1. Spirit Fanfics >
  2. O garoto estranho que usava preto >
  3. Eu nao vou te deixar

História O garoto estranho que usava preto - Eu nao vou te deixar


Escrita por: Haru77run

Notas do Autor


Annyeong!
Voltei com JunHao, o ultimo cap dessa fanfic que tem JunHao no centro, com a narrativa do nosso bb MingMing. Depois a programaçao normal de meanie volta rsrs

Boa leitura!

Capítulo 89 - Eu nao vou te deixar


_Jun! – exclamei de sobressalto inconscientemente. Franzi a testa confuso, por que dissera o nome de... – Jun? – Olhei em volta o procurando quando vultos de memoria retornaram.

 

Frustrei-me por um momento, eu havia finalmente desistido de tudo. Resolvido fazer daquela banheira o meu adeus. Já havia ficado inconsciente debaixo da água. Poderia finalmente ter morrido ali, mas JunHui salvara minha vida.

Levei uma das mãos até a cabeça, sentindo-a doer e latejar. Meus cabelos estavam úmidos, a percepção disso me fez perceber que eu inteiro ainda estava molhado. Entretanto debaixo de uma manta muito grossa, o que não me deixava sentir frio já que o tecido dela não fora molhado por completo. Fechei os olhos numa tentativa falha de amenizar a dor. Pensei se não seria melhor apenas voltar a dormir. O vazio dentro de mim pairava à escuridão, nada diferente de dias atrás. A única coisa que eu podia fazer para não deixar mais a escuridão espreitar meus pensamentos era isso. Dormir. Ou ela apenas me induziria a pensar coisas as quais eu apenas desejava esquecer. Sozinho, a única coisa na qual eu conseguia pensar era aquele momento, aquele acidente.

Eu sentia minha morte iminente, sentia e não a temia. Pelo contrario, a ansiava. Já não aguentava mais estar ali quando todos da minha família já não estavam. Tantas cicatrizes e lapsos de memoria, tantos, que eu não conseguia mais me manter inerte a situação. Tentei esquecer, afastar-me de tudo aquilo que me lembrava deles. Mudei de país e vim morar na Coreia do Sul. Vendi a empresa do meu pai por uma quantia que podia me manter no luxo a vida toda. Livrei-me de tudo que me lembrava deles e tentei, tentei sorrir de novo após aquela perda. Viver de novo. Mas não consegui, não verdadeiramente. Não com aquela intensidade e aquela felicidade de antes.

A morte deles doía, e me corroía tanto que eu chegava a querer ter morrido no lugar deles. Mas eu sabia que também seria injusto de tal forma, afinal, eles sentiriam minha falta tanto quanto eu. Arrependia-me por não ter sido um filho melhor enquanto estavam vivos. E aquele arrependimento era uma das sensações da lista interminável de sentimentos ruins que eu colecionava desde a morte deles. Apenas um de muitos, inúmeros. Que faziam meu peito doer incessantemente. Com os quais eu sentia que nunca me acostumaria.

_Ming...? – Ouvi a voz de Jun, mas não me movi ou abri os olhos. Pelo volume da voz ele achava que eu estava dormindo. E sinceramente era o que eu mais queria, então permaneci fingindo dormir. Senti sua mão acariciar minha bochecha e meu coração começou a palpitar.

Qualquer sorriso ou toque de Jun era assim, disparava meu coração, deixava-me nervoso. Eu não transparecia, mas nunca deixara de gostar de Jun. desde pequenos me descobri apaixonado por ele, mas nunca lhe contara. E quando o vi novamente apenas me descobri ainda mais apaixonado por ele.

_Acho que também te amo, MingMing – declarou baixinho quase me fazendo abrir os olhos e arregala-los. Mantive-me quieto, sem conseguir acreditar no que havia escutado. Apesar do coração acelerado. Não consegui evitar o rubor nas bochechar, no entanto – Ah? Está escutando? – Quase engoli em seco ao ouvi sua respiração proxima a minha orelha em seguida – Eu te amo – sussurrou, abri os olhos o observando, assustado e surpreso. Seu belo sorriso delineava os lindos lábios. Fiquei em silencio, hesitante, ainda esperando-o dizer ago. Mas continuamos a contemplar um ao outro. Os rostos próximos o bastante para que apenas um movimento pudesse unir nossas testas – Te ouvi dizer mais cedo... – disse observando meu rosto com afinco - ... Estava falando sério? Mesmo, desacordado – Sua expressão era calma contida, seus lábios tinham deixado de sorrir, para, entreabertos, esperarem uma resposta.

_Você falou sério? – indaguei de volta, também sussurrando. Não tinha necessidade de falar mais alto se apenas ao mínimo sussurro nossos lábios se tocavam por fração de segundo. Mesmo que por pouco tempo pude sentir os pelos do corpo arrepiarem. Minha respiração era errônea, aquilo era muito. Muita informação num tempo muito curto.

_Diga-me você – murmurou ainda mais baixo finalmente unindo seus lábios aos meus. Aquela mão, antes repousada em minha bochecha retornou a este lugar deixando ali um carinho delicado. Fechei os olhos, aproveitando o contato, e levei uma de minhas mãos a sua nuca também. O puxando mais para perto conforme ele aprofundava o osculo.

Seria clichê dizer que havia sonhado com tal momento. Mas já havia o imaginado tantas vezes. Imaginado o momento que Jun diria que sentia o mesmo por mim. Havia tolamente pensado ele quando fora embora, sentira-me abandonado por muito tempo. E o esperava voltar numa esperança cada vez mais inexistente.

_Esse foi o beijo por ter te salvado? – Ele comenta ainda num sopro de um sussurro, mas com uma pitada de humor daquela vez. O que me fizera soltar uma risada fraca e assentir – Não me deixe, Hao – comentou enterrando o rosto na curvatura de meu pescoço, fazendo-me arrepiar ao falar - Eu não vou te deixar ir – Ele voltou o olhar para mim, para meus olhos. Vi quando tristeza tremeluziu ali e assenti. Aqueles olhos bonitos me encarando, olhos bonitos de mais para serem corrompidos por tristeza.

 

 

 

_Não vou, Jun – Levei minha mão até a sua _ ainda sobre minha bochecha _ e lhe sorri fracamente – Não vou te deixar.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...