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História O Retorno de Shade - Invencível


Escrita por: Luke-Senpai

Notas do Autor


Só para esclarecer, café-com-leite é um título dado á crianças que não sabem brincar, e que não podem ser queimadas ou coladas.

Revisado por: Aziul

Capítulo 3 - Invencível


Fanfic / Fanfiction O Retorno de Shade - Invencível

Alexis P.o.v.:

 

Era um dia calmo e de clima agradável em flarine: mais um dia tedioso. A única coisa que me restara a fazer era esmagar as almas dos iniciantes na arena.

 

Caminhei até Lay e me teleportei. Ao entrar naquele campo de treinamento, meus olhos vagaram à procura de alguém que estivesse no meu nível, para que pudesse me divertir. Adentrei na área de combate descendo lentamente os degraus de madeira. Com minha reputação de matadora, as pessoas abriam caminho para que pudesse passar, eu, Alexis, uma Harlequin de Elite que nunca havia perdido uma batalha.

 

 Eu nunca fora uma mulher vaidosa e fútil, mas naquele dia, estava me sentindo especialmente atrativa com minha recém-adquirida Armadura Kalgas. Muito mais do que pedaços de metal adornados em um azul reluzente. Em minha cabeça havia uma coroa, mais parecida com um diadema, que brilhava como uma safira. Aquela armadura sempre fora o meu desejo desde que nasci. Felizmente, eu a havia ganhado em uma aposta. Oh, como apostas sujas me eram agradáveis. Eu era uma vencedora nata, uma guerreira, uma predadora letal. Ninguém podia contra minha força e precisão, quanto menos com meus Yoyos.

 

 À minha direita havia um Mentalist e um Forcemaster duelando. Pobre FM, sendo nocauteado pelos golpes estratégicos do Mentalist. O sorriso vil na face deste grandioso mago me interessou de tal modo, que todo meu corpo pediu para batalhar contra ele. A adrenalina era o que me movia naquele momento. O Forcemaster de cabelos curtos e castanhos cambaleou pra trás, caindo de costas no chão terroso. O Mentalist o atacou sem piedade, um lampejo disparou da ponta de seu cetro e segundos depois o escudo do FM tinha se quebrado. Havia partes dele em todo o chão. Ele estava sendo derrotado, não tinha mais forças em seu olhar para resistir à brutalidade que o atacava. O Forcemaster levantou do chão e ergueu seu punho, se preparando para dar um ataque que custaria o resto de suas energias. Aquilo parecia o fim do duelo.

 

 

- Não desista Alec! – o Mentalist gritou, pronto para receber o ataque. Mas eu decidi que derramamento de sangue não era preciso naquele momento. Enjoaria meus olhos.

 

-Asalraalaikun!- Alec berrou, correndo em direção ao Mentalist.

 

- Basta. - minha voz saiu poderosa no momento em que joguei um de meus Yoyos ao encontro dos dois, atingindo o chão. A corrente que estava presa entre minha arma e minhas mãos servia de linha,  impedindo a batalha.

 

- Quem ousa se intrometer? – os olhos negros e raivosos do Mentalist voaram em minha direção desejando me dilacerar.

 

 

Nossos olhos se choraram com o estrondo de nossas almas. Senti como se estivesse diante de uma besta demoníaca, incapaz de compreender qualquer coisa além da luta e da morte. Seria lastimável se a expressão no rosto do Mentalist não tivesse me incentivado. Os cabelos negros como os olhos balançavam suavemente com a brisa pesarosa da arena. Ao contrário de seu rosto, que bufava agitado. Em suas mãos havia um broche, que me parecia com um botão para as luvas, mas com certeza era feito de ouro puro. Ele era realmente um Mentalist de Elite, meus olhos jamais se enganavam diante de um guerreiro de elite. O Forcemaster suspirou cabisbaixo e tirou o punho de sua mão, analisando-o. Pareceu insatisfeito com o estado de sua arma, mas um sorriso pesaroso escondeu seu lamento interior.

 

 

- Lute comigo. – propus ao mirar meu Yoyo direito para o Mentalist, que apenas sorriu cruelmente.

 

- Bom, parece que meu punho precisará de reparos. – Alec constatou mirando seu olhar para o Mentalist. – Ainda não lhe venci Zeff, mas foi uma luta interessante. Nos vemos por aí. – despediu-se com um breve aceno ao dar as costas.

 

- Hã, um fraco como você jamais me vencerá, Alec. – o Mentalist riu, lançando um olhar para o FM que já se afastava.

 

- Ei, seu cretino! Não me ignore. – urrei, arremessando meus Yoyos contra Zeff, que pararam a centímetros do mago ao meu puxar de suas correntes. Mas eles não paravam, continuavam girando e cortando o ar com suas lâminas.

 

 

Peculiarmente, ele apenas virou o rosto em minha direção e sibilou algumas palavras que não consegui entender. Uma barreira mágica foi criada a sua frente, fazendo meus Yoyos voltarem com a mesma força com que foram arremessados. Esquivei, pulando para cima e puxando-os pela corrente. Graciosamente eles obedeceram, voltando para minha mão como se fossem uma parte de meu corpo.

 

 

Zeff P.o.v.:

 

 

Eu era um Mentalist de elite que jamais havia sido vencido em uma batalha. Gargalhei internamente me lembrando do desafio que a Harlequin havia me feito, mal sabia ela o quanto sairia arrependida daquele duelo. Com um suspiro interessado, encarei curiosamente minha rival. Seus olhos azuis observava cada movimento que eu fazia. Seu cabelo, da mesma cor de seus olhos que descia abaixo de sua cintura, era carregado suavemente pelo vento. Meus olhos não podiam negar que aquela Harlequin era certamente a mais bela entre todas.

 

 

- Então, quer lutar. – comentei com um sorriso enquanto analisava melhor a figura daquela mulher.

- O que foi? Vai recusar? – ela me desafiou com um espírito competitivo que apenas eu sabia como fazer.

- Seria indelicadeza minha, suponho. – brinquei sutilmente, pois elegância não era algo que eu prezava.

- Ora, vejo que há um cérebro aí. – ela riu baixo, de modo que apenas eu pudesse sentir seu tom zombeteiro pelo olhar.

- Você tem a língua afiada. Talvez seus Yoyos não sejam tão afiados quanto suas palavras. – era minha vez de provocar.

 

- Quer experimentar? – ela perguntou, inclinando sua cabeça de lado.

 

- Não antes de saber seu nome, minha dama. – brinquei com as palavras novamente, encarando-a.

 

- Alexis. Mais alguma coisa? – avançou um passo em minha direção, erguendo as sobrancelhas.

 

- Por enquanto não. – respondi com escárnio.

 

 

Se aquela luta não fosse inevitável, eu certamente continuaria a trocar palavras com aquela mulher por um bom tempo. Pela primeira vez, ela fora a única capaz de me prender em uma conversa do nível que mais me agradava. Deboche, agressão indireta, diversão, mistério. Alexis acabara de me conceder tudo o que eu mais prezava em uma sutil conversa. Quase lamentei por ter que desferir minha brutal força contra ela. Quase, pois acima de tudo eu era um Mentalist. Empunhei meu Cetro da Desordem, uma arma de uma mão, extremamente difícil de manusear se seu portador não tiver bastante experiência. Começaria talvez o mais interessante duelo de minha vida, e o mais peculiar era o fato de que eu não tinha sede de sangue, de vitória, mas sim sede de curiosidade. Eu queria saber do que Alexis era realmente capaz.

 

 

- Espero que você seja rápido, pois caso contrário não conseguirá acompanhar meus ataques. – falou a elegante Harlequin.

 

 

O Yoyo que ela segurava encantou-se com uma habilidade que eu já conhecia por ter lutado com outras Harlequins anteriormente. Se Alexis me atingisse com aquilo, mesmo que fosse somente um arranhão, absorveria uma grande quantidade de minha energia vital, o que me custaria algumas preciosas pílulas douradas.

 

            Rapidamente, numa velocidade tão grande que mal pude perceber seus movimentos, ela saltou para cima de mim com uma agilidade impressionante e arremessou seus yoyos na minha direção. Eu sorri, imaginando por qual motivo ela estaria sendo tola em me atacar diretamente se poderia promover aquele golpe em maior distância. Facilmente bloqueei o yoyo, que saltou para trás e atingiu o chão, fazendo uma enorme cratera.

 

 

- Strongwind! – gritei e uma rajada de vento se formou na minha frente, tomando a forma de um tornado que disparou na direção de Alexis. Aproveitando que ela ainda estava no ar, usei um feitiço para afastá-la, e violentamente o corpo da Harlequin foi arremessado na direção oposta. Ela se recompôs antes de cair, pousando suavemente agachada no solo terroso. Sorrimos no mesmo instante, e aquilo bastou para que eu soubesse que ela era tão forte quanto eu.

 

 

De onde estava agachada, a alguma distância de mim, ela começou uma sequência de arremessos. Os Yoyos cortavam o ar furiosamente, adquirindo um brilho dourado e poderoso. Mas eu era tão forte quanto aquilo e eu os repelia com magias certeiras antes que as lâminas me acertassem. Daquele modo ela jamais me acertaria, e eu sabia que Alexis entendia aquele fato. Eu apenas queria acabar logo com aquilo para podermos conversar um pouco mais. Uma atitude convencida era a minha marca.

 

 

- Rock crash. - o chão começou a se partir violentamente em uma rachadura profunda e larga que destruía o solo em direção à Alexis. Ela não hesitou em saltar agilmente para um dos lados da rachadura caótica que havia provocado um sutil terremoto no local. Aquela Harlequin não estava brincando.

 

- Minds Eye. - pude ouvir a voz dela se aproximar furiosamente enquanto sentia que o seu poder destrutivo de ataque havia se elevado ao máximo - Harlequin’s Greeting! - ela gritou.

 

- Rápido. - eu comentei pasmo, surpreso por presenciar tal agilidade e precisão vindos de uma Harlequin.

 

 

Metros distante de mim, ela deu uma cambalhota para trás com seus yoyo nas mãos. – O que ela pretendia com aquilo? – Segundos depois de me fazer esta pergunta, um grande corte se formou em meu abdômen, desde minha cintura até o ombro esquerdo. Minhas roupas rasgaram imediatamente e sangue descia pela minha barriga, escorrendo pelas pernas. Meu manto preto já estava adquirindo uma cor vinho. – Não posso perder! – Falei para mim mesmo, enquanto retirava algumas pílulas coloridas de meu bolso. Engoli três delas, pílulas misteriosas, que curavam instantaneamente. O corte se fechou e eu estava pronto para a batalha novamente.

 

 

- Hey, isso não é justo! – gritou Alexis.

 

- Você não disse nada!! – gritei de volta, respondendo-a.

 

- Já cansei de brincar, vamos matar o café-com-leite. – uma voz sussurrou em meu ouvido, me virei e Alexis estava atrás de mim. Eu podia jurar que segundos atrás ela estava a metros de distância.

 

- Café-com-leite?! Poupe-me de suas criancices. – respondi sorrindo.

 

 

Me teleportei para trás usando minha magia. O ar se dissipou na frente da Harlequin. Agora estávamos longe, já que somos estilo longa distância.

 

 

- Spirit Bomb! – sibilei. Meu poder mágico se reunia em meu peito até formar uma esfera, que foi disparada para dar um tiro certeiro em Alexis. Ela tentou se mexer, mas estava presa por minha magia.

- O que você fez? – ela perguntou, tentando mover seus pés.

 

- Satanology. Só para prevenir.

 

- Escape! – Alexis disse, e seus braços se moveram como se estivessem se soltando de cordas com sua própria força. Ela correu em minha direção, mas minha magia continuava a persegui-la.

 

- Silence! Agora fique quietinho sem usar sua magia. – sibilou a Harlequin em um tom de deboche.

 

- Ora, ora, você é uma caixinha de surpresas. Fez a Spirit Bomb desaparecer anulando minha magia.

 

- Aposto que agora eu te mato!  

 

- Perdeu a aposta. – me teleportei para trás de Alexis, preparando-me para lançar um feitiço. - Stone Feet.

 

- Meu corpo... Ele não... Como você?!.. Escape!

 

- Não adianta, esta é uma magia que nem você consegue se libertar. Cimetiere’s Scream! – desenhei uma estrela de cinco pontas em minha frente, enquanto escritas mágicas apareciam ao redor da figura. Um brilho de cor vermelha vinho cintilava da armadura de Alexis. Este mesmo estava dilacerando-a por dentro. Pude notar seu sofrimento enquanto sua armadura reluzente rachava, caindo aos pedaços no chão.

 

- Você quer jogar pesado, vamos jogar pesado então. – disse Alexis engolindo duas pílulas douradas.

 

- Como você é ingênua, não adianta se curar, você continuará sangrando por certo período de tempo.

 

- Vamos ver. – ela retirou um pergaminho branco de sua armadura – Pergaminho sagrado. – o Sangramento tinha parado, realmente ela era uma caixinha de surpresas - Dark Illusion. – a Harlequin sumiu de minhas vistas, tornando-se invisível.

 

- Direita. - olhei para direita procurando Alexis. – Esquerda. Em cima – ela não estava, só sobrara um lugar – Em baixo! – gritei cruzando meus braços para o chão.

 

- Melhor olhar de novo, pateta! – ela estava caindo em cima de mim, habilidosamente lançando seus yoyos. Tentei me defender com o cetro, mas ambas armas foram arremessadas para longe pela força do impacto.

 

 

O Duelo tinha acabado, ela era realmente incrível. Caminhei até a Harlequin, mas ela recuava com pequenos passos para trás. Estávamos nos aproximando. Alexis continuou a recuar quando foi forçada a parar por uma pilastra de madeira que impedia seu caminho. Ela encostou-se na pilastra e olhou diretamente para mim, nossos olhares se cruzaram mais uma vez. Pus meus braços ao lado da cabeça de Alexis, um pouco acima de seus ombros.

 

 

Alexis P.o.v.:

 

 

Zeff estava tão perto, meu corpo vacilou e caí nos seus braços. Ele cuidadosamente me sentou encostada na pilastra e sentou-se ao meu lado.

 

 

- Está tudo bem?

 

- Está.

 

- Eu poderia ficar a eternidade papeando aqui com você. – Zeff falou.

 

- E você... está confortável? - perguntei.

 

- Na verdade, estou sim.

 

- É bom que esteja, porque você vai esperar mesmo é uma eternidade esse dia chegar.

 

 

Minutos se passaram e não dissemos uma palavra. Estávamos apenas contemplando a face um do outro, até que Zeff se aproximou de mim e disse:

 

 

- Estamos tão perto.

 

- Mas ao mesmo tempo tão longe. – Respondi.

 

 

A cada minuto que se passava, ficávamos mais perto, encolhidos em um canto da arena. A lua já havia saído e nós continuávamos lá. Zeff olhou diretamente em meus olhos, e me beijou. Foi tudo tão rápido, mal tive tempo de raciocinar o que estava acontecendo. Depois de me dar um beijo, ele olhou nos meus olhos e eu o esmurrei no ombro, minha força havia ido, para ele deve ter sido como um toque leve.

 

Minhas bochechas coraram e Zeff sorriu, um sorriso que somente eu entendia, um sorriso que demonstrava amor, sinceridade e principalmente, rivalidade. Ele me beijou novamente e seus lábios percorreram minha boca docimente. Não tive reação, apenas ficamos ali, como duas crianças...

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


O Que acharam? *-* Chamem amigos se estão gostando, comentem, assim eu saberei se devo continuar \o

Aiai, só a Aziul pra me salvar nos meus errinhos :3


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