História O Nascer De Uma Paixão - Medo

Eu corria de forma descontrolada dentro do hospital, só conseguia pensar na chamada de um dos meus colegas que eu tinha recebido momentos antes.

Colega- Stiles um carro apareceu do nada de forma descontrolada e parece que atropelou o Miguel.

Stiles- Mas ele está bem?

Colega- Não sei não nos deixaram chegar perto dele.

Stiles- Ok eu vou tentar saber o que se passa obrigado.

Continuei a correr até ao balcão de informação.

Stiles- Boa tarde desculpe me eu precisava de informações sobre um dos pacientes.

Enfermeira- Como se chama o paciente?

Stiles- Miguel Oliveira.

Enfermeira- Você é da família?

Stiles- Não, não sou.

Enfermeira- Então lamento mas não posso lhe dar nenhuma informação.

Stiles- Por favor, diga me qualquer coisa, eu chamo me Stiles e trabalho com o Miguel.

Enfermeira- Stiles Stilinski?

Stiles- Sim sou eu.

Enfermeira- Porque não disse logo, a você posso dar informações, pois você é o contacto de emergência.

Stiles- Eu? Ok, ainda bem, mas diga me e como ele está?

Enfermeira- Ele está bem, tem só alguns arranhões e fraturou um braço, mas ficará bem.

Stiles- Sério e posso vê-lo.

Enfermeira- Claro.

Acompanhei a enfermeira até ao quarto do Miguel assim que vi que ele realmente não estava muito ferido não resisti e corri para o abraçar, ele correspondeu ao abraço e eu comecei a chorar.

Miguel- Então Stiles, não precisas ficar assim, eu estou bem, a sério.

Stiles- Desculpa reagir assim, mas fiquei com muito medo de te perder.

Miguel- Nunca peças desculpas por chorares na minha frente é bom saber que temos pessoas que se importam connosco.

Não sei o que deu em mim as do nada dei por mim a beijar o Miguel, não sei se foi o medo de o perder, a carência ou algo mais, mas senti uma necessidade de fazer isso e ele correspondeu e parecia ser perfeito até ao momento que acabou.

Stiles- Desculpa não devia ter feito isso.

Miguel- Não faz mal Stiles, só que tu sabes.

Stiles- Sim eu sei, mas apenas senti necessidade de fazer isso.

Miguel- Ok.

Stiles- Mas diz me o que se passou com o condutor que te atropelou. 

Miguel- Não sei ele fugiu.

Stiles- Sério, mas foi um acidente, que irresponsável.

Miguel- Eu acho que não Stiles, eu acho que quem tentou me atropelar não me queria deixar vivo, a sorte é que eu consegui desviar me a tempo, por isso é que só tenho esses machucados.

Stiles- O que, mas porque achas isso?

Miguel- Porque o carro era o mesmo, que na noite anterior andava nos tirando fotos.

Stiles- Tens a certeza?

Miguel- Sim. Acho que está na altura de irmos á policia.

Stiles- Acho que tens razão. Mas eu tenho medo.

Miguel- Não te preocupes eu estarei sempre contigo.

Derek

Maldita gripe que me faz ficar em casa, sem nada para fazer, é horrível não ter nada para fazer, pois assim a minha mente tem demasiado tempo e liberdade para vaguear, mais um vez dei por mim a pensar em Stiles e no quanto ele estava lindo naquela festa e na vontade louca que eu tinha para o agarrar, ele não sabe mas consegui largar as ganzas ele tinha razão aquilo era só uma falsa felicidade apenas naquele momento, mas agora sem elas penso sempre nele e relembro sempre aquilo que tanto luto para esquecer a minha infância.

Como um miúdo de apenas dez anos assiste a uma cena deplorável, que me dá vergonha de mim mesmo até hoje por não ter agido, por não ter feito nada, mas o medo do meu pai era muito grande, eu tinha, quer dizer tenho eu acho, apenas não sei onde ela está uma irmã sete anos mais velha do que eu.

Eu tinha chegado a casa com o meu pai quando ouvimos uns barulhos a virem do quarto da minha irmã, ele abriu a  porta e viu a minha irmã completamente nua com outra rapariga na cama, o meu pai sempre foi bastante conservador e um autêntico demônio, a rapariga que estava com a minha irmã rapidamente vestiu se e saiu dali já a minha irmã estava encolhida na cama a chorar.

O meu pai empurrou me para fora do quarto e fechou a porta. Só conseguia ouvir os gritos da minha irmã dizendo que amava aquela rapariga e o meu pai repetia que ela era uma vergonha uma desgraça para a família e que ia lhe ensinar a gostar de homens.

Apesar do medo consegui espreitar pelo buraco da fechadura e pude ver  meu pai violando a minha irmã enquanto ela chorava constantemente pedindo para ele parar.

Eu fui um covarde e fugi para o meu quarto tapando os ouvidos, era insuportável ouvir o choro dela e as suplicas, e esse foi o último dia que vi a minha irmã nessa mesma noite ela fugiu de casa e nunca mais ninguém a conseguiu encontrar, ou pelo menos deixaram de a procurar. E a partir dai a raiva do meu pai virou se só para mim, não podia fazer nada que já estava a apanhar, eu gostava de brincar com bonecas, houve um dia que ele viu pegou em mim e fechou me na casa de banho durante dois dias sem nenhuma comida, a minha mãe já estava doente, e acho que era o desgosto por ter perdido uma filha e ver o seu filho a sofrer e não poder fazer nada, uns tempos depois ela morreu e ai começou o meu inferno só eu e o meu pai todos os dias batia me apenas porque lhe apetecia e dizia sempre que se eu fosse um veado que ele iria me matar, que eu seria uma vergonha para a família, uma desgraça.

Por isso é que tenho tanto medo, tanto receio de ser rejeitado de perder  a Allison, mas está ficando difícil negar esse sentimento, até Paige já começa a aperceber se que algo se passa comigo, não sei mesmo o que fazer com a minha vida.

Depois do depoimento na policia, acompanhei Miguel até casa e fiz algo para ele comer, a cena do nosso beijo ainda está presente na minha mente, foi realmente bom, mas a verdade é que não se comparava aos beijos de Derek, que estupido eu sou, porque tenho que pensar nele, ele não me quer e pronto.

Saí de casa do Miguel e resolvi ir até ao café de Malia de descontrair um pouco da confusão do dia Jackson tinha me mandado algumas mensagens mas não tinha coragem para responder aquela atitude estranha dele deixou me com algum receio, preferia dar um tempo antes de voltarmos a falar.

Estava bastante movimentado o café inclusive Paige e Derek, dava para perceber que ele estava meio doentinho principalmente quando vi que bebia um chá em vez de um café, resolvi sentar me junto deles, estranhei a ausência de Allison, mas fiquei a saber que ela estava na casa da avó. Ficamos pela noite dentro no café falei um puco com Malia sobre Isaac, felizmente ele já estava melhor e se tudo desse certo ele dentro de dois meses viria para casa, eu não tenho falado com Isaac, não sei como ele se sente em relação a Malia mas vejo que Malia ainda gosta dele e não a quero ver a sofrer ela não merece, mas mais vale deixar o barco andar.

Vi que Malia recebeu uma chamada e saiu de perto para atender confesso que achei estranho, pois não temos segredos mas a vida é dela.

Quando voltou já só estávamos eu, Paige e Derek no café ela então fechou a porta e vi que a sua expressão estava diferente, parecia nervosa.

Stiles- O que se passa Malia?

Malia- Nada porque perguntas?

Stiles- Malia eu te conheço algo se passa diz me o que foi.

Paige- Malia o Stiles tens razão tu estás estranha.

Malia- Não é nada a sério.

Stiles- Bem se tu o dizes eu acredito. Bom já é tarde vou para casa.

Malia- Não podes.

Stiles- Como assim não posso estás doida.

Malia- Stiles confia em mim não podes ir para casa agora.

Stiles- Então diz me o porque e eu não vou.

Malia- Eu não posso, mas á alguém que está a chegar e vai dizer te tudo acredita em mim.

Quando ia perguntar quem ouço batidas na porta do café.

Quando Malia foi abrir eu não queria acreditar no que via.

Stiles- Como é possível estares aqui eu ainda ontem falei contigo á noite o que se passa Lydia.

Lydia- Stiles precisamos falar é importante é sobre o Jackson.