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História O Príncipe de Daegu - Caput Decem


Escrita por: jiho

Notas do Autor


Olááá!!! Adivinha quem veio com mais um capítulo??
Queria agradecer IMENSAMENTE aos comentários do capítulo passado <3 E desculpa matar vocês de preocupação com o destino desses dois aksiakhwiuf mas também não se animem muito, porque a preocupação ainda não vai passar!
Mas antes que eu acabe dando algum spoiler porque eu não sei segurar meus dedos para escrever, queria agradecer também aos 900 favoritos!! Vocês são muito fodas, é sério. AGORA É RUMO AOS 1000 FAVORITOS, já imaginaram? 1K de fav em O Príncipe de Daegu, a fanfic que eu sempre pensei que seria a minha mais flop :'D

Enfim, espero que gostem desse capítulo
Boa leitura~

Capítulo 11 - Caput Decem


Jeon Jeongguk

Abria meus olhos lentamente, sentindo como se todo meu corpo estivesse sendo pisoteado. Minha visão estava embaçada, minha cabeça doía bastante e eu estava completamente desorientado. Sentia a água bater em meus pés, o que me ajudava a despertar aos poucos.

Quando consegui ter uma visão mais nítida do ambiente a minha volta, percebi estar a beira de um rio. Haviam árvores por todas as partes e nem um sinal de pessoas por perto. Estava em meio a floresta, provavelmente longe de qualquer reino. Ou pelo menos escondido de qualquer reino.

Levantei meu tronco e então me sentei, observando a água cristalina bater contra meu corpo. Minha armadura estava um pouco amassada e minhas pernas pareciam estar bem mais pesadas do que deveria. Estava me perguntando do porquê de estarem doendo tanto.

E foi então que as memórias me vieram em um baque. A guerra, a armadilha, as vidas que eu tirei, Kim Namjoon e a queda… A queda. Nós havíamos caído!

Olhei espantado para os lados, em busca de Jimin. Ele havia caído junto a mim daquele penhasco, parando diretamente nas correntezas pesadas daquele rio, que agora parecia extremamente calmo. Ele já estava machucado antes de termos despencado, será que ele havia conseguido sobreviver?

E por um momento eu me desesperei, levantei rapidamente e cambaleei para os lados por não ter força o suficiente para conseguir agir de maneira brusca. Comecei a procurar a minha volta qualquer sinal de Park Jimin… Ou pelo menos do corpo dele.

Pensar que ele havia morrido na queda, por algum motivo, me causava um sentimento horrível dentro de mim. Como se alguém estivesse apertando meu coração tão forte a ponto de quase esmagá-lo. Eu estava em pânico. Em pânico por estar sozinho, por estar fraco, por não saber para onde ir e, principalmente, em pânico por estar sem Jimin.

E eu realmente não entendia o porquê de eu estar tão eufórico quanto aquilo. Eu não era amigo de Jimin, eu não podia confiar nele e sabia que ele também não confiava em mim. Mais ainda, eu tinha que matar Park Jimin para que a minha família e o meu povo fossem poupados de mais escravidão. Mas por que eu estava com tanta vontade de chorar agora por estar sem ele?

— Jimin? — chamei, olhando para os lados esperançoso de uma resposta. — Park Jimin! — gritei. — Jimin, por favor me responde! — disse alto mais uma vez, enquanto andava para todos os lados em sua procura.

Eu estava desesperado.

Ouvi um barulho baixo de algo se mexendo e então olhei para o lado rapidamente, tentando decifrar de onde havia ouvido aquele som. Percebi algumas folhas se mexendo há uma distância considerável de mim e então corri até lá.

Mesmo que minhas pernas estivessem cansadas, mesmo que meu corpo estivesse dolorido e que eu estivesse tonto, ainda assim eu corri com a esperança de achar o príncipe com vida. Notei alguns corvos pararem ao chão e então engoli em seco. Será que eles estavam devorando os restos de Jimin?

Diminuí o passo e então senti as lágrimas começarem a descer o meu rosto. Meu peito doía demais e eu estava sentindo vontade de morrer. Vontade de ter morrido no lugar dele. Era uma dor estranha, insuportável e que cada vez me fazia chorar ainda mais.

Aquelas dúzias de corvos tapavam minha visão de seu corpo, contudo eu não tinha nenhuma dúvida. Engoli em seco e então levei minha mão até a bainha da espada, com o objetivo de espantar os corvos dali com ela, contudo minha espada não estava ali.

Óbvio, eu havia caído com ela em mãos. A correnteza com toda certeza a levou para outro canto enquanto caíamos rio abaixo. A única coisa que me restava era gritar para tentar afastar aqueles pássaros.

E foi o que eu fiz. Mesmo com a voz embargada do choro, eu gritei. Gritei tão alto que minha garganta ardeu e eu sabia que parte daquele gesto nem era para afastar realmente os corvos, mas também para me aliviar. Eu queria tentar despejar naquele grito todo o meu lamento pelo estado em que me encontrava.

Percebi que alguns corvos voaram e então cheguei mais perto, vendo que alguns outros também saiam por eu estar por perto. Minha visão estava embaçada por conta das lágrimas, mas ainda assim consegui ver o corpo que estava ali.

E por um momento, todo o meu lamento pareceu ter se transformado em mais um fio de esperança ao que vi o pelo branco ao chão… Era o cavalo. Não era Park Jimin morto ali, mas sim o seu cavalo que também caiu junto a nós.

— Graças a Deus… — eu disse baixo, enquanto me jogava de joelho ao chão.

E então eu comecei a rir. Não de graça, não tinha graça nenhuma naquilo, tampouco felicidade. Mas eu estava rindo simplesmente por rir. Rindo para tentar tirar de mim toda a preocupação, rindo porque eu estava chorando pela a morte de um cavalo que nem era meu, pensando ser Jimin.

Passei a mão em meus cabelos que estavam molhados. Eu estava sentindo frio. Eu provavelmente havia ficado muito tempo apagado, pois pela posição do sol já podia saber que logo ele iria se pôr. Minha barriga roncava de fome e meu corpo implorava por sono. Mesmo que eu estivesse desacordado por todo esse tempo, ainda assim estava cansado, dolorido. Completamente acabado.

Suspirei e então olhei para o rio, arqueando imediatamente minha sobrancelha ao perceber uma coloração vermelha em meio a água cristalina. Levantei-me novamente e então me aproximei do rio mais uma vez, vendo que o rastro vermelho fazia um caminho por entre a água. Eu não tinha dúvida nenhuma de que aquilo era sangue.

Mas se não era sangue meu, nem do cavalo, isso só significava uma coisa: era Jimin.

Arregalei meus olhos e então entrei às pressas no rio, seguindo aquela linha vermelha que estava me levando água a dentro. Eu não me importava o quão fundo fosse, se pudesse ao menos me levar até onde Jimin estava, eu iria sem pestanejar. E aquilo era completamente estranho, porque eu nem sequer sabia o motivo de estar agindo assim, de estar tão desesperado para achá-lo.

Logo eu não conseguia mais colocar meus pés na areia, obrigando-me a nadar atrás daquele sangue. Eu nem sabia como era possível um rastro de sangue durar tanto tempo se se alastrar na água, mas sabia que aquilo era obra de Deus. Era Deus me ajudando a encontrar Jimin, me ajudando a salvá-lo.

E foi então que vi uma enorme rocha em meio ao rio, percebendo que o sangue estava saindo de lá. Nadei tão rápido como nunca, até chegar naquela pedra e ver, finalmente, Jimin lá.

Ele estava deitado sobre a pedra, desacordado enquanto uma quantidade um pouco espantosa de sangue saía de seu peito. A flecha que havia sido colocada ali havia se quebrado, sobrando apenas a lança e um pouco da madeira ainda presos em sua armadura e pele.

Agarrei seu corpo rapidamente, nadando com pouca dificuldade até a terra novamente. Coloquei Jimin deitado no chão e então aproximei rapidamente minha cabeça do seu peito, tentando ver se ainda conseguia ouvir o seu coração bater. E para a minha surpresa, estava batendo.

Eu acabei sorrindo largo entre o choro silencioso que saía de meus olhos, completamente aliviado por vê-lo vivo. Contudo, ele não parecia estar respirando mais e aquilo me alarmou.

Levei minhas mãos até o seu peito e então o apertei, fazendo uma massagem torácica, mesmo que eu não soubesse como fazer aquilo com precisão. Logo em seguida levei minhas mãos até seu rosto, levantando um pouco o se queixo. Coloquei meu indicador e polegar em seu nariz, o tampando, enquanto que com a outra mão eu abria a sua boca.

Respirei fundo e então tomei coragem. Era fazer aquilo ou nada. Aproximei meu rosto do dele e então aproximei nossas bocas, logo expulsando o ar de mim e entregando-lhe para ele. Afastei minha boca para pegar mais ar e então tornei a fazer o mesmo de antes, vendo seu peito inflar.

Novamente comecei a fazer as massagens torácicas, quase que num desespero para que ele não morresse ali. Ele não podia morrer. Pelo menos não agora.

E então o vi tossir, retraindo seu corpo enquanto uma quantidade considerável de água saía de sua boca. Rapidamente virei seu corpo de lado, para que não acabasse se engasgando com o próprio vômito e logo o vi voltar a respirar. Deitei-o normalmente de novo e então sentei-me ao chão, completamente aliviado.

Olhei para o céu e a única coisa que consegui fazer foi agradecer. Agradecer a Deus por ter me ajudado, por ter trazido Jimin com vida até mim e por ter tido a oportunidade de poder ajudá-lo mais uma vez. Eu não poderia perder ele agora.

Olhei novamente para o Park e então observei o seu corpo. Nós provavelmente havíamos saído com vida daquela queda por conta da qualidade de nossas armaduras. Se não fosse por elas, com toda certeza teríamos quebrado nossas colunas e morrido em meio as águas.

Entretanto, por mais que soubesse agora que Jimin estava vivo, sabia que ele ainda corria risco. Eu tinha que cuidar daquele ferimento, caso contrário ele iria sangrar até morrer e eu definitivamente não queria passar por aquele pânico de novo.

Aproximei minhas mãos dele e então comecei a tirar a sua armadura, uma tarefa que foi um pouco difícil, já que ela estava amassada e consequentemente mais presa ao seu corpo. Fui obrigado a tirar o resto da flecha que estava em seu peito antes de tirar a parte superior da armadura, e como eu já sabia que aconteceria, seu ferimento começou a sangrar ainda mais.

Eu não era médico, eu não sabia quase nada sobre aquilo. Mas eu lembrava um pouco das coisas que minha mãe havia me ensinado uma vez. Em Wonju eu era somente um pintor, porque ninguém me achava bom em nada, e por estar sempre em casa junto com a minha mãe, eu tinha que ajudá-la a cuidar do meu pai e dos meus irmãos mais velhos quando eles vinham machucados de alguma batalha.

Minha mãe me ensinou algumas coisas sobre acupuntura, que era nossa principal base de medicina em Wonju. Por causa disso, eu sabia coisas sobre as principais partes do corpo e das linhas de chackra, por mais que eu achasse essa última coisa um pouco fantasiosa demais.

Uma vez Jaemin, o mais velho dos meus irmãos, havia chegado com um corte de espada bem fundo em sua perna. Mamãe e eu cuidamos muito dele porque sabíamos que era um ferimento extremamente sério. Havíamos usado pomadas feitas com plantas medicinais, a acupuntura e também enfaixamos forte o local, para que parasse de sangrar.

E era o que eu deveria fazer agora com Jimin, entretanto eu não tinha pomadas, agulhas ou sequer uma faixa. As únicas coisas que eu tinha eram as minhas roupas e elas estavam molhadas. Talvez não fosse de grande ajuda, mas era o que eu tinha a oferecer.

Comecei a tirar minha armadura também, acabando por perceber que várias partes dela haviam quebrado. Não dei muita bola e joguei tudo de qualquer jeito no chão, logo então levei minha mão até a barra de minha blusa e então a tirei. Estava encharcada.

Eu notei que haviam diversos roxos e arranhões em meus braços e possivelmente havia também por todo o resto do meu corpo. E por mais que estivesse doendo, tentei não dar muita importância para aquilo e apenas torci a camiseta, tentando tirar ao menos o excesso de água que havia ali.

Rasguei parte do tecido e então o levei até a área machucada de Jimin. Aquele ferimento precisava ser lavado para não infeccionar, contudo minha maior preocupação agora era somente em fazer o sangramento parar. Por conta disso, comecei a fazer diversas voltas com aquele tecido no peito de Jimin, fazendo com que o lugar ficasse pressionado para que parasse de sangrar.

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.

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Já havia algumas horas em que estávamos ali. O sol estava se pondo e Jimin ainda não havia acordado. Minha preocupação ainda era notável, contudo estava mais aliviado em perceber que ele já respirava normalmente, como se estivesse apenas dormindo de maneira tranquila.

O problema agora era a noite, que estava vindo escura e trazia também um frio característico. Estávamos em época de mudança de estações, o inverno chegaria em alguns dias e com isso, o vento gelado já começava a bater em nossos rostos. O céu parecia estar se fechando e eu estava com medo de que começasse a chover, afinal não tínhamos abrigo.

Respirei fundo e então levantei minha cabeça, encarando o céu. Deus havia me ajudado por algum motivo, ele não permitiria que agora eu morresse de frio ou fome, não é? Eu não sabia ao certo, contudo não poderia ficar apenas sentado no chão, esperando que um milagre divino caia do céu.

O milagre não vem para aqueles que não batalham. Era o que meu pai vivia dizendo para mim enquanto ainda era vivo. Por mais clichê que fosse, era essa frase que me fazia ter coragem para seguir adiante. Eu deveria ser merecedor de uma benção para tê-la, caso contrário viveria sempre em desgraça.

— Eu vou procurar abrigo, Jimin. — falei, mesmo que soubesse que ele não pudesse me ouvir.

Levantei-me e então dei uma última olhada no príncipe, tendo certeza de que tudo estava bem e de que ele não morreria caso eu saísse de perto dele por alguns minutos. Olhei para a sua cintura e então percebi que sua espada estava em sua bainha e então me aproximei, logo a pegando em mãos. Após constatar novamente que ele estava bem, caminhei um pouco rápido em uma direção qualquer. Estava cuidando para andar sempre em linha reta, para não me perder, ainda mais levando em conta que meu senso de direção é realmente horrível.

Acabei por adentrar pelas árvores que começavam a revelar uma enorme floresta. Eu não fazia a mínima ideia de onde deveria ir, não sabia como faria um abrigo para que não ficássemos na provável chuva que estava por vir, não sabia o que iríamos comer. E céus, minha barriga estava roncando em fome.

Acabei avistando há alguns metros de distância algumas taquaras e então sorri. Era realmente o meu dia de sorte, por mais que tivesse caído de um precipício e perdido uma guerra.

Me aproximei dos bambus com a espada em mãos e então comecei a tentar cortá-los. Por mais que a espada não fosse propícia para aquilo e que provavelmente eu estragaria toda a lâmina dela, já era útil.

Consegui derrubar cerca de quatro taquaras e por mais que tivesse tido que tirar diversas aranhas enormes que estavam abrigadas nelas, ainda assim estava orgulhoso por ter conseguido. Agora eu precisava encontrar alguma palmeira ou qualquer árvore que tivesse folhas igualmente grandes para que pudesse fazer o resto do abrigo.

Para falar a verdade, eu nem sabia de onde havia me surgido aquela ideia de construir um abrigo natural de maneira tão espontânea. Eu nunca tinha precisado fazer algo do tipo, nem tampouco fui ensinado. Eu apenas estava seguindo os meus instintos, que cada vez se mostravam ainda mais úteis para minha própria sobrevivência.

Acabei por achar ao horizonte uma árvore com folhas imensas e então não demorei muito para que corresse até lá e subisse com dificuldade em seu tronco, que era extremamente liso. Eu cai diversas vezes, o que doía três vezes mais já que meu corpo estava frágil pela queda. Contudo eu não desisti, cortei diversas daquelas folhas enormes, talvez tivesse cortado até mais do que devia. Mas não importava, o importante era eu conseguir fazer tudo com agilidade antes que escurecesse ainda mais e começasse a chover.

Desci da árvore e coloquei as folhas apoiadas em minhas costas, enquanto juntava também os bambus e os carregava de volta até a beira onde Jimin estava deitado. E admito que quase me perdi, contudo não entrei em desespero e calmamente encontrei meu caminho sem muito ardor.

Meu coração quase parou quando vi duas raposas em volta de Jimin, o que me fez largar subitamente o que tinha em mãos e correr até ele, gritando e enxotando as raposas que cheiravam o corpo do príncipe para possivelmente fazê-lo de banquete.

— Me desculpa te deixar sozinho… — falei e então suspirei. — Eu trouxe algumas coisas pra fazer um abrigo pra gente, vai ser um problema se chover… Por mais que ainda estejamos molhados por causa do rio. — disse e então ri fraco. — Você vai viver, okay? Depois nós vamos sair daqui e voltar para o castelo, onde vamos comer um boi inteiro!

Sorri terno enquanto olhava o rosto adormecido do Park, que parecia estar calmo mesmo com toda a situação. De certa forma eu o invejava um pouco, por poder estar tão tranquilo dormindo em meio a todo o caos que se instalava em nossa volta.

Peguei as taquaras e então comecei a arrumá-las em posição triangular, para criar uma espécie de cabana que cobrisse as nossas cabeças. Eu não consegui fazer o abrigo ser muito alto, já que tive que cortar os bambus para ter mais pedaços. Contudo não importava o tamanho, se apenas pudéssemos caber deitados em baixo dele, já estava ótimo.

Após conseguir empilhar tudo de maneira correta, peguei as folhas grandes e comecei a colocá-las em cima dos bambus, para criar uma espécie de telhado. E pude dar graças quando vi que finalmente havia acabado de construir o abrigo. Mesmo que não tivesse ficado como um dos melhores, ainda assim seria o bastante para pelo menos nos proteger de alguns pingos.

Já havia escurecido quando acabei, o frio batia em meu braço e eu realmente estava com fome. Mas como já era noite, não poderia sair para procurar algo para comer, em vista de que era agora que a maioria dos animais saíam e eu não podia deixar Jimin sozinho nessa situação. Eu me culparia demais se outras raposas ou até mesmo um lobo se aproximasse dele novamente.

Me aproximei de Jimin, para tentar levantá-lo e colocá-lo dentro do abrigo, contudo acabei me preocupando ainda mais quando percebi que ele estava tremendo. Seus lábios estavam começando a ficar roxos e sua pele estava extremamente fria. Ele estava começando a ter uma hipotermia por conta do frio.

Segurei desesperado em sua cintura e então o levantei, levando-o rapidamente até o abrigo e o colocando embaixo dele. Eu não tinha mais tempo para sair e procurar lenha para fazer uma fogueira, além de que se chovesse, não adiantaria de nada.

Passei as mãos em meus cabelos e então tentei pensar no que poderia fazer. Jimin já estava muito machucado, havia passado por muita coisa hoje e seu corpo estava extremamente frágil, ele não conseguiria sobreviver a mais um fator como a hipotermia. E depois de tudo isso, eu não aceitaria que ele morresse.

Foi quando minha cabeça pareceu ter estalado em minha ideia. Era arriscada, porém ainda assim era a minha única opção e poderíamos também morrer se fizéssemos aquilo, mas morreríamos de qualquer jeito se não tentássemos.

Respirei fundo pela milésima vez no dia e então tentei reunir coragem. Contei até três e então levei minhas mãos até a roupa que Jimin usava, removendo os restos que sobraram da parte superior, enquanto tomava cuidado para não remover a amarra que havia feito em seu peito com a minha própria blusa.

Logo após, tirei também a sua calça, que estava completamente encharcada mesmo que já tivessem passado algumas horas desde que saíram do rio. Tirei, por último, a sua roupa de baixo, deixando-o completamente nu. E por mais que meus olhos pedissem estranhamente — e de maneira um pouco nojenta — para que eu desse uma olhada em seu corpo, ainda assim ignorei os meus desejos e apenas tirei igualmente a minha roupa, ficando também nu.

E então eu me deitei ao seu lado e o abracei, mantendo ambos os peitos desnudos colados, junto ao resto de todo o nosso corpo. O calor humano era a nossa única esperança de sobrevivência para aquela noite.


Notas Finais


E aí, o que acharam? Me digam aí nos comentários!
Adicionem aos favoritos para ajudar a história a crescer e também me siga para ficar por dentro sempre que sair um capítulo novo ou uma fanfic minha <3
Beijinhos e até a proxima~


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