1. Spirit Fanfics >
  2. O Retorno de Shade >
  3. Irresistível

História O Retorno de Shade - Irresistível


Escrita por: Luke-Senpai

Notas do Autor


Para quem jogou flyff e gostou, não vai se arrepender em ler esta fic, mas para quem é um grande fã de mistério, drama e romance e nunca jogou, pode começar a ler! Por agora só parece uma comédia-romântica, mas é só o primeiro cap. As coisas vão esquentar daqui a poucos caps. Boa leitura.

Revisado por: Aziul

Capítulo 2 - Irresistível


Fanfic / Fanfiction O Retorno de Shade - Irresistível

Aiza POV:

 

Naquele momento, eu fiquei realmente furiosa. Não é normal uma Crackshooter ficar com raiva desse jeito, mas eu queria que essa raiva fosse para o espaço junto com Zeff. Aquele maldito Mentalist. Como ele pôde quebrar o meu arco ancião, o meu melhor arco? Quebrar em dois pedaços bem na minha frente? Demorei semanas para conseguir aquela preciosidade. Como eu odiava as magias dos Mentalists.

 

Era uma calma tarde na arena, um lugar onde a estrela polar (Lode Star ou Lodestar) atua com grande frequência. Para os que não sabem, uma grande estrela fica no topo de um mastro, rodeada por poder mágico de Rhisis, tendo o poder de ressuscitar os mortos na arena, para que possam se divertir.

 

Eu e Zeff estávamos transformando matéria sólida em poeira naquela tarde. Praticávamos até que, como de costume, ele começou um duelo. Levantei meu arco e gritei “Spirit of the Hawk!”. Senti minha magia emanando de minhas veias e se acumulando em meu ombro, onde se formou uma água esmeralda. Zeff não pensou duas vezes e deu dois pulos para trás preparando sua defesa e falando em um tom de deboche, “É tudo o que você tem?!”. “Espere só para ver!” respondi dando um meio sorriso.

 

Estiquei meu arco para frente, e sussurrei: “Condor Dive!”. A água em meu ombro se dissipou em partículas visíveis e se dirigiu ao arco. Atirei uma flecha, porém coberta por magia. Ela rasgava o ar com uma velocidade incrível, fazendo com que meus olhos mal pudessem acompanhar. Iria acertar Zeff em cheio se ele não tivesse desviado por cima.

 

Ele estava pulando sobre minha flecha quando gritou “Spirit Bomb” e uma esfera de poder mágico veio ao meu encontro. Tentei desviar, mas meus pés não se moviam, logo após olhei para Zeff e ele disse “Satanalogy!”. Aquela bomba realmente me acertou em cheio, fazendo-me voar alguns metros para trás. Logo após me levantar, vi meu arco ancião partido em dois ao meu lado. Me perguntei quando ele o tinha acertado. No peito de minha armadura, havia um rasgo enorme que ia do cinto até minha costela. “Droga!” , murmurei, pegando um teleporte para Flaris de dentro da minha bolsa lateral. Simplesmente o toquei, falando “Flarine” e raios mágicos vermelhos em forma de circunferências me rodearam enquanto eu me dissipava no ar. Apareci em Flarine Leste.

 

Caminhei até o centro da cidade, fazendo barulhos de baque na ponte de madeira devido aos meus passos eufóricos. Flarine... Localizada no continente de Flaris, conhecida como ‘’Cidade do novo começo’’, por ser aqui que todo novo aventureiro começa sua jornada. A Cidade era bem calma e pacífica, apenas um pouco tumultuada pelas pessoas, mas eu já estava acostumada.

 

Ao lado do correio havia um mercado e ao vê-lo, lembrei-me de que precisava comprar um novo arco. “Teleportar, Mercado de Madrigal”, falei, aparecendo no centro de um local cheio de vendedores e compradores. Não se podia andar por aquele lugar sem esbarrar com alguém. Havia dúzias de pessoas vendendo equipamentos de todas as classes.

 

Dei olhadas rápidas nas ofertas, quando algumas me chamaram atenção: “Equipamentos baratos para Crackshooter ’’, “Arcos raros – promoção”, “Chuva de dragão e itens de Cs’’ . Para especificar, Cs é o mesmo que Crackshooter, uma abreviatura. A última oferta me convenceu, parecendo-me convidativa. Uma Seraph estava vendendo, com cabelos rosados e encaracolados em sua cintura. Ela abriu um sorriso confortante para mim, quando falei:

 

- Ainda tem o Arco? - perguntei.

 

- Tem sim! – ela disse enquanto estendia seu braço e uma poderosa besta aparecia em sua frente, caindo levemente em suas mãos.

 

- Wow.  Isso realmente é poderoso, dá para perceber com sua aparência destrutiva. – afirmei enquanto fitava a Besta.

 

- Ele está +15. Também tem uma pedra rara de Aprimoração Baruna, que dá a chance de matar o inimigo em somente um golpe.  – ela falou, soltando outro sorriso enquanto erguia o arco.

 

- Quanto está? – perguntei esperando ser um preço acessível.

 

- 900kk! – respondeu.

 

- O quê??!! – disse surpresa.

 

- Desculpa, mas será o mais barato que você achará por aqui. Esta arma foi forjada onde o deus da morte repousa, no Exílio de Ankou. Fui com um time há algumas semanas e acabei ficando com ela. – ela virou o rosto e murmurou algo que não pude compreender. Só entendi as palavras ‘’maldito’’ e ‘’bastão’’.

 

- Então vamos negociar! Não tenho esse dinheiro todo. – tentei mudar o assunto.

 

- O que você tem?

 

- Humm, vamos ver. – procurei em todo o meu corpo algo valioso, quando olhei para meu dedo e falei – Que tal esse anel? É parte de um conjunto do Tigre e está com pedras que amplificam seu poder, 9 para ser exata.

 

- Ele está +9 então. Bom, feito! – falou enquanto outro sorriso escapava de sua boca.

 

Tirei o anel do dedo e entreguei com um saco azul com 9 moedas douradas.

 

- Aqui está! - falamos juntas enquanto trocávamos os itens.

 

- Esse arco é realmente poderoso, já posso sentir a dor do Marsquepet ao receber um ataque disso.

 

- Haha, isso é uma Besta, não um arco. Possui mais precisão e muito mais poder de ataque. – ela disse, corrigindo-me. – Obrigada pela compra. Qual o seu nome, se me permite?

 

- Aiza. – falei enquanto olhava minha poderosa besta – Qual o seu? – perguntei, voltando à realidade e olhando para a pequena Seraph.

 

- Safirah. Muito prazer! – respondeu esticando a mão para um cumprimento.

 

- Hum, prazer! – falei apertando sua mão.

 

Noah POV:

 

Larguei meu posto de vendedor e apreciei perdidamente aquela linda Seraph de cabelos cor-de-rosa que desciam até sua pequena cintura, nem cacheado, nem liso. Era perfeito. Como ela era doce, meiga, com seus olhos azuis, a cor clara, que irradiava compaixão... Eu estava mesmo alucinado pela aquela Seraph.

 

Imediatamente queria correr e abraçar aquele pequeno corpo, sentir seu perfume. Seria amor?  Nunca pensei que isso poderia acontecer. Fiquei minutos fitando-a perdido, estudando docemente as feições sutis e movimentos delicados da jovem que tanto me encantava.

 

Ela estava negociando com uma Crackshooter, mas não prestei muita atenção, eu apenas queria admirar a Seraph pela qual meu coração de Slayer chamava. Quando tomei coragem de me aproximar da bela curandeira, não consegui medir o tempo  que fiquei admirando-a, fantasiando um peculiar casal entre uma Seraph e um Slayer. Estranho, não?   

 

Não me importei se iria atrapalhar a conversa com a Crackshooter. Eu, Noah, era um homem que devaneava muito mais que o normal. Caminhei vacilante até as duas jovens, desviando das pessoas no caminho. A Arqueira acabara de colocar um grandioso arco em suas costas, e me olhava como se fosse um intruso, que de algum modo estava ali há dois minutos sem falar uma palavra sequer.

 

- Já vou indo. Faça bom uso do seu arco. – ela falou.

 

Segundos depois ao meu piscar, ela já não estava mais lá. Tateei o ar inutilmente. Se eu pudesse retornar àquele momento, me lembraria de pensar direito e mais rápido. Olhei para a Arqueira e ela parecia confusa com meu movimento estranho de tentar agarrar o ar. Ela pôs uma mão em sua cintura e ergueu as sobrancelhas, como se esperasse alguma coisa de mim, que eu provasse não ser um completo idiota. Eu fora patético.

 

- Você quer alguma coisa, Slayer? – ela perguntou, achando graça da minha expressão aturdida.

 

- Ah, não. – respondi enquanto me levantava.

 

- Está se sentindo mal? - ela inclinou-se curiosamente na minha direção, como se eu estivesse morrendo ali.

 

- Estou bem. – falei, tentando disfarçar minha expressão abalada.

 

- Então tudo bem. – ela falou, virando as costas e caminhando.

 

- Hey, Arqueira, espere! – falei, correndo e pondo minha mão em seu ombro.

 

- Hum? – ela parou e virou a cabeça para mim.

 

- Vo-Você sabe aonde eu posso encontrar aquela Seraph com quem estava falando?

 

- Provavelmente em Saint Morning, lá é a cidade dos magos. Tudo o que sei é que o seu nome era Safirah. - ela fez o favor de lembrar sobre Sainty.

 

- Obrigado! – senti um ar de esperança.

 

- Certo. – ela deu os ombros e continuou andando.

 

Safirah... Aquele nome não saía de minha mente, era como se eu pudesse ter certeza do que eu queria. Não me importara que as Seraph devessem se casar com Magos. Saí do mercado as pressas e corri até a loja de teleportes.

 

- Marche, um para Saint por favor.

 

- Aqui está! – ela respondeu com um sorriso, enquanto eu entregava-a algumas moedas.

 

Usei o teleporte e falei “Sainty”. Desapareci naquele exato momento e ao abrir meus olhos, reapareci em Saint Morning, a cidade dos magos.

 

Corri ansiosamente por toda a cidade, mas nenhum sinal da Sacerdotisa chegou aos meus olhos. Outras Seraphs passaram por mim, mas a que eu estava procurando era totalmente diferente. Uma guerreira da elite de Madrigal, talvez. Não consegui explicar o tamanho da adoração que eu tinha por ela. Senti como se tivesse voltado aos quinze anos de idade, em meus namoricos de adolescente.

 

Nada adiantou. No final da tarde eu estava sentado na orla de Saint, um lugar cheio de bancos e flores de todos os tipos, um pouco isolado dos habitantes. Só havia eu lá, com as mãos nos joelhos e a cabeça baixa. Meus cabelos castanhos escuros balançavam ao vento, úmidos de suor. Eu não a havia encontrado. Tive a terrível sensação de que nunca mais eu a encontraria. E como sempre, eu era apenas um Slayer, era apenas o Noah que não tinha sorte com o amor.

 

 


Notas Finais


Eae, gostaram? Comentem por favor, sei que algumas pessoas leem, mas quero que vocês comentem, assim saberei se devo continuar em frente.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...