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História O Presidente - Começo


Escrita por: gioberlusse

Notas do Autor


* Oláaa, SEI QUE DEIXEI VOCÊS ESPERANDO DEMAIS, mas tenho explicações:
1) viajei pra praia
2) a internet aqui é de modem, ou seja, limitada
3) não tinha terminado esse capítulo ainda
* Me perdoem??? Por favor :'(
* Espero que gostem desse capítulo, o título dele é "Começo" porque aqui começa o resto da trama, a partir desse capítulo o resto é desenvolvido
* Comentem por favor <3 E se quiserem ler um especial de Natal, publiquei ele dia 24: Tecnologia Imaterial

Capítulo 3 - Começo


    Pisquei várias vezes. Meus olhos doíam e meu estômago também. Eu estava deitado. Havia luz.

            —Acordou, que bom! Eu estava preocupado!

            Sentei na cama com uma rapidez imensa. Ao olhar para frente vi Thomas com 2 seguranças atrás.

            —Onde estou? –perguntei apavorado olhando para os lados

            —Na Casa Branca. Ontem você passou mal, seus pais queriam te levar para casa, mas convenci eles de que aqui você teria toda assistência necessária. Evacuaram todo o prédio por sua causa sabia? –riu- Pensaram que havia sido envenenado

            Fiquei apenas olhando-o, tentando conectar os pontos na minha cabeça. Quando ele percebeu que eu não ia falar nada, mandou os seguranças embora e fechou a porta do quarto. Sentou-se ao meu lado na cama.

            —Desculpa pelo incômodo, vou me arrumar para ir embora. –eu disse, tentando me levantar da cama, mas as mãos dele empurraram minha cintura para baixo

            —Não foi culpa sua. –ele sorriu gentilmente

            Pude perceber os olhos dele por todo meu rosto, reparando e analisando cada ponto da minha face. Corei involuntariamente. Lembrei do quão irritado ele havia ficado comigo noite passada e achei melhor não falar nada.

            —O que eu realmente queria te falar é que não foi por acaso que te escolhi para ser meu assistente. Não foi de repente. –ele riu- Quando chamei seus pais para aquela reunião eu já tinha em mãos uma ficha inteira com seus dados, já te conhecia muito antes. Mandei te analisarem por meses. Seu pai ser importante veio a calhar no momento.

            Eu estava boquiaberto. Então ele tinha mandado me espionarem por meses e eu não tinha percebido nada? Não sabia como reagir, continuava chocado e o olhando sem saber o que dizer. Não sabia se devia ou podia brigar com o Presidente dos Estados Unidos por ele ter me espionado. Achava que não.

            Vi o sorriso dele se alargar e me fez ficar vermelho, mas naquele momento meu rosto esquentou de raiva. Ele achava que era tudo uma brincadeira? Achava engraçado saber tudo sobre mim enquanto eu n]ao sabia nada sobre a vida pessoal dele mesmo ele sendo presidente?

            —Mas eu não aceitei o emprego ainda! –falei com a expressão fechada- Que horas são? Eu não deveria estar sendo seu assistente por um dia, pra fazer um teste, como o senhor mesmo falou? –falei cinicamente.

            —Não se preocupe, ainda é cedo. A propósito, seus pais e sua irmã dormiram aqui também. –eu arregalei os olhos. Toda a parte do “espionei você por um tempo” sumiu da minha cabeça

            —Que?! –já imaginando minha mãe sendo insuportável querendo puxar o saco dele sem parar

            Ele levantou-se da cama e estendeu a mão para mim. Desconfiado peguei-a e ele me puxou para cima, me fazendo levantar e quase cair em cima dele.

            —Ai meu Deus, desculpa! –murmurei morto de vergonha, me segurando em seus ombros

            —Não tem problema –ele riu e afastou-me com delicadeza de cima dele- Pode se atirar em cima de mim o quanto quiser

            —Que?! Eu não me atirei em cima de ninguém! –fiquei furioso

            —Eu estava brincando –ele gargalhou e puxou meu queixo para cima.- Pense bem, ninguém nunca recusou um trabalho oferecido pessoalmente pelo presidente dos Estados Unidos. –ele piscou

            Olhou profundamente nos meus olhos. Eu queria fugir, escapar, mas ele apenas ficou ali, me investigando por um tempo, depois sorriu e saiu do quarto. Ainda bem, pois eu já estava ficando nervoso. E com mais raiva dele.

            Levei um tempo até digerir aquela conversa. Assim que terminei de pensar no assunto me vesti com rapidez, querendo sair daquele lugar e tentar ver se o que havia acontecido não tinha sido um sonho. No entanto, antes que eu pusesse os pés para fora do quarto vieram me servir café da manhã.

            —Senhor Novak? –um homem entrou, puxando um carrinho com comida

            —Sim? –o olhei com desconfiança

            —O senhor presidente pediu para eu lhe trazer café da manhã. Espero que esteja do seu agrado. –apenas concordei com a cabeça, acreditando estar sonhando

            Quando o rapaz estava saindo do quarto eu saí de meu transe.

            —Espere! –ele voltou-se para dentro do quarto

            —Sim?

            —Onde estão meus pais, e minha irmã? Preciso falar com eles.

            —Eles estão tomando café da manhã com o presidente. Precisa de algo mais senhor Novak?

            Eu estava realmente sonhando. Como eles podiam? Eles não eram parentes de Thomas pra ter toda essa intimidade! E nem eu, pra dormir ali na Casa Branca. Revirei os olhos. Minha mãe devia estar sendo inconveniente de uma maneira descarada. Que vergonha!

            —Não, obrigado –respondi depois do choque inicial

            Deixei meu café da manhã intocado e calcei meus sapatos, saindo do quarto para dar de cara com um outro segurança. Respirei fundo. Será que não era possível dar 1 passo sem ser seguido nesse lugar?

            —Senhor Novak, o senhor está se sentindo melhor?

            —Muitíssimo bem, obrigado senhor... –apertei os olhos e consegui ler seu crachá- James. Estou procurando meus pais, e minha irmã. Me disseram que eles estão tomando café da manhã com o presidente... Posso me juntar a eles?

            —Claro senhor, eu lhe acompanho.

            Fiquei aliviado e o segui por entre os corredores da Casa Branca. Quando chegamos eu só pude escutar as risadas da minha mãe. E assim que entrei no aposento fiquei aliviado por saber que todos estavam vivos.

            —Damien! Não sabia que iria se juntar a nós, por isso mandei servir o café em seu quarto. Estava contando aos seus pais sobre o teste como meu assistente que você fará hoje. Obrigado James, já pode ir.

            Ele estava sentado na cadeira da ponta da mesa, olhando-me diretamente. Sorri timidamente, mas por dentro eu estava gritando. Minha mãe, meu pai e minha irmã me olhavam e eu traduzia aquele olhar como “você vai aceitar esse emprego ou a gente te deserda”.

            —Sente-se por favor. –Thomas falou indicando com a mão a cadeira vazia ao lado da... mulher misteriosa que estava com ele noite passada, usando um vestido rosa!

            —Querido, é seu dever, o dever de todos os civis trabalhar pela nossa pátria e honrar o senhor presidente. –minha mãe falou. Eu olhava ainda para a mulher, com curiosidade. Comecei a responder mas ele foi mais rápido

            —Eu entendo que é um cargo muito importante e ele ainda é jovem, tem todo direito de pensar bem antes de decidir.

            Eu sorri nervosamente. A mulher ao meu lado comia em silêncio e me deixava cada vez mais curioso para descobrir qual era sua relação com o presidente.

            Minha mãe não parava de elogiar a sala, a comida, e claro, Thomas. Eu queria me esconder cada vez que ela falava alguma coisa. Meu pai falava raramente, eu sabia que ele queria urgentemente fazer contatos, mas não tinha como ser discreto fazendo isso, então ele apenas se resignou a comentar e responder a minha mãe e ao presidente.

            Lilith olhava descaradamente para Thomas, o que estava ficando meio esquisito, visto que ela não falava nada, só o olhava parecendo uma louca. Eu encarava apenas meu prato e mesmo assim podia sentir os olhos dele sobre mim, me estudando, mais do que já havia feito antes no quarto.

            Terminamos nossa refeição e logo vieram recolher os pratos. Eu suspirei de alívio por aquilo tudo ter acabado. Mas, claro que não ia ser tão fácil nem tão rápido sair daquela casa.

            —Damien, posso falar com você por um instante? –Thomas perguntou, levantando-se e ajeitando o paletó. Eu arregalei os olhos- Não se preocupe, não vou te sequestrar, acho que eu não posso fazer isso. –todos na mesa riram e minha mãe me fuzilou com o olhar e eu entendi o “vai lá logo”

            Levantei-me e murmurei um “com licença”, seguindo-o para outra sala. Os seguranças nos deixaram a sós e eu olhei apenas para os meus sapatos. Para não parecer que tinha algum problema eu tentei fazer uma piadinha.

            —Você é o presidente, acho que pode sequestrar qualquer pessoa. –dei um sorrisinho, olhando-o rapidamente

            Não conseguia encará-lo como ele fazia comigo. Me sentia estranho.

            —Ah, você tem razão –ele sorriu afrouxando a gravata- Eu te chamei aqui pra te dar isso. –ele puxou do bolso um celular e estendeu-o para mim

            Eu arqueei as sobrancelhas, não entendendo nada. Olhei do celular para o rosto de Thomas por umas 5 vezes até que ele pegou minha mão e colocou o celular nela. Era um modelo bem antigo, não era touchscreen, tinha teclas.

            —Não entendo... Senhor presidente –acrescentei rapidamente

            —É um celular para nós dois nos comunicarmos. Sobre o seu trabalho, lógico. Caso você tenha alguma ideia também. É o nosso segredinho ok? É um modelo antigo, de difícil rastreamento, impossível de grampear, então não se preocupe.

            —Mas eu não aceitei o emprego ainda! –franzi o cenho e o fiz rir

            —Como eu disse, poucos recusam um emprego oferecido por mim, acredito que você não vai ser um desses poucos não é mesmo? Eu ficaria decepcionado se você o fizesse.

            —Mas... –gaguejei, não sabia o que falar

            —Mas? –ele aproximou-se com as mãos nos bolsos e um sorriso nos lábios. Me analisou longamente e parou o olhar em meu rosto. Eu não conseguia encará-lo. Olhava o celular em minhas mãos

            —Por quê? Por que eu? –mordi o lábio e lembrei que ele havia dito que havia me espionado, parecia que havia sido há horas. Não sabia ao certo se já o havia perdoado por aquilo.

            —Eu te conheço muito bem. Você não me conhece. E nós temos que mudar isso não é mesmo? –aproximou-se mais de mim, colocando a mão em meu ombro direito, obrigando-me a encará-lo

            Perdi-me em seus olhos azuis claros e fiquei sem reação. Parecia um idiota de boca aberta esperando alguma resposta dele, esperando-o fazer alguma coisa.

            —Amanhã eu irei jogar golfe e seu pai irá comigo. Não quer ir junto? Serão assuntos chatos, negócios só, mas você pode aproveitar e escrever algumas coisas sobre mim, começar seu trabalho.

            —E-eu... –ele continuava com a mão em meu ombro- Eu vou ver com meu pai –falei rapidamente

            —Ótimo! –ele sorriu largamente e eu suspirei de alívio ao me ver fora de seus braços. Aquele era um cara muito estranho.

            —Mas hoje eu tenho que trabalhar, não?

            Perguntei já sabendo a resposta. Eu não teria como recusar aquele emprego. Mas pensei melhor e aquilo só me traria oportunidades boas. A não ser que eu ferrasse com tudo, o que me dava medo.

            —Podemos ir juntos. Claro, hoje vai ser basicamente para você ver como as coisas funcionam de verdade na Casa Branca –senti um arrepio ao ouvir aquilo

            Mordi o lábio. Voltei a realidade, aceitando que iria trabalhar naquele mesmo dia. Então lembrei da mulher na sala... Ela não havia falado nada, apenas sorria. Já que ele havia me forçado a aceitar aquele emprego acreditava que eu tinha direito de saber algumas coisas.

            —Quem era... aquela mulher, que estava com você ontem e agora está na sala com meus pais? –perguntei fingindo desinteresse

            —Ninguém, não se preocupe com ela. –respondeu franzindo o cenho- Ela não vai interferir em nada. Meus assessores estavam preocupados com a minha imagem então colocaram ela lá.

            —Ah, ok... –guardei o celular que havia me dado em meu bolso- Mas por que ela está aqui? –insisti.

            Ele me olhou com curiosidade, quase fazendo uma careta. Eu engoli em seco.  

            —Por que meus assessores acharam que ao vê-la saindo da Casa Branca a imprensa finalmente iria sossegar quanto ao fato de eu nunca ter sido visto com uma mulher. –ele falou sem muita vontade, me conduzindo de volta para a sala

____________

            Na sala meus pais conversavam entre si e minha irmã tentava puxar assunto com a mulher à frente. Sentei-me, mas os pratos já haviam sido retirados. Não sabia muito bem o que fazer.

            —Qual seu nome? –perguntei pra ela. O aposento ficou em silêncio. Senti os olhos de Thomas desaprovando meus modos. Ele agora era minha mãe por acaso?

            —Chloe.

            Acho que havia algo mais por trás da escolha daquela mulher. Pude notar o sotaque francês. Alguém ali queria estender a parte francesa da família. Arqueei as sobrancelhas quando ela respondeu.

            Thomas tossiu e todos o olhamos.

            —Eu estou indo para o Salão Oval agora. Damien, gostaria que me acompanhasse.

            —Hã... Tá bom. –falei me levantando

            —Senhores, foi um prazer tomar café da manhã com vocês. Um motorista irá levá-los em casa.

            Thomas puxou a cadeira de minha mãe quando ela se levantou, como um perfeito cavalheiro, pensei. Levantei-me e ajeitei mais um pouco minhas roupas. Eram as mesmas da noite passada, então eu estava bem vestido. Dei tchau para minha família, minha mãe piscou para mim e meu pai fez sinal positivo com o polegar. Revirei os olhos.

            Ele me conduziu até outro caminho com uma mão em minhas costas. Eu me sentia uma criança, de mãos dadas com o adulto que conhecia tudo.

            Estávamos na Residência Executiva, onde todos os presidentes anteriores haviam morado. Íamos em direção à Ala Oeste, onde ficavam o Salão Oval, a Sala do Chefe de Gabinete e a Sala de Operações.

            Enquanto caminhávamos éramos seguidos por 2 seguranças, que não olhavam para nós e sim para os arredores, atentos a qualquer aproximação repentina.

            Passamos por vários corredores, inúmeros quadros, sofás, e muitos seguranças. Em cada porta havia um deles e não se importavam em me olhar, apenas falavam um forte “bom dia senhor presidente”, o que as vezes me assustava. Mas eles sequer se importavam comigo, olhavam os arredores, sempre atentos, mas com total atenção nos passos de Thomas.

            Começamos a adentrar uma parte mais movimentada da Casa Branca, mais pessoas passavam por nós. Cumprimentavam o presidente e sorriam para mim. Eu tentava não parecer muito espantado, apenas sorria e tentava não fazer caretas com meu rosto.

            Entramos na sala onde os jornalistas e a imprensa redigiam artigos para o presidente. Era uma sala branca, com várias divisões, em cada uma delas uma mesa com um computador e alguém trabalhando. E, obviamente, havia muito papel. E barulho.

            Assim que entramos todos nos olharam. Uma mulher vestida com um terninho preto e sapatos de salto aproximou-se com uma expressão séria. Usava óculos e cabelos no estilo Chanel, também pretos.

            —Senhor presidente, bom dia. –ele concordou com a cabeça- Vários jornais já estão falando sobre a -ela pegou um jornal e começou a ler- “mulher que talvez mude o status de solteiro de Thomas Klint”

            Ele continuava impassível ao meu lado. Não falou nada, apenas continuou com as mãos nos bolsos olhando-a.

            —Alguma notificação vai ser dada à imprensa sobre isso? Senhor?

            —Não se preocupe Margot, isso é assunto entre o Chefe de Gabinete e eu. Bom trabalho ao se manter atualizada. –pude notar ela ficando tensa- Esse é Damien. –ele pôs a mão em meu ombro sorrindo

            —Prazer Damien –ela estendeu a mão e eu a apertei

            —Ele vai ser meu assistente a partir de agora. –por dentro eu sabia que minha vontade não valia nada ali. O que o presidente queria ele tinha, eu já devia ter aprendido aquilo com as aulas de história.

            —Oh –ela pareceu surpresa- Nossa, parabéns pelo trabalho então. Vários adorariam ocupar a sua posição. –ela sorriu discretamente ajeitando o óculos.- Com licença. –se afastou

            Thomas olhou o resto do cômodo por cima, já que era bem mais alto que eu. Todos o olhavam e não sabiam o que fazer, a sala estava parada. Então ele me olhou e sorriu.

            —Tudo certo aqui. Vou providenciar uma sala para você trabalhar, e não hesite em vir até aqui para pedir informações, Margot lhe oferecerá suporte nos artigos. Ouvi dizer que você escreve muito bem.

            —Ah... Eu tento. –murmurei constrangido

            —Vários prêmios na faculdade pelo que soube... –eu franzi o cenho e o olhei

            —Você sabe mais do que eu sobre a minha vida. –ele pareceu surpreso com a minha resposta, primeiro me olhou chocado e então começou a rir

            —Você fala comigo como se eu não fosse o presidente dos Estados Unidos.

            Todos na sala nos encaravam chocados, boquiabertos. E eu estava completamente vermelho. Senti meu rosto esquentar e olhei em volta. Eles me censuravam mentalmente, só pelos olhares eu já deduzia.

            Não sabia mais o que dizer, então resolvi ficar de boca fechada. Thomas continuava rindo, e eu não sabia se estava sendo irônico ou se realmente achara engraçado.

            —E é por isso que eu quero você aqui. –me deu um tapinha de leve na bochecha- Preciso de pessoas sinceras à minha volta. –aumentou o tom de voz olhando para as pessoas na sala. Elas rapidamente voltaram a trabalhar

            Seguimos por outro corredor. Thomas cumprimentando mais pessoas... Eu totalmente perdido naquele lugar. Em um momento ele me disse para esperar enquanto ia cumprimentar e conversar com outros homens. Eu assenti e fiquei num canto.

            Ouvi várias conversas interessantes enquanto isso...

            —Será que é verdade que o presidente irá se casar com aquela mulher? –uma mulher conversava com a outra

            —Nenhuma confirmação. Descobriram que o nome dela é Chloe e que ela é francesa. Parece que passou a noite na Casa Branca. –a outra mulher abafou risinhos

            —Mesmo? Será que já temos um herdeiro a caminho? –eu revirei os olhos

            Fiz uma careta ao digerir aquela frase. Observei a minha volta as outras pessoas. Resolvi prestar atenção em outra conversa, dessa vez de dois homens. Usavam ternos e pareciam muito sérios.

            —Você acha que Thomas irá financiar os rebeldes?

            —Não depende só dele, precisa de aconselhamentos, reuniões e muita reflexão.

            —Essa guerra vai estourar em breve. Mesmo que no Oriente Médio, precisamos ajudar algum dos lados.

            Eu decidi não ouvir mais nada. Todos conheciam a “ajuda” dos Estados Unidos. Mas sabia que como eu iria ser assistente dele de agora em diante eu precisaria saber sobre quais guerras estavam prestes a estourar. Suspirei.

            Estava perdido em divagações quando Thomas voltou para o meu lado. Como sempre sorrindo. Eu já estava ficando irritado com o quão bom aquele sorriso ficava no rosto dele. E o quanto ele gostava de mostrá-lo.

            —Desculpe, precisava falar sobre assuntos importantes com eles. –eu assenti- Podemos continuar no Salão Oval agora. –me guiou com a mão nas minhas costas novamente, me fazendo revirar os olhos

            Os seguranças nos seguiram, mas pararam na porta enquanto Thomas abria a porta. Havia um guarda estático na porta. Nós dois entramos e eu respirei fundo.

            O Salão Oval. Só Deus sabia o quanto aquele lugar mudara o rumo de vidas, cidades... E quantas pessoas haviam passado por ali? Quantos presidentes? Era a história na minha frente. Eu estava naquele momento dentro da história. Senti um arrepio pelos braços ao encarar a mesa e a cadeira do presidente, o tapete no centro, as paredes brancas, o sofá e as poltronas...

            —Caso você precise tratar de algum assunto urgente comigo é só informar Laura primeiro. –eu não estava prestando muita atenção, apenas encarava de boca aberta todo aquele cômodo

            Saí do meu transe e entendi que Laura era a secretária, que ficava do lado de fora do salão oval.

            —Mandei fazerem o crachá pra você. –ele caminhou até a mesa e pegou um cartão de cima dela, voltou para perto e entregou-me

            —Ah, pra que eu possa entrar aqui. –arqueei as sobrancelhas

            —Claro. Já informei os seguranças sobre meu novo assistente –ele sorriu- Então não fique espantado se encontrar um deles te seguindo

            Eu suspirei. O que era uma seguida perto de meses de investigações sobre a minha vida? Guardei o cartão no bolso da calça.

            —E não se esqueça do celular que eu lhe dei, é importante para nos comunicarmos. –piscou

            Eu assenti. Ainda não conseguia parar de olhar a minha volta. Mas então resolvi puxar um assunto delicado.

            —Acho que a sua assessoria conseguiu o que queria... –murmurei virando de costas pra ele, caminhando lentamente pelo aposento

            —Como assim? –pude sentir o olhar dele sobre minhas costas

            —Todos estão falando sobre você e aquela mulher –virei-me para Thomas. Queria que ele matasse minha curiosidade, eu ainda achava que ele me escondia algo

            —Bobagem. Esqueça isto. –pigarreou e pude notar certo nervosismo em sua voz. Seus olhos me analisavam

            —Não posso esquecer isso. Não agora que vou ser seu assistente. –sorri pra ele

            Cheque mate. Ele me olhou irritado. O cenho estava franzido, me olhava com intensidade e irritação, se é que isso era possível. Ok, eu estava sendo um pouco cínico, mas também estava sendo verdadeiro, eu ia trabalhar para ele e eu precisava antecipar qualquer escândalo.

            —Estão falando até em filhos... –murmurei. Vi sua expressão se suavizar e um riso brotar de sua voz

            —Filhos? –me olhava de sobrancelhas arqueadas

            —É. Você tem trinta anos, eles acham que já está na hora de casar e ter filhos.

            Eu queria testar e ver até onde aquela conversa chegaria. Tinha alguma coisa que eu não sabia, algo muito bem escondido.

            —Eles acham? Mas o que eu quero não conta?

            Percebi que aquilo era mais um desabafo do que uma pergunta. Senti que eu estava chegando onde queria. Ora, se ele mandara investigarem minha vida eu tinha o direito de saber o que ele escondia. Só me esqueci que ele era o presidente dos Estados Unidos e eu apenas um civil à serviço dele.

            —Acredito que devemos nos limitar a tratar apenas de assuntos políticos, sobre minha agenda e programas sociais. –mudou de assunto ajeitando o paletó, parecendo desconfortável

            —Não concordo. –ele me olhou como se eu estivesse ficado louco- Acho que temos que falar sobre sua vida pessoal publicamente. As pessoas estão comentando e não vão parar enquanto não acharem algo ruim que você fez no passado.

            Ele me encarava chocado. Eu sabia que tinha passado dos limites, talvez. Mas não gostara do jeito como ele me obrigou a trabalhar ali, embora estivesse considerando a ideia agora. Engoli em seco e sustentei seu olhar com o queixo erguido. Eu estava nervoso. Mas não podia voltar atrás agora.

            —Muito bem. –ele aproximou-se com as mãos nos bolsos- Ninguém nunca falou comigo assim sabia? –eu não desviei o olhar. Ele me estudava de cima a baixo- Admiro sua coragem. –sorriu. Tentei decifrar se aquele era um sorriso irônico ou cínico, mas não consegui- É por isso que eu queria você aqui. Soube de várias histórias suas da faculdade. –sussurrou

            Eu fiquei um pouco tenso. Foram muitas histórias da faculdade, e preferia não lembrar delas. Naquele momento me sentia ameaçado.

            —Se você não gostou do que eu disse me fale, estamos nos conhecendo e eu não sei como você lida com sugestões e críticas. –olhei para os meus pés. Por que eu ainda teimava em bater boca com ele?

            Ouvi a risada dele e o observei. Agora ele servia uísque em dois copos. Me entregou um e sentou-se no sofá. Ficou me observando. Me senti um animal em exposição ali, as tomei um gole da bebida e fiquei passando o dedo na borda do copo, esperando ele falar alguma coisa.

            —Também estão falando sobre uma guerra. –falei baixinho, já que ele apenas me olhava. Agradeci pelo clima tenso ter se dissipado um pouco

            —Ah Damien... Você vai lidar com coisas piores do que guerras aqui dentro. –tomou todo o uísque de seu copo em um gole só- Se você acha que pode mudar as coisas por aqui está muito enganado. Nós já estamos acostumados assim e quem diz o que pode ou não aqui sou eu.

            Ele falava calmamente. E eu diminuía cada vez mais em sua frente. Admito que merecia aquilo. Mas tentei me redimir depois.

            —Não foi minha intenção falar desse jeito. –murmurei

            Acho que minha voz saiu um pouco embargada, mas era porque eu estava nervoso. Ele deve ter achado que eu ia chorar porque se levantou preocupado e postou-se em minha frente.

            —Nem a minha. Vamos esquecer isso tudo bem? –ele tocou meu rosto num outro tapinha amigável na bochecha

            Eu assenti meio perdido depois daquilo tudo. Mordi o lábio e fiquei olhando para o chão, esperando ele dizer alguma coisa.

            —Eu não tenho intenção nenhuma de casar ou ter filhos. Quero me dedicar totalmente ao meu país. Guerras vem e vão, todo dia temos um conflito diferente aqui dentro. É cansativo controlar o mundo. –ele riu

            Ele notou que eu não estava mais no clima para conversas e suspirou.

            —Podemos continuar amanhã. Seu trabalho começa às nove da manhã até às dezoito. Traga o crachá, traje formal e apenas se comunique comigo pelo telefone que lhe dei.

            —Sim senhor. Com licença –caminhei em direção à porta

            —Damien? –ele chamou.

            —Sim? –me virei, encarando-o com uma expressão interrogativa

            —Embora eu goste que me chame de senhor, você pode me chamar de Thomas apenas.

            —Ah, ok. Até amanhã.

            Saí de lá todo confuso e pensativo. O que ele quis dizer com “embora eu goste que me chame de senhor”? Esvaziei minha mente enquanto saía daquele cenário que mais parecia um sonho.

____________

            Assim que saí de lá chequei meu celular e para variar não havia nenhuma mensagem de Mike. Mas eu já estava acostumado com a falta de sensibilidade dele. Revirei os olhos. Disquei o número de Jess, minha amiga da faculdade.

            —Damien é você?

            —Sim né? –eu ri- Vamos na cafeteira perto da minha casa?

            —Já estou saindo de casa! –ela desligou

            Eu suspirei querendo limpar minha mente dos problemas e das lembranças da última noite e dos últimos minutos. Peguei um táxi e indiquei o caminho para o motorista.

            Durante o trajeto enviei uma mensagem para Mike, mesmo sentindo como se estivesse correndo atrás dele. E infelizmente eu tinha que ficar no pé dele, ultimamente ele andava muito estranho e sumido, e eu já não tinha tanta vontade de ficar insistindo em dialogar com ele.

            Para: Mike

            Me liga quando puder, precisamos conversar. Beijos.

            Bloqueei o celular e olhei pela janela para o céu. Agora estava nublado e havia esfriado um pouquinho. Sentia como se meu cérebro ainda estivesse na Casa Branca e algo me dizia que eu ia me sentir daquele jeito por um bom tempo ainda.

            Agora, com a cabeça fria e passados alguns minutos desde que saíra da Casa Branca eu ainda me perguntava porque havia enfrentado Thomas daquele jeito. Revirei os olhos me lembrando do que eu dissera. Onde estava com a cabeça? Eu devia apenas focar no meu trabalho e não dar opiniões pessoais. Sentia vergonha, meu rosto queimando de lembrar como eu o havia enfrentado. Ninguém deveria falar daquele jeito com o presidente dos Estados Unidos. Me sentia mal.

            Agora eu ia ficar me remoendo por aquilo pelo resto do dia. Talvez da semana. Respirei fundo e tentei pensar positivamente. Ele havia ficado irritado de início, mas depois resolvemos tudo não? Peguei novamente o celular e digitei no google: Thomas Klint Chloe. Cliquei em notícias. Várias manchetes com fotos do jantar da noite passada apareceram.

            O presidente Klint namorando? Tudo o que descobrimos sobre a felizarda!

            Thomas Klint (30) apareceu em seu jantar na noite de ontem ao lado de Chloe Moreau (22). Ao que tudo indica a bela é modelo e o conheceu em outro...

            Revirei os olhos. Por que eu estava fazendo aquilo? Mordi o lábio. Era só curiosidade. Havia achado aquela história muito estranha ainda. Continuei lendo outras manchetes e o pequeno resumo delas logo abaixo. Faltavam algumas quadras para chegar ao café.

            Conheça Chloe Moreau, a francesa que roubou a cena na noite de ontem

            Ontem, no jantar/festa que ocorreu na Casa Branca fomos apresentados à uma figura misteriosa e que poderá ser muito importante no futuro. O nome...

            Continuei mais abaixo, agora roendo as unhas. Eu parecia aquelas mulheres que passavam o dia todo lendo revistas de fofocas. Internamente eu dizia a mim mesmo que estava fazendo aquilo pelo meu trabalho.

            Thomas Klint se casará em breve? Chloe é a nossa aposta.

            A América precisa de um bebê! E talvez a sorte esteja a nosso favor. Tudo graças a uma certa francesa que vem mexendo com os tabloides americanos...

            Abri uma notícia sem querer, mas a parte que me chamou atenção foi: “o salão da Casa Branca foi evacuado após suposto envenenamento. Mas tudo não passou de um mal-entendido, um convidado não sentiu-se bem e como a segurança desconfia de tudo, apesar de todo aparato tecnológico resolveram pela evacuação do prédio. Foi um acidente, mas a prevenção é o melhor remédio, ainda mais quando guerras estão explodindo por todo o mundo e somos os alvos principais” Senti mais vergonha ainda. Eu causara tudo aquilo.

            Olhei pela janela e percebi que havia chegado ao café. Desliguei o celular e paguei o taxista, agradeci pela corrida e saí do carro. O vento estava fraco, mas me dava alguns arrepios. Entrei na cafeteria e de imediato vi Jess abanando para mim de longe. Sorri largamente para ela. Até ver que ela havia trazido o namorado.

            Chris não era uma pessoa muito sociável, preferia ficar na dele, só ouvir e observar, o que me irritava profundamente, mas eu nunca falava nada. Me aproximei e fui agarrado por uma Jess felicíssima. Chris apenas me cumprimentou meneando a cabeça. Eu estava feliz por ver minha amiga.

            Percebi que dessa vez ela havia cortado os cabelos e pintado de vermelho. Os óculos continuavam os mesmos, e o rosto também, Jess estava sempre feliz.

            —Pedi um cappuccino pra você D! Eu estava com saudades –me sentei e ela também

            —Eu também, mas tudo anda tão corrido... –suspirei e olhei para Chris

            Ele bebericava um suco vermelho. Parecia não prestar muita atenção. Por que o havia levado ali? Era para ser só eu e ela. Agora não estava confortável para contar tudo o que havia acontecido naquele dia com Chris ali, fingindo ser invisível.

            —E o emprego na Casa Branca? Espero que tenha aceitado, ou eu te mato Damien Novak. –ela me olhou inquisidoramente

            —Digamos que eu não tive escolha. Eu meio que fui obrigado a aceitar. Pelo próprio Presidente dos Estados Unidos.

            Ela quase cuspiu o café que tomava. Me olhou com os olhos arregalados e um sorriso descrente no rosto.

            —Eu não acredito! E ele é gostosão mesmo? –eu revirei os olhos

            —Não sei Jess. –respondi. O meu cappuccino chegou e eu tomei lentamente com cuidado para não queimar a língua- Ele convidou minha família para a festa de ontem que aconteceu lá.

            Ela me olhou ainda não acreditando e com a boca aberta.

            —Você vai virar a próxima Paris Hilton, Damien? Só temos que criar escândalos agora, você saindo bêbado da Casa Branca por exemplo, mentindo que os Klint são psicopatas, já imaginei tudo!

            Eu ri e Chris me acompanhou, achando graça. Jess era a pessoa mais engraçada que eu conhecia. Não podia evitar esquecer dos problemas quando estava com ela, era minha válvula de escape, eu a amava muito, sua amizade significava muito para mim.

            —Ele apresentou aquela mulher...

            —Chloe Moreau?! –ela estava MUITO animada, talvez por causa do café- Ela é modelo sabia? Nasceu na França e todos estão falando que ela vai ser esposa do presidente Klint. Ah é claro! –ela bateu na testa- Você foi na festa e conheceu ela, me conte tudo Damien! TUDO!

            Algumas pessoas na cafeteria olhavam para nós e eu apenas ignorei-as. Ri baixinho e contei tudo que havia acontecido na noite passada e na manhã daquele dia. Jess não parava de me interromper para falar sobre algum plano mirabolante para eu ficar famoso e parecia animada por mim. Mas aquela era a Jess normal, ela sempre torcia por mim.

            —Você desmaiou e eles evacuaram o prédio, isso é hilário  D, você tem que escrever um livro sobre isso.

            Eu fiz uma careta para ela.

            —Acho que não... Mas me conta sobre o emprego em Yale, espero que tenha aceitado ou eu vou te matar. –pisquei pra ela

            —Aceitei mas... Ah, eu sou muito insegura, não sei se vai dar certo e de qualquer jeito estou só no início da minha carreira. –suspirou. Chris acariciava sua nuca delicadamente, reconfortando-a

            —Vai dar tudo certo, você é ótima no que faz Jess. –sorri gentilmente- E você Chris? –perguntei, ele voltou sua atenção para mim- Continua trabalhando?

            Eu não sabia direito o que Chris fazia. Jess me dissera que ele trabalhava com tecnologia, talvez fosse técnico? Não me lembrava.

            —Sim, trabalhando –me olhou profundamente

            Senti arrepios com aquele olhar. Chris era uma pessoa estranha, mas Jess estava feliz com ele, então eu não dizia nada, ficava feliz também. Mas ele tinha umas manias estranhas, como dar aquele olhar para as pessoas no geral, não só para mim e responder com monossílabos.

            —E Mike? –ela perguntou

            —Tudo na mesma, ele ainda continua insensível e me trocando pelo trabalho. –todas as lembranças do dia anterior vieram à tona

            —Mas vocês têm que conversar Damien, uma relação só vai para a frente na base da conversa. –revirei os olhos, não precisava da “Jess autoajuda” no momento

            —Fica meio difícil quando eu não consigo sequer conversar com ele! Não responde minhas mensagens, não retorna minhas ligações. –falei com frustração

            —Ele não diz com o que está ocupado? –Chris perguntou

            —Diz que é trabalho. Sempre que estamos juntos o chefe do escritório dele liga e pede pra ele ir ajudar no trabalho. –revirei os olhos

            —Mas vocês tem que resolver isso logo, dá um ultimato pra ele D. –Jess falou sorvendo o último gole do seu café

            Conversamos por vários minutos. Jess tinha ataques a cada coisa que eu falava sobre o meu dia. Eu suspirava resignado. Chequei meu celular novamente. Nenhuma mensagem, nenhuma chamada perdida.

            Então o outro celular, cuja existência eu havia esquecido, vibrou em meu bolso. O peguei rapidamente com o cenho franzido. 1 MENSAGEM NÃO LIDA.

            —Que celular é esse D.? Comprou numa feira de antiguidade? –Jess ri

            Então eu lembrei que aquele celular era para ser segredo. Tentei inventar uma desculpa esfarrapada.

            —É do meu pai, ele mandou consertar, tem alguns nomes importantes aqui. –engoli em seco torcendo para que ela acreditasse. Chris analisou o celular de longe, com curiosidade

            Jess assentiu com a cabeça e pegou o próprio celular da bolsa, parecendo interessada em algo na tela. Abri a mensagem.

            Golfe amanhã com seu pai. Faz parte do trabalho. Depois discurso sobre guerras. Expediente normal na Casa Branca após isso tudo. –K

            Ele mesmo escrevia aquelas mensagens?! Não acreditei quando disse que iria me comunicar com ele, pensei que seria com uma secretária. Eu deveria responder? Estava indeciso, mordendo o lábio com uma mensagem no outro celular chega. Guardei o do presidente e peguei o meu.

              De Mike.

            Desculpe, não pude te ligar hoje. Estou ocupado demais com o trabalho. Amanhã passo na sua casa de manhã, antes das nove. Te amo, Mike.

            Senti raiva. Não respondi. Amanhã seria melhor, com a cabeça fria falar tudo o que estava entalado para Mike. Não podíamos continuar aquela relação, não se ele não se interessava o mínimo para fazê-la funcionar.

            Chris me observava, ao mesmo tempo em que fingia desinteresse. Qual era o problema daquele cara? O olhei com raiva e ele desviou os olhos de mim. Respirei fundo. Amanhã seria melhor. Fora um dia cheio e maluco, mas tudo se resolveria. Eu achava que sim.


Notas Finais


* Espero que me perdoem pela demora, tava um caos esse Natal aqui, tudo corrido e eu estava trabalhando em outra fanfic, de Natal, que também postei aqui: Tecnologia Imaterial
* COMENTEM por favooor, me incentivem com seus comentários
* Muito obrigada a todos que acompanham :)


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