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História O feio mais belo - 19. Ops! Eu saí nas notícias


Escrita por: Misakihime

Notas do Autor


Olá pessoas lindas do meu coração!
Eu voltei!!!
Peço desculpas pela demora.
Eu estava em processo de finalização de Descendents Lovers e início da minha fanfic sulay, que já está postada e deixarei o link dela nas notas finais =3. Espero que além de O feio mais belo, deem muito amor também para Missão AZ7/01 <3.
Confesso que também estou em um pequeno vício com Gab Dong e Ice Fantasy >< hahahahahaha.
Ahhhhh eu estou bem feliz em estar de volta e espero que gostem desse capítulo, porque sinceramente eu tive uns leves surtos escrevendo hahahaha.
Vejo todos nas notas finais.
Boa Leitura!

Capítulo 19 - 19. Ops! Eu saí nas notícias


Fanfic / Fanfiction O feio mais belo - 19. Ops! Eu saí nas notícias

A face de Megan estava toda suja de glacê quando os flashes ficaram ainda mais intensos. Sua boca estava aberta enquanto soltava um grito histérico. Suas mãos tremiam, inquietas, ao lado de seu corpo e todos os convidados que aquela cena observavam, prendiam uma risada. Principalmente Oh Sehun.

               - Como ousa fazer isso comigo! – a vilã berrava.

               - Eu ainda fiz pouco, pelo o que você fez o meu irmão passar. – o brilho nos olhos de Hyuna era assustador.

               A atriz estava tão ensandecida, que não pensou duas vezes em partir para cima da mulher e desferir um tapa nessa. Entretanto Baekhyuna foi muito mais rápida e a imobilizou com um golpe, fazendo com que o rosto de Megan batesse com força na mesa do bolo.

               - Eu sou faixa preta em judô. – a cabelereira mostrou sua língua.

               Em resposta ao que viu, Sehun bateu palmas ao mesmo tempo em que seus olhos castanhos brilhavam.

               - Essa é a minha mulher. – era perceptível a admiração em seu tom de voz.

               - O que? – Baekhyun fitava Shangai Boy de cima a baixo com os olhos em fendas.

               - Er...nada. Não está mais aqui quem falou. – ergueu as mãos em um sinal de rendição.

               - Não queira ser um homem morto, Shangai boy. – deslizava o polegar por seu pescoço.

               As bochechas do maior assumiram uma coloração rosácea no exato instante que de seus lábios saiu uma risada nervosa.

               - Já disse que não está mais aqui quem falou.

               - Acho bom mesmo. Não chegue nem perto de tocar em um fio de cabelo da minha irmãzinha.

               - Agora que eu fiquei com mais vontade de tocar.

               - Shangai boy! – os olhos do menor estavam arregalados enquanto uma expressão irritada era calcada em sua face.

               - Não disse nada... – assobiava e olhava para todos os cantos do salão como se fingisse que não era com ele.

               Megan não sabia o que fazer, nem mesmo como reagir. Ela era consumida pela raiva da mesma forma que era cegada pelos flashes. A mulher não conseguia acreditar que estava vendo tudo o que planejou, tudo o que ambicionou durante anos, escapar assim por entre seus dedos tão rápido.

Raiva. Era tudo o que conseguia sentir. Seus olhos estavam vermelhos, a expressão em sua face chegava a ser assustadora, bestial até.

-Vão embora! Saiam daqui! SAIAM!

-He Ra, nos dê uma explicação. Por que fingiu sobre a gravidez com Park Chanyeol? - um dos jornalistas perguntava.

-Já disse para sair daqui! Vão embora!

Baekhyun observava aquela cena com um brilho desconhecido nos olhos. Ele não sentia nada mais do que pena pela mulher. Afinal, ela teve o que apenas mereceu.

Um suspiro pesado escapou por seus lábios e seus olhos percorreram o cômodo a procura de tentar desviar o olhar daquela cena caótica, até mesmo da ira de sua irmã gêmea. Foi nesse interim que seus olhos se encontraram com os de Chanyeol.

Os olhos castanhos do maior continha um brilho perdido, surpreso, acho que até mesmo aliviado. Ele carregava dentro de si de um gosto amargo, uma sensação de vazio por ter perdido um filho que nem sequer existia, entretanto sentia um peso sair de suas costas por comprovar que tudo não passava de uma armação de Megan.

O presidente da K-Beauty até então não tinha percebido o olhar do menor sustentado em sua face. Quando o fez, esboçou um sorriso espontâneo, aliviado.

Baekhyun ao ver tal coisa, sentiu o seu coração bater mais rápido, ficar amolecido enquanto tinha a plena certeza de que era naquele homem sorridente que estava o seu abrigo. Que poderiam finalmente ficar juntos.

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-Entre poder comer lixo o ano todo ou comer todas as comidas gostosas de qualquer lugar com cabelo, o que você escolheria?

Minseok se virou para Baekhyun com uma expressão pensativa, com um pouco de repulsa, talvez, porém de certa forma tinha chegado a uma conclusão.

-Eca. Quem conseguiria comer lixo? Prefiro comer todas as comidas gostosas com cabelo.

-Hum. É. Faz sentido. - o ruivo pegava a lata de cerveja e bebericava um pouco do líquido enquanto observava a lua do terraço de sua casa.

O moreno observava seu melhor amigo com uma expressão um tanto quanto que divertida. Ele não mediu esforços para se encontrar com esse, quando recebeu uma ligação do próprio falando que precisava espairecer depois de uma festa bem agitada.

-Sabe que a qualquer momento Jong Dae pode passar por aquela porta histérico, não é?

-Você gosta de dar umas escapadas do hospital de vez em quando. - esboçou um pequeno sorriso no canto de seus lábios.

-É claro que eu gosto. Aquele lugar é sufocante. Não posso nem fazer as minhas apostas no banheiro direito.

O secretário soltou uma gargalhada em resposta.

Aquele clima era leve, ameno. A brisa gelada passava por ali e bagunçava o cabelo de ambos. A lata de cerveja pendia da mão de Baekhyun enquanto os amigos se deixavam levar por aquele silêncio, que não era nada incômodo. Era na ausência de palavras que os laços eram estabelecidos, que a amizade se tornava mais forte e que palavras não ditas eram compreendidas.

Os rapazes eram amigos há tanto tempo, que qualquer gesto era palavra compreendida. O secretário necessitava de Minseok, por sua vez, Minseok precisava sair do hospital. Um precisava do outro e era uma troca justa.

-E essa festa? O que aconteceu nela para me chamar assim com tamanha urgência? - soltava uma gargalhada abafada por causa da máscara que cobria os seus lábios.

-Digamos que máscaras caíram e os repórteres ficaram famintos por um furo de reportagem.

Os olhos bicolores do moreno observaram o rosto de perfil de seu amigo.

-Não está acostumado com isso não é mesmo?

-Nem um pouco.

-É bem diferente do seu mundo, não é?

-Sim.

Antes que Minseok pudesse falar alguma coisa, Baekhyun tornou a olhar para a face desse e esboçou um largo sorriso enquanto se espreguiçava.

-Sabe, pode não ser o meu mundo, mas tem um certo alguém que me faz querer ficar nele. Pareço ser o famoso peixe fora d’água, só que, quando estou com ele, é como se eu tivesse encontrado o meu lugar nesse mundo tão estranho e selvagem.

-Quem diria que algum dia eu o veria tão apaixonado assim. - gargalhava.

-Está querendo dizer que tenho o coração de pedra? - os olhos ficaram em fendas.

-Que isso, longe de mim. - passava a fitar o céu em uma tentativa vã de mudar o assunto.

-Minseok...

-Minseok! O que está fazendo aqui? - um Jong Dae ofegante surgia naquele terraço. A expressão em sua face era de pura preocupação. A ponta do seu nariz estava até mesmo vermelha por conta de ter saído naquela noite gélida sem um agasalho decente. - Você não pode fugir assim do hospital! A sua saúde...

-Ops! - foi tudo o que conseguiu dizer enquanto erguia as mãos em um sinal de rendição.

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Depois da festa de noivado escandalosa, uma calmaria tomou conta da vida de todos na K-Beauty. Não se ouvia mais falar de Choi Megan, apenas sobre as notícias de sua falsa gradivdez, que rondava todos os tablóides, todos os sites, enquanto choviam comentários nos quais os internautas diziam que ela inventou esse filho só para ganhar dineheiro às custas da família Park, o que não era mentira.

A mulher foi obrigada a se manter reclusa em um hospital, fingindo uma doença ou esgotamento físico, para se livrar dos jornalistas que a perseguiam atrás de mais furos de reportagem.

Os tempos de bonança finalmente haviam chegado, pelo menos por enquanto. Afinal, não dá para adivinhar o futuro, não é mesmo?

Kim Heechul se sentia como se tivesse ganhado na loteria. Ele não se esqueceria daquele babado por muito tempo. Definitivamente aquela tinha sido a melhor festa de todas naquele ano.

Já Park Chanyeol e Byun Baekhyun poderiam enfim aproveitar um ao outro.

O sol brilhava no alto daquele céu azul. As folhas das árvores se agitavam com a leve brisa enquanto a bicicleta caminhava pelo parque de forma tranquila. Nela, o presidente da K-Beauty estava pedalando enquanto o seu secretário estava logo atrás, como carona, com um sorriso nos lábios e os braços enlaçados na cintura do maior.

Os batimentos cardíacos batiam em um só compasso. Ambos sorriam e aproveitavam aquela bela vista do verde. Ali, mergulhados no silêncio, sentiam e se alimentavam da presença um do outro.

-Chanyeol, eu nunca tinha andado de bicicleta antes. - seus olhos grandes se ergueram para fitar a nuca do seu chefe.

-Como uma pessoa que anda de lambreta para cima e para baixo não sabe andar de bicicleta?

-Ah. -soltava uma gargalhada. -Só aconteceu.

-Baekhyun.

-Hm. - foi tudo o que conseguiu dizer enquanto era inebriado por aquele aroma mentolado.

-O que acha de nos casarmos?

-O QUE? - suas bochechas coraram de imediato.

-É. - Chanyeol exibia um largo sorriso. -Vamos ter a nossa casa, vamos ficar juntos, mas para isso você precisa...

-ACORDAR! - a voz de Baekhyuna berrou em seus ouvidos.

Um jato de água gelada foi jogado em sua face, fazendo com que o ruivo levantasse da cama em um salto. Ao sentir suas roupas molhadas e ver sua irmã segurando um balde, foi tomado por uma ira enlouquecedora.

O pedido não foi real. Tudo não passara de um sonho.

-O QUE VOCÊ FEZ?! - berrava.

A mulher se limitou apenas a erguer uma de suas sobrancelhas e a cruzar os braços rente ao corpo.

-Você não queria acordar de jeito nenhum. Foi a única solução que eu encontrei.

-Hyuna, você não fez isso. - seus lábios se contorciam em um biquinho. - Eu iria me casar com o Chanyeol...

-O que? Ahhh. - fez uma expressão surpresa quando percebeu do que se tratava. - A propósito, papai chamou Chanyeol para comer frango no restaurante. Ele disse que quer conhecer o genro dele.

Baekhyun sentiu suas bochechas corarem enquanto uma morte lenta e dolorosa tomava conta de si. Seu pai já sabia. Como ele...

-Baekhyuna!

-Desculpa. - erguia as mãos em sinal de rendição. - Foi mais forte do que eu.

-Só acho que o nosso pai vai gostar muito de saber que Oh Sehun está dando em cima de você.

A boca da mulher ficou aberta em um perfeito ‘o’ no mesmo instante em que seus olhos ficaram em fendas e apontou o seu dedo indicador para a face do rapaz.

-Não faria isso...

-Não duvide do que sou capaz de fazer, Hyuna.

-Ah é? Ótimo. A vingança é um prato que se come quente mesmo.

-É frio. Que se come frio.

-Para mim é quente. A propósito, você vai se atrasar para o trabalho.

Quando olhou para o relógio, Baekhyun arregalou os olhos em surpresa. Eram nove e meia da manhã.

-Ai, que merda.

-Viu só? Eu já estou comendo ele bem quente.

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         Lu Han caminhava pelas ruas de Seul com um semblante melancólico, talvez. Suas mãos estavam escondidas nos bolsos de sua calça enquanto a brisa gélida daquela manhã agitavam algumas mechas de seus cabelos alinhados em um penteado moderno. Já os olhos castanhos mantinham um brilho por deveras pensativo.

         Ele voltaria para a China amanhã e ainda não tinha conseguido nem sequer se encontrar com Oh Sehun outra vez. Um suspiro pesado escapava por seus lábios.

         O modelo não queria muito tempo, bastava apenas trocar algumas palavras, estar perto, conhecer um pouco mais.

         Só que esses dias havia sido tudo tão corrido, sua agenda tão cheia por conta de compromissos não só com a K-Beauty, mas também com marcas coreanas de produtos de beleza, para as quais era o garoto propaganda que tudo o que mais fez foi apenas trabalhar.

         Tao era contra aquele pequeno tempo de folga que estava tirando, porém Lu Han precisava daquilo. Precisava ao menos para tentar organizar os seus pensamentos e tentar se conformar com aquele pequeno encontro no dia do ensaio fotográfico.

         A imagem de Sehun de óculos escuros era projetada em sua mente.

         Ele soltou uma risada curta em resposta.

         O editor chefe estava por deveras interessante com aquele visual. Deixava-o com um ar enigmático e o passatempo favorito do modelo era resolver enigmas.

         Estava prestes a começar a chover, quando Lu Han sentiu alguns pingos molharem sua blusa e ele sair correndo para dentro de uma cafeteria.

         Quem estava dentro desta cafeteria?

         Isso mesmo, Oh Sehun.

         Ao perceber tal fato, o modelo tentou disfarçar o pequeno sorriso que teimava em surgir em seus lábios e agir com naturalidade. Como se aquilo fosse uma mera e simples coincidência, o que não deixava de ser.

         Sehun estava distraído com a chuva que caía do outro lado da enorme vitrine enquanto o seu café gelado repousava sobre a mesa, completamente intocado. Seus pensamentos vagavam para longe.

         - Você também gosta de frapuccino? – a voz do menor ecoou em seus ouvidos fazendo com que voltasse para a realidade.

         O maior observou, com sobrancelhas franzidas, o modelo tímido, o qual continha um sorriso discreto no canto de seus lábios. Por breves segundos, o editor chefe se manteve um pouco confuso, para logo em seguida se dar conta do que o outro estava falando.

         - Ah. – soltava uma risada curta. – Digamos que não é o meu preferido, mas estou gostando de tomar coisas doces ultimamente.

         - Posso me sentar? – apontava para a cadeira.

         - Claro. – houve um leve dar de ombros.

         Lu Han começava a ficar nervoso. Não sabia muito bem o que falar. Apenas entrelaçou os dedos de suas mãos e ficou a ouvir o barulho alto da chuva do lado de fora.

         Sehun percebeu esse pequeno nervosismo vindo do menor.

         - O que achou do ensaio fotográfico? – quebrou o pequeno silêncio.

         Olhos foram arregalados de forma discreta.

         - Er...foi bom. Penso que a revista tem um conceito interessante a abordar nesse próximo volume.

         O moreno esboçou um pequeno sorriso.

         - Ah. – a face de Lu Han parecia se iluminar. – Soube que você tem um apelido. Shangai Boy.

         Os olhos castanhos e pequenos de Sehun passaram a observar o menor com um brilho intenso, como também uma expressão séria tomava conta de sua face.

         - Só uma pessoa pode me chamar de Shangai Boy. – o seu tom de voz era sério.

         As bochechas do moreno coraram em vergonha. Ele se envergonhava não por alguma atitude fofa ou simplesmente pelo dato de star ali de frente com Oh Sehun, porém pelo fato de ter tocado em algo um tanto particular do maior, quase como se estivesse invadindo demais a sua privacidade.

         - Eu não sabia. Me desculpe. – seu olhar baixava para suas mãos enquanto seu lábio inferior era mordiscado.

         Sehun deu um gole em seu frappuccino. Ele havia sido indelicado.

         - Não precisa pedir desculpas. Eu que fui um pouco seco, então eu quem devo me desculpar. Me desculpe. – havia sinceridade naquele olhar.

         Lu Han sentiu os seus batimentos cardíacos ficarem acelerados. Seus lábios ficaram entreabertos enquanto uma expressão abobalhada tomava conta de sua face, por conta de não sabe muito que fazer.

         - E então, Xiao, tem aproveitado a sua estadia aqui em Seul? – um sorriso surgia no canto daqueles lábios finos.

         Os dedos do menor ficaram ainda mais entrelaçados enquanto seus olhos estavam presos àquele sorriso. Era como se por breves segundos ele pudesse flutuar e se perder nos pensamentos felizes e imaginários de sua mente, nos quais criava grandes expectativas, como também um futuro totalmente incerto.

         Seria errado demais criar fantasias? Ilusões? Só para sustentar um sentimento em seu coração e continuar vivendo? Seria errado demais amar uma pessoa que nem sequer te conhece direito ou que nem sequer te viu? Seria errado ludibriar a sua mente em razão de um sentimento só para continuar a alimentar as suas esperanças? É errado achar que pelo menos uma vez na sua vida que uma coisa completamente impossível na sua vida possa dar certo? Lu Han pensava que não.

         - Eu tenho trabalhado mais do que aproveitado. Tenho ido a muitos eventos.

         - Ah.  – girava o canudo da bebida dentro do copo. – Esses eventos tediosos, nos quais a maioria das pessoas são umas completas esnobes.

         - Algo assim. – soltou uma risada curta. Moveu os dedos. – Er...Eu posso adicionar o número do seu telefone no meu celular? – lá estavam as bochechas coradas mais uma vez.

         - O que? – franzia as sobrancelhas em curiosidade.

         - É que...não conheço muitas pessoas aqui e não tenho ninguém com quem conversar, por isso...

         - Claro. – entregava o aparelho para o menor. – Pode pegar o meu número.

         - Obrigado. – havia timidez em seu tom de voz.

         Antes de terminar de trocar os números, o som do sino sobre a porta de entrada da cafeteria foi ouvido por ambos os rapazes, logo em seguida o som de passos, para finalmente uma voz feminina ecoar nos ouvidos de Lu Han.

         - Ei, Sehun, trouxe o que me pediu.

         O modelo ergueu os olhos para fitar uma bela mulher a sua frente. Os cabelos castanhos dessa caíam como cascata abaixo de seus ombros, o castanho claro de seus olhos era realçado com lápis de olho e ela tinha feições delicadas, como os lábios finos e rosados. Seu gosto por moda também era perceptível.

         Lu Han também percebeu a forma como o editor chefe olhava para ela. Era apaixonada.

         Em seu interior, algo pareceu se romper e machucá-lo. O sorriso, que antes estava em sua face, havia desaparecido.

         - Frappuccino? – Hyuna erguia uma de suas sobrancelhas em resposta.

         - É. Por que...

         - Não. Nada.

         A mulher olhava para a expressão melancólica no rosto de Lu Han, como também percebia a aura pesada do clima que vinha por parte desse. Por isso, achou melhor não comentar nada que frappuccino era a sua bebida favorita quando ia à cafeterias. Seus olhos também repararam na expressão feliz de Sehun ao vê-la e seu coração correspondia ao gesto batendo mais forte, porém ela se sentia um pouco estranha ao perceber que seria a causadora daquele clima desconfortável.

         - Acho melhor eu ir embora. – o modelo se levantava.

         - Não precisa ir. – Baekhyuna afirmava. – Eu só vim trazer essa jaqueta para Sehun. Não vou demorar.

         - Não atrapalhou. Fica mais um pouco. – colocava a sua mão sobre a dela enquanto seus olhos brilhavam pidões.

         - Eu já vou indo. – Lu Han saiu sem nem ao menos se despedir.

         Ele não aguentaria ficar ali. Era desconfortável demais para si, talvez até doloroso demais.

         Do lado de fora, no meio daquela chuva, seus cabelos ficavam molhados e grudavam em sua face, enquanto com um olhar melancólico observava o céu cinzento sob a sua cabeça.

         - Ele já tem alguém.

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         - Secretários sempre têm de chegar antes dos seus chefes. – o tom de voz tranquilo e sem emoção de Do Kyungsoo chegava aos seus ouvidos.

         Baekhyun estava com as bochechas rosadas por ter vindo correndo praticamente todo o caminho. Alguns fios de seus cabelos grudavam em sua testa por conta do suor. O guarda-chuva, em suas mãos, estava todo revirado enquanto seus olhos estavam levemente arregalados e ele precisava de ao menos um minuto para respirar e se recompor. Afinal, o secretário sequer imaginava que no meio do caminho fosse pegar uma chuva que mais parecia que iria destruir meio mundo.

         As barras de sua calça social larga cinza estavam sujas de lama, como o all star preto também e a sua camisa azul com patinhos amarelos estava com uma pequena mancha de café, por conta da sua pressa. Os suspensórios na cor marrom e a gravata borboleta dava um toque final no seu visual.

         - Nunca pensei que chegar aqui fosse tão difícil. – colocava suas mãos sobre seus joelhos.

         Chanyeol estava em mais um de seus ensaios fotográficos com Jong In. Entretanto dessa vez parecia haver outros modelos, como também outros secretários e todos, sem exceção, olhavam para o visual do ruivo.

         Enquanto todos trajavam ternos de linha, possuíam cabelos extremamente alinhados em um penteado, Baekhyun praticamente ia contra todas as regras com suas roupas excêntricas, seus cabelos bagunçados em uma juba e os óculos excessivamente grandes. Isso porque ainda não viram o aparelho ortodôntico.

         - A sua camisa está manchada de café. – Kyungsoo disse outra vez enquanto se limitava a olhar para o ruivo de canto de olho.

         - O que? – fitava a mancha arredondada no tecido azul entre um patinho e outro. – Ahhh, que merda! Por que eu sempre tenho que acabar me sujando quando como? Aish! E justo hoje quando achei que essa roupa estava tão boa para vir trabalhar.

         - O conceito de bom anda tão deturpado nos dias de hoje. – o moreno anotava algo em sua agenda.

         - Ei, Kyungsoo. – Baekhyun mantinha uma expressão irritada.

         - O que foi? – olhou por sobre os óculos de grau.

         - Não ofenda a minha melhor blusa para sair! Os meus patinhos, eles...não merecem ouvir tamanha ofensa.

         Kyungsoo piscou algumas vezes enquanto guardava para si o comentário de que aquele rapaz estava com sérios problemas mentais ou precisava ir a um psicólogo.

         - Se isso é o melhor, eu não quero nem ver o pior. – continuava a anotar compromissos e mais compromissos em sua agenda.

         O ruivo chegou a erguer o seu dedo indicador e abrir a boca para tentar dizer algo, mas percebeu que não valia a pena. Então, apenas se limitou a fechar o guarda-chuva e a sentar no sofá enquanto observava Chanyeol caminhar de um lado para o outro enquanto revezava nas fotos. Na maioria das vezes apenas conseguia observar só o topo da cabeça de seu chefe, por estar em um local um pouco distante dessa vez.

         - Por que não está anotando nada em sua agenda? Um secretário...

         - Eu sei muito bem o que um secretário tem que fazer. – seu tom de voz era um pouco seco.

         - Tudo bem. – Kyungsoo pareceu não se importar e voltou a focar em seu trabalho.

         - Kyungsoo. – o ruivo o chamou.

         - O que foi?

         - Por que está todo mundo me encarando como se eu fosse de outro mundo?

         O moreno arrumou os óculos em sua face ao mesmo tempo em que não poderia pensar em outra resposta que não fosse uma afirmativa da própria pergunta de Baekhyun. Porém Kyungsoo o conhecia e sabia que aquele era o jeito do ruivo, a sua personalidade, por mais que às vezes considerasse isso um pouco de desleixo e nenhuma vaidade vinda do outro.

         - Porque os secretários usam ternos e estão sempre bem muito arrumados. Nós acompanhamos os nossos chefes e nos relacionamos com várias pessoas do ramo empresarial, por isso precisamos estar sempre com um visual apresentável.

         - Só que a eficiência de um secretário não é demonstrada através das roupas que ele usa, mas sim da sua capacidade em desempenhar tal trabalho. – as sobrancelhas do ruivo eram franzidas em uma expressão pensativa.

         - O que estão fazendo aí? – a voz de Jong In ecoou nos ouvidos de ambos.

         O modelo como sempre estava estonteante em mais um visual de uma coleção de uma marca famosa. Seus olhos castanhos estavam ainda mais oblíquos com aquela maquiagem leve e o lápis de olho.

         - Estávamos conversando. – Kyungsoo respondia com naturalidade, porém o ruivo percebeu a forma agitada como ele batia com a caneta sobre a capa de couro de sua agenda. Ele estava ansioso.

         - Gostei da camisa. – Jong In apontava para os patinhos de Baekhyun.

         - Obrigado. – coçava os cabelos ruivos.

         - Onde o Baekhyun está? Ele está atrasado. Eu...

         O secretário conseguia muito bem ouvir o tom de voz preocupado. No meio daquelas pessoas, também conseguia observar o presidente da K-Beauty pegar o celular que estava no bolso de sua calça para ligar para o menor, até que seus olhos castanhos se encontraram com a figura tímida de Baekhyun, que apenas deu um aceno curto com a sua mão.

         - Desde quando está aí? – aproximava-se rapidamente.

         - Não faz muito tempo. Peguei uma chuva e um trânsito horrível, então...

         - Não tem problema. O que importa é que já está aqui.

         Baekhyun soltou um pigarro para esconder o fato de que ficou balançado com aquela resposta.

         Ele parou para reparar melhor no visual de seu chefe e namorado. Como sempre, Chanyeol também estava impecável. Assim como Jong In, também estava maquiado e diferente de seu primo, Chanyeol carregava consigo um olhar intenso, hipnótico e tão agitado, que parecia mais o mar em dias de tempestade. Era algo belo de se ver. Algo que fazia o coração do menor acelerar querer navegar naquele castanho intenso.

         Por breves momentos, Baekhyun se perdia na aparência do modelo, até que em um supetão, a lembrança de Hyuna tomou conta de sua mente. Seu pai. Ela contou sobre Chanyeol para o seu pai.

         - Er...Chanyeol, precisamos conversar. – seus olhos mostravam um pequeno desespero.

         - Claro. Venha comigo. – o maior segurou a mão de seu funcionário e o levou para um canto mais reservado. – O que quer falar comigo? Por que está assim tão preocupado.

         - Eu preciso dizer uma coisa... – não conseguia encarar o presidente nos olhos.

         - O que? O que você quer dizer? – agora era o moreno que estava ficando aflito.

         - Então...

         - Diga logo de uma vez.

         Baekhyun soltou um suspiro pesado e fez como Chanyeol havia pedido.

         - Baekhyuna contou sobre nós para o meu pai e ele quer que você vá ao restaurante de frango hoje para jantar conosco.

         - O que?

         Definitivamente, naquele momento, Park Chanyeol ficou nervoso.

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         - Como a Megan foi capaz de fazer isso conosco depois de tudo o que fizemos por ela? – o senhor Park se irritava enquanto lia o seu jornal sentado no sofá. – Inventar uma gravidez! Um filho! – esticava as páginas do noticiário com irritação.

         A senhora Park, por sua vez, apenas esboçou um curto e rápido sorriso. Tal ato demonstrava ainda o alívio que sentia por não ter Megan como a sua nora.

         - Às vezes as pessoas cometem erros demais apenas para satisfazer a própria ganância. Até mesmo se corromper em prol disso. – olhava para o tabuleiro de baduk a sua frente e sentia uma felicidade invadir o seu corpo logo assim que imaginava a forma como Chanyeol agia quando estava com Baekhyun.

Preocupação, amor e o principal, Park Chanyeol havia se tornado mais humano.

O homem soltou um curto pigarro.

- E agora? O que vamos fazer? O que me alivia é que pelo menos as notícias estão mostrando a verdade. Eu só fico pensando no nosso filho. Ele precisa de alguém, precisa de alguém ao seu lado. A K-Beauty precisa de um herdeiro. Ele já está com vinte e oito anos.

A mulher sorriu outra vez com os seus pensamentos e com a fala de seu marido. Ela mantinha uma expressão divertida em sua face.

- Bem, quanto ao herdeiro da K-Beauty, bem...isso não é importante agora. Querido, saiba que, em breve a nossa família aumentará.

- O que quer dizer com isso? – seus olhos se arregalavam. – Está grávida?

- E eu lá tenho idade para engravidar? Aigoo. – meneava a cabeça. – Tsc. Tsc. Eu digo com relação ao nosso filho. Acho que já existe alguém dentro daquele coração.

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O cheiro de frango frito tomava conta de todo restaurante, assim como o som dos estalidos produzidos enquanto Goong Bae os fritava. Ele mantinha um sorriso curto em seu rosto, apesar de sempre estar preocupado com seus filhos, principalmente com Baekhyun. O homem não poderia fazer nada, se ele era um pai coruja que sentia ciúmes dos filhos quando estes começavam a namorar.

No entanto, o seu coração se tranquilizava com o fato de seu filho ter encontrado alguém. De alguém gostar desse do jeitinho que ele é. Goong Bae admitia para si mesmo que chegou a pensar que fosse Oh Sehun. Ele gostava do famoso Shangai Boy e de tudo o que fazia para ajudar o seu filho, porém descobriu que a pessoa de por quem Baekhyun havia se apaixonado era o seu chefe. O presidente da K-Beauty.

Agora, sobre Sehun...O homem já começava a ter sérias desconfianças sobre o que poderia estar acontecendo entre ele e Hyuna.

- Se ele fizer algum mal à minha filhinha, eu o cortarei em pedaços! – afirmava perdido em seus próprios pensamentos.

Na verdade, Hyuna se vingaria primeiro, mas não custava nada imaginar que estava defendendo a sua filha, não é mesmo?

Do lado de fora da cozinha, entre as mesas e as cadeiras daquele restaurante, o secretário já estava quase acabando com as suas unhas de tanto roê-las e sua irmã mantinha um sorriso no canto de seus lábios.

- Está nervoso, Baekhyun? – provocava.

- Fique quieta, porque sabe muito bem que a culpa disso é sua! Só queria ver se fosse você com o Shangai Boy.

Narrar o fato de que a mulher havia ficado com suas bochechas coradas, seria de uma completa redundância.

- O que? Não tem nada entre mim e Sehun. Que ultraje!

- Ultraje é você tentar me convencer dessas histórias para boi dormir. Os dois estão muito esquisitos. O que acha dele?

Hyuna colocou uma mecha de seus cabelos atrás de sua orelha.

- Até que ele é...bonitinho. – não conseguiu esconder o sorriso envergonhado que surgiu no canto de seus olhos.

- BYUN BAEKHYUNA, EU SABIA! EU SABIA! – arregalava os olhos. – Eu vou matar o Sehun! Eu vou...

Baekhyun ia, mas acabou ficando quando ouviu o som do sino acima da porta de entrada tocar e o seu coração declarar demissão do seu cargo naquele momento. Seus olhos ficaram arregalados em resposta, o suadouro em sua testa e mãos havia começado outra vez, assim como também não sabia se declarava o seu atestado de óbito por finalmente fazer com que seu pai conheça algum namorado seu ou por Chanyeol estar tão estonteante, que a única coisa que lhe restava a fazer era vaguear com sua alma por aí, porque o seu corpo já estava completamente inutilizável.

O presidente da K-Beauty apenas vestia trajes casuais, como calça jeans, uma camisa social com as mangas dobradas até os seus cotovelos e calçava um all star preto, porém para o ruivo ele estava como um deus grego.

Já Baekhyuna achou aquela roupa normal até demais e se pegou pensando em Sehun vestindo sua jaqueta de couro preta, como também usando óculos escuros. Aí sim, ela pensava.

Tudo se resumia a questão de gostos e preferências.

Em suas mãos, Park Chanyeol carregava uma garrafa de vinho. Ele a segurava como aquilo fosse o seu mundo, pois estava tão nervoso quanto Baekhyun. Isso nunca havia acontecido. Porém ainda que em todos esses anos, nessa mesma indústria vital coisas não tenham acontecido, saibam que um dia elas irão acontecer. É só questão de tempo, da situação e da pessoa com quem vocês estão.

O modelo olhava para aquele restaurante simples, mas caloroso com olhos nervosos ansiosos enquanto seus ouvidos ouviam os estalidos do frango e uma parte de sua mente já berrava insana sobre quantas calorias aquilo deveria ter, como também que ele tinha outro ensaio dali a dois dias e não poderia engordar um grama, senão todos os seus dias de academia e dieta restrita iriam por água abaixo.

Tem que manter o padrão, né meninas?

Já o secretário iria se afundar naqueles frangos fritos, iria comer o máximo e o excelso do que conseguia, da mesma forma que iria fazer com a cerveja, porque se tem algo que ele faz quando está ansioso é comer. Na verdade, até sem estar ansioso Baekhyun comia, por que havia outra coisa melhor a se fazer? Ele achava que não.

- Pai! – Hyuna gritou quebrando o silêncio agoniante que estava ali. – O seu genro já chegou!

- BAEKHYUNA! – o menor estava sendo torturado. Lenta e dolorosamente. – Chanyeol, eu...

- Eu trouxe vinho. – erguia a bolsa enquanto soltava uma risada nervosa.

Seria hoje que Byun Baekhyun se embebedaria? Talvez...

Goong Bae apareceu cheirando a frango. Ainda vestia o avental branco e tentava manter uma pose de pai durão, contudo a realidade era que o sorriso em seus lábios era tão largo, que parecia que eles iriam rasgar.

Chanyeol analisava o homem com certo medo, ansiedade. Ao observar a figura paterna do seu namorado da cabeça aos pés, chegou a conclusão de que Baekhyun se parecia muito mais com a mãe do que com o pai. Assim como, em um lugar obscuro e frio das profundezas de sua mente, ele sentia certo nojo por conta da aparência engordurada do homem.

- Então quer dizer que você está namorando o meu filho. – erguia uma de suas sobrancelhas.

- É...Sim...Estou...Bem, eu trouxe vinho. – erguia a bolsa com um sorriso de pedido de socorro em seus lábios.

- Pai, não precisa fazer tantas perguntas. – Baekhyun saía em seu socorro.

- Ei, ele é o meu genro. Preciso conhecê-lo.

- Ok, não está mais aqui quem falou. – ergueu as mãos em sinal de rendição.

- Você é uma figura pública, bem conhecida por sinal. Acha que este relacionamento pode dar certo? São tão diferentes.

O presidente da K-Beauty respirou fundo em um mantra para se acalmar e afirmou com toda a sua sinceridade:

- Eu não me importo com o que acham ou com o que vão pensar da minha relação com o Baekhyun. Na verdade, eu estou disposto a conhecer o mundo do Byun também. Ele tem se mostrado ser uma pessoa importante para mim e quando sei que algo é meu, faço questão de segurar bem forte para que não vá embora.

Goong Bae exibiu um pequeno sorriso em seus lábios com a sensação de estar falando com a pessoa certa.

Já o secretário estava apenas com o corpo ali, porque, depois daquele comentário, a sua alma já tinha saído dali a muito tempo.

~X~

Depois de uns copos de cerveja todo o nervosismo e ansiedade já haviam sumido. Agora, eles pareciam totalmente íntimos. Como já se conhecessem há décadas.

Baekhyun como sempre passava vergonha. Porque ele era daquele tipo de pessoa que se não fosse para passar vergonha, ele nem saía de casa. Entretanto o seu passar vergonha era de forma indireta, pois era Hyuna que estava contando sobre os podres desse na infância e todas as situações vergonhosas e engraçadas que você pode imaginar, como a do concurso de dança, por exemplo.

- Como você conseguiu quebrar a perna de outra pessoa dançando? – as sobrancelhas de Chanyeol eram franzidas em incredulidade.

Hyuna tomou um gole de sua cerveja, sorriu e disse:

- Isso é algo que nem as leis da física podem explicar. AH! Você quer ver as fotos do Baekhyun bebê? Tem uma que ele está tomando banho que é sensacional!

O ruivo se levantou com os olhos arregalados em indignação.

- VOCÊ NÃO SERIA CAPAZ DE FAZER ISSO?

A mulher soltou uma gargalhada obscura.

- Estou indo lá pegar. – saiu loja adentro.

- Baekhyuna, volta aqui! – o menor a seguiu.

O ambiente voltava a ser um lugar tranquilo. Goong Bae apenas soltou uma risada curta em resposta. Seus filhos pareciam nunca crescer. Chanyeol, por sua vez, bebericava a sua cerveja e olhava para todos os cantos do restaurante, porque não sabia muito bem o que conversar com o mais velho.

O clima ali se tornava calmo, mas intenso. Só que não era uma intensidade ruim, era como se fosse o início de uma nova relação entre pai e filho.

Goong Bae limpou a água que escorria do seu copo com um brilho de nostalgia, talvez, em seu olhar. Seus lábios se repuxavam em um sorriso enquanto pensava em como seria se sua esposa estivesse ali. Como seria a sua reação ao conhecer Chanyeol, coisas do tipo.

- Chanyeol. – chamava o mais novo.

Em resposta, os olhos castanhos grandes foram pararam sobre a figura do homem.

- Sei que, por ser pai do Baekhyun, talvez o meu discurso não seja tão levado a sério. Afinal, pais tendem sempre a elogiar os seus filhos. Mas quero que saiba que o meu menino é uma pessoa muito especial. Ele já passou por tanta coisa, foi o que mais sentiu a ausência da minha esposa e também já passou por episódios engraçados. Por conta do seu jeito despojado de ser, acaba recebendo críticas e comentários que não são agradáveis de ouvir.

Chanyeol se lembrou de quando o ruivo começou a trabalhar na K-Beauty. Em como ele tratava o seu funcionário e agora namorado.

- Por isso, fico agradecido por gostar do meu filho. Estava preocupado pensando que, talvez, Baekhyun fosse ficar sozinho, contudo o meu coração fica um pouco mais tranquilo em saber que quando eu não estiver mais aqui, ele ainda terá alguém para partilhar a vida, para sorrir quando chegar em casa e ver que lhe aguardam. Acredite ser solitário é uma das piores coisas da vida. Digo por experiência própria. Sendo assim, deposito em você a minha confiança de que cuidará bem dele.

O presidente da K-Beauty não sabia o que dizer depois de ouvir todas aquelas palavras, que mostravam o quão Goong Bae se importava de fato com o seu filho e o quão triste deveria ser viver sem a pessoa que ama depois dela ter sido arrancada você.

Os olhos castanhos tinham um brilho desconhecido.

- Goong Bae, de alguma forma o seu filho fez comigo o que ninguém conseguiu fazer. Baekhyun colocou o meu mundo de cabeça para baixo. Com ele, pude enxergar coisas que antes passavam totalmente despercebidas para mim. Consegui aprender também a fazer algo que nenhuma pessoa desconhecida me ensinou, amar alguém como o amo. Não precisa se preocupar, eu cuidarei de Baekhyun. Não sairei mais do seu lado e nem tenho planos para fazê-lo. Meu mundo não seria o mesmo sem ele.

Goong Bae sorriu, bebericou um gole de sua cerveja e ergueu o copo para fazer um brinde.

- Que vocês possam ser felizes.

Chanyeol sorriu.

Tim...Tim...

°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°

Era sábado. O dia mais ensolarado daquela semana. O céu estava completamente azul, sem nenhuma nuvem e Byun Baekhyun ainda conseguia se lembrar de quando Chanyeol apareceu na porta de sua casa o chamando para sair.

“Você disse que o proletariado precisa trabalhar, não é mesmo? Acho que agora está na hora do meu proletariado ruivo ter uma folga”.

Essas foram as suas exatas palavras.

Como sempre o menor era pego de surpresa.

Agora, estava deitado com sua cabeça sobre a perna do maior e o resto do corpo estava na toalha de mesa estendida no chão. Ambos estavam em um piquenique.

Com seus óculos fundo de garrafa, conseguia observar muito bem aquele rosto, aqueles olhos que o fitavam com um brilho apaixonado, os cabelos castanhos que se remexiam com a passagem da leve brisa por ali, sentir aquele dedo indicador que acariciava cada centímetro de sua face.

Em espécie de câmera lenta, via Park Chanyeol exibir um sorriso discreto e apaixonante em seus lábios. Tal ato fez o seu coração ficar aquecido.

- Do que está rindo? – perguntava em curiosidade.

- Nada. Estava apenas pensando.

- No que?

- Em você dançando e quebrando o pé de outra pessoa. – gargalhava.

- Ei, isso não tem graça. Foi triste para mim. Depois disso, toda a escola pareceu me odiar por um mês.

- Como alguém consegue odiá-lo?

- Você quer mesmo que eu relembre de tudo o que aconteceu quando eu comecei a trabalhar na revista?

- Não, obrigado. Já entendi.

Houve um pequeno silêncio durante breves segundos. Nesse meio tempo, Chanyeol segurou a mão de dedos finos de Baekhyun. Sua face se inclinou e algumas mechas de seus cabelos caíram sobre seus olhos.

- Chanyeol?

- Hm? – ergueu uma de suas sobrancelhas.

- Pode parar com isso?

- Com o que?

- De me fazer querer ter um ataque cardíaco de segundo em segundo. O meu pobre coração não aguenta.

O presidente soltou uma gargalhada longa.

- Quer dizer que eu não posso fazer isso? – montava uma expressão sensual em sua face. – Nem isso. – mais outra.

O ruivo além de estar extasiado com aquela visão, sentia a excitação tomar conta de si.

- Tsc. Tsc. Tsc. Não faça isso. Porque...

- Está me ameaçando? – sorria.

- Chanyeol...

- E isso aqui, pode?

Sem nem pensar duas vezes, o presidente da K-Beauty ergueu o tronco do ruivo e lhe deu um beijo extremamente apaixonado. Baekhyun conseguia sentir o gosto dos morangos que o modelo tinha comido. E isso era bom, entrava para um nível diferente. Até mesmo o seu coração batia agitado, porém diferentes.

Alguns minutos depois, quando já estavam ofegantes, Chanyeol afastou o seu rosto do de Baekhyun, que franziu as sobrancelhas em curiosidade.

- Já acabou? – parecia haver certa tristeza em seu tom de voz.

Os olhos castanhos do maior brilhavam. Já seus lábios sorriam em desejo.

- Só está começando, Byun Baekhyun. Só está começando.

Os lábios se uniram outra vez.

°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°

Em seu apartamento, Megan desejava a sua vingança. Seus olhos queimavam em ódio enquanto falava com alguém no telefone.

Ela não admitia ser humilhada daquele jeito. Não quando era uma socialite e uma das atrizes queridinhas da nação. Do dia da festa em diante, a mulher só tem observado a sua reputação despencar, parece que todos a odeiam e as suas notícias estão repletas de comentários odiosos.

- Eu vou acabar com todos eles. – rosnava. – Um por um. Não admito isso.

Principalmente aquela vadia chamada Byun Baekhyuna. Ela faria a mulher ser esmagada como uma formiga. Ela e o seu irmão gêmeo deveriam ser varridos do mundo.

Se todos estavam pensando que aquele era o seu fim, estavam muitos enganados. Ela teria Chanyeol, mas o teria para fazer questão de assumir a K-Beauty e destruí-la com suas próprias mãos.

- Choi He Ra? – a voz do outro lado da linha a chamou.

- Está pronto?

- Sim.

- Ótimo. – um sorriso obscuro surgia naqueles lábios vermelhos.

A sua vingança estava por começar.

°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°

Depois de séculos, Baekhyun finalmente conseguia voltar a ler mangá no expediente de trabalho nas horas vagas. Era simplesmente relaxante e ao mesmo tempo elevava o seu estresse em um nível que não dava para medir, porque ele sempre acabava por mergulhar demais na história e acabava por sofrer junto com os personagens. Era assim que estava enquanto lia Akatsuki no Yona.

- Por que eu ainda tinha que inventar de shippar o dragão verde com a Yona? De onde eu tirei isso? Como eu vou sobreviver?

Problemas de um otaku.

- BYUN BAEKHYUN VOCÊ PRECISA VER ISSO!  - a voz de Heechul praticamente gritava em seus ouvidos enquanto o moreno se aproximava correndo.

- O que foi? Se não for algo de importante, por favor, não atrapalhe a minha crise existencial com o mangá. – passava o dedo por entre seus cabelos.

- Acho que é muito importante. Veja só.

“O mulherengo da nação, Park Chanyeol, está namorando um homem?”

Era o título da notícia.

Baekhyun sentiu seus olhos arregalarem e seu coração perder uma batida em desespero. A sua face, inclusive, já estava mais branca do que a camisa que Heechul vestia.

Seus olhos passavam por toda a notícia e ali tinha fotos. Fotos do seu piquenique com Chanyeol no sábado. Elas mostravam ambos ora abraçados, ora se beijando.

Inclusive, tiraram fotos do momento em que o secretário estava comendo um cachorro quente e molho caiu na sua blusa. Eram takes que pareciam mais aquelas fotos em que a pessoa era marcada no Facebook. Melhor impossível.

- Eu não acredito que você saiu assim. – Heechul reclamava. – Por que tinha de estar comendo um cachorro quente? Isso é o cúmulo das fotos! E você ainda se sujou! As pessoas tem que comer com classe.

Heechul continuava a falar e a falar, até que o secretário conseguiu ver Chanyeol aparecendo no corredor também com uma expressão assustada, quase como se ele tivesse fazendo a seguinte pergunta para o seu funcionário: o que vamos fazer?

- Da próxima vez que for ser pego no flagra, por favor, me faça uma pose decente.

- Ops! – soltou um risinho nervoso.

Seus olhos voltaram a fitar Chanyeol e ambos se viam em um limbo. Completamente perdidos e sem saber o que fazer.

Tudo o que o secretário conseguia pensar era:

Eu saí nas notícias.


Notas Finais


Link do grupo de leitores das fanfics no whatsapp: https://chat.whatsapp.com/CMbtCBkiYUJF3miwQIH8kW
Perfil das fanfics no instagram: @misakihimefanfics

Link de Missão AZ7/01: https://www.spiritfanfiction.com/historia/missao-az701-14888487
Sinopse da fanfic: Em um mundo imerso na tecnologia, os hackers vivem em suas periferias, eles se escondem através das interfaces e podem fazer a sua vida mudar de uma hora para outra com apenas o apertar de uma tecla do teclado.
Zhang Yixing é um desses hackers. Ambicioso, o rapaz está a procura de trabalhos que o faça ganhar pilhas e pilhas de dinheiro.
Até que uma missão surge como a única oportunidade de levantar o seu status social.
Para isso, ele precisa sequestrar um experimento governamental e entregá-lo nas mãos de um suposto colecionador.
AZ7/01 (Suho) é o experimento que possui o poder de controlar a água.
Com esta missão, o destino de ambos se vê entrelaçado.
Quais são as consequências da quebra de um contrato?
Uma corrida contra o tempo se iniciará.
Sentimentos florescerão em meio a um tempo obscuro, onde será preciso escolher entre viver ou morrer.
Qual será o destino de ambos quando Yixing decidir ficar com AZ7/01 para si?

~X~
Sobre o capítulo de O feio mais belo: não estou sabendo opinar.
AHHHHH aconteceram tantas coisas que eu só quero deitar em posição fetal em algum canto.
Sigo não sabendo lidar com esse Chanbaek fofíssimo. Nem com o Chanyeol conhecendo o sogro <3
E a Megan hein? Oxi hahahaha
Luhan...Luhan....Falo nada hahaha.
AHHHHHH Quem estava com saudades do Minseok levanta a mão O/.
Eita que Baekhyun agora está nos sites de fofoca da vida hahahaha.
O que vocês acham que pode acontecer agora?
Deixem as suas apostas nos comentários =3.
Vejo vocês no próximo <3
Kisses
Misakihime.


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