Tempo depois, o doutor Tuan entra na sala, onde estavam Jeong-yeon, Ho-seok e Jung-kook, que não conseguia esperar pela sua alta.
— Jung-kook, então... Fora sua perna que deve permanecer mancando por mais alguns dias e sua memória que vai voltar com o tempo, ou com algum evento importante que lhe recorde algo, você já pode ir para casa. Mas, claro, não pode deixar de repousar, ouviu? — explica, anotando tudo isso em uma ficha.
— Sim, doutor. — Assente, querendo sair de lá.
— O que pode ajudar com sua perna, são caminhadas com freqüência. E, com a memória, olhar coisas que te lembrem outras e conversar com pessoas que tenham tido envolvimento em grande parte do tempo, com você. — completa.
— Vou falar com Nam-joon, Jin e Hobi. — diz e ele sorri, segurando a mão do garoto.
— Claro... Bem, melhoras! E precisar de algo, estamos aqui! — diz e deixa o quarto.
— Que bom. — sua mãe diz. — Vou ligar para Jin-young vir nos buscar. — diz, pegando seu celular e saindo do quarto também.
— Viu só?! Você está ótimo! — Ho-seok o abraça, feliz.
— Ai, amor. — Ri e retribui, devagar.
— Desculpa... — Ri fraco e se separa. — Ainda tá doendo?
— Só um pouco... — Sorri.
— Quer ajuda para se trocar? — oferece, enquanto ele se senta.
— Não, estou à tanto tempo nesse hospital que devo estar fora de forma... — brinca e fica de pé.
— Não seja bobo... — Ri um pouco.
— Deixa comigo, garoto. — Deixa um beijo no topo de sua testa e vai se trocar no banheiro do quarto.
...
Jung-kook termina de se trocar e volta para o quarto, onde Ho-seok estava lhe esperando.
— Lindo, como sempre. — Sorri.
— É, eu sei. — Ri e o abraça de lado.
— Bobo! — Ri também, o ajudando a sair do quarto. — Sabe que, mesmo com alta, vou continuar cuidando de você, né? — O olha, satisfeito por lhe ver andando.
— Sei disso, você tá sempre me tratando como um bebê... — Sorri.
— Porque você é meu bebê! — brinca, deitando sua cabeça em seu ombro.
— Nem vem com essa! — Ri.
— Você é... — Ri também.
E, nessas brincadeiras, todos entram no carro, voltando para casa.
...
Dias depois, Jung-kook estava com seu celular em mãos, quando recebe uma mensagem de Momo.
— Ei, pode vir buscar a Sol aqui? Tô com um pouco de dor nas costas...
— E eu, que sofri um acidente, tenho que ir aí buscá-la sem poder usar meu carro? — diz, em tom irônico.
— Vamos, eu sei que você consegue fazer muito esforço. — diz, claro que, maliciosamente.
— Tá. — responde secamente, acabando por aceitar.
Ele solta um longo suspiro e Ho-seok, que estava ao seu lado, estranha.
— Que foi? — Leva a mão à seu cabelo, acariciando fraco.
— Vou ter que buscar a Sol na casa da Momo... — diz, torcendo os lábios.
— Mas você consegue? Já consegue andar direito? — Franze o cenho levemente, preocupado.
— Consigo... — diz, se levantando.
— Tem certeza? Se quiser, eu vou contigo... — Se senta.
— Pode deixar, gatinho... — Sorri fraco. — Vou só tirar essa roupa e ir buscar a Sol. — diz, entrando no banheiro.
Jung-kook sai de lá com uma roupa mais apresentável que seu pijama de ursinhos. Então, ele deixa um beijo na testa do garoto, pronto para sair.
— Se cuida, tá? Qualquer coisa, liga pra mim... — diz, sorrindo fraco, ainda receoso.
— Pode deixar, você também... — diz, deixando o local.
Jung-kook sai da casa e faz sinal para o motorista.
— Jin-young, preciso que me leve à casa de Momo... Sabe onde é, não? — pergunta, entrando no carro.
— Sei sim, mas seu pai me disse que-
— Jin-young, eu sofri um acidente! — Arregala os olhos.
— Eu sei, mas... — Leva a mão à nuca, desviando o olhar.
— Cara... — incrédulo.
— Tá, pode deixar. — Suspira, em desistência, entrando no carro.
Jung-kook dá um sorriso de comemoração e entra logo em seguida.
...
Assim que eles chegam lá, Jin-young estaciona na frente da casa e Jung-kook desce do carro, tocando a campainha.
Em pouco tempo, Momo aparece, abrindo a porta.
— Que bom que chegou, Kookie! Entra! — Dá espaço para ele e ele adentra.
— Cadê a Sol? — A olha.
— Vou buscar ela... Pode se sentar! — Aponta para o sofá atrás de si. Ah... quantas lembranças naquele sofá... Não que elas fossem boas de se recordar...
Jung-kook acaba se sentando.
— Quer beber algo? — Arqueia as sobrancelhas.
— Não, valeu... — Suspira.
— Tem certeza? Aqui tem sua bebida favorita! — Abre um sorriso, o convencendo.
— Tá, pode ser... — acaba aceitando.
Momo ri e vai até a cozinha, pegando dois copos e servindo para ambos. Ela volta com os dois copos e entrega para Momo.
— Prontinho, bebê... — O entrega e se senta na mesa de centro, ficando de frente para ele.
— Não me chama assim... — reclama e bebe da bebida. — Saiba que só to topando isso tudo pela minha filha... — diz.
— Nossa filha! Até a bebida é por ela? — argumenta.
— Cala a boca! — Franze o cenho.
— Pode me fazer calar, se quiser... — Se levanta, deixando a bebida sob a mesa e se senta em seu colo.
— O que tá fazendo, porra? — A olha feio.
Momo não responde, apenas sela os lábios dele, se apoiando em seu ombro. Jung-kook se irrita e a empurra, deixando a bebida em cima da mesinha ao lado do sofá.
— Vou fingir que você não fez isso... — A retira de seu colo. — Pode pegar a Sol? — Franze o cenho.
Momo suspira e se levanta vai para o quarto. Óbvio, ele não iria desperdiçar a bebida, então, se vira para pegá-la, mas acaba vendo um papel mal colocado dentro da gaveta.
Por curiosidade, ele o pega, ao invés da bebida e acha um exame de gravidez no nome de Ka-Yee e outro no nome de Jung-kook. Na hora, ele cai na real.
— Momo! — a chama, nervoso.
— O que foi? — Chega na sala com Yong-sun no colo. — Você me assustou... — Ri de nervoso.
— O que é isso?! — A mostra o papel, tremendo.
— A-ah... — percebe. — K-Kookie, eu posso explicar! — diz, tentando inventar uma desculpa.
— Qual é a sua desculpa?! — Se aproxima dela, na força do ódio.
— E-eu... — Olha para baixo, engolindo seco.
— Imaginei... — Solta um riso irônico, se afastando dela, mas estava tremendo de raiva.
Yong-sun começa a chorar e, em um pensamento rápido, ele só consegue pensar em uma coisa.
— Me dá a Yong-sun. — diz, sério, olhando-a.
— M-mas... — estranha.
— Agora! — grita.
Momo lhe entrega a bebê e ele sai dali rapidamente com a bebê, voltando para o carro. Jin-young estranha o nervosismo de Jung-kook e a garota chorando estridentemente, mas resolve não dizer nada.
...
No quarto, Ho-seok recebe uma mensagem anônima, que lhe intriga. Uma foto de Jung-kook com Momo em seu colo, se beijando. Ele sente seu coração doer com aquilo.
...
Assim que Jung-kook chega no quarto, após deixar Yong-sun com Ji-soo, encontra Ho-seok chorando, com a foto que recebera ao seu lado.
— Ei... O que houve? — Se agacha ao seu lado.
— Me diz você, o que houve! — Coloca o celular com agressividade em seu peito.
Jung-kook franze o cenho e olha aquela foto.
— Merda... Olha, eu posso explicar, Hobi! — diz, colocando o celular em cima da cama novamente.
— Tenho certeza que não. — Volta a se sentar, completamente nervoso e alterado.
— Olha para isso... — Lhe entrega o papel do teste de DNA.
— O-o que é isso? — Pega, lendo-o.
— Yong-sun não é minha filha... Momo mentiu o tempo todo. Ela me chamou lá para dar em cima de mim e eu acabei descobrindo isso... — explica, tentando manter a calma para não deixá-lo mais nervoso.
— Caramba... Isso é sério? — Engole seco, se recuperando.
— Sim... Briguei feio com ela, nunca mais quero vê-la... — diz, encarando o chão.
— E como vai fazer com Yong-sun? — Se levanta.
— Não quero perder ela, Hobi... Eu me apeguei tanto... — diz, segurando o choro.
— N-não vai... Vamos dar um jeito, ok? — Acaricia seu rosto.
— Ok... — Respira fundo, segurando sua mão.
— E-eu não quero ser insensível, mas... E a foto? — O olha, ainda preocupado por ser um idiota.
— Não está sendo idiota, não se preocupe... Metade das garotas não estariam nem aí pra minha família EME bateriam por causa disso... — Suspira e se prepara para contar. — Ela me ofereceu uma bebida e eu aceitei, achei que não tinha problema... Daí, ela sentou no meu colo e me beijou, na esperança que eu retribuísse, mas eu a empurrei... Achei que podia ignorar isso, mesmo que fosse estranho, mas daí descobri o teste... — explica.
— Eu... me sinto um idiota... Achei que estava sendo traído e fui injusto com você, passando por isso... — Suspira, sentindo-se culpado. — Me desculpa falar assim da mãe da sua filha, mas que filha da puta...
— Tá... tudo bem... Eu jamais faria isso com você, sabe disso, não? — Coloca a mão em sua nuca. — E você tem razão... — Ri fraco.
— Sei disso... — O beija.
— Vou continuar agindo como se Yong-sun fosse minha filha biológica... Acho que Momo não vai fazer nada à respeito. Se não, não teria deixado eu a trazer... — diz, inseguro.
— Tenho certeza que vai dar tudo certo, não se preocupe... — Acaricia seu rosto.
— Pode... ficar comigo? — pede, precisando de topo apoio que Ho-seok sabia bem dar.
— Claro que posso... Vem cá... — O puxa devagar pela mão, deitando-se com ele, ao pôr do Sol.
— Você fica fofo com ciúmes... — comenta, com seu rosto enterrado entre o ombro e o pescoço do moreno.
— Eu ia te tacar meu celular. — comenta.
— Você não faria isso... Você é muito anjinho. — diz, sorrindo fraco.
— Eu não me desafiaria, se fosse você... — brinca, fazendo carinho em seu cabelo.
Jung-kook ri fraco e o aproxima, puxando sua cintura e afastando sua tristeza por estar com ele. Mas Ho-seok ainda se perguntava quem era o remetente daquela foto, algo que Jung-kook estava tão cheio para se perguntar.
...
Mais tarde, Jung-kook acabou adormecendo no colo de Ho-seok, que fazia carinho, pensativo sobre toda aquela situação.
Ele o deita com cuidado no travesseiro, para não acordá-lo. Ele se mexe e murmura algumas coisas, mas não ao ponto de acordar.
Ho-seok deixa o quarto em passos lentos e vai para o banheiro, fechando a porta. Ele pega seu celular e liga para o número de Momo, já que sabia que se ligasse para quem o enviou a foto, obviamente, o tal “anônimo” não iria atender.
— Alô? — sua voz soa pela linha, com curiosidade, já que o número de Ho-seok não estava registrado em seu celular. E nem o dela no dele, já que ele apenas “pegou emprestado” do de Jung-kook. Ho-seok se sente enfurecido.
— O que você pensa que estava fazendo?! — já diz com raiva.
— Excuse me... — ela e sua mania de misturar palavras em inglês no meio do coreano, que Jung-kook sabia que era parte de sua personalidade. — Quem é? — diz, naquele tom irritante dela.
— Jung Ho-seok. — Suspira.
— Ah, o namoradinho de fachada do Kookie... — diz, fazendo-o arrepiar de raiva. — O que você quer, garoto? Não tenho tempo para ouvi-lo, estou acompanhada... — diz e ele ouve uma tosse feminina ao fundo.
— Você agarra o Jung-kook e depois fica comoutra pessoa? Será que você pode simplesmente seguir sua vida e esquecê-lo? — diz, aumentando o tom de voz.
— Eu já o esqueci, não preciso dele. — Dessa vez, ela quem suspira.
— Pois, então, pare de agarrá-lo e mandar foto pra mim! — quase que grita, mas se controlando para não acordar o garoto.
— E quem disse que fui eu quem mandou aquela foto? — parece estar sorrindo ao dizer isso.
— B-bom, sendo você ou não, tenho certeza que foi às suas ordens... — diz, com tanta raiva que parece não ter argumentos o suficiente. Ho-seok era bom demais para brigar...
— Ok, vá achando isso, querido... — Ri sarcasticamente.
— Não me chame de querido! E nunca mais se atreva à machucá-lo! — diz, impondo uma autoridade que não tinha.
— Ou o quê?! — o desafia.
Ho-seok, já sem paciência, treme de raiva pela última fala da loira e desliga. Ele abre a porta com um certo arranco e se depara com Jung-kook, com os cabelos bagunçados e meio sonolento.
— Com quem estava brigando? — pergunta, coçando os olhos.
— C-com ninguém... — Coloca o celular sobre a cômoda, dando o mole de deixar o npumero dela na tela, pelo nervosismo da situação.
— Você mente mau, Hobi... — Se inclina e, por mais que ele tentasse tampar a tela com o próprio corpo ao perceber o número, Jung-kook vê. — Momo? — Arqueia uma sobrancelha e olha para a parede, tentando assimilar à ela o que ouviu. — Ah... já entendi tudo... — Suspira e volta a se sentar na cama.
— Você... tá bravo? — Se senta ao lado dele, meio encolhido por medo de ele brigar consigo.
— Não, fico feliz que tenha me defendido... — diz, tirando seus sapatos, que ele nem sequer havia tirado antes, se deitando.
— Tem certeza? — O olha, inseguro. Para Ho-seok, brigar era sinônimo de estar errado, sempre. Mas, mesmo assim, ele tinha que defendê-lo.
— Sim, eu achei fofo. — diz, com indiferença, o puxando para deitar também.
— Oh... que bom, eu acho... — Se permite ser abraçado por ele, ainda pensativo.
— Não se preocope, você não fez nada errado, ok? — Beija o topo de sua cabeça, parecendo saber o que o incomodava.
— Eu não sei... Acho que eu peguei muito pesado com ela... — sente sua consciência pesar.
— Ain, amor... — Sorri de maneira sarcática. — Se você soubesse de quais nomes eu já chamei essa garota... — brinca.
— Mas... você é você... — diz, em tom baixo, sem pensar direito.
— Ei! — Ri pela sinceridade espontânea do mesmo.
— Desculpa, desculpa! — Ri junto, sem querer dizer o que disse.
— Tudo bem, eu entendi... — Faz carinho em seu cabelo.
— Tem certeza que não está bravo? — O olha.
— Se continuar perguntando, aí eu vou ficar... — Suspira.
— Viu?! Tá bravo, eu sabia! — diz, sentidno um bico se formar em seus lábios sem perceber.
— Ô meu Deus... — Revira os olhos e o faz ficar de frente para ele, iniciando um beijo não muito longo. — Pronto, agora acredita que eu não estou bravo? — Arqueia as sobrancelhas.
— Acho que sim... — Sorri fraco e se vira de frente novamente, ainda pensando nisso, claro.
— Tô muito feliz por ter um namorado que se preocupa comigo... — Fecha os olhos e sussurra, sorrindo.
Ho-seok se vira pra ele, com um sorriso e o pega pronto para voltar a dormir. Já mais tranquilo, após o comentário de Jung-kook, ele se aconchega em seu peito para fazer o mesmo.
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