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História O Passado E O Futuro De Peixes - Capítulo 1 - Como eu vim parar aqui?


Escrita por: KuroLoveForever

Notas do Autor


Fiquei de repente perdidamente apaixonada por este homem. E tive que escrever algo para ele. Quero dar a minha versão sobre o passado do Afrodite e um futuro melhor do que o que ele realmente teve. Eu gosto muito desse personagem e tenho uma visão sobre ele... E bem... Espero que quem for ler... Goste. Quero proporcionar diversão e muito mais aqui.
Boa leitura.

Capítulo 1 - Capítulo 1 - Como eu vim parar aqui?


— Arg...

 

Aquilo soou mais alto em pensamento que em fala.

 

“Onde eu estou?” – Pensou. Sentia seu corpo deitado sob uma cama talvez, não conseguia abrir os olhos por algum motivo. Não sabia onde estava muito menos como havia ido parar ali. Tetou fazer seus olhos se abrirem, mas investia sob eles um raio de sol que dificultava a ação.

“Luz?! Já é... De manha?” – Seus pensamentos ecoavam em sua mente vazia e bagunçada ao mesmo tempo. Desistiu de tentar abrir os olhos e tentou se mover. Neste instante sentiu uma fisgada forte na perna direita quase rente ao joelho. E deixou neste instante escapar um gemido de dor que foi ouvido por alguém.

 

— Oh... Por favor, não se mecha. – Uma voz feminina soou não muito longe, ele podia sentir que a mesma se aproximava devagar. Talvez com um pouco de receio. Ao menos a insegurança na voz transparecia isso. – Está com um ferimento grave na perna. E acho que você perdeu sangue.

 

— Onde eu estou? – Perguntou deixando a cabeça cair no travesseiro.

 

— Em segurança.

 

— Quem é você?

 

— Se sente bem? – Ela perguntou se aproximando mais dos pés da cama e erguendo o lençol que lhe cobria a perna ferida. Ele sentia sua cabeça latejar. – Ual...

 

— O que foi?

 

— Sua ferida... Praticamente se fechou da noite para o dia. Não é algo que se vê todos os dias. – Ela voltou a se mover, ele ouvia seus passos, mesmo sendo eles leves e delicados. Quando ela parou bem em frente a cabeceira, foi um alivio aos olhos. E ele os abriu lentamente, relevando olhos tão azuis quanto um céu límpido e sem nuvens. – Como é o seu nome?

 

Ergueu os olhos na direção dela. Dando de cara com uma bela e jovem mulher. Tinha longos cabelos ondulados de um tom de loiro quase branco, pele alva e olhos mais verdes que a relva depois de chuva. Trajava vestes simples até mesmo um pouco velhas que contrastavam com a sua beleza. Lembrava vagamente as roupas que ele mesmo trajou a muito tempo atrás. Em uma época que ele a muito não pensava. Ele estava pensando em se recusar a dizer quem era, porem a visão diferente do que ele imaginava bagunçou um pouco sua mente.

 

— Afrodite. – Foi tudo o que disse.

 

— Ao que parece deve ter levado uma grande surra não é Afrodite? – Ela sorriu quase irônica. – É tão delicado que não é de se espantar.

 

É... O encanto acabou tão rápido quanto o atingiu. Fechou a expressão.

 

— Está tentando me ridicularizar?

 

— Oh! De maneira alguma. – Ela voltou a se mover para mais próxima a perna dele. O que o fez espreitar os olhos. – Mas ainda dói não?

 

— Posso me virar bem com isso, obrigado. – Disse seco.

 

— A é? – O fuzilou com o olhar.

 

— É. – Ele retribuiu. Mas a garota tinha cartas na manga. Levou a mão até o joelho do mesmo e o apertou sem dó. Afrodite não pode conter um pequeno grito de dor.

 

— Estou vendo. – Ela riu e se aproximou. Abaixou-se perto de seu rosto e disse lhe olhando nos olhos. – Olha aqui bonitinho, eu te salvei de virar uma pilha de ossos lá fora ontem te trazendo pra cá. Você está em minha casa sob os meus cuidados. Então deixe de ser mal agradecido e vê se dorme.

 

— Dormir? – Ele respondeu incrédulo. Ela deu de ombros e começou a se afastar em direção a porta.

 

— Você é mais bonito de boca fechada. – Ele estava prestes a responder mas ela já havia saído. A única coisa que se passava na mente de Afrodite agora era “Quem é aquela louca?”. Ele já tinha algumas teorias sobre de qual manicômio ela deveria ter saído. Mas seus pensamentos foram interrompidos quando ela apareceu novamente na porta somente da cintura pra cima segurando-se na lateral com um sorriso quase doce no rosto. – Aproposito... Pode me chamar de Ann.

 

Ela em seguida saiu deixando o cavaleiro ainda mais confuso. Que fez a melhor coisa que poderia no momento. Fechou os olhos estando quase certo de que aquilo era o sonho mais estranho que já teve em toda a sua vida.

 

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No fim das contas não era sonho. Ela voltou mais rápido que o esperado. Quando a tarde começava. Ann deixou algo sobre a cômoda e se dirigiu a cama com um sorriso nos lábios. Afrodite abriu os olhos de vagar na esperança de não ver nada quando o fizesse. Doce ilusão.

 

— E ai garotão? Está mais calmo agora?

 

— E eu tenho escolha? – Disse sem olha-la diretamente nenhuma vez.

 

— Não.

 

A garota deu de ombros e caminhou até a cômoda. Foi ao que o cavaleiro a olhou, ela trajava-se diferente agora, usava um vestido branco não muito longo que lhe caia muito bem. Por um instante ele imaginou porque ela não se vestia sempre assim. Enquanto ela estava de costas ele pôde notar algumas marcas pelas suas pernas, pareciam cicatrizes e algumas marcas mais avermelhadas que não pareciam tão antigas.

 

— Bem. – Ela interrompeu os pensamentos do cavaleiro quando se pôs a falar. – Eu fiz algo pra comer. Acho que deve estar com fome.

 

Ela levou o prato até mais perto. Apenas ai o cavaleiro notou que realmente estava faminto. Não sabia a quanto tempo estava ali, mas quando sairá era mais ao menos inicio de noite. Fechou os olhos e pôde sentir o cheiro e sorriu.

 

— Hmmm... O cheiro está bom. O que é?

 

— Oh... Está elogiando alguma coisa que eu fiz? Incrível. – Ela riu, e o cavaleiro a acompanhou no riso momentâneo balançando a cabeça. – Não é nada demais. Porem garanto que é bem feito. Sopa.

 

— Vai mesmo me dar comida de doente?

 

— Hey, não reclame, eu também comi isso. E não está rala nem mal temperada. Prove.

 

O cavaleiro cedeu. Sentou-se com cuidado na cama e se encostou na cabeceira. Ela apoiou o prato com cuidado no colo do mesmo. Ajeitou as cobertas do mesmo com as mãos pequenas e delicadas, então sentiu uma mão tocando a dela. Ela corou e olhou o rapaz.

 

— Deixe que eu faço isso. – Disse o cavaleiro.

 

Ela balançou a cabeça positivamente e se afastou o mais rápido que pôde. Ele riu baixo sem que ela visse. E olhou para a prato, não parecia ruim, tinha que admitir, e seu estomago implorava por aquilo. Ele se rendeu a fome e provou da sopa. Enquanto isso Ann estava encostada ao lado da porta o olhando com os braços cruzados.

 

— E então? – Ela perguntou com um sorrisinho presunçoso.

 

— É... Aceitável.

 

— Tsc’. – O encarou. – Se não gostou devolva.

 

— Onde foi que você aprendeu a ser tão detestável? – Ele disse sem olha-la após provar mais uma colherada. – Tem escola pra isso?

 

— Claro que tem... Quando me formei você me entregou o diploma, não se lembra?

 

— Hahá... Adoro mulheres engraçadas... Pena que você não é.

 

— Mal agradecido.

 

— Grossa!

 

— Arggg... – Ela fechou as mãos em punhos e respirou fundo. – Homens... São todos iguais. Tudo bem, você ganhou. Aproveite o almoço. Sozinho.

 

Após dizer isso ela saiu sem dizer mais nada ou fechar a porta. Ele ainda podia ouvir os passos firmes dela batendo no assoalho mesmo quando ela se afastou um pouco. Ele riu e provou mais um pouco da sopa.

 

— Ann! – Chamou um bom tom. – Da próxima vez coloque mais uma pitada de sal.

 

Ele pode ouvir mais uma porção de palavras um tanto fortes direcionadas a ele entre a frase, “Se não está bom para você faça você mesmo.”. Novamente ele riu e continuou com a sopa. A qual ele tinha que admitir, estava deliciosa.

 

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Mais tarde naquele mesmo dia Afrodite já se sentia bem melhor, mas estava aproveitando o descanso, não sabia o que havia ocorrido, e não estava certo do que havia o deixado naquele estado. Preferiu esperar. Estar totalmente recuperado. Passou a tarde toda, sozinho com seus pensamentos. Seu olhar era sério, não recebeu a visita da garota nenhuma vez durante a tarde que passou rápido, quando se deu conta e olhou pela janela já estava escurecendo. E ele se perguntava se deveria passar mais uma noite ali. Porem seus pensamentos foram interrompidos.

 

— Eu já disse que ele não voltou.

 

Era a voz de Ann, vinha de fora do quarto e ela provavelmente não estava falando sozinha, Afrodite constatou que ela era irritante, não louca.

 

— Mas você sabe bem que já passou da hora.

 

Essa voz já era distinta. Afrodite tinha que se esforçar para conseguir ouvir. Mas tinha certeza que era uma voz masculina, e parecia um pouco alterada.

 

— Sim eu sei mas...

 

— Chega de “Mas” Ann... Eu já estou caindo nas suas enrolações a muito tempo.

 

O cavaleiro no quarto imaginou varias coisas diferentes, as o que permaneceu em sua mente lhe fez rir. Imaginou que a garota estivesse arrolando aquele cara que poderia ser algum tipo de... Namorado?

 

“Não” – O cavaleiro pensou e riu imaginando que tipo de homem namoraria um ser tão irritante quanto aquele. Nesse pequeno período ele perdeu um parte da conversa e tudo que ouviu não foi agradável.

 

— Eu disse que há nada mais aqui. Você já levou tudo!

 

— Ah pequena Ann... Você vai pagar. – O homem riu assustadoramente. – De um jeito ou de outro.

 

— Não!

 

A voz da garota vacilou, e o cavaleiro notou que seja lá quem estivesse naquela casa, eles não eram amigos. Ele jogou o lençol de lado e notou que não estava com as mesmas roupas que saiu no dia anterior e teria se preocupado muito com isso se não tivesse outro problema um pouco maior do que como ela trocou suas roupas. Ele se levantou, estava usando uma calça larga e simples e uma camisa de mangas curtas em um tom cinza. E caminhou para fora do quarto. Ele já estava bem melhor e quando chegou a entrada viu que Ann é que estava em apuros agora. Um homem alto e forte, parecia algum tipo de brutamontes horrendo, exatamente o tipo de pessoa que o pisciano desprezava com todas as suas forças, estava partindo para cima da frágil garota que se esforçava para soltar os braços que ele segurava, mas ele era forte demais. O cavaleiro parou na porta de entrada para a sala e pigarreou. Todos os olhares se voltaram para ele.

 

— Quem é você? –Disse o homem.

 

— A pergunta certa seria quem você pensa que é para invadir a casa de uma garota?

 

— Isso não é da sua conta. Acho melhor sair do meu caminho se não quiser confusão. – Ele voltou a olhar para Ann como se não tivesse mais ninguém ali e os olhos dela se arregalaram quando ele ergueu a mão como se fosse acerta-la, era o que ele ia fazer, ela espremeu os olhos esperando o tapa que não veio. Quando a garota abriu novamente os olhos viu que Afrodite o segurava pelo pulso.

 

— Ahh – A garota arfou.

 

— Nunca se deve levantar a mão para uma mulher indefesa. – Afrodite olhou para a garota. – mesmo que ela tenha uma língua afiada, seja irritante e não tão indefesa assim.

 

Os dois se encararam até que Afrodite foi jogado para trás pelo homem. E voltou a ficar perto da porta. Ele soltou a garota e partiu pra cima do cavaleiro.

 

— Você vai se arrepender. – O homem encarava Afrodite como se fosse mata-lo.

 

— NÃOOO!!!!!!!!!! – Ann gritou correndo para cima do homem, na tentativa de proteger ao cavaleiro que ainda estava machucado. Mas no mesmo instante ele virou o braço na direção dela e a acertou antes que qualquer um pudesse fazer alguma coisa a atirando longe. Ela gritou e caiu sobre o sofá bastante tonta. O homem a olhou e riu.

 

— Agora é a sua vez garoto delicado. – Quando voltou o olhar para Afrodite notou que ele segurava uma rosa vermelha. – Que coisa mais linda. Ao invés de tentar me deter vai tentar me conquistar com uma flor? – O grandalhão riu, mas Afrodite não se abalou e manteve os olhos fechados.

 

— Está rosa é a mais perfeita de sua espécie, sua beleza é inigualável. A perfeição. E foi criada pelas minhas próprias mãos. A beleza desta rosa é tudo que admiro. Já você... Representa toda a feiura que repugnou. – Ele abriu os olhos e o fuzilou. – Eu vou te ensinar a manter-se em seu lugar.

 

— Pare de dizer asneiras forzinha. – Ele tentou partir para cima do cavaleiro porem quase deu por si estava cercado por varias daquelas rosas vermelhas. Um aroma forte foi sentido e o homem riu. – O que foi? Quer me fazer sair daqui perfumado?

 

Afrodite não disse nada, apenas o olhou, e quando o homem tentou partir novamente para cima dele novamente o cavaleiro desferiu um soco diretamente no rosto do grande homem que caiu quase desacordado. O cavaleiro manteve-se em uma belíssima pose.

 

— A beleza é a mais pura forma de beleza. E alguém como voc~e jamais será agraciado com tal benção.

 

— Quem é você? – O homem perguntou.

 

— Afrodite. – Disse em baixo tom que apenas ele pode ouvir. – O cavaleiro de ouro de peixes.

 

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Notas Finais


Continua...
Aceito criticas elogios e afins.
Kissus ?


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