1. Spirit Fanfics >
  2. O Hóspede - Tom Hiddleston >
  3. Porto seguro.

História O Hóspede - Tom Hiddleston - Porto seguro.


Escrita por: HiddlesLovers

Notas do Autor


Olha quem apareceu 👀♥️

Espero que gostem desse capítulo curto, mas interessante.
Acho que vão gostar de entrar um pouco na mente desse ser maravilhosamente perfeito 👀

Boa leitura amores 😘🎈

Capítulo 12 - Porto seguro.


Fanfic / Fanfiction O Hóspede - Tom Hiddleston - Porto seguro.

Desde o momento em que ouvi a voz dela eu soube que havia algo de errado. Muito errado!

Ela tentou disfarçar, soando normalmente. Mas eu notei o desconforto e tremor tomando conta do timbre delicado que ela tinha. Inúmeras coisas passaram por minha cabeça. Coisas repulsivas. Ele havia feito algo muito errado com ela.

Tudo em mim gritava para eu ir vingá-la, fazer ele sentir na pele o que estava me consumindo. Aquele sentimento de raiva me corroía, mas também eu sabia que não podia perder a cabeça. Ela precisava de atenção e alguém para lhe passar força, como mostrou ao me abraçar e pedir pra eu tirá-la dali.

Ele estaria perseguindo ela?

Olhei diversas vezes pelo retrovisor tentando avistar qualquer movimento suspeito. Eu nem sabia como ele era, mas saberia se o visse. Algo que me incomodou bastante foi a distância que ela adotou, permanecendo quieta e um tanto encolhida no banco do carro. Seu rosto estava frio e os olhos miravam a estrada, mas não viam nada. Me mantive calado. Ela precisava de espaço.


Minutos depois, enquanto Harry suturava suas mãos ela pouco demonstrou que sentia dor, mas antes, quando ele perguntou se ela queria tirar o casaco ela se encolheu mais ainda. Apertei as mãos em punhos imaginando que ela estava machucada ali também. Ele perguntou o que aconteceu e ela pareceu ter sido sincera ao responder. Porém não havia sido só aquilo.


Por que haveria vidro no chão? Por que ela estava tão assustada?


Meu coração quase parou quando entrei no carro e a vi soluçar em um choro inconsolável. Liana se esquivou de mim, tapando o rosto. Temi que Damen realmente tivesse machucado ela. E as formas que ele poderia ter usado para isso quase me fizeram parar o carro na metade do caminho e cobrar dela a verdade. Mas apertei o volante e o acelerador. Ela precisava se sentir segura.


.X.


Entramos no apartamento. Liana não olhou em volta ou perguntou onde estávamos. Apenas me seguiu, ou melhor, foi conduzida por mim pelo saguão e pelo elevador. Sua mão esfregava os olhos incessantemente tentando se livrar das lágrimas.

- Fique à vontade. - falei. Ela passou por mim e encontrou o sofá, onde se jogou, sentada. Logo o choro recomeçou.

Fiquei ali olhando pra ela e sem a mínima idéia do que fazer. Me senti incapaz e nervoso por não conseguir ajudar. Bufei, passando as mãos nos cabelos. Fui até a cozinha do apartamento. Coloquei água no fogo e em alguns minutos voltei até lá com duas xícaras de chá. Coloquei-as na mesinha ao canto do sofá e me sentei. Lia se assustou um pouco.

Fiquei em silêncio. Ela certamente precisava de ajuda, mas também precisava de espaço e eu não sabia em que momento falar. Me aproximei calmamente movimentando o corpo com cuidado. Toquei em suas mãos e as afastei do rosto logo procurando ver algum hematoma ou ferida em outra parte do corpo.

- Você está machucada em algum outro lugar? - perguntei.

Ela não respondeu. Peguei uma xícara e entreguei a ela.

- Beba um pouco. - pedi também pegando meu chá e o bebendo. Ela segurou a porcelana com duas mãos e fungou, virando o líquido morno nos lábios. Começou com poucos goles mas logo virou o conteúdo como se estivesse sedenta.

Seus olhos estavam inchados e ela olhou para os meus por baixo dos cílios extensos e úmidos.

- Obrigada… - sua fala foi suave, mas rouca e abatida.

- Está pronta pra falar comigo? - peguei a xícara vazia de sua mão e a coloquei ao lado da minha na mesinha​. Me virei pra ela, recostado no sofá. Lia pareceu que não iria abrir a boca. Peguei sua mão mais próxima e a beijei.

- Fala comigo, por favor. - pedi. - O que ele fez com você?

- Não sei se consigo… - ela murmurou.

- Como foi a conversa?

- Tensa. - ela contou, olhando para minha camisa e não meus olhos - ele não queria aceitar o fim e…

- E… - ergui as​ sobrancelhas - Me diz alguma coisa.Qualquer coisa.

- Ele… - senti ela apertar firme minha mão. Liana suspirou, como se estivesse tomando coragem. Sua face contraiu ao pensar. - Ele tentou transar comigo... à força.

Engoli em seco e senti meu rosto congelar.

- Damen estava agressivo - Liana continuou falando em meio ao choro. - Queria me fazer lembrar como era…

- Shh… - interrompi, me aproximando mais dela. - não precisa dizer se isso faz mal pra você.

- Nunca imaginei que ele fosse capaz disso… eu… confiava nele. - Ela limpou o rosto - ainda não consigo acreditar que ele fez isso.

- Ele chegou a conseguir…? - não consegui completar a pergunta mas ela entende e negou com a cabeça.

- Eu tentei fugir e cortei a mão no vidro da garrafa - ela olhou para mim indicando as mãos enfaixadas - ele estava bebendo quando cheguei. E já sabia sobre nós. Nos viu em notícias.

Fechei os olhos com pesar. É claro. As fotos que eu tinha visto no site.

Ele teria visto também.

- Sinto muito por isso - falei. Me senti culpado.

- Você não tem que pedir desculpa - ela respondeu. O choro havia começado a cessar mas ela ainda respirava entrecortado.

- Eu deveria ter sido cauteloso​.

- Eu também - ela comentou, ainda tentando enxugar as lágrimas - mas então eu nunca teria conhecido esse lado dele. Ou seria tarde demais.

Liana fechou os olhos e pressionou a ponte do nariz. Logo estava chorando de novo.

- Me desculpe - ela pediu. Parecia cansada mas terrivelmente triste.

- Vem cá - falei. Ainda segurando sua mão a puxei para um abraço. Ela se aninhou ali, encostando seu rosto em meu peito. Logo minha camisa ficou banhada por suas lágrimas, mas eu não me importei. Ver ela assim me magoava imensamente. Eu apenas podia afagar seus cabelos e assegurar, ainda pra mim mesmo, que eu não deixaria nada de ruim acontecer com ela.

Ficamos ali por bastante tempo, até ela ficar exausta de tanto chorar e começar a cochilar.

- Hey, vamos. - chamei baixinho. Ela resmungou. - Vou levar você pro quarto e pegar um travesseiro pra eu dormir aqui.

Do jeito desolado que ela estava eu não me sentia confortável em deixá-la sozinha ali.

Ela assentiu e se levantou comigo. Levei ela até a cama e a deitei, puxando o edredom e a cobrindo. Minha mão ficou selada na dela e assim ela deixou enquanto eu me afastava para ir pra sala. Ela não me soltou. Olhei pra ela.

- Não vai - ouvi ela sussurrar.

- Posso deitar aqui no carpete - falei.

- Se você deitar no chão eu também vou. - ela falou, insistindo.

Sorri um pouco e dei a volta na cama, logo pegando a mão dela novamente e entrelaçando nossos dedos.

- Pronto - falei a olhando. Seus olhos estavam fechados. - agora descansa.

- Tom... - ela murmurou abrindo os olhos lentamente - Obrigada.

Eu não sabia se ela agradecia pela ajuda, pelo apartamento ou por eu ter ficado, mas os olhos dela brilhavam de gratidão.

- De nada, Lia. Estarei sempre aqui pra ajudar  - Respondi, me aconchegando na cama.

Ela demorou um pouco pra fechar os olhos, olhando para mim por alguns segundos. Tive a impressão de ter visto um sorriso pálido em seus lábios, e algo mais profundo em seu olhar, mas não tive certeza.  

Achei que seria difícil pegar no sono depois daquele dia, mas depois que ela dormiu e pude ouvir seu respirar se acalmar, seu rosto pareceu tranquilo, apesar de ainda ter uma expressão triste, pude relaxar. Ou tentar.

Abri os olhos mais uma vez, me certificando de que ela estava ali ainda. De que era real.

Ela era tão linda. 

Admirei de perto as poucas pintinhas que ela tinha na face e seus lábios desenhados e cada detalhe de seu rosto. Assim eu consegui​ dormir tranquilo. Ela estava ali comigo. Ela estava segura e eu não estava sozinho, por enquanto.



Notas Finais


Digam o que estão achando 👀
O que vocês acham que vai acontecer agora?.
Quem acertar ganha um doce 😂😘


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...