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História O Quarto Massacre Quaternário: Dangerous Mad - Mentores da Centésima Edição


Escrita por: MiniNicc

Notas do Autor


Boa leitura amoressssss:)))

Edit1: HAPPY HUNGER GAMES. VAI COMEÇAAAAAAAARRRRRR

Capítulo 17 - Mentores da Centésima Edição


Fanfic / Fanfiction O Quarto Massacre Quaternário: Dangerous Mad - Mentores da Centésima Edição

 

 

PDV NARRADOR

 

- Espero que você decida não se jogar, porque eu teria que pular atrás de você e não estou muito afim de fazer isso hoje _uma voz surgiu atrás de si, e Madison se assustou.

Olhou para trás. Num primeiro momento, não acreditou no que seus olhos viam. Parecia uma visão do paraíso, mas ao mesmo tempo também parecia muito errado. O que é que Erik Night estava fazendo ali? Ou melhor, o que Erik Night estava fazendo ali, sem camisa, e usando só uma calça preta desportiva? Tudo bem que eles estavam em um lago e talvez ele estivesse nadando ou algo assim. Ela mesma estava somente de calça e biquini na parte de cima. Jogada sob o ombro direito ele levava uma rede de pesca cheia de nós. Ela tapava somente o lado esquerdo da sua barriga, deixando o lado direito bem a mostra. Madison tentou desviar o olhar para não parecer que estava lhe secando ou algo assim, mas ele parecia atraí-la como um ímã. Ela já tinha lhe visto sem camisa pela televisão, porque ele passara a maior parte da sua Edição dos Jogos assim. Provavelmente pela alta temperatura da Arena, que era uma Ilha Vulcânica. Porém, vê-lo assim, bem na sua frente, era outra história. O abdômen era tão bem definido que parecia ter sido desenhado. A expressão dele estava levemente despreocupada, mas dava pra ver que também estava tenso. As sobrancelhas loiras estavam arqueadas, emoldurando seus famosos olhos azuis. Madison com certeza nunca tinha conversado com ele. E agora, do nada, ele estava ali. Na beira do desfiladeiro. Com ela.

- Não seja idiota. O Distrito 4 não precisa de dois Vitoriosos mortos as vésperas de um Massacre Quaternário _ela respondeu, referindo-se ao fato de que ele muito provavelmente também morreria se pulasse atrás dela. Olhou novamente para o lago lá embaixo, há mais de 150 metros de altura.

- É engraçado esse senso comum que as pessoas têm. De que se você se jogar de um precipício, é morte na certa _Erik falou, apoiando o corpo numa uma perna só. Ele abriu um sorriso lateral, que lhe dava um ar jovial e metido.

- Mas na verdade você só vai quebrar alguns ossos. E talvez bater a cabeça em uma das pedras _finalizou, cruzando os braços sobre o peitoral desnudo. Parecia muito certo do que acabara de falar. Como se fosse possível ter a certeza disso. Como se fosse possível prever o que iria acontecer.

- E você é a mãe Dináh por acaso? _Madison foi rude, mas ele isso só fez ele abrir um sorriso mais largo ainda. Mãe Dináh fora uma famosa vidente.

- Não. Mas experiência própria basta _Erik finalmente disse depois de alguns segundos, com um ar mais soturno. Madison franziu as sobrancelhas, exasperada. Experiência própria? Então ele tinha pulado? Era isso o que ele estava lhe dizendo? Meu deus.

- Eu ia dizer que você não faz ideia do que eu passei pra tomar essa decisão. Mas talvez você faça _ele completou. E era verdade. Acima de qualquer outro, Madison fazia ideia. Sentira na própria pele. A desgraça dos Jogos. O assédio. A pressão nos ombros. O sufocamento.

- O que mudou? _Madison questionou, olhando para frente. Deixou mais uma lágrima escorrer.

- O tempo. Ele não cura, mas ajuda a cicatrizar. E vai ficando mais fácil ao longo dos anos _Erik falou com um tom doloroso na voz. Parecia estar sofrendo também. Por si mesmo. Pelo que passara. Ele deu dois passos na sua direção, se aproximando.

- Você só precisa ser forte o suficiente para enfrentar isso _finalizou.

- Eu estou cansada de ser forte _ela desabafou, virando o rosto para que ele não visse seu rosto avermelhado pelo choro.

- Eu sei, é uma luta diária. Mas você vai vencer porque você é Madison Mason. Sua história não acaba assim _ele apontou para o desfiladeiro ao seu lado. Ela sentiu um frio na barriga ao ouvir a voz aveludada dele pronunciando seu nome. Pronunciando seu nome como se ela fosse uma grande estrela. E isso vindo de ninguém mais ninguém menos que Erik Night, tinha uma força muito diferente. Fazia bem para o ego.

Madison nunca tinha experimentado essa sensação antes. E ficou curiosa por mais. O olhar azul e hipnotizante dele baixou pelo seu corpo, e ele segurou sua mão. Ela tremeu com o seu toque, e viu que ele abriu um sorrisinho metido quando percebeu. Provavelmente gostava de causar essa sensação nas pessoas. Homem quando sabe que é bonito é um perigo. Rapidamente, ele retirou um relógio grande e dourado do seu pulso, e colocou no braço dela. Virou seu punho para poder ajustar o bracelete do tamanho ideal, e Madison perguntou o que ele estava fazendo.

- Esse relógio pertenceu ao meu pai. É muito importante pra mim _ele disse, passando a mão pelas pedrinhas douradas cravejadas ao redor do ponteiro.

- Você me devolve ele mais tarde? _Erik perguntou, e então Madison entendeu. Para devolver, ela precisaria ir ao Edifício da Justiça. E para ir ao Edifício, precisaria estar viva. Precisaria se afastar do despenhadeiro. Não pular. Ser forte e enfrentar, como ele mesmo tinha dito. Foi a forma que Erik arranjou para fazê-la garantir isso. Ir ao seu encontro, e devolver o relógio que pertencera ao pai falecido dele.

- Devolvo _ela respondeu, focando seu olhar nele. Perdeu-se na imensidão que aquele azul lhe proporcionava. Sentiu-se sugada, e vulnerável. Como se fosse capaz de fazer qualquer coisa que aquele homem lhe pedisse. E que homem, meu deus. Concentra, Madison. Que idiotice, você parece uma adolescente de 15 anos. Ele lhe deu uma piscadinha antes de se afastar, e ela desviou o olhar. Nervosa. A sorte era que Madison tinha a pele dourada e bronzeada, senão provavelmente teria virado uma beterraba de tão vermelha.

O que tinha acabado de acontecer ali?

 

***

 

Poucas horas depois, Madison estava indo em direção ao Edifício central do Distrito. Usava sua calça azul de lamê, e a camiseta preta grande e larga por cima. Os cabelos ainda estavam molhados. Definitivamente não era o look ideal para uma reunião com o prefeito e o resto dos Vitoriosos, mas ela já estava atrasada e não tivera tempo de ir em casa. Perdeu a hora porque ficou dando voltas ao redor do lago para pensar e refletir sobre o mundo. Subiu as escadas, e quando ia abrir a porta principal do Edifício, uma mão forte e ágil lhe cortou, abrindo-a primeiro. Erik. Ele estava vestindo uma calça marrom, e uma camiseta em gola V social. Aparentemente tinha ido para casa e se arrumado. O que ela deveria ter feito também. Merda.

- Gostei da sua roupa também _ele brincou, percebendo que ela lhe analisava de cima a baixo. Tentou esconder um sorriso quando ela fez uma cara de braba e revirou os olhos. Os dois entraram juntos no prédio e seguiram por um corredor por pouco mais de um minuto, até Cashmere aparecer. Ela estava impecável como sempre. Um macacão cor de salmão, caro e refinado, e saltos tão altos que lhe deixavam quase da altura de Erik. Ela olhou Madison de cima a baixo com a cara horrorizada. Lá vem, Madison pensou.

- Porque ninguém me avisou que era festa do pijama? _ Cashmere perguntou, gesticulando dramaticamente para suas roupas. Erik travou uma risada ao seu lado. Madison bufou, impaciente.

- Eu estava nadando _respondeu, sem se importar muito em explicar. Sabia que Cashmere implicaria com qualquer que fosse sua desculpa mesmo.

- Hm _ela respondeu, olhando para Erik. Depois olhou novamente para Madison. De forma insinuante.

- É um belo mar pra nadar mesmo. Te entendo _ela disse apontando com o queixo para Erik. Provavelmente deduzindo que estavam juntos. Ou tirando sarro da sua cara mesmo. Meu deus. Alguém me joga pela janela, Madison pensou.

- Não é o que você está pensando _falou, que nem uma abobada. Se Cashmere estava tentando fazê-la passar vergonha, tinha conseguido. Ela deu uma risadinha rápida, para descontrair. Você ainda me paga desgraçada, Madison mentalizou.

- Que seja. Venham, o sorteio já vai começar. Só faltava os dois pombinhos mesmo _ela referiu-se a eles insinuantemente de novo. Madison revirou os olhos, e pediu desculpas para Erik com o olhar. Ele estava com a expressão leve e divertida, e disse que não tinha problemas. Já conhecia Cashmere há anos, e sabia do seu jeito sem filtro de ser.

Eles seguiram a 84ª Vitoriosa dos Jogos até uma sala grandiosa no último andar do Edifício. Era a sala do prefeito do Distrito 4, Anthony Yale. Um ambiente profissional, bem iluminado, com a decoração moderna e formal. Dois sofás de camurça de um lado, e dois de outro. Uma mesinha central entre eles, que estavam bem revestidos por um tapete persa. A mesa de Anthony ficava mais ao fundo da Sala, e estava bem bagunçada. Com muitas folhas, pastas e canetas espalhadas. Ao lado dela, um buffet de comidas e bebidas. Os mais variados tipos de sucos, pães, cucas, e bolos. Já estavam todos presentes. Os nove Vitoriosos, o prefeito e a vice-prefeita, e mais alguns pacificadores responsáveis pela chefia de segurança do Distrito 4. Todos bem vestidos, bem apresentados. Madison era a única que parecia uma maloqueira, de cabelo molhado e sem maquiagem. Dorothy James, sua antiga sogra e vencedora da 79ª Edição dos Jogos Vorazes, lhe lançou um olhar de desprezo de cima a baixo. Vaca nojenta, Madison pensou. Elas nunca se deram bem, nem mesmo quando Madison namorava seu filho Andrew James.

O prefeito iniciou um discurso sobre a importância da proximidade de um Massacre Quaternário, e leu o conteúdo de dois envelopes, que iriam para os dois Mentores sorteados. O texto falava sobre os procedimentos nos primeiros dias de Jogos. Quais suas obrigações, o que devem fazer ou falar. Quais conselhos dar, atividades principais que eles devem acompanhar os tributos. Coisas que provavelmente todos ali já estavam craques de saber. Todos, menos Madison. Para ela, tudo era novidade. Então prestava atenção, ignorando a vontade de sair correndo dali. Anthony gesticulou para que a vice-prefeita, Sra Truman, iniciasse o sorteio. Na mesinha de centro da sala, tinham dois globos de vidro. Um para os homens, e o outro para as mulheres. Jamais duas mulheres poderiam ser mentoras juntas, ou dois homens. Precisava sempre ser um de cada sexo, assim como os tributos. Madison não entendia o motivo, mas também não estava em posição de questionar. Sonya Truman esticou o braço e retirou um papelzinho depois de rodar a mão dentro do globo por quase 10 segundos.

- O Vitorioso que irá mentorar os Tributos da 100ª Edição dos Jogos Vorazes é... _ela disse, fazendo uma pausa dramática.

- Erik Night _ela disse, sorrindo. Madison o olhou. Do outro lado da Sala. Ele não esboçou reação. Apenas permaneceu impenetrável, de braços cruzados e levemente apoiado no balcão. Ela ficou imaginando o que será que ele pensava disso? Será que gostava? Afinal ele tinha sido um Carreirista. Treinava na Academia antes de participar da 95ª Edição. E essas pessoas normalmente consideravam os Jogos um evento extraordinário. Magnífico.

- E a Vitoriosa que irá mentorar os Tributos da 100ª Edição é Madison Mason _a Sra Truman falou de repente. Madison se assustou. Não tinha nem visto ela sortear o novo papel. Não tivera tempo nem de fechar os olhos e rezar para que não fosse ela. Puta que pariu.

Ela tinha mesmo dito o seu nome? 

Não. Não Não.

- O anúncio do Quarto Massacre Quaternário será nessa sexta feira, e sábado teremos a Colheita. Erik e Madison devem obrigatoriamente estar presentes, e os outros podem comparecer se for de sua vontade. Happy Hunger Games e que a sorte esteja sempre a seu favor _o prefeito finalizou, dispensando a todos que quisessem sair. 

O anúncio do 4° Massacre Quaternário, ela mentalizou. O anúncio do regulamento. Da lei que sortearia os tributos. O primeiro, na 25ª Edição, tinha feito com que os próprios moradores de cada Distrito votassem em quem iria para a Arena. No segundo, duplicaram o número de tributos e 48 crianças foram enviadas para os jogos, ao invés de 24. Já na 75ª Edição, a pior de todas na opinião de Madison, os tributos foram sorteados dentro do rol de Vitoriosos. Só de pensar nisso, Madison se arrepiava completamente. E, agora, seria realizado o 4° Massacre  Quaternário. Um novo regulamento. Uma nova tortura. Que eles iriam saber, segundo o prefeito Anthony, nessa sexta feira.

 

Em penalidade à rebelião, cada distrito deverá oferecer um garoto e uma garota para a realização de uma Colheita Pública. Esses Tributos serão entregues à custódia da Capital e então transferidos para uma Arena onde lutarão até a morte, até que apenas um vencedor sobreviva. Daqui em diante, este evento ficará conhecido como Jogos Vorazes. E, de 25 em 25 anos, pra manter fresca para cada nova geração à memória daqueles que morreram na rebelião contra a Capital, os Jogos Vorazes serão especiais e receberão o nome de Massacre Quaternário. 

 

E realmente seriam especiais. Pegariam todos de surpresa.

 

 


Notas Finais


EAI, OQ VCS ACHAM QUE VAI SER HEIN??????????? Oq o Snow vai inventar nesse massacreeeeeeee

Edit1: Se não entenderam a referência sobre "Mãe Dináh", ela foi uma famosa vidente brasileira. Eu uso como expressão no dia a dia. "Você é a mãe dináh por acaso?" pra perguntar "Por acaso você é vidente? Prevê o futuro?" heheh so explicando. Beijinhos.

Comentem se estão gostando, amoressss


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