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História O Quarto Massacre Quaternário: Dangerous Mad - Gravidez


Escrita por: MiniNicc

Notas do Autor


Senta que lá vem bomba :))))))))) Sim, deixei o spoiler no nome do capítulo mas vcs vão se surpreender.

Edit1: Foto de Madison Mason durante o Desfile da Vitória, um dia após o fim do 4° Massacre Quaternário.

Capítulo 44 - Gravidez


Fanfic / Fanfiction O Quarto Massacre Quaternário: Dangerous Mad - Gravidez

 

 

 

                                                                                   2 meses depois...

 

 

Os primeiros dois meses que se passaram após o 4° Massacre Quaternário foram extremamente conturbados e agitados. Não só para o 100° Vitorioso, Andrew James. Ou para sua Mentora e ex-namorada, Madison Mason. Ou para Erik Night. Mas sim para todo o país. Panem inteira sofreu as consequências da Edição mais famosa da história dos Jogos Vorazes. Na Capital, logo nos primeiros dias e primeiras semanas, a população sufocou à tudo e à todos com o êxtase e a animação pós-Jogos. A loucura, o assédio e a multidão foram incrivelmente maiores e mais exacerbadas do que no ano anterior, após o final da 99ª Edição. A diferença é que o Vitorioso, Andrew James, soube lidar com isso de uma forma muito mais natural e inabalável do que Madison jamais conseguira. Ele estava muito mais preparado psicologicamente para isso. Desde o primeiro momento. Desde que pisou fora da Sky Arena.

Como de praxe, Andrew foi atendido por uma equipe médica logo após ser retirado da Arena pelos aerodeslizadores. Seus ferimentos eram extensos e graves, mas sua condição física resistente foi crucial para sua recuperação. O Doutor Arnold Veemerst, médico responsável pelo tratamento dos Vitoriosos, soltou o diagnóstico logo nos primeiros minutos de tratamento. Fratura do maxilar inferior em duas partes conjuntas, ponte nasal interceptada e fraturada, lesão completa do baço e parcial do fígado, grave hemorragia, lesões e escoriações profundas nas costas, além de duas costelas amassadas.  Tudo isso foi rapidamente reparado através de um coma induzido de três horas. Não precisou nem de transferência para um Centro Médico Intensivo como fora com Madison. E efetuado o tratamento, Andrew James finalmente se reencontrou com seus Mentores, e sua Nova Equipe. Todo Vitorioso, tradicionalmente, recebe um estilista e assessores, além de empresários e seguranças pessoais. E a de Andrew foi escolhida a dedo pelo Idealizador-Chefe dos Jogos, garantindo que fossem profissionais extremamente capazes e de ponta.

Seu reencontro com Madison, e consequente Desfile da Vitória e apresentação geral para a mídia, foram momentos relativamente emocionantes para Andrew. Momentos em que ele percebeu o que tinha se tornado. Quando sua ficha realmente caiu. Agora era um Vitorioso. E não era qualquer Vitorioso. Tinha vencido a Edição mais histórica e famosa dos Jogos Vorazes. Era o único Vencedor de um Massacre Quaternário vivo. Os campeões da 25ª e 50ª Edições já eram falecidos, e a 75ª Edição não teve um. Toda essa responsabilidade agora caía sobre os seus ombros. Toda a admiração e o respeito, bem como a mídia e os holofotes. Andrew tinha consciência disso, e estava preparado. Porém, de qualquer forma, foi complicado e desgastante. Principalmente pelo fato de que, na maioria dos momentos, ele estava fingindo. Fingia estar bem, sorria para as câmeras e agradecia todos os elogios, mas no fundo estava arrasado. Suas primeiras semanas foram horrendas, e ele entrou em um estado depressivo cruel. Mesmo estando no conforto da sua família ao retornar para o Distrito 4. Mesmo no meio dos seus amigos, e de que ele sempre se sentiu bem.

Porém, aos poucos, ao longo dos próximos dois meses que antecediam o início da Turnê da Vitória, Andrew achou uma válvula de escape. Não era nada muito saudável e honroso, mas lhe tirava da sua realidade miserável. Lhe distraía, ao menos. Andrew aproveitou sua fama de Conquistador e sedutor nato que, antes mesmo dos Jogos já procedia, para transformar sua vida num carrossel de diversão eterno. Dava festas dia e noite para a alta sociedade do Distrito 4, ou para qualquer um com idades entre 18 e 30 anos. Passava 80% do seu tempo bebendo e se drogando, dormindo com quase todas as mulheres que lhe interessavam. Tudo o que ele viveu nos Jogos, suas dores e suas angústias, foram enterradas por ele mesmo na parte mais profunda da sua mente. E reacessá-las significava permitir que todo o sofrimento voltasse. Significava voltar a sentir-se um merda sem propósito na vida. Sentir aquele vazio existencial. Então ficou claro para todos, inclusive para sua própria família, que o melhor a se fazer era deixá-lo em paz. Uma hora ele reencontraria seu caminho. 

Já nas duas casas ao lado, Madison Mason e Erik Night viveram seus melhores momentos juntos. Eles eram mais do que apenas dois Vitoriosos com características em comum. Eram jovens, poderosos, fortes, com a vida inteira pela frente e, acima de tudo, completamente apaixonados. Eram certos um para o outro, e isso ficou extremamente claro quando até mesmo suas famílias se integraram como se aquilo fosse algo natural. Suas mães, Maysa e Elizabeth, já eram amigas e ficaram mais ainda. Tornaram-se família praticamente. Assim como os irmãos de Erik, Peter e Annie Night, e as irmãs de Madison, Sarah e Olivia Mason. Depois daquele beijo na frente da imprensa, durante o segundo dia de Massacre Quaternário, Erik e Madison tiveram que assumir seu envolvimento. Envolvimento esse que, futuramente, virou namoro. E tudo estava indo perfeitamente bem, como em um conto de fadas onde a plebéia finalmente encontra seu príncipe. Entretanto, Madison sabia melhor do que ninguém que contos de fadas são simplesmente contos de fadas. Foi assim que tudo na sua vida voltou a desmoronar. De uma hora para outra, repentinamente.

Há menos de 3 semanas para o início da famosa Turnê da Vitória de Andrew, Madison foi surpreendida por algo completamente fora da sua realidade. Num primeiro momento, achou que não fosse nada. Apenas uma gripe, ou um mal estar normal. Mesmo considerando o fato de que ela sempre foi saudável e raramente ficava doente, ainda sim preferiu acreditar nisso. Porém os sintomas ficaram mais fortes, e foi sua mãe quem fez sua ficha cair.

- Você está grávida, minha filha _ela tinha lhe dito na porta do banheiro, observando Madison ajoelhada em frente ao vaso sanitário. Fazia algumas horas que ela estava vomitando, também sentia tonturas. Seus seios estavam inchados e doloridos, e sua menstruação atrasada. Não precisou nem ir à um médico para confirmar sua condição. Madison recebeu aquela notícia da pior forma possível. Era claro que estava grávida. Nos últimos dois meses a coisa que Madison e Erik mais fizeram foi sexo. Em absolutamente todos os lugares da casa, e da Cidade. Transaram nos fundos do condomínio, no bosque, no lago. Inúmeras vezes, e a maioria delas sem camisinha. Madison não sabia o que pensar, o que falar. Só ficou olhando para sua mãe, completamente perdida e assustada.

Mas de uma coisa ela sabia. Não queria ser mãe, e não estava preparada. Tinha apenas 20 anos, e mal sabia tomar conta de si mesma. Não tinha nem saúde mental para criar uma criança. Não importava a forma que tudo ocorreria, sua decisão já estava tomada. Não iria ser mãe. Não queria ser, e não iria. Ponto final. Sua mãe Maysa tentou lhe dissuadir inúmeras vezes, até mesmo se ofereceu para criar o bebe como seu próprio filho. Mas Madison nunca teve tanta certeza de algo como tinha disso. O problema é que ela não imaginou tudo o que perderia nesse processo. Não imaginou mesmo.

Ficou com medo de contar para Erik, apreensiva com a sua reação. Por isso fez sua mãe jurar que nunca contaria nada, e agendou uma hora no Centro Médico do Distrito por conta própria. Iria exercer o seu direito legal como mulher e fingir que nada tinha acontecido. No fundo ela sabia que isso era errado, e que Erik deveria no mínimo ser informado. Porém o corpo era seu, e a vida também era sua. Então Madison Mason, a 99ª Vitoriosa, pagou uma quantidade voluptuosa de dinheiro para um dos médicos guardar sigilo, e abortou o feto em seu ventre dois dias depois de descobrir que estava grávida. Assim, sem mais nem menos. O médico responsável pelo procedimento ainda lhe perguntara, antes de iniciar a cirurgia, se ela tinha cem por centro de certeza que queria continuar. O feto era um menino, e a gestação iria completar dois meses na próxima semana. Porém Madison não vacilou por nenhum segundo. Fez, e não se arrependeu. Jamais se arrependeria. Queria ser mãe, mas não com 20 anos. Não antes de ter uma vida, de amadurecer, trabalhar, construir uma saúde mental para isso. E ela achou que conseguiria sair ilesa disso. Até teria conseguido, se não fosse por sua mãe.

Maysa Mason, num último ato de desespero, foi até a Casa 8 da Vila dos Vitoriosos procurar por Erik Night e lhe contou que Madison estava grávida dele. Implorou que ele fosse atrás dela, e lhe convencesse a não interromper a gestação. Mesmo atordoado e confuso, o 95° Vitorioso obedeceu e foi ao seu encontro. Encontrou-lhe saindo da clínica localizada no bairro norte do Distrito 4. Madison estava fraca e pálida, com os olhos fundos e arroxeadas ao redor. Bem como sua boca que, mesmo sempre rosada e macia, agora estava seca e sem cor. Erik não precisou nem lhe perguntar nada para adivinhar que ela já tinha feito a cirurgia. Sua aparência corroborava exatamente com a aparência de alguém que acabara de sair de um procedimento doloroso e perigoso. Ele não queria acreditar. Se esforçou para não acreditar no que estava vendo, não queria crer que isso pudesse ser verdade. Mas vê-la ali, naquelas condições, não teve dúvidas.

Madison ficou extremamente assustada quando lhe viu. Provavelmente a última coisa que ela imaginou que encontraria era o pai do seu filho às portas da clínica de aborto. Ela deixou uma lágrima escorrer, entregando-se. Sentiu o peso daquele momento. Não queria que ele descobrisse assim. Erik jamais lhe perdoaria. Ela sabia disso. Iria lhe perder. Madison, mesmo vacilante e tonta, deu um passo na direção dele. Erik recuou, com a expressão de choque completamente atravessada no rosto. Os olhos azuis cristalinos dele mostravam uma imensidão de dor e decepção que partiu totalmente o coração da 99ª Vitoriosa.

- Erik _ela falou o seu nome cautelosamente, como se pudesse amenizar algo. Ele baixou lentamente o olhar para sua barriga, demorando-se alguns segundos. E depois os levantou novamente, focalizando seus olhos heterocromáticos.

- O que você fez? _ele perguntou, mas a voz não parecia a mesma. Estava carregada de algo que Madison não soube decifrar. Parecia estar se segurando para não explodir. De raiva, ou de tristeza. Com certeza um dos dois, Madison pensou. Ela não respondeu nada, apenas desviou o olhar e levou uma mão ao poste ao seu lado para se segurar. Já estava fragilizada por causa do tratamento, e emoções fortes não lhe ajudariam a se recuperar. Poderia desmaiar a qualquer momento, ou no mínimo perder as forças e cair. E pela cara que Erik fez, ele não estava nenhum pouco disposto a lhe ajudar. A lhe amparar.

- O que você fez? _ele perguntou novamente, com o tom um pouco mais calmo. Provavelmente porque percebeu que ela não estava em condições físicas para aguentar sua raiva. Ou para sequer aguentar uma discussão. E Erik a amava demais para lhe ver fragilizada assim e piorar o seu estado de saúde.

- Eu fiz o que achei melhor para mim. Fiz o que meu corpo e minha saúde mental estavam pedindo _Madison respondeu, sem conseguir encontrar as palavras certas para explicar.

- Você esqueceu que eu existo ou o quê? _ele parecia indignado demais. E com razão. Seu cabelo aloirado estava bagunçado, e ele usava somente um moletom preto em conjunto com uma calça de abrigo. Parecia ter saído às pressas de casa.

- Não esqueci. Mas eu queria lidar com esse fardo sozinha _explicou, tentando soar convincente.  Na verdade ela não lhe contara porque foi covarde. Ficou com medo que ele não aceitasse, que reagisse mal. Ficou com medo que ele lhe impedisse de fazer o que ela queria.

- Fardo? Você está falando do meu filho, Madison _ele levantou a voz. Se não fosse a pele bronzeada e dourada dele, provavelmente estaria vermelho de raiva. Madison ficou levemente assustada, nunca tinha lhe visto assim. E Erik conseguia ser extremamente amedrontador se quisesse.

- Nosso filho. E eu tenho mais poder de decisão nisso do que você, o corpo é meu _ela se irritou. Não iria aceitar ele levantando a voz e lhe acusando assim. Madison não tinha sangue de barata, e não baixava a cabeça para ninguém. Nem mesmo para o Vitorioso poderoso e assustador que Erik Night era. Ele se aproximou rapidamente dela, ficando cara a cara. Parecia mais alto do que o normal. 

- Você não tinha o direito de fazer isso sem me falar. Você não tinha o direito de me esconder isso _ela falou por entredentes, com raiva. Se Madison não lhe conhecesse e não soubesse o homem respeitador e íntegro que Erik era, podia jurar que ele estava prestes a lhe bater.

- Eu sinto muito. Por favor, você precisa me entender. Eu fiquei com medo, fiquei apavorada Erik _ela entregou-se ao desespero. Tentando se explicar. A única coisa que ela via naqueles olhos claros, sempre tão amorosos e amáveis, era raiva e ódio. E temeu que esses seriam os únicos sentimentos que ele teria por ela agora. Temeu tanto que sua visão ficou turva e preta, e ela perdeu totalmente a força das pernas. Seu corpo vacilou para o lado, e Madison caiu. Não sentiu ou ouviu mais nada. Apenas desmaiou.

Erik não deixou que ela chegasse ao chão. Madison perdeu completamente a consciência na sua frente, e por mais que ele estivesse chocado com o que acabara de acontecer, não iria lhe deixar desamparada. Ele a pegou no colo com uma facilidade absurda, e a conduziu até o carro. Colocou seu corpo desfalecido na parte traseira, e preocupou-se ao ver sua condição física. Madison estava completamente pálida, e gelada. Erik conseguiu vislumbrar que, por baixo da blusa preta que ela usava, sua barriga estava enfaixada. Na área mais baixa, próxima a região uterina. Ele lutou contra as lágrimas que se formaram, e fechou a porta do carro. Sentou-se no banco do motorista, e dirigiu para a Aldeia o mais rápido que pôde.  

Quando Madison acordou, percebeu que estava no quarto de Erik. Demorou alguns segundos para raciocinar o que tinha acontecido e colocar suas ideias no lugar, e então sentou-se na cama. Não sentia dor, mas ainda estava fraca. Deveria ter desmaiado na frente da clínica, e Erik lhe trouxera para a casa dele. Só o fato dele não ter lhe levado para sua própria casa e simplesmente sumido da sua vida, já era um bom sinal. Significava que ele queria no mínimo conversar. Que não lhe odiava mortalmente. Olhou ao redor e não lhe encontrou. Apurou os ouvidos e ouviu o chuveiro ligado. Erik deveria estar no banho. Madison aproveitou para colocar as pernas para fora da cama, sentando-se lateralmente. Respirou fundo diversas vezes. O chuveiro desligou, e em poucos minutos Erik apareceu na porta do banheiro. Estava sem camisa, e na parte de baixo usava somente uma calça de moletom. Madison o olhou. Nunca se cansava dessa visão. Ele era tão gostoso que parecia mentira. Mas ao invés de lhe dar o seu famoso sorriso carinhoso, ele a ignorou por completo. Caminhou até a cômoda lateral do quarto, e abriu uma gaveta. Procurou uma camiseta, e vestiu rapidamente. Só depois olhou para Madison, sem expressar nada. Nem raiva, nem ódio, nem tristeza. Somente indiferença.

- Eu não estou me sentindo bem _Madison falou, tentando desviar do assunto torturante que provavelmente iria surgir nos próximos segundos. E não era uma mentira. O médico tinha lhe dado recomendações médicas de repouso total. Seu corpo tinha passado por uma cirurgia como qualquer outra, e ela precisava descansar.

- Você precisa descansar _Erik falou, como se pudesse ler seus pensamentos. Madison pôde perceber a quanto ele lhe amava. Mesmo decepcionado, ainda estava cuidando dela. Ela o amava da mesma forma, e não sabia como dizer isso. Como mostrar para ele que, apesar da sua decisão, isso não interferia no que ela sentia por ele. Jamais iria interferir.

- Você precisa me deixar explicar tudo o que aconteceu _Madison pediu enquanto levantava-se. Caminhou até onde ele estava. Erik não se afastou, mas virou o rosto para desviar o olhar. A 99ª Vitoriosa deixou uma lágrima escorrer com essa atitude dele. Estava com muito medo do que seria da sua relação.

- Eu não quero ouvir nada, Madison _ele respondeu, finalmente a olhando. Madison quase arqueou de surpresa. Ele estava chorando. Nunca tinha lhe visto chorar. Nem perto disso. E teve a impressão de que Erik não chorava com frequência. Nem com os seus próprios Jogos. A última vez que chorara talvez tivesse sido na morte do seu pai, há 10 anos atrás. Sentiu-se a pior pessoa do mundo por fazê-lo passar por isso. Talvez realmente fosse. Mas, de qualquer forma, por mais egoísta que isso pudesse parecer, ela jamais faria algo que não quisesse por causa do sentimento de outra pessoa. Principalmente se esse algo envolvesse a si mesma, ao seu corpo. Não geraria uma criança contra sua vontade. Nenhuma mulher no mundo deveria gerir uma criança contra sua vontade.

- Por favor me perdoa, Erik _ela implorou, caindo no choro. Lhe abraçou de supetão, esperando ardentemente que ele colocasse os braços ao seu redor e lhe confortasse como sempre fazia. Mas, ao invés disso, Erik ficou imóvel. E, depois de alguns segundos, colocou ambas as mãos nos seus ombros e lhe afastou de si. Madison o olhou com a expressão revirada pela dor, chocada com a rejeição.

- Você matou meu filho, Madison. E eu até poderia te perdoar por isso se você tivesse me explicado seus motivos para fazê-lo. Eu ficaria do seu lado, e te ajudaria no que você precisasse. Mas eu não posso perdoar você por ter mentido pra mim _ele finalizou, dando um passo para trás.

- Não sobre isso _Erik completou. Ela deveria saber que esse seria um assunto tão delicado para ele. Principalmente por causa do seu pai já falecido. Erik não era religioso e nem contra o aborto em si, mas ele perdeu o seu progenitor muito cedo. E toda a questão de paternidade em si era um gatilho forte para ele. Esse era só um dos motivos pela qual Madison não quis contar. Não queria lhe fazer passar por isso. Era para ela ter feito tudo sozinha, poupando-o disso. Madison jamais perdoaria sua mãe por ter se intrometido nesse assunto, e Erik jamais lhe perdoaria por ter lhe omitido e mentido. Era uma cascata de decepção, de frustração.

E assim se seguiram pelas próximas duas semanas. A 99ª Vitoriosa quase não viu Erik. Sempre que batia lá, sua mãe dizia que ele não estava. Madison chegou até a lhe procurar nos seus locais principais da Cidade, como o lago sul. Ele estava lhe evitando de todas as formas. E ela sentia muita saudade dele. Muita mesmo.

Hoje era o dia em que a Turnê da Vitória se iniciaria e Madison e Erik, como Mentores, precisariam cruzar junto com Andrew James todos os Distritos de Panem. Além de comparecer à festa anual, na Mansão Presidencial localizada no centro da Capital. O que Madison não sabia era que, no dia anterior, Erik Night tinha solicitado uma dispensa oficial da Turnê. Ele não iria embarcar no trem.

E como se isso já não fosse decisivo o suficiente na sua relação amorosa, Madison acabou subestimando o quanto Andrew James ainda tinha importância na sua vida.

E, juntos, eles subestimaram o poder do Massacre Quaternário. Subestimaram o poder que a esperança pela liberdade e pela justiça podiam causar dentro de cada cidadão. Dentro de cada um. Principalmente nos Distritos mais longínquos.

 

Só que não tardariam a descobrir.

 

 

 


Notas Finais


Eaiiiiii??? Oq acharam?
COMENTEM, por favor. Só assim eu fico sabendo se tão gostandooooo, qual rumo vcs querem ver a história tomando.


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