ouvir tal coisa.

         - No que acredita então?

         - Isso não te interessa.

         - Chanyeol, alguma vez você já gostou mesmo de alguém?

         - Não. – afirmou de forma curta e grossa. – Já pode sair da minha sala.

         - Você é tão podre. – Yoo Ra atuava muito bem.

         - Ok, ok. Quando sair, chame o Baekhyun para mim.

         - Ai meu Deus, preciso sair daqui. – o secretário sussurrou um tanto quanto apavorado em ser descoberto.

         Ele logo tratou de sair dali o mais rápido o possível ficando a uma certa distância da porta do presidente para fazer com que fosse apenas uma mera coincidência estar passando pela sala do seu chefe naquele momento. Não demorou muito para que Yoo Ra saísse de lá soltando fogo pelas ventas, Chanyeol deve ter lhe dado outra resposta malcriada.

         Baekhyun caminhava com as mãos nos bolsos de sua calça enquanto assobiava e fazia uma cara de paisagem. Aquilo era uma péssima atuação, o rapaz nem mesmo sabia mascarar o nervosismo que sentia, uma gota de suor chegava a escorrer por sua testa, todavia Yoo Ra nem percebeu. Ela apenas fitou o ruivo com um olhar mortífero para seguir em direção a sua mesa logo em seguida.

         Agora que a mulher já havia ido embora, o rapaz se perguntou se valia a pena entregar aquele ingresso para Chanyeol. Seu lábio inferior era mordiscado com um pouco de força ao pensar no exato momento em que seu chefe dizia não acreditar em amor da vida, era como se todo o seu conto de fadas fosse por água abaixo, como se tomasse um banho de água fria. Apesar de estar pensando nisso pela segunda vez, o jovem de fato acreditava que aquilo era ruim, ainda mais quando se carregava sentimentos verdadeiros por Park Chanyeol.

         O mais estranho nisso tudo, ou talvez, o mais normal era que Byun Baekhyun não estava se descabelando por dentro ou achando que o mundo iria acabar se o amor dele não fosse correspondido. Estava tudo bem. Ele já estava acostumado a ficar sozinho e não se chatearia de ficar próximo de Chanyeol seja como funcionário ou como um amigo. O mais importante era que o modelo continuaria em sua vida.

         Ao entrar na sala da presidência, o ruivo tirou a mão dos bolsos da calça deixando os ingressos a vista. Naquele primeiro momento, o modelo não se dera nem conta disso.

         - Baekhyun, até que enfim chegou.

         Havia alívio em seu tom de voz? Foi isso mesmo que Baekhyun tinha acabado de se dar conta? O secretário ergueu seus olhos para assim confirmar suas suspeitas, Chanyeol continha um brilho de alívio em seu olhar e um suspiro pesado escapou por seus lábios.

         - Mandou me chamar? – tentava agir como se não tivesse visto o que tinha acabado de acontecer.

         - Sim eu...o que é isso que está segurando? – apontava para os ingressos.

         O coração de Baekhyun começou a bater com mais força.

         - Ah, isto? – erguia a sua mão. – São ingressos para assistir a sessão única de Titanic que os cinemas irão passar hoje.

         - E por que trouxe isso para cá? – suas sobrancelhas se franziam.

         É agora Baekhyun. Você precisa falar, precisa convidá-lo. Pensava de forma a fazer daquilo um mantra. Ok, é só não ficar nervoso, não ficar nervoso...

         - E então? – a voz grave de Chanyeol o trazia para a realidade.

         As bochechas do ruivo começaram a corar.

         - Eu...eu...queria... – engoliu em seco. – Que fosse comigo, por isso tenho aqui dois ingressos. – a última parte saiu um pouco rápido.

         Chanyeol fez uma cara estranha. O secretário não conseguia decifrar qual era aquela expressão. O moreno voltou a se sentar em sua cadeira, passou a mão por entre seus cabelos e disse:

         - Deixe o ingresso em cima da minha mesa.

         - Você vai?

         Baekhyun estava completamente surpreso, feliz e radiante. Se pudesse ele sairia saltitando por aí que nem uma pipoca. Nisso tudo, Chanyeol nem havia dito a sua resposta e nem diria, pois em menos de dois segundos Megan adentrou a sala como um furacão. Ela nem sequer notou a presença do secretário ali, fazendo com que esse presenciasse o selinho demorado que deu em seu chefe.

         Se Baekhyun ficou com ciúmes? Que isso, imagina...

         - Oi meu amor, estava com saudades. – aquele tom de voz soou irritante para o secretário.

         Por que todo mundo tem de sentir saudades do meu chefe? Pensava enquanto cruzava os braços rente ao corpo.

         - O que esse serzinho está fazendo aqui?

         Megan tornou a falar, dessa vez com repulsa, ao se dar conta da presença de Baekhyun ali. Se ela já não o suportava antes, depois do último encontro que tiveram então...

         - Ele é meu secretário, trabalha comigo. Então é um pouco óbvio ele vir a minha sala de vez em quando. – Chanyeol afirmava inexpressivo.

         A mulher apenas estalou os lábios ao mesmo tempo em que franzia o nariz. Foi quando seus olhos se depararam com o ingresso do cinema sobre a mesa.

         - O que é isso? Ingresso para ver Titanic? Esqueceu de que temos um compromisso hoje? E além do mais, você detesta esse filme.

         Aquilo foi um tiro no pé de Baekhyun. A expressão em sua face desabou, ali ele percebeu que Chanyeol não aceitaria seu convite e iria para essa tal inauguração com Megan.

         O modelo percebeu a mudança de humor em seu secretário. No momento em que viu o sorriso desabar daqueles lábios, o brilho em seu olhar vacilou.

         - Bom. – o secretário se levantou. – Irei voltar para o meu trabalho. Se me derem a licença.

         - Baekhyun. – Chanyeol o chamou.

         - Deixe ele ir. Só assim podemos ficar a sós. – Megan ia enlaçando os braços no pescoço do presidente.

         O ruivo sorriu de forma tímida e saiu em disparada. Se Chanyeol não quisesse assistir ao filme, ele iria sozinho mesmo.

°°°°°°°°°°°°°°°

         Sehun, da sua mesa, olhava Baekhyun digitar de forma fervorosa no computador. A expressão séria em sua face indicava que o rapaz estava chateado com alguma coisa.

         O moreno observava aquela tez franzida, as sobrancelhas arqueadas, os lábios comprimidos e a raiva naqueles olhos era tamanha, que dali poderia sair raios lasers. Ele queria rir daquilo, pois por mais que fosse algo tenso para o secretário do presidente, a cena era de todo engraçada.

         Assim como Heechul, Sehun decidiu se aproximar do menor enquanto estava sentado em sua cadeira de rodinhas deslizando-a por aí. Quando se aproximou desse, pode ouvi-lo murmurar as seguintes palavras: “esqueceu que temos um compromisso hoje? A inauguração da grife da minha conhecida? Pois que essa inauguração se exploda!”

         - O que aconteceu?

         Baekhyun nem mesmo se assustou com a presença repentina de Sehun ao seu lado. Ao vê-lo o ruivo apenas se limitou a erguer uma de suas sobrancelhas.

         - Está de ovo virado? – era praticamente impossível para o moreno se manter sério.

         - O que está dizendo?

         - Você está cheio do mau humor aí. Aconteceu alguma coisa?

         - Não aconteceu nada. – o secretário voltava a digitar.

         - Aquela notícia sobre Titanic foi legal. O que vai fazer hoje à noite?

         - Irei assistir Titanic.

         Uma chama da esperança acendeu em Sehun.

         - Legal! Nós podemos...

         - Vou assistir sozinho. – Baekhyun o interrompeu.

         - Nossa, não quer mesmo...

         O ruivo olhou para seu amigo sem vontade alguma de continuar a quela conversa. Ele não queria ser rude com Sehun, era só que a sua cabeça e a sua vontade não estavam voltadas para aquela conversa naquele momento.

         - Não. E me desculpe Sehun, não estou com vontade de conversar agora. Quero ficar pensando.

         Sehun deixou os olhos em fendas para causar um suspense maior, porém no fim de tudo resolveu deixar o secretário do presidente sozinho.

         - Está me devendo uma saída, Byun Baekhyun. – saiu girando em sua cadeira enquanto tentava fazer uma expressão séria no rosto.

         - Ponha na minha conta.

°°°°°°°°°°°°°°

         - Você vai mesmo com esse suéter e essa calça? – Baekhyuna olhava para o irmão da cabeça aos pés.

         - Vou. Qual é o problema? Não é como se eu fosse fazer nada demais além de assistir um filme.

         - E se acontecer alguma coisa?

         - Que tipo de coisa?

         - Não sei. Vai que... – ela erguia as mãos.

         Baekhyun rolou os olhos.

         - Não vai acontecer nada demais.

         - Tá. Depois não diga que eu avisei.

         O Byun relembrava essa conversa enquanto estava agachado na calçada ao lado da entrada do cinema. Um suspiro pesado escapava por seus lábios enquanto uma brisa gelada ricocheteava o seu rosto. Fazia frio naquela noite e ele fazia uma nota mental em agradecimento a si mesmo por estar usando o seu suéter de cachorrinhos, sendo assim estava aquecido. Para Baekhyun importava muito mais que ele se sentisse e ficasse confortável com uma roupa do que estar estiloso com ela.

         Faltava dez minutos para o filme começar e mesmo esse sendo o seu favorito, o rapaz não parecia com vontade de assistir ou até mesmo desanimado. Ele observava as pessoas entrando acompanhadas, sorrindo, ou conversando de forma animada e aquilo o deixava um pouco mais triste.

         Não era que Baekyun tivesse problemas em sair sozinho. O rapaz não se privava de sair por conta de estar acompanhado ou não, entretanto naquela noite algo parecia o incomodar.

         - É isso. – sussurrava em um tom de voz triste para si.

         Seus olhos baixos observavam um par de all star pretos caminhar em sua direção, provavelmente seria um curioso que perguntaria o motivo de estar agachado na calçada.

         Ele diria que não estava se sentindo bem, o que não era mentira. Só não saberia muito o que fazer caso a pessoa quisesse ajudá-lo. O par de sapatos parou bem diante de si, fazendo com que além do tênis, o rapaz pudesse observar também a barra da calça jeans.

         Uau, essa pessoa parece ter pernas longas. Ele pensava surpreso.

         - O filme está prestes a começar e você ainda está agachado aí?

         Essa voz, não pode ser. O coração de Baekhyun bateu acelerado como uma escola de samba, os pelos de sua nuca ficaram eriçados, os olhos arregalados e a sua mente por breves segundos se recusou a acreditar que a pessoa diante de si era aquela que consumia quase todos os seus pensamentos.

         - Não vai falar nada? – ele tornou a dizer.

         As bochechas do ruivo coraram e seus olhos se ergueram. Era mesmo Chanyeol que estava parado diante de si. Os olhos do modelo estavam escondidos abaixo dos óculos escuros e os lábios grossos estavam esticados em um sorriso torto e discreto.

         - Chan...yeol, o que está fazendo aqui? – era evidente a surpresa em seu tom de voz.

         - Que eu saiba, você me convidou para assistir o filme, não?

         - Pensei que você...a Megan...

         - Queria descobrir se esse filme é bom mesmo. – o modelo logo tratou de mudar de assunto.

         - É... – foi tudo o que Baekhyun conseguiu dizer.

         Chanyeol sorriu mais uma vez.

         - E então, vamos assistir ao filme? – estendia a mão para o menor.

         Baekhyun sentia seu coração acelerar ainda mais. Aquela mão estendida era um convite, o ruivo sentia que era muito mais do que apenas se levantar e entrar no cinema. Era como se fosse um convite para conhecer um pouco mais de Park Chanyeol. Se tocar naquela mão quer dizer mergulhar naqueles olhos castanhos, escondidos, e no próprio rapaz em si, Baekhyun o faria sem pestanejar.

         As mãos se tocaram, por uma fração de segundos havia um pouco de Byun Baekhyun em Park Chanyeol e um pouco de Park Chanyeol em Byun Baekhyun. Era uma espécie de fusão totalmente inesperada, mas que daria super certo.

         O ruivo sorriu, levantou-se e disse:

         - Claro. Afinal, sou a sua capa de invisibilidade, não é mesmo?

         Chanyeol apenas acenou de forma positiva enquanto entravam no cinema.

         - Esse filme é bom mesmo? – já entravam na sala.

         - Claro. Se não fosse, ele não teria quase quatro horas de duração.

         - O que?! Quatro horas?! Não dá para voltarmos lá para fora?

         Baekhyun soltou uma risadinha em resposta.

         - Titanic é bom. Posso prometer isso.

         - Se não for, considere-se um homem demitido. – o modelo dizia em tom de brincadeira.

°°°°°°°°°°°°

         O filme se mostrou ser uma bela surpresa para Chanyeol. Assim que a tela foi invadida pela imagem daquele enorme navio e por Leonardo Di Caprio, o modelo estava achando tudo muito entediante, entretanto sem nem mesmo se dar conta ele já estava totalmente imerso na história e totalmente apreensivo. Baekhyun foi o único que surtou, suspirou e morreu de amores por Jack Dawson desde o início do filme.

         Foi então depois de um bom tempo que chegou a parte que o navio começar a afundar.

         Chanyeol e Baekhyun, sentados lado a lado, começaram a esboçar reações diversas. O modelo trincava os dentes, franzias as sobrancelhas, já o secretário se descabelava, cruzava os dedos e em um momento de pura aflição quando Rose estava deitada em cima daquela porta e Jack na água gelada, Baekhyun colocou sua mão sobre a de seu chefe.

         Chanyeol se surpreendeu com aquele toque. Seus olhos se arregalaram um pouco quando sentiu o calor e a maciez daquela mão sobre a sua. Era como se correntes elétricas perpassavam todo o seu corpo, do mesmo jeito que ele se esqueceu de como respirar por alguns segundos. Seus lábios ficaram secos, as palavras não conseguiam sair por esse. Ele só conseguiu respirar de forma normal, quando Baekhyun viu o que estava fazendo, corou e tirou a sua mão dali.

         O filme estava perto de acabar. Rose, em sua versão mais velha, estava em um barco, estava de noite e ela segurava uma joia em formato de coração. Essa é jogada ao mar logo em seguida e então se deu a cena final do filme. Depois de dormir, Rose sonha que está de volta ao barco e lá se encontra com Jack sob uma chuva de aplausos. O rapaz ri quando a vê, estende sua mão e eles se beijam.

         Nesse momento, Chanyeol ouviu soluços baixos ao seu lado. Ao virar a cabeça, deparou-se com um Baekhyun chorando copiosamente, seu nariz estava vermelho e ele balbuciava por vezes o nome de Jack.

         O filme acabou, as luzes da sala de cinema acenderam e o ruivo logo tratou de esconder o seu rosto.

         - Está chorando, Baekhyun? – o modelo esboçava um sorriso torto em sua face.

         - Não. O vento do ar-condicionado bateu nos meus olhos. – a sua voz saiu abafada por causa do suéter.

         - Fingirei que acredito.

°°°°°°°°°°°°°°°°°°

         - O que achou do filme? – Baekhyun perguntava com as mãos dentro dos bolsos da sua calça, totalmente recomposto.

         Os rapazes agora caminhavam em um caminhar tranquilo sob as luzes de Seul enquanto o vento gelado farfalhava seus cabelos.

         - Até que não é ruim. – os óculos de Chanyeol deslizavam para seu nariz.

         - Não é ruim? – estava surpreso. – É um dos melhores filmes de todos os tempos.

         Chanyeol sorriu. Tentava ver Baekhyun pelas cores da cidade e se duvidasse ele parecia estar mais chamativo do que elas com aquele suéter de cachorrinhos.

         - Tá, digamos que seja.

         - Pensei que não fosse vir. – o ruivo baixava o olhar.

         - Eu também não.

         - Então por que veio?

         - Não sei.

         O silêncio invadiu aquela conversa. Baekhyun desviou o olhar para as folhas das árvores que passavam por sobre sua cabeça e Chanyeol parecia criar muitas indagações em sua cabeça, mas não sabia a resposta de nenhuma delas.

         - Chanyeol. – o secretário o chamou.

         - O que foi?

         - Obrigado por vir, de verdade. – ele sorria. – Você deixou uma ida ao cinema ficar mais legal.

         O modelo não respondeu, ele apenas encarava seu secretário enquanto não sabia muito que fazer. Na verdade, ele até chegava a conclusão de que tudo aquilo era muito atípico, porque em situação nenhuma ele sairia com alguém como Baekhyun, no entanto estava ali agora, abandonando todos os seus compromissos como uma celebridade naquela noite. Era, de fato, peculiar.

         - Nossa. Já está tão tarde. – Baekhyun dizia surpreso ao olhar seu relógio de pulso.

         - A noite ainda é uma criança.

         - É, só que não será você que precisa acordar cedo amanhã para ir trabalhar.

         O moreno esboçou um sorriso que fez o ruivo perder o fôlego.

         - É um argumento plausível. Eu te levo para casa. Então senhor, para onde quer ir?

         Baekhyun não evitou soltar uma gargalhada ao mesmo tempo em que deixou suas bochechas corarem.

         - Para as estrelas.

         Seu coração bateu em disparada ao ver outro pequeno sorriso surgir naqueles lábios. O vento soprou na direção deles mais uma vez, o tempo pareceu parar e Baekhyun se sentia dentro do filme Titanic. Ali, diante de si, parecia estar vendo o seu Jack Dawson, quando na verdade era Park Chanyeol. Sem ser o modelo, o presidente de uma revista de moda, apenas o homem Park Chanyeol.

         E Baekhyun precisava confessar algo naquele momento. Ele gostava muito mais do Park Chanyeol que via diante de si do que do Jack Dawson do filme.


Notas Finais


Meu twitter: @LaisEmanuele97

Link da música: https://www.youtube.com/watch?v=0FB2EoKTK_Q

Gente, o que foi este capítulo? Estou chocada com os acontecimentos hahahahaha
Baekhyun convidando Chanyeol para o cinema.
Heechul se espantando com a virgindade do Baek
Sehun com novo visual.
E essa conversa da Hyuna com o Baek? Amei <3
Quais são as previsões de vocês para os futuros acontecimentos?
Vejo vocês no capítulo nove.
Kisses
Misakihime


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