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História O Hóspede - Tom Hiddleston - Aprendendo a andar antes de correr.


Escrita por: HiddlesLovers

Notas do Autor


Oi pessoas lindas do meu ♥️
Trago mais um capítulo da nossa fanfic amada 😻
#espaço pra vender meus peixinhos kkkkkk : Nos intervalos entre um capítulo e outro, tem outras fanfics ones, shorts e longs. Todas tem o Hiddleston como ele mesmo, como Loki, como professor, massagista... Entre outras encarnações calientes. Acho que vocês irão gostar 👀♥️😹 e talvez se identifiquem com outra cabeça dura que foi uma das vidas passadas de Lia ( eu acho as duas muito parecidas ) a Thessalonike, deusa dos quatro elementos, irmã adotiva de Thor e Loki, com quem tem um romance "proibido".
...

Voltamos com a programação normal 😹
Só queria agradecer aos comentários super FOFOS de cada uma de vocês. Amo ler, fico empolgada, me emociono e fico rindo de orelha a orelha... Vcs melhoram meus dias 😍♥️ queria abraçar todas.

Enfim, fiquei com a leitura...
Espero que gostem 🎈

Capítulo 13 - Aprendendo a andar antes de correr.


Fanfic / Fanfiction O Hóspede - Tom Hiddleston - Aprendendo a andar antes de correr.

Acordei do mesmo jeito que havia dormido. Vestida e ao que parecia na mesma posição. A única coisa diferente era que eu estava sozinha e minha mão estava para fora do edredom. Vazia.

Puxei com força o ar para os pulmões e me levantei procurando outra pessoa.

- Tom… - chamei, olhando pela brecha na porta entreaberta. Ele não respondeu, tampouco apareceu. Estava claro lá fora. Olhei o relógio e engoli em seco. Eu havia dormido até meio-dia. Rapidamente pulei fora da cama e olhei com mais atenção o relógio. Havia um bloco de notas ali. O peguei.


Leia seu e-mail.
Ass,
T.Hiddy.


Franzi o cenho, confusa. Levantei e fui até minha bolsa, no sofá. Peguei meu celular e abri o e-mail dele. Tentei não reparar que haviam mais de 100 notificações de mensagens e ligações de Damen no aplicativo.


Assunto: Leve o tempo que precisar.

Ficará tudo bem, acredite em mim.
Ontem não pudemos conversar muito, mas espero que você fique aí até o dia de sua volta para casa.
Você estava dormindo quando saí.
Minha lista de tarefas hoje está extensa, me perdoe por isso. Contudo, estarei de volta mais tarde e levo algo para a gente jantar. Se quiser almoçar aí, pedi para abastecerem a dispensa e a geladeira, mas usar o restaurante no andar de baixo também é uma opção. Fique à vontade. Sinta-se em casa.
E se quiser falar comigo lá pelas 18:00hrs, é só atravessar a rua.
Talvez você ainda não saiba onde está. Apenas olhe pela janela.
P.s: Preferi usar o e-mail e manter nosso padrão

Tenha um bom dia.

Hiddleston, Tom.
...........................


Quando terminei de ler o e-mail estava mais confusa do que antes. Fui até uma das janelas da sala e abri as cortinas elegantes. Dali eu via a estrada, prédios e lojinhas elegantes, além do conhecido teatro Harold Pinter. Pisquei várias vezes tentando fazer minha mente atordoada funcionar. Ele havia me hospedado perto do teatro? Para ficar mais perto de mim?

Olhei bem para a cortina. Estava amarrada com uma delicada fita de cetim, onde se lia PICCADILLY CIRCUS APARTMENTS.

Levei uma mão ao peito. Meu coração batia, ainda vivo porém ainda quebrado. Engoli em seco tentando afastar os pensamentos escuros. Eles tentavam me levar novamente para o fundo. E, depois de um tempo conseguiram.

Chorei o dia todo, de tempos em tempos. Tomei um longo banho, percebi que Tom havia colocado minhas coisas  dentro do pequeno closet no quarto, voltei para a sala e deitei, remoendo todo o dia anterior. Eu estava desesperada. Todo ruído próximo ou buzina lá fora me assustava. Eu achava que Damen fosse entrar ali a qualquer momento, me levar com ele, e me forçar a fazer coisas ruins. Apertei o travesseiro que Tom havia dormido e levei comigo da cama. Ainda tinha o cheiro dele e isso me acalmava por alguns instantes.

Tom me ligou na parte da tarde para saber se eu estava bem e depois do que pareceu uma eternidade, entre choros, cochilos e reviradas no sofá espaçoso, ouvi o trinco da porta.

Me assustei e levantei, olhando.

Tom passou por ali e me avaliou enquanto​ trancava a porta atrás de si.

- Sou eu, calma. - ele falou.

Suspirei aliviada.

- Olá - sussurrei sentindo minha garganta arder.

- Como você está? - ele se aproximou e pareceu um pouco sem jeito, sem saber como me cumprimentar. Por fim, Tom apenas parou próximo a mim e continuou me avaliando.

- Estou… - dei de ombros colocando alguns fios de cabelo atrás da orelha. - Nem sei o que dizer.

Ele suspirou, parecendo triste. Olhei para as bolsas que ele trazia.

- Ah - ele comentou, erguendo as coisas em suas mãos - Eu não sabia o que trazer para o jantar. Pedi macarrão à bolonhesa. Você gosta?

Seu olhar era esperançoso de que tivesse feito uma boa escolha. Sorri um pouco, sentindo que se não me segurasse ali, o abraçaria bem apertado. Mas as coisas pareciam estranhas naquele momento.

- Adoro - falei. A tentativa de soar agradecida e empolgada foi bem sucedida, pois senti o cheiro da comida e meu estômago protestou de fome.

- Ótimo - Ele respondeu alargando mais o sorriso e indo para a minúscula, porém elegantíssima cozinha. Fui até lá.

- Ahm… por que você não toma um banho enquanto eu arrumo a mesa?

- Boa idéia. - Tom disse enquanto deixava as sacolas na mesa. - Não vou demorar.

- Leve o tempo que precisar - brinquei com o que ele havia me dito no e-mail. Tom notou e deu uma risada.

- Então você leu?

- É claro - Respondi lhe dando um sorriso tímido.

Lavei as mãos e comecei a tirar as coisas das sacolas. Me preocupei em agir e preferi o som disso ao silêncio que pairou no cômodo. Tom se retirou para tomar banho. Ele não tinha roupas ali, mas devia ter vindo com algumas na mochila que carregava.

.x.

Minutos depois ele se juntou a mim na cozinha. Senti o aroma do sabonete líquido misturado ao perfume dele e olhei por sobre o ombro. Tom estava ali com roupas normais, um short preto e blusa de manga curta, cinza. Além dos chinelos nos pés​. Seus cabelos estavam molhados e algumas gotinhas ainda escorriam pelo pescoço e molhavam a blusa de algodão. Mesmo no estado que eu me encontrava, ainda tinha emoção para perder o fôlego e, pelo estado que eu me encontrava… todo sentimento parecia ter sido elevado, sendo bom ou ruim. Me deixava abalada e sensível demais.

- Que foi? - ele pareceu constrangido pois eu não desviei o olhar.

- Nada… -  Murmurei e fui para a mesa. Voltei a arrumar os talheres em volta dos pratos. - Pode sentar.

- Obrigado - ele suspirou e se ajeitou na cadeira de frente para mim.

- Eu que agradeço pelo jantar - me sentei e o olhei. - E por tudo, afinal.

- Você não precisa agradecer sempre.

- Mas vou - falei - Se não fosse você eu acho que… - Olhei para o lado, tentando não pensar naquilo. Mas era inevitável. Ainda era muito recente e doloroso. - acho que eu não estaria muito bem. Não que eu esteja, mas…

- Eu sei. - ele assentiu - Sei também que precisa por pra fora o que está sentindo. Não pode ficar revivendo isso e guardando pra si. Nem ficar acuada. Já pensou em denunciar ele?

Tom pegou seu garfo e começou a comer.

- Não. Ele não chegou a fazer nada.

Tom me olhou.

- Graças a Deus ele não fez.

Olhei para o prato mexendo na comida com o garfo. Eu estava com fome, mas se fosse falar daquele assunto agora, não aguentaria engolir nada.

- Podemos não falar disso agora? - pedi.

- Claro. - Tom concordou.

Suspirei pensando no que falar. Dei a primeira garfada e todo o meu corpo agradeceu por aquilo. Estava divino.

- Por que me trouxe pra esse apartamento?

- É um flat. Já estava reservado pra mim - ele explicou. Eu já havia imaginado que era um flat. - o pessoal do teatro deixou disponível, caso eu queria ficar aqui após a peça. É meu até o fim do mês que vem. - ele olhou em volta. - você não saiu daqui hoje?

Balancei a cabeça respondendo que não.

O resto do jantar seguiu em silêncio. Apenas o som da rua e das garfadas preenchiam o cômodo. Terminei de comer primeiro e enrolei bebendo meu vinho. Meus olhos se arrastaram pra ele. Tom me olhava, mastigando sua refeição. Enquanto ele comia e parecia pensar em muitas coisas eu o assistia. Me perguntei se ele ficaria sem jeito de eu o olhar tanto mas não pareceu que ele se incomodou. Pelo contrário, parecia que ele gostava.

Ele terminou o jantar e bebeu o vinho da taça.

- Como está se sentindo? - ele perguntou. Seus olhos avaliavam os meus com atenção.

- Triste… confusa… um caos.

Tom aguardou algum tempo antes de falar.

- Andei pensando bastante em tudo. - Ele apoiou os dois antebraços na mesa, se acomodando - Eu também estou confuso e triste. Por você. Por tudo. Pensei de… sei lá, talvez… você ficar aqui nesse flat. Falei isso no e-mail e você não respondeu​. Sei que é difícil pra você. Não vou exigir nada e nem posso. Se você quiser ir embora pra casa eu mesmo compro uma passagem pra você. Mas prefiro que não fique sozinha.

Ele pausou para respirar e me deixar absorver tudo. Eu ouvia atenta.

- Você pode ficar e… eu posso ficar com você aqui, ou ir pra casa. Não quero deixar você, sei que está com medo. Mas você é quem escolhe e, peço que seja totalmente sincera comigo. Estou aqui pra te ajudar.

- Quero que fique aqui comigo - eu disse assim que ele parou de falar. Não havia o que pensar, era meu mais sincero​ pensamento e desejo. - Senti medo o dia todo hoje, pelo simples fato de ouvir sons por aí e achar que era ele. - Engoli em seco - Se não for incomodar você, eu quero que fique.

Tom deu um suspiro, aliviado. Ele me deu um sorriso ameno e esticou um braço pela mesa, estendendo a mão. Toquei em seus dedos com cuidado. Os cortes na mão doíam mais hoje, estavam mais inchados.

- Trocou o curativo? - ele questionou, acariciando levemente meus dedos. Assenti para ele. Ergui outra mão e o toquei com todos os meus dedos. Eu queria senti-lo com todo o meu tato, com todas as sensações que eu tinha.Tom parecia tão feliz por eu tê-lo deixado ficar ali, cuidando de mim. Era isso o que ele estava fazendo.

- Vou tomar um banho para dormir - comentei. Já estava ficando tarde.

- E eu lavo a louça - ele sorriu e se levantou, retirando a mesa.


O banho era tarefa complicada, com as mãos limitadas eu demorava mais do que precisava. No fim, me vesti e pedi para Tom retocar as ataduras. Ele me ajudou e foi indo para a sala.

- Vai deitar no quarto, certo? - me certifiquei, deixando transparecer o temor na voz.

- Onde mais eu dormiria? - ele respondeu, voltando com o travesseiro.

Apaguei as luzes e me deitei ao seu lado. Virei de frente para ele, como ele estava virado para mim. Estava escuro mas consegui ver seus olhos abertos. 

- Espero que seu dia seja melhor amanhã - ele sussurrou. Senti o cansaço em sua voz. 

- Eu também - comentei no mesmo tom suave. - espero ser menos chata. 

- Você não tem que se esforçar pra me agradar - ele comentou. - gosto de você do jeito que for. 

Ainda bem que estava escuro e ele não pode me ver corar. Sorri e procurei sua mão. Ele logo recebeu meu toque e sorriu pra mim. Nossos dedos se acariciavam. 

- Tenha uma boa noite - ele desejou.

- Estou tendo - respondi baixinho. 

Dormi com a sensação de que tudo melhoraria. 

.x.

Nos dias que se passaram nossa rotina foi solidificando. Fomos nos ajustando a “viver” juntos. Era simples demais estar com Tom e ele parecia felicíssimo por compartilhar seus momentos comigo. Me afastei de celular e internet. Para me distrair eu lia revistas e alguns livros que ele trazia. Nos finais de semana ele também trabalhava, mas quando chegava se esforçava ao máximo pra tentar me trazer de volta a normalidade. Eu ainda ficava pelos cantos e triste, ainda morria de medo de sair ou até de ficar na sacada ou janela. Lembrar daquele dia me causava dores reais, e medos inquietantes. Eu ficava bem as vezes, mas logo me deprimia de novo.

Tom colocava filmes para a gente ver e me atualizava sobre o seu dia todos os dias. Aos poucos fomos nos acostumando. Não ficava mais um silêncio estranho entre nós e todas as noites, nessa semana e meia, ele dormiu comigo no quarto. Meu espanto, de forma positiva, era que ele não havia tentado nada mais íntimo. Nenhum toque que pudesse levar para algo além. Ele segurava minha mão sempre, acariciando. Às vezes beijava meus dedos ou quando estávamos deitados ele me tocava no rosto. Suas carícias iam até meus braços de vez em quando, numa tentativa delicada de me fazer relaxar e dormir.

Eu não sabia se ele se refreava por medo de tentar algo e eu o evitar por ainda não estar pronta, ou se ele havia realmente seguido o que eu propus e estava levando aquilo como uma amizade. Eu também não julgava como nada ainda. Era muito recente e minha cabeça, assim como meus sentimentos ainda não estavam nos devidos lugares. Eu precisava organizar minha vida antes de pensar em incluir ele.

Eu ainda o amava… até mais do que antes. Por ver de perto e ter certeza de que ele era perfeito. Mas também sentia medo. Damen um dia foi perfeito para mim. E olha o que aconteceu…

Eu confiava no Tom de olhos fechados, mas também, até hoje duvidava que Damen tivesse feito o que fez. Meus medos ainda eram recentes. Tinha muito chão pra andar antes de correr. E nós ainda estávamos aprendendo a andar juntos.



Notas Finais


Como foi a leitura? Gostaram? Amaram? Odiaram?
Dê seu palpite, diga o que está achando.
Vejo vocês nos próximos capítulos... 😏


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