1. Spirit Fanfics >
  2. O Príncipe e o Sol (em ajustes) >
  3. Nunca subestime uma mulher armada.

História O Príncipe e o Sol (em ajustes) - Nunca subestime uma mulher armada.


Escrita por: LV_356

Notas do Autor


Opa, revivi! Sei que demorei para atualizar aqui, é que andei meio ocupado com a escola e tudo mais. O importante é que finalmente consegui escrever novamente. Peço perdão pela demora e por qualquer erro de gramática que tenha durante o capítulo!

Capítulo 14 - Nunca subestime uma mulher armada.


Sentei-me a frente de meu pai, contando tudo o que ocorreu. Meus país biológicos, plano de Gaia, minha participação nisto, além de prometer que me vingaria por tudo que Hera fez a minha mãe. Ele me ouvia em silêncio, as vezes mordendo a unha, as vezes levantava e andava para lá e pra cá, balançando a cabeça em desaprovação. Ele me olha, procurando algo em meus olhos que indicassem que aquilo não passasse de uma brincadeira.

-- Meu filho... tem certeza que sua mãe iria querer isto? Vingança?

-- Eu sei que não, pai. Mas o que podemos fazer? Não posso vence-la em uma batalha de insultos.

-- Batalha de insultos? -- questionou ele, confuso.

-- A questão é... o senhor me criou como um guerreiro, então usarei isto a meu favor.

-- Não acho que isto seja a solução, meu filho...

-- Mas, no momento, é a única alternativa. Estou por minha conta agora, está na hora de ter minhas próprias escolhas, meus próprios caminhos a seguir.

-- Odeio que tenha que ser assim. -- ele me lançou um olhar preocupado, que fez com que sentisse vontade de abraça-lo e não soltar nunca mais.

-- Seja qual for meu destino, o aceitarei com orgulho. O senhor me criou bem.. eu lhe agradeço, pai.

Ele me abraça enquanto descarrega uma cachoeira em meu ombro. Retribui o gesto dando uma risadinha, havia sentido falta dele.

-- Queríamos ter te contado antes sobre seus país biológicos...

-- Tá tudo bem. Não se preocupe com isto... Não estou irritado ou coisa do tipo.

Ele me lança um sorriso fraco, me fazendo questionar se minhas palavras teriam tido algum efeito sobre ele. Esconder sobre a origem do filho deve ser desgastante. Mas não estou irritado. Acho até que foi melhor assim. Me aproximei dele e envolvi meu braço em volta de seus ombros.

-- Vamos, conte-me suas histórias. Estou com saudade disto.

Ele solta uma risadinha. Passamos a tarde ali, meu pai contava seus feitos heróicos. Antes eu ficaria extremamente entediado, mas agora, ouvia com atenção. Estava com saudade desses momentos com meu pai, onde eu não precisaria ligar pra deuses e etc. Um momento normal, sem interferência divina. Apenas eu e o meu pai. Não pude deixar de pensar na minha mãe... queria que ela se juntasse a nós, assim o momento estaria completo.

Ao anoitecer, Apollo chega para me buscar, acompanhado de Ártemis.

-- Ártemis! -- corri até eles. -- Que bom vê-la novamente.

-- É bom vê-lo também, Andreas.

-- Andrê, temos que ir. Agora que Hera sabe que não cumpri a ordem, ela provavelmente irá ficar na minha cola, então temos que começar a agir.

-- Entendo. Mas antes de irmos.. quero te pedir algo.

Pedi para que Apollo curasse minha mãe. Ela não acordou, mas Apollo me prometeu que ela só precisava repor suas energias. Me despedi do meu pai antes de sair com Apollo e Ártemis até o acampamento onde as discípulas de Ártemis se encontravam. Ártemis começaria a me treinar a partir de amanhã, de acordo com Apollo, ela entendi mais sobre batalhas do que ele. Dormimos todos ali e ao nascer do sol, comecei meu treinamento.

Ártemis queria testar meus reflexos e agilidade. Ela pegava deu arco-e-flecha e se preparava para atirar. Eu já havia lutado com Apollo, com Ártemis não deviaser diferente daquela vez. Grande erro, levei uma flechada bem no estômago, que me prendeu contra uma árvore logo no início. Ártemis era rápida e tinha uma pontaria incrível. Julguei mal a situação. Segurei a flecha, gemendo de dor, e a tirei de meu corpo.

-- Muito lento, desse jeito você vai morrer em batalha.

-- Isso se você não mata-lo antes! -- diz Apollo se dirigindo até mim para curar meu ferimento.

-- A-Apollo... N-Não toque aí.. -- disse segurando a mão dele.

-- Relaxa, vai passar logo.. -- ele coloca a mão sobre o ferimento para cura-lo, me fazendo gemer de dor.

-- D-Dói! Tira!

-- Essas frases sem contexto com certeza não pegariam bem... -- ele abre um sorriso malicioso.

Vi Ártemis arquear a sobrancelha um tanto confusa ou até mesmo constrangida com a situação. Quando Apollo terminou, voltei a treinar com Ártemis. Perdi a conta de quantas vezes fui acertado pelas flechas da deusa, Apollo já estava irritado de ter que me curar de minuto em minuto. Treinamos durante dias, com pausas para comer e descansar. Durante o sexto dia, pude sentir uma melhora, conseguia me esquivar das flechas com mais facilidade, mas ainda era acertado vez ou outra.

Ao anoitecer, decidimos parar por ali, Ártemis não parecia cansada, já eu, estava exausto, então me deitei na grama e comecei a observar as estrelas. Sendo sincero, estava com medo do que viria a seguir. E se eu não for bom o suficiente pra isso? E se eu falhar? Me sentia impotente no meio de tudo isto. Minha cabeça estava cheia de dúvidas e medos. Soltei um suspiro meio cansado, minha cabeça havia começado a doer por conta dos pensamentos.

-- Parece estressado, quer usar a válvula de escape? -- diz Apollo em pé a minha frente.

-- Depende... quer ser domado? -- sorri.

-- Adoraria. -- ele ri e se senta ao meu lado. -- Voltarei esta noite ao Olimpo.

-- O que vai fazer lá?

-- Quanto mais rápido agirmos e recrutarmos deuses, mais preparados estaremos para o que estar por vir.

-- Entendi...

Encarei o céu estrelado, sentia como se os dias de calmaria estivessem perto do fim. Quando eu poderia me deitar na grama e observar as estrelas sem me preocupar com causas divinas? Soltei um suspiro longo e olhei para o moreno.

-- Tome cuidado por lá...

-- Preocupado comigo, Andrê? -- ele abre um sorriso. -- que fofo!

-- Ah, cala a boca! -- dei um soquinho no braço dele e dei risada. -- Mas, de verdade... Hera é ardilosa, você sabe. Por favor, tome cuidado, não quero que ela mate você.

-- Ela não vai, eu prometo. -- ele se inclina em direção ao meu rosto, selando assim seus lábios aos meus. -- Volto junto ao sol, está bem?

Ele se vai, me deixando ali, perdido com o que acabará de ocorrer. Isto vindo de Apollo era inesperado, afinal ele nunca demonstrava carinho. Deixei um sorriso escapar, sentindo minhas bochechas queimarem.

-- Eu sabia que o que vocês tinham não era apenas amizade. -- Diz Ártemis sentada ao meu lado.

-- A quanto tempo está aí?! -- Disse meio nervoso e constrangido.

-- Tempo o bastante para ver a troca de afeto entre vocês. Meu irmão parece gostar de você... -- ela fixa seus olhos em mim.

-- Hmm... é, temos uma boa química física.

-- Apenas física? Aquele beijo não me pareceu muito carnal.

Ela me pegou. Não queria admitir, mas estava criando sentimentos por Apollo a cada dia que passa. Não sabia se ele sentia o mesmo, mas imaginava que sim.

-- Você sabe que Apollo quando está gostando de alguém começa a agir com imprudência...

-- É, eu sei bem.

-- O que quero dizer é... Não se envolva com ele a menos que você esteja resolvido consigo mesmo, a menos que você realmente queira ter algo com ele. Se você não conseguir retribuir os sentimentos dele, mas ainda assim escolher se envolver... ele poderá fazer sua vida um próprio tártaro. -- ela se levanta. -- esteja ciente disto.

Ela me deixa ali. Aquelas palavras ficaram cravadas em minha mente. Não sabia o que pensar em relação a isto, mas sabia que precisava de um tempo pra me resolver. Naquela noite, sonhei com Apollo. Seus cabelos ao vento, seus olhos cor de mel fixos em mim enquanto ele segurava minhas mãos, com uma expressão gentil. Ele abria a boca para falar, mas não conseguia ouvir o que ele tinha a dizer. Ao fundo, pude ver uma espada vindo na direção dele, o empurrei para o lado, na intenção de impedir que fosse atingido pela arma. Porém, Quando percebi, Apollo não estava mais lá e tudo o que eu conseguia ver... era Sangue.

Acordei assustado e tremendo, me sentei rapidamente, então pude sentir uma mão em meu ombro.

-- Ei, tá tudo bem? Mais um sonho daqueles?

Era Apollo, estava aliviado de vê-lo. Disse que estava tudo bem, me levantando em seguida. Durante o café da manhã, Apollo me contava sobre sua noite no Olimpo, ele havia avisado a Eros sobre meu paradeiro, o que me fez sentir agradecido, afinal, Eros já devia estar preocupado por eu ter sumido por 6 dias. Ártemis planejava estratégias de como vencer aqueles monstros do qual Hera havia criado, caso aparecessem. Ouvi a deusa atentamente, assim como suas discípulas.

Ao entardecer, voltamos a treinar. Respirei fundo e me posicionei para começarmos. Ártemis atirou uma flecha em direção a minha cabeça, do qual consegui desviar jogando meu corpo para trás. Ao recuperar meu equilíbrio, a Deusa já havia disparado mais um flecha. Golpeei a flecha com minha espada, fazendo-a mudar de curso. Corri em direção a Deusa, que atirava suas flechas incessantemente. Me desviei e acertei as flechas, assim, quando não haviam mais flechas para ela usar e eu já estava perto o suficiente, a ataquei com minha espada. Mas antes que pudesse encostar nela, Ártemis me dá um chute no pulmão, me fazendo cair longe, sem ar.

-- Cacete, Ártemis! -- Disse Apollo indo em minha direção.

-- Muito bem, Andreas. Você foi bem.

-- Do que adianta falar isso com o coitado quase morrendo aqui? -- Disse ele me curando.

Havia quebrado várias costelas, do qual estavam perfurando meus pulmões.

Quando me recuperei, sentei-me de frente a Ártemis.

-- Eu prometo que farei de tudo para ser útil. -- olhei para ela, decidido a levar meu corpo ao limite. -- Eu irei mes esforçar ao máximo.

Ártemis abre um sorriso.

-- Temos muito o que fazer. Não iremos parar até determos Hera. Não é mesmo, meninas?! -- Ela questiona a suas discípulas, que gritam em euforia -- Bem, a partir de agora eu não serei mais sua oponente.

-- Com quem irei lutar? -- questionei.

-- Com elas. -- a Deusa aponta para o grupo de guerreiras.

-- Todas elas?

-- Ao mesmo tempo.

 Cacete.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...