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História O Nascer de Konoha - FILLER: Parte 5 Apaixonado?


Escrita por: BaZUzumaki

Notas do Autor


Olá pessoal :)

Desculpem o atraso. O objectivo era publicar no domingo mas só consegui terminar tudo hoje.

O próximo capítulo será o último capítulo deste filler.

Mas enfim, deixando de enrolar...

Enjoy :*

Capítulo 62 - FILLER: Parte 5 Apaixonado?


- Obrigada – disse simplesmente tentando não deixar que a raiva se apoderasse dele. Para isso levou novamente a sua atenção para Matsuri - Obrigada.

A raiva fervilhava no corpo de Gaara. Hoki ordenara um ataque contra si e como se isso não fosse suficiente quem terminara magoada fora Matsuri. Mas o pior de tudo era o próprio Hoki saber que quem for atacada foi a sua própria neta e não ter dito nada sobre o veneno que tinha sido injetado nela, sabendo que ela piorava dia após dia. Esperava realmente que ele não soubesse do veneno na arma, porque senão… Nem iria pensar nisso, porque iria faze-lo pagar bem caro… e dolorosamente.

Assegurou-se que Baki e Sasori iriam obter essa informação para que tomasse uma decisão e tentou deixar desse assunto de lado.

Mas o que realmente o fez esquecer de tudo isso foi o facto de Matsuri melhorar dia após dia. Uma semana depois da chegada de Tsunade, a febre desaparecera e a ferida fechara. Embora ambas as médicas aconselhassem muito repouso, uma vez que Matsuri ainda não estava completamente recuperada ela já se movia com facilidade e sem dor.

Tudo tinha voltado ao normal, como se aquelas ultimas semanas não tivessem acontecido, como se nada tivesse mudado, mas a verdade é que, embora não falassem sobre isso, Gaara não conseguia parar de pensar noutra coisa.

Sentado no seu escritório, depois de dias sem entrar ali, não se debruçava em trabalho, como era sua intenção. Em vez disso, com o contrato do seu casamento nas mãos, passando os olhos pelas palavras sem as ler realmente, perdia-se em pensamentos.

“Porque é que estava tão inquieto se a sua amizade com Matsuri, tinha voltado ao normal?”, perguntava-se enquanto lentamente entendia o que se passava.

Amizade. Pensou melhor naquela palavra enquanto se recostava na sua cadeira. Os últimos dias foram tão intensos que não o deixaram raciocinar, mas agora dedicava-se exclusivamente a isso. 

Primeiro sentira-se traído por ela, mas teria reagido daquela forma se a visse apenas como uma irmã? Reagiria assim se toda esta confusão fosse com Temari? Meditou sobre aquilo, não estando seguro da resposta.

Durante o casamento, quando a beijou, com certeza que o que sentira não fora afeição, muito pelo contrário. Lembrava-se da raiva ainda latente, mas assim que os lábios encostaram nos dela, o calor tomou conta do seu corpo esquecendo-se completamente do resto. Era impossível esquecer-se dos lábios dela, do sabor dela.

E quando ela estava na sua cama em risco de vida sentira desespero, impotência, medo… Aterrorizava-o perde-la.

Deu por si surpreendido ao relembrar de que forma manteve a sua cabeça longe das emoções negativas nos dias em que ela não abrira os olhos. Relembrava, agora consciente da realidade, que no dia seguinte ao ataque ordenara que a roupa dela fosse arrumada nos seus aposentos, que todos os bens dela fossem movidos para o seu quarto e para a sala adjacente que pouco usava, porque na sua cabeça isso faria Matsuri sentir-se mais em casa e consequentemente melhorar mais rápido. Nas longas horas que a esperara abrir os olhos, quantas vezes se perguntara se Matsuri ainda podia ter filhos, uma vez que fora esfaqueada na barriga, até dirigir-se até Chiyo para surpreende-la com a sua pergunta? Afinal Matsuri sempre dissera que queria ser mãe, e ficou aliviado quando Chiyo o acalmara quanto a isso.

Passou a mão pelo rosto sentindo-o quente. Com certeza estava corado. Ele pensara tudo aquilo mas eles nem sequer nunca tinham… Feito ou falado sobre nada desde que aquela confusão toda começara. Muito menos antes disso… O que era normal final sempre olhara para ela como uma irmã. Ou pelo menos tentara.

Ele era ligeiramente mais velho, e o seu pai sempre lhe dissera que tinha que tratar Matsuri como sua irmã, tal como Temari. Ele tentara, sempre com todas as suas forças, fazer o que o pai pedira, mas isso não o impedira de enxotar numerosos pretendentes em muitos bailes, muitas vezes empurrando-os para Temari, ou de ficar furioso quando soubera que um idiota qualquer tinha beijado Matsuri.

O olhar perdido e chocado tal como a boca ligeiramente aberta demonstravam a sua incredulidade ao aperceber-se agora de toda a situação.

Quantas vezes lhe perguntaram porque não ficava satisfeito com nenhuma pretendente, e na sua cabeça a resposta era simplesmente porque ela não era tão engraçada quanto Matsuri, ou não o compreendia como ela, ou não era tão bonita quanto ela, ou…

“Como é que só se estava a aperceber disto agora?”, perguntou-se interrompendo o pensamento anterior. Quantas desculpas deu a si mesmo, sem entender o que estava a fazer.

Não sabia desde quando, mas a resposta era simples. Estava completa e perdidamente apaixonado pela sua esposa.

Olhou novamente para o contrato nas suas mãos sem saber o que fazer. Era muito errado a forma como as coisas aconteceram, mas não conseguia arrepender-se de estar casado.

Levantou-se com o documento ainda em mãos, era mais o que tempo de resolverem aquele assunto, não podiam continuar a fingir que não estavam casados.

Percorreu o corredor entrando no seu quarto sem bater. Mas ao contrario do que esperava Matsuri não estava sozinha, mas sim com Chiyo, Tsunade e Jiraiya.

- Rei Gaara - disse Tsunade levantando-se imediatamente assim que ele entrou.

- Está tudo bem? – não estava à espera de encontrar tanta gente no quarto. Olhou imediatamente para Matsuri para se certificar que ela ainda estava bem.

- Sim – respondeu sorrindo - Estávamos prestes a ir falar consigo. A saúde da rainha está perfeita e por isso decidimos voltar para Uzumaki uma vez que já não somos essenciais aqui. Planeamos partir para casa ainda hoje.

- Já? – perguntou embora ficasse aliviado que a ajuda de Tsunade já não fosse necessária – Esperem pelo menos pela manhã – disse olhando pela janela e vendo o seu a escurecer.

- Quanto mais depressa partirmos, mais depressa chegamos. A situação é… complicada como deve imaginar. Queremos resolver tudo o mais rapidamente possível, para que esta confusão não se torne ainda pior.

Nesse momento Gaara apercebeu-se do quanto negligenciara as suas obrigações nos últimos tempos. Os seus irmãos também estavam no meio “daquela confusão” como Tsunade dissera, e nem tinham perguntado por eles.

- Sim é verdade. Eu compreendo perfeitamente. Estaremos disponíveis para tudo o que pudermos ajudar.

- Nós sabemos disso.

- E está tudo bem?

- Sim. Estão todos bem – disse desta vez Jiraiya. Sabia que ele se referia aos irmãos embora não o pudesse fazer abertamente devido ao secretismo de toda a missão. Ainda não era de conhecimento geral que Sabaku e Hyuuga se haviam juntado a Uzumaki - Como deve ter recebido nos relatórios. Daqui para a frente é que será mais problemático, mas tudo se vai resolver.

Gaara apenas acenou com a cabeça. Preocupava-se com Temari e Kankuro embora soubesse que eles sabiam defender-se sozinhos. De qualquer forma, o perigo que corriam era certamente o mesmo do que dentro do palácio.

Matsuri e Chiyo ouviam a conversa um pouco confusas mas nem se atreveram a perguntar do que estavam falar.

Sem mais a ser discutido, Tsunade e Jiraiya despediram-se e Chiyo saiu com eles. Deixando Gaara e Matsuri sozinhos.

- Como é que te sentes? – perguntou Gaara aproximando-se da cama.

- Bem. Sinto-me quase normal. Só um bocadinho cansada – disse recostada em diversas almofadas na cama de Gaara.

- É normal, também já está na hora de dormir – e como já era costume Gaara puxou uma poltrona para perto da cama e sentou-se.

Matsuri suspirou quando ele ajeitava a cadeira e se sentava. Não ia mentir, a presença dele diariamente ao seu lado confortava-a. Ele tinha sido um apoio incondicional na sua recuperação mas só agora, que estava a ficar recuperada, notava o olhar cansado de Gaara a forma lenta como se movia, e a maneira mais arrastada de falar.

Ele estava exausto. E sentia-se mal por isso, afinal há quantas noites ele dormia naquela maldita poltrona? Ninguém podia descansar assim!

- Gaara, tu precisas de descansar, há quanto tempo não te deitas para dormir? – disse puxando o assunto que a preocupava.

- Eu estou bem Matsuri. E eu durmo perfeitamente bem aqui – pelo menos estava perto dela.

Aquela teimosia em ficar perto agradava-a, mas isso não era bom para ele, pensava por sua vez Matsuri.

- Pois imagino – respondeu olhando pela primeira vez para o papel que ele tinha na mão – Já não trabalhaste o suficiente por hoje?

- Ahh – seguiu o olhar dela até ao papel que tinha em mãos – Isto não é trabalho – disse acenando com o papel.

- Chega Gaara! – disse não acreditando nele – Tu precisas de descansar em condições!

- Mas eu descanso! – aquela insistência só podia significar que ela estava realmente a voltar ao normal, e ficaria feliz por isso se não fosse tão cansativo discutir com ela.

- Deitado nessa poltrona? Não deves dormir nada! Não acabaste de ouvir a Tsunade? Eu estou bem. Vai para a cama Gaara. Eu não preciso de ama-seca!

- Bem… Tu estás na minha cama… - disse Gaara antes que se pudesse impedir e viu-a corar – E eu não vou sair. Não te vou deixar sozinha.

- Ahh Gaara – lutou para manter a compostura – Eu sei muito bem tomar conta de mim. Por favor, eu estou perfeitamente bem para ficar sozinha. E se o problema é a cama, eu volto para o meu quarto. Na verdade…

- Deixa de ser tonta, não vais a lado nenhum! – interrompeu-a antes que ela insistisse demasiado naquela ideia - E até podes ser grandinha, mas eu estou aqui para garantir que vais cumprir as ordens da Chiyo e da Tsunade, ou já te esqueceste de todas as vezes que te tentaste levantar sem ajuda?

- Mas agora já tenho autorização para fazer as coisas básicas Gaara – defendeu-se mesmo sabendo que ele tinha razão - Eu vou-me comportar durante a noite. Prometo. Mas tu não estás bem.

- Eu sei perfeitamente como estou - Matsuri podia ser muito chata quando queria. Olhou para contrato nas suas mãos desesperado para mudar de assunto, antes que ela o vencesse pelo cansaço. Inspirou, para ganhar coragem, e começou - Temos que conversar sobre outra coisa mais importante – Matsuri olhou-o sem acreditar, mas vendo o olhar sério de Gaara cedeu.

- Sobre? – deu-lhe o beneficio da dúvida, mas não o ia deixar fugir assim tão facilmente.

- Sobre o nosso casamento – disse e viu que ela ficou estática por uns segundos até assimilar a situação e responder.

- Ok – afinal era um assunto serio que ele queria discutir. Sabia que mais tarde ou mais cedo iam ter aquela conversa mas ela preferia que fosse mais tarde.

- Temos agido como se aquelas semanas, antes e depois do casamento, nunca tivessem acontecido, mas o facto é que estamos casados – disse Gaara analisando a expressão dela a cada palavra que proferia

- É verdade – suspirou pesado. Eles tinham voltado a ser os amigos que eram por isso dava vontade de esquecer tudo o resto.

– Eu tenho que te pedir desculpas pela forma como te tratei durante esse tempo. Eu devia ter-te ouvido, mas eu estava tão furioso…

- Eu sei… Eu… Eu também deveria ter falado logo contigo e…

- Eu fui tão idiota – interrompeu-a Gaara - A culpa disto é mais minha do que do Hoki – Hoki era insano, hipócrita, ganancioso, insensível e malvado, não negava isso, mas ele tinha a obrigação de conhecer melhor Matsuri. Sentia que deveria pelo menos ter conversado com ela. A maneira como a tratara não tinha perdão.

- Não Gaara, isso não é verdade! – compreendia as atitudes de Gaara, e não o culpava por nada. Ele nunca a enganara nem lhe mentira.

- É sim. Ele é louco e eu estava perfeitamente consciente do que estava a fazer. Eu estava com tanta raiva que era mais fácil culpar-te a ti do que ver a realidade. Era mais fácil acusar-te de traição para não me sentir culpado por te estar a forçar a casar.

- Gaara… - apoiou as mão no colchão sentando-se melhor na cama. Odiava ver aquela expressão culpada no rosto dele, e saber que era por sua causa.

- Tu não devias mexer-te – disse levantando-se e sentando-se ao seu lado para a amparar. Pegou novamente nos papéis, que tinham caído ao chão na sua pressa de a ajudar, e entregou-lhos – Isso é o contrato do nosso casamento. O mais justo é saberes o que está aí escrito.

- Para sabermos mais facilmente como anula-lo – disse baixo olhando para as palavras sem realmente lê-las.

- Não necessariamente – disse rapidamente. Essa não era a sua intensão, muito pelo contrário - Podemos continuar casados – continuou rapidamente Gaara – Mas é mais do que justo saberes o que está aí escrito. É a tua vida. A nossa vida.

- Eu não acho isso justo Gaara – disse Matsuri. Já sentia um nó na garganta pelo que ia dizer, mas isso não a impediu.

Ele olhou-a durante uns segundos, logo depois desviou o olhar e acenou com a cabeça compreendendo. Era duro ouvi-la rechaça-lo, nem tinha coragem de olhar para ela. Não tinha pensado sequer na opção de ela não sentir o mesmo que sentia, mas era obvio depois de tudo Matsuri não querer ter nada a ver com ele. Tinha muita sorte de ainda assim ela aceitar a sua amizade. “Amizade”. Não sabia s no momento, odiava ou amava essa palavra.

– Se um dia te apaixonares não vais poder ter uma vida com essa pessoa – assim que Matsuri proferiu estas palavras, Gaara olhou-a rapidamente incrédulo. Ela só podia estar a brincar! Nenhuma antes era suficiente por não ser a Matsuri, e agora ela estava a insinuar… – E não seria correto teres uma vida paralela, não seria bom nem para ti nem para… Ela.

- Nem para ti – respondeu Gaara olhando-a com cenho franzido. Do que raio estava ela a falar, e o que é que ele estava a fazer ao responder daquela maneira?

- Para além disso – continuou Matsuri - Muito poucos sabem do meu casamento contigo, e seria fácil…

- Muita gente sabe… E uma separação não seria nada bom para ti Matsuri – a reputação dela ficaria arruinada.

- E vamos arrastar isto até quando? – sabia que ele tinha razão, mas era errado - Em algum momento vai ficar estranho.

- Estranho porquê? Sempre fomos amigos - engoliu ao proferir aquela palavra - Muitos até acham natural o casamento, já que as verdadeiras condições do casamento, isso sim, poucos sabem.

- Porque por melhor que nos dêmos há certas coisas que…

- Que coisas? – interrompeu-a. Estava a odiar aquela conversa.

- Vais chegar a altura que alguém vai notar a nossa… falta de intimidade – completou corada como um tomate.

- Matsuri, nós dormimos há varias noites no mesmo quarto – como é que ela podia dizer que não tinham intimidade?

- Sim, mas nunca...

- Mas ninguém sabe disso – entendia perfeitamente ao que Matsuri se referia. Seria estranho achar fofo o facto dela estar constrangida? Aquele sentimento era melhor do que sentia desde que aquela conversa começara. Não pensou muito e apressou-se a contar-lhe algo que a ia deixar ainda mais encabulada - Anda um rumor pelo castelo – começou notando a confusão dela - As enfermeiras como ainda não mudaram lençóis sujos, dividem-se entre o facto de eu estar à espera que recuperes, ou se nós já casamos porque tínhamos um caso às escondidas – viu o rosto dela atónito e corado durante alguns segundos até responder.

- O quê! – Gaara não conseguiu conter uma gargalhada - Isso não pode ser verdade.

- Sabes que não mentiria sobre isso – respondeu ele.

- Que merda – agora andavam a comentar sobre a sua vida intima. Aquela conversa não podia ficar pior - E agora?

- E agora o quê? Somos casados, ninguém tem que dizer nada. Eu até já podia ter acabado com os mexericos, mas isso era dar-lhes demasiada importância.

- Gaara, não podemos continuar com isto para sempre – respondeu cansada. Será que ele não entendia.

- Porque não? – seria assim tão impossível na cabeça dela serem felizes.

- O que vais responder quando o tempo começar a passar e te perguntarem por filhos? – nem acreditava que estava a dizer aquilo.

- Bem – aí foi a sua vez de ficar sem resposta. Afinal porque razão não iriam ter filhos?

- Exato – disse como se a sua hesitação fosse resposta suficiente – E quando aparecer alguém que te faça apaixonar e sonhar em ter uma família vais dar-me razão

- Mas que raio estares sempre com essa conversa! Isso não vai acontecer – afinal já estava apaixonado não era?

- Gaara tu não podes prever o…

- Posso sim, por isso já chega dessa conversa. Se realmente queres que nos separemos, ok, mas não vai ser essa a desculpa – uma dor no seu peito aumentava com uma ideia crescente na sua cabeça.

- Não é uma desculpa - defendeu-se Matsuri. Só estava a tentar proteger ambos.

- Tu estás apaixonada por alguém – disse tenso. Sentia a dor no seu peito alastrar, fazendo os dedos das mão ficarem dormentes. Tentava manter as emoções sobre controlo, mas não conseguia impedir-se de ser frio. Quando ela corou soube que tinha razão – É por isso toda esta insistência. Queres poder ser feliz com ele.

- Ele? Gaara…

- É por isso que não querer que passe aqui a noite, para não dar a entender… - de repente tudo fazia tanto sentido…

- Chega Gaara – teve que gritar para que ele parasse – Não há ninguém!

- Vais dizer que não estás apaixonada por ninguém? – ela corou de novo – Eu posso ver na tua cara que a resposta é sim! – ela ficou em silêncio. O seu peito doía tanto que a sua respiração acelerou – Quem é ele? Eu conheço? – perguntou tentando soar colmo, mas aconteceu exatamente o oposto.

- Gaara… - se lhe dissesse ele nunca mais ia desistir da ideia de se manterem casados e não podia suportar a ideia de uma relação em que os seus sentimentos não fossem correspondidos. Sabia perfeitamente que Gaara não sentia o mesmo por si. Tratava-a apenas como uma irmã mais nova, sempre fora assim. Ele apenas se sentia culpado por tudo, e que queria cuidar dela, mas amava-o demais para prende-lo num casamento. Jamais se iria aproveitar da situação e muito menos dele. E mais tarde ou mais cedo ele precisaria mais do que o companheirismo ou amizade e não seria capaz de suportar que ele continuasse com outras enquanto ela era a esposa. Era mais fácil para ambos que aquele casamento acabasse ali – Não há ninguém – repetiu Matsuri - Vais ser mais feliz livre, acredita em mim.

- Não, não vou – disse Gaara pausadamente com voz mais grave que o normal. Aquele sentimento era desesperante. Sentia como se ela lhe estivesse a escorregar por entre os dedos.

- Gaara eu não entendo porque é que estás assim – ele estava tão estranho. E um momento para o outro mudara radicalmente de carinhoso para frio e distante.

Ele abanou a cabeça ainda a tentar manter tudo o que sentia e pensava sobre controlo. Sabia que ao menor estimulo tudo o que estava na sua cabeça sairia pela sua boca, e não queria que isso acontecesse.

- Gaara – Matsuri tocou no braço dele afinal ele ainda estava ali sentado ao seu lado – Desabafa – Ele voltou a negar com a cabeça – Eu só não vou ser um peso para ti. Não sei porque é que é tão difícil entender.

Levantou-se e afastou-se da cama dividido em manter-se perto dela para cuidar de tudo ou fugir daquela conversa. A insistência dela não estava ajudar em nada a sua decisão e muito menos o seu controle.

- Vais entender o que é ficar longe da pessoa que amas quando te apaixonares e…

- Eu já estou Matsuri – aquela tinha sido a gota de água - Por isso é que eu sei, porque eu estou apaixonado por ti! - e na hora em que estas palavras saíram da sua boca arrependeu-se. Era obvio que não era correspondido. Do que adiantava estar a mexer no assunto? Mas agora era tarde demais para voltar atrás.

Via perfeitamente que tinha apanhado Matsuri desprevenida. O queixo dela caíra e ela não mexia um musculo. Matsuri não disse nada, só permaneceu a olhar para ele até Gaara desistir e optar pelo caminho mais fácil e fugir dali.

– Vou deixar-te descansar – disse quase num sussurro e saiu fechando a porta com um pouco de força a mais.

Agora é que nada seria como antes, pensou enquanto socava a parede no corredor com todas as suas forças arrependendo-se de seguida, devido à dor lancinante que o fez praguejar.

Já os olhos de Matsuri quase saiam das orbitas enquanto ainda olhava para a porta fechada. Mal podia acreditar no que tinha ouvido.

“Por isso é que eu sei, porque eu estou apaixonado por ti!”, o coração de Matsuri voltou a saltar uma batida e acelerou com a lembrança.

Só podia estar a sonhar. Ainda estava a dormir depois do ataque e ainda não tinha acordado. Era a única explicação.

Que outra razão explicaria ouvir a declaração que esperara durante quase toda a sua vida?

 

 


Notas Finais


Link da foto de capa

https://i.pinimg.com/564x/21/67/25/216725359dc004a08d480d50dabf0d12.jpg

E então o que acharam?

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Até ao próximo (queria prometer que voltava no domingo, mas sem promessas para não quebra-las depois)

Beijos :*


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