História O Segredo Daquela Noite. (Xiumin) - 37

- Não fale bobagens. Ri corada com sua revelação. 

- Como falei anteriormente, você não acredita. Ele deu de ombros e sentou em minha cama. 

- É só que... é estranho para mim. Ele me olhou confuso e eu tratei de explicar logo. - Já tinha me adaptado a esse Xiumin. 

- Esse Xiumin? Sua expressão era uma mistura de tristeza com incerteza do que iria dizer.

- O que eu não conhecia, o que me despreza e me ignora. O que não consegue enxergar que juntos podemos vencer. O que esqueceu de tudo o que passamos, de como nos conhecemos. 

- Eu sinto muito mesmo. Ele abaixou a cabeça e fitou o chão envergonhado. 

- Contudo, eu acredito nas suas palavras, acredito que apesar desse novo Xiumin existir o meu "oppa" estava aí o tempo todo. Ele se levantou e veio em minha direção, mas eu não queria perdoá-lo. - Está com fome? Perguntei quando ele estava bem próximo para poder fugir um pouco desse assunto. 

Qual é? Ele me ignorou, mentiu para mim, escondeu essas coisas durante meses. Passei esses meses sofrendo, acho que mereço dar um pouco do que ele me fez passar. 

Sai de perto dele e fui em direção a porta, seus olhos ainda estavam fechados e ele respirava fundo, sorri ao ver o que causei nele, sinto sua tensão ao o observar, gosto disso. 

- Vem Xiumin, eu vou fazer algo para comer. Fui para a cozinha mas percebi que ele ainda continuava no meu quarto. Voltei ao cômodo para chama-lo novamente e vi que ele ainda estava com seus olhos fechados. - Está tudo bem? Franzi a testa quando ele finalmente abriu seus olhos e me olhou. 

- Está. Ele suspirou. - Eu sabia que não seria fácil. 

- O que não seria fácil? 

- Você me perdoar. Disse sério.

- Aigoo, eu já te perdoei. Ri soprado e fui até ele batendo em suas costas. 

- Não to falando desse jeito. 

- E de que jeito está falando? Fechei meus olhos pois sabia o que ele pretendia. 

Sabia que ele queria me beijar, me abraçar, me sentir, me ter. Só não estava preparada para perdoá-lo desse jeito, foi um mês sem seu contato, um mês sem meu vício. 

- Estou falando desse jeito. Ele me prendeu contra a parede e eu arregalei meus olhos com esse ato. - Sabe quantas vezes eu não tive vontade de largar tudo e fugir pra longe com você? Eu perdi minha cabeça, desde o momento em que te vi. Só de estar ao seu lado ou te ver nos braços de outra pessoa meu mundo fica em câmera lenta. Fico pensando em como posso mudar essa situação. 

- Xiumin... Ele colocou a mão na minha boca e pediu silêncio. 

- Só me escute jagiya. 

Assenti devagar, e nessas horas meu coração já batia rápido, meu estômago foi dominado por borboletas. 

Sensações que somente Kim Minseok consegue me fazer sentir. 

- Quando seguro sua mão, o mundo todo tem inveja sabia? Eu sorri com seu comentário. - E quando te beijo, percebo que esse sentimento não mudará. Sei que você sabe que o para sempre como todos dizem, talvez não exista, mas pode ter certeza, independente de tudo, sempre te amarei. Aos poucos entenderá isso. Eu não sei por que esse amor é tão insubstituível. Você foi um presente, uma surpresa repentina e tornou-se a pessoa mais importante na minha vida. Então me diga jagiya, me diga se isso é amor? Pois se não for eu realmente não entendo nada do que esse sentimento significa. Me diga, o que é o amor? 

Minha respiração já estava pesada, minhas lágrimas caíram e eu só queria fugir com ele para longe. Queria cuidar dele, ama-lo e ser amada. 

- É recíproco. Sorri e continuei minha resposta. - Sabe por que eu nunca desisti de você mesmo depois de te deixar ir? Porque isso é o amor, você é o único homem, é o único que me conhece. Quando te vejo com ela eu percebo que nunca vai olhar para ela como me olha, com esses olhos apaixonados que me fazem perder a cabeça e esquecer de tudo ao meu redor menos de você, isso é o amor Minseok, fico feliz que mesmo tarde você tenha conhecido esse sentimento tão puro e verdadeiro. 

Coloquei minha mão em sua bochecha e acariciei o local, depois fui para seus cabelos quase loiros, e assim para sua nuca, me aproximei do seu ouvido e cochichei. 

- Eu sempre vou amar você oppa. Senti suas mãos me envolverem em um abraço confortante. Não queria solta-lo, mas ao ouvir a voz de Nayoung eu me afastei. - Fique aqui. Pedi ao mesmo que assentiu. 

- Já chegou? Perguntei indo para a sala. 

- Não, então sou a irmã gêmea da Nayoung. 

- Vá a merda. Mostrei meu dedo do meio e peguei dois copos já que Na estava colocando suco para ela.

- Quem está aí? Ela cochichou no meu ouvido. 

- Xiumin. Cochichei de volta. 

- Aish Soon você vai se ferrar outra vez. Nayoung não estava com um cara boa. 

- Ele abriu o jogo, me contou tudo. Young abriu sua boca e fez uma cara de "Não to acreditando". - Depois te conto detalhes, só não fala pra ninguém. Ela assentiu. Fiz um lanche para nós dois e fui levar a ele. 

- Podia ter dito para te ajudar. Ele pegou o prato da minha mão e colocou na mesinha do computador. 

- Relaxa. peguei um banco e dei para que ele sentasse, ele agradeceu e sentou. - Nayoung chegou cedo hoje. Disse sem graça.

- Sem problemas. 

Comemos em silêncio depois levamos as coisas na cozinha, Minseok disse que lavava a louça e assim fez. Aproveitei que ele e Nayoung conversavam sobre a Eunha e fui tomar banho. Assim que voltei os dois estavam no sofá. 

- Soon eu acho que já vou indo. Minseok se levantou. 

- Tudo bem, te levo até a portaria. Ele assentiu e se despediu de Nayoung. 

Enquanto estávamos no elevador eu aproveitei para deixar algumas coisas explicadas a ele. 

- Acho melhor a gente não fazer nada até decidirmos o que fazer com Eunha, ok? 

- Tem razão. O silêncio tomou conta do lugar. Quandi chegamos na portaria Minseok cumprimentou o senhor Jung - Até mais senhor Jung. Xiumin acenou para o meu porteiro e eu fiquei um pouco chocada, como eles se tornaram íntimos? Será que é por isso que o senhor Jung defende tanto ele?

- Até mais rapaz. Ele acenou de volta sorrindo. 

- Desde quando vocês são amigos? Perguntei na calçada de casa para Xiumin. 

- Você roubou meus amigos e está me perguntando porque fiz amizade com o porteiro? Ele cruzou os braços e fingiu uma cara brava. 

- Não roubei seus amigos, sou legal e eles me amam. 

- Amam mesmo, principalmente Lay. Xiumin revirou os olhos. 

- Eu tive que aturar você com a Eunha e você quer mesmo ter ciúmes agora? Ele soltou uma gargalhada e pegou as chaves no bolso. 

- Não me mande mensagens Soon, quanto mais escondido esse segredo fique, melhor. Assenti e o abracei. - Amo você. Ele me deu um selinho rápido e sorriu fraco. 

- Amo você. 



 

- Eu estou ferrada. Choraminguei me jogando no sofá. 

- Não queria dizer mas está mesmo. Nayoung respondeu. 

-  Obrigada "amiga". Fiz um sinal de jóia. 

- Briguei com o Baek. Nayoung disse me deixando chocada. 

- Qual o motivo? Perguntei preocupada. 

- Chaeyeon. Ela revirou os olhos que estavam cheios de lágrimas sendo seguradas pela minha amiga sentimental. 

- O que ela fez? Não queria acreditar que ela fez algo errado, já cansei das besteiras dela. 

- Nada. Ela começou a chorar. 

- Aish Na, assim você não colabora. 

- Eles estão tão próximos que me sinto insegura com ela, ainda mais sabendo que ela gosta dele.

- Posso fazer um pergunta? Young assentiu. - Quem é a namorada dele mesmo? 

- Eu mas... 

- Mas nada, sou a prova viva que o Baek ama você. Chega de inseguranças ok? 

- Não sei não Soon. Ela suspirou. - As vezes acho que não sou o suficiente para ele entende? 

- Por qual razão? 

- Sabe, ele é tão alegre, carinhoso, bonito, beija bem, não faz nada errado. Ele é meu oposto. 

- Por isso estão juntos, os opostos se atraem. 

- Sinto que poderia ser uma namorada melhor. 

- Ele já reclamou de você? Ela negou. - Já deixou a entender que queria terminar? Ela negou. - Você precisa confiar nele, pois se está com você é porque ele te ama. Ela sorriu. 

- Está certa. Me joguei nela e a abracei. - Que loucura essa que Eunha fez com o Min não? 

- Nem me fala. Deitei ao lado dela e pensava enquanto olhava para o teto. - Apesar de tudo isso esse está sendo um dos melhores dias do meu ano. 

- Eu atrapalhei vocês? Neguei. - Ufa. Ela botou a mão no coração. 

- O mais engraçado é que nem ficamos juntos, nem o beijei e me sinto satisfeita apenas com um selinho. 

- Isso que é amor. Disse Young e sorriu.  

2 dias depois. 

- Não sei se posso fazer isso senhoria Lee. Disse o diretor negando meu pedido. 

- Por favor, todos tiveram chance de uma bolsa, eu sei que não passei com 100% mas gostaria muito tentar, minha situação financeira não está bem. 

- Se eu abrir uma exceção a você todos vão querer. 

- E se ninguém souber? Eu prometo que não conto a ninguém. Só me ajude dessa vez diretor eu prometo não te decepcionar. Fiz um biquinho completamente ridículo enquanto  o mesmo pensava. 

- Tudo bem, mas só te dou a bolsa integral se você conseguir a nota máxima. 

- Claro, não seria justo com os outros. Sorri e o agradeci muitas vezes. 

Ao sair da sala do diretor senti meu celular vibrar no bolso da calça, vi que era de Chen. 

"Venha para casa depois do serviço jagiya. :)" - Chen. 

Fiquei pensando por um tempo, o porque de Jongdae me chamar de jagiya até que um sorriso se formou no meu rosto ao perceber que era Xiumin. 

Após mais um dia cansativo no trabalho sai contente pois não pretendia ficar muito tempo alí, mas a minha alegria foi embora ao ver Jongin parado na frente da loja. Passei reto mas ele me seguiu. 

- Por favor Soon, eu sinto muito. Eu continuei ignorando ele até que o mesmo pegou no meu braço. 

- Me solta! Pedi séria. 

- Você já sabe? Assenti ficando ainda mais brava. - Eu errei de verdade, mas eu sei que você não é como eu pensava que era, como Eunha me disse. 

- Você nunca gostou de mim não é? Ele não respondeu dando assim a resposta. - Você me machucou Kai, muito. 

- Eu nunca te amei Soon, mas eu te desejei, você é linda eu não queria ter mentido. Ao ouvir a frase dei um tapa em seu rosto. 

- Nunca mais fale comigo, nunca mais chegue perto de mim outra vez. Você é o pior tipo de ser humano. Acelerei meu passo e o ouvi resmungar "sinto muito", "me desculpe". 

Peguei um táxi até a casa de Jongdae e quando cheguei Mindy me recebeu com um grande sorriso. 

- Estava com saudades. Ela me abraçou e quando olhei pelos seus ombros Chen veio ao meu encontro. 

Ele não disse nada, apenas me abraçou e me girou no abraço. 

- Nunca mais suma desse jeito. Ele cochichou e eu assenti. Depois que tive aquele desentendimento com Lay eu me afastei de Chen pois achei que seria melhor para Yixing se eu não frequentasse o restaurante. 

- Ele está lá em cima te esperando. Mindy disse e olhou para as escadas. 

Assenti e fui até o quarto de hóspedes. 

- MIn? Bati na porta e entrei em seguida. 

- Eu achei a solução jagiya. Ele se virou para mim e sorriu feliz. - Eu sei o que pode acabar com Eunha. 

Continua...