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História O Novo Recruta - Parte II - even if we explode, lets stay together


Escrita por: mooochi

Notas do Autor


ai eu amo tanto essa história :(

vamos proteger o jisung e o jeongin para sempre!

perdoem qualquer erro eu tentei dar aquela revisada mas sempre alguma coisa passa

Capítulo 2 - Parte II - even if we explode, lets stay together


Minho não pôde evitar em sentir um leve desconforto de ter deixado o pequeno refeitório da nave sem ter ajudado os rapazes em limpar as coisas, por mais que Bang Chan tivesse garantido que não seria um problema ele deixar as coisas para trás, e que outro dia ele poderia ajudar, a sensação ainda era muito forte dentro de si. 

Ao mesmo tempo que se sentia mal por não compartilhado as tarefas com os outros tripulantes, não sabia dizer não para Jeongin, que apareceu novamente com os dois pratos vazios e o mesmo pedido de mais cedo. 

Você me ajuda a consertar aquela coisa?

Os olhos felinos do híbrido eram difíceis de dizer não, ainda mais quando eles pareciam refletir constelações infinitas dentro deles, algo que Bang Chan explicou como sendo uma das características de persuasão dos yakonekos, e que realmente nem valia a pena lutar contra, ainda mais quando estavam lidando com um tão novo como Jeongin.

Por isso, depois de um encorajamento do capitão, o ciborgue se encontrava seguindo o híbrido pelos corredores da grande Andrômeda. 

Jeongin contava a história de como havia conseguido o que ele chamou de aparato de reprodução musical, e como Jisung tentava arrumar o tal aparelho de tempos em tempos, quando estava com peças sobrando ou havia conseguido alguma coisa em uma das paradas nos planetas mercantis. Minho sabia que o outro rapaz era um ciborgue como ele, porém não tiveram muito contato desde quando ele havia chegado. 

Da primeira vez a única vez que realmente falou com Jisung, foi para revelar seu código de produção. Depois disso, ele só ouvia falar dele pelos outros rapazes, principalmente Jeongin. 

Não lembrava muito bem da aparência dele, mas se lembrava do toque gélido de uma de suas partes cibernéticas dele. 

O yakoneko parou em frente a uma das portas de metal decoradas com algumas luzes e escritas em uma língua desconhecida. 

— Minho. — O ciborgue parou de olhar para a porta para encarar o híbrido ao seu lado. Jeongin estava nervoso, jogava seu corpo de um pé para o outro. — O Sungie não costuma falar com pessoas que ele não conhece, e às vezes, ele pode parecer meio sem educação, então se ele te ignorar não é nada pessoal. 

Jeongin encontrou seu olhar com o de Minho, a pupila do yakoneko estava começando a ficar mais estreita e vertical, suas orelhas estavam coladas nas madeixas castanhas, Minho apenas concordou, tentando deixar um sorriso empático em seu rosto, não precisava que o híbrido acabasse ficando instável por algo tão trivial.

— Se você quiser ficar sentado na minha cama enquanto eu pego o aparato, nem vai precisar falar com ele, se não quiser, ele deve estar arrumando alguma coisa na outra sala. — O híbrido disse abrindo a porta e adentrando os aposentos da dupla. 

A primeira coisa que chamou a atenção de Minho foi a grande quantidade de caixas com peças mecânicas, misturadas com uma espécie de bichos de pelúcia de animais que ele havia visto apenas em enciclopédias, tal como algumas escritas espalhadas pelas paredes como grandes talismãs. 

— Minha cama é aquela ali. — Jeongin disse apontando para um colchão no chão ao lado de uma lâmpada que ia do chão ao teto do quarto. 

Minho seguiu o que o híbrido falou, lentamente se sentou no colchão bagunçado com várias almofadas, dali tinha uma ótima visão do amontoado de coisas de um lado do quarto e o tamanho real do local. 

De onde estavam, parecia ser apenas a parte principal do cômodo, apesar que querer checar com seus próprios olhos até onde aquela sala ia, a recriação que tinha de algumas galáxias projetadas na parede metálica o deixou um pouco impressionado. A visão era tão encantadora, que não percebeu outra presença ao seu lado. 

— O que está fazendo aqui? Quem te deixou entrar? — A voz grossa de Jisung o assustou. De onde estava, não podia ver o rosto do outro, mas tinha uma ideia de como poderia estar quando em sua sombra apenas um dos lados de sua cabeça parecia ter madeixas rebeldes para todos os lados. — Jeongin, onde você está? 

Minho não teve tempo de responder nada, Jeongin pareceu se teletransportar para o lado do ciborgue segurando o tal do aparelho e olhando para a direção que a voz vinha. 

— Oi Seungie, esse é o Minho, lembra dele? O robô que ajudou a concertar as luvas do Bin. 

Se ele reagiu de alguma forma Minho não soube dizer, mas ainda sim, decidiu se apresentar depois do breve silêncio que se instaurou entre eles. 

— Sou o protótipo PHM04LK, você fez o meu reconhecimento da última vez que nos encontramos, lembra, lá na Capital.  

— Ah claro, o robô da quarta geração. Vocês são aberrações, sabia? Um do seu tipo foi capturado algumas semanas atrás em uma emboscada na Rede de Ligações, pelo que escutei, foi algo horrendo de presenciar.

Jeongin se sentou ao lado de Minho, deixando o aparelho em seu colo. Jisung pareceu não se mover do seu lugar no ponto sombrio do quarto, porém entendeu muito bem as ações do yakoneko, ele não deveria falar daquelas coisas por hora. 

Minho pareceu não dar muita importância para o que Jisung havia dito, apenas olhou para o híbrido ao seu lado segundo a pequena caixa mecânica. 

— Posso abrir seu aparato, Jeongin? — Minho decidiu perguntar mesmo tendo o objeto em questão em seu colo, sempre era melhor confirmar antes de arrumar algo, ainda mais quando tinha a possibilidade de acabar quebrando o objeto. O yakoneko apenas concordou balançando a cabeça, a ação de alguma forma fez com que o outro ciborgue presente se aproximasse lentamente.  

O tom que invadiu o quarto era muito diferente do que o que Minho escutou mais cedo, ao invés de duro e seco, a voz de Jisung estava calma e doce. 

— Por que quer mexer nisso, Innie? Achei que tinha desistido, na verdade, achei que iríamos tentar resolver isso com aquele meu conhecido. 

— É que o Lix disse que ele tem uma inteligência excepcional para essas coisas, e o que custa tentar, se ele arrumar você vai poder parar de se preocupar com isso. — Jeongin disse olhando a figura se sentar ao seu lado. 

Minho estava tentando tirar uma das capas protetoras, porém os pequenos parafusos estavam sendo um tanto persistentes para se soltarem, levantou sua cabeça para poder pedir algumas ferramentas, não deveria ser um concerto muito complicado. O objeto de Jeongin não passava de uma versão antiga dos rádios, provável que ele precisasse apenas soldar alguma coisa, porém não esperava ver a aparência real de Jisung. 

A última vez não se lembrava que o ciborgue tinha uma aparência tão… modificada. 

Jisung ainda lembrava um humano, porém, uma parte de seu coro cabeludo apresentava uma placa de metal, que vinha até um pouco acima de seu olho esquerdo. Os cabelos do rapaz parecia ter um loiro natural, lembravam Minho das fotos de praias que via em seus livros, outro detalhe que chamou a atenção do moreno, foi o fato de Jisung ter placas de metal que desciam de seu pescoço e provavelmente até o final de seu tronco. 

Um dos olhos também era substituído por um olho biônico, para qualquer um ele poderia se passar por um caso de heterocromia, como Changbin, porém, Minho sabia muito bem que aquele tipo de peça era apenas um paliativo, Jisung não deveria ter a visão funcionando naquele olho. 

Ainda sem falar nada, Minho não pode evitar em ficar encarando o outro ciborgue, Jeongin parecia alheio ao que estava acontecendo, já que estava brincando com os dedos do loiro, esperando qualquer que fosse o diagnóstico de Minho sobre sua bugiganga. 

Jisung, no entanto, percebeu que estava sendo analisado e não pode se segurar. 

— Sim, somos fruto da mesma empresa. — O rapaz se virou para mostrar a assinatura da empresa marcada na berada de sua placa. — A única diferença é que eu vim um pouco antes de você, PHM02HAN, uma das primeiras grandes falhas do projeto HM. 

Minho sentiu que todas as palavras tinham sumido de sua consciência, Jisung tinha passado pelas mesmas coisas que ele, se não piores, visto que a 2º geração dos protótipos do projeto contavam com algumas práticas inumanas de junção entre máquinas e homem. 

Jeongin olhou de um para o outro. 

— Acho que você vai precisar de algumas chaves, né, Min? — Soltou a mão de Jisung e se levantou. — Vou dar uma olhada lá na mesa de concertos, já venho. 

O yakoneko entrou no mesmo ponto escuro que o ciborgue estava mais cedo, a única diferença é que assim que passou pela escuridão, uma luz foi acesa, a curiosidade de Minho quanto ao resto do quarto foi esquecida, a única coisa que ele conseguia pensar no momento era como ele estava frente a frente com semelhante. 

— Mas como você ainda está vivo? Os cuidadores sempre falavam que protótipos falhos seriam devidamente descartados. 

Uma risada seca deixou o loiro. 

— É isso que eles bastardos falam por aí? — Jisung levantou sua mão mecânica. — O descarte realmente acontece, mas não é do jeito que falam dentro da Sede, na minha geração éramos cinco, um bem sucedido e quatro falhos. 

Minho segurou a pequena caixa de música um pouco mais forte, quanto mais tempo passava fora da Sede, ele percebia que tudo que a Aliança e os cuidadores vendiam não passava de uma grande ilusão, os projetos de humanos melhorados não passavam uma grande mentira.

— Nunca falaram porquê falhamos, apenas nos colocaram em um carro e largaram em um dos cantos dos lixões, para aprendermos a lidar com o mundo real sem nenhum preparo ou qualquer tipo de informação... — Jisung parecia reviver algumas memórias não tão agradáveis.

— Esses idiotas da Aliança não querem melhorar a vida humana, eles estão construindo um exército, e eu jurei pela minha vida que eu ajudaria a derrubar esses filhos da puta. 

Jeongin escolheu exatamente esse momento para voltar, e ao ouvir o linguajar do loiro, fechou a cara. 

— Sungie, o que conversamos sobre isso? Você não pode ficar irritado, não desse jeito. — O híbrido entregou algumas chaves para Minho. — Acho que elas devem servir. 

— Eu-

— Chega desse assunto, por favor, falem disso pessoalmente. — O yakoneko disse cabisbaixo, se fazendo confortável ao lado do ciborgue loiro, pegando a mão dele de volta entre as suas. — Não vamos estragar uma noite tão boa quanto essa falando do passado. 

Minho desistiu de perguntar qualquer coisa, Jeongin estava certo, era um novo começo tanto para ele quanto para toda a tripulação, não tinha o porquê reviver memórias tão doloridas. Jisung pareceu acatar o que o híbrido havia falado, escolhendo apenas o puxar para mais perto enquanto viam o moreno abrir o pequeno rádio. 

— Seu aparato, Jeongin, na verdade é um dos modelos antigos de rádio, eu li sobre ele em um livro. Acredito que não seja difícil consertar. — O moreno sorriu olhando para o híbrido, que parecia estar mais calmo. — Preciso, talvez, só de um pouco de metal para derreter, alguns dos fios estão soltos. 

— Interessante. — Jisung disse olhando para a pequena caixa sem sua cobertura de plástico, todas as vezes que havia aberto ela, não sabia muito bem o que fazer com cada uma das coisas, nunca havia visto nada como aquilo antes. — Se quiser, temos um pouco de metal líquido na sala ao lado, fique a vontade, lá tem algumas peças sobrando se precisar. 

O moreno tinha entendido que aquela seria sua deixa para deixar os dois sozinhos, seja o que for que passaram as memórias voltavam quando menos esperavam, se levantou e foi para a sala que Jeongin tinha pego as pequenas chaves. Depois que colocou a pequena caixa em cima da bancada, pode ver o metal líquido que Jisung havia falado, ao lado dos pequenos potes tinha um pedaço da mesma placa que o outro ciborgue tinha na cabeça, porém a sequência de identificação era diferente, PHM02YE5, conhecia aquela sequência.

Os protótipos femininos descontinuados depois de exatamente dois anos de tentativas, as duas gerações que foram feitas falharam miseravelmente, já tinha ouvido histórias de dois irmãos que foram levados para o projeto e infelizmente o resultado foi simplesmente desastroso.

Seria Jisung um deles

Apesar das mais diversas dúvidas rodando a cabeça do moreno, ele focou em arrumar a pequena caixa de músicas de Jeongin. Depois de lidar com os pequenos fios, os colocando nas devidas placas, usou algumas gotas do metal líquido para ter certeza que não havia mais nenhum dano. 

Fez questão de conferir tudo, cada detalhe e cada parafuso que poderia se soltar, depois de estar certo que nada iria se soltar do nada, pegou a tampa da pequena caixa e a fechou o pequeno lugar para as baterias que ficavam para fora, como Minho tinha uma corrente elétrica em seu corpo, apenas encostou nas duas terminações. 

Demorou um milésimo de segundo para que uma melodia antiga começasse a tomar conta do ambiente, o som de surpresa de Jeongin o fez olhar para a pequena passagem para a sala principal do quarto. O híbrido estava lá o olhando com um sorriso que poderia iluminar a nave Andrômeda toda, ao seu lado Jisung o encarava com os braços cruzados. 

— Não acredito que funcionou?! Você realmente consegue consertar tudo, Min! O capitão estava certo sobre você! — Jeongin estava animado demais com sua pequena caixa de música que nem percebeu o que estava falando. 

Minho não teve a coragem de o contrariar. 

— Você sabe como mexer nela? — Perguntou para o yakoneko no que ele se aproximou da mesa.

— Não tenho ideia. 

— Bom, precisamos de uma bateria para ela continuar funcionando, mas, por enquanto, vamos usar minha eletricidade mesmo. Agora você pega esse botão e gira, isso mesmo, quando o chiado diminui, significa que você entrou no sinal de alguma coisa… 

Jisung observava a cena a sua frente, seu Jeongin parecia tão feliz como a tempos ele não ficava, Minho, apesar de ter sido trazido para a tripulação com uma outra intenção, parecia se dar bem com todo mundo, não entendia como alguém como o ciborgue a sua frente não estava como um dos protótipos aprovados. 

Mas algo dentro de si dizia que esse era justamente o defeito do outro, ao invés de ser uma máquina de guerra, ele sentia demais para um humano modificado, apesar de suas peças de metais e a possível fusão de metal com seu coração, ele ainda tinha algo que a Aliança queria tirar de cada um dos jovens que participavam do programa: sua consciência

Sabia que os experimentos estavam longe de acabar, Minho era a prova disso, ele era da quarta geração, talvez a Aliança tentasse até chegarem a perfeição. Iria falar sobre isso com Chan depois, por hora, iria tentar esquecer de todas suas memórias para aproveitar a risada de Jeongin e a presença reconfortante de um semelhante a si. 

— Sungie, vem aqui escutar também! 

Jisung se aproximou dos dois, que agora estavam apoiados na mesa de concertos. Minho tirou seus dedos dos receptores da bateria e ofereceu para o loiro. 

— Precisamos de energia, Jisung, por que não tenta?

Jeongin sorriu com expectativa ao ver o loiro pegar a pequena caixa. 

— Não sei se vai funcionar, meus circuitos estão velhos, já. — Murmurou, não conseguindo esconder o cenho franzido ao encarar o moreno e o yakoneko. 

— Bom, nunca saberemos se não tentar. — Minho disse em forma de apoio. 

— Se não funcionar, eu vou atrás de uma dessas baterias. — Jisung tomou seu tempo para levar seus dedos da mão mecânica para os receptores. O momento seguinte fora como a de uma das missões que tiveram que usar explosivos, parecia que todos estavam segurando suas respirações até que o loiro encostou no objeto, e uma melodia gradativa tomou conta do lugar novamente. 

Jeongin o encarou com aqueles mesmo olhos brilhantes que ele tanto adorava, assim como a risada suave e agradável. Minho, por sua vez, sorria como se já soubesse o resultado, ele deveria saber, tinha um programa atualizado, afinal de contas. 

Os três passaram o resto da noite daquela forma, aproveitando os sinais que conseguiam captar, Minho começava a perceber que eles eram muito mais do que suas histórias, fossem elas trágicas ou não. 

Aqueles momentos, assim como os que tiveram no jantar, eram tão preciosos que ele não tinha palavras de como explicar aquilo, o ambiente estava tão agradável que quando sentiu uma dor o acertar em cheio na cabeça, ignorou, ele deveria estar acumulando muita informação e precisasse hibernar por algumas horas para processar todas as novas emoções e registros que tinha adquirido. 

Ao mesmo tempo tinha um pressentimento ruim sobre isso. 

 


Notas Finais


ai ai ai as coisas estão começando a ficar interessantes né hihihihi

provável que eu atualize no domingo!

me deixem saber o que estão achando também 💛


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