História O Senhor das Covinhas - Você é especial para mim

-Dando risada...? Sabe, eu gosto quando sorri, acho tão fofa, fica mais bonita do que já é...

... Quando senti que iria ver quem era, num piscar comum meu, ainda de olhos fechados paralisados nessa posição, iria dizer algo, mas antes alguém selou meus lábios de forma carinhosa mesmo com a rapidez toda para chegar até mim.

Olhei para cima, cabelos pretos um tanto longos, um colar que sempre parece usar... Não mas o-o quê?

-A-aoi, Aoi! –Disse o empurrando de perto de mim.

Virei para o lado, Kai estava olhando ele me beijar, mas Aoi me pegou desprevenida! Podia ver seus ombros subirem como se não houvesse gravidade de raiva, se aproximou dele como se fosse o bater, vontade não lhe faltava, mas percebi o respeito que mesmo naquela situação um tinha pelo outro, mas ele saiu apenas, parecia que tinha dois sacos de chumbo em seu pé, de tão pesado que andava, nunca tinha visto Kai assim. Ele nem havia me olhado direito.

-Kai! Kaaai! Kai! –Disse correndo em sua direção sem me importar com fãns maníacas.

Ele não dizia nada, apenas olhava para baixo, jurava que podia ver uma aura negra em suas costas, ele não estava nada bem . Yuu andava mesmo eu estando com minhas mãos em seus ombros como um pedido para que parasse, ele andava tão rápido que já estávamos á frente dos meninos que andavam devagar a nossa espera, que no caso só eram Ruki e Reita, já que Kai, Uruha e Aoi ainda estavam dentro de casa.

-Kaai! –Disse pausadamente já com uma voz de birra o segurando pelo braço.

-O que aconteceu ali, ele te atacou e você deixou simplesmente? Eu já estava feliz porque disse que te amava, tivemos uma conversa tão agradável, por que estragar tudo? E agora, agora... Eu só tenho certeza de que sou um cara patético, pensei que não me sentiria assim por um bom tempo, eu estava me sentindo feliz com uma coisa tão, tão... tão... mas tão pequena! Eu não sei o que fazer... Chega de falar. –Ele suspirou e parou para falar, ele dizia em um tom que quase gritava, mas estava tão nervoso que não conseguia controlar sua voz.

-Kai, eu lamento que você tenha uma impressão tão ridícula de mim, mas ele veio por traz de mim, nem sabia quem era, eu simplesmente o empurrei, de qualquer forma, mesmo ele me beijando, Aoi é mais velho do que eu, se é que você me entende, o máximo que senti que poderia fazer era o empurrar, ou algo do tipo.E realmente, eu estava amando aquele momento de segundos atrás, estava feliz, nada estragou, o amor não se estraga. Pequeno. Você acha que o que você sente por mim é pequeno, não é? Deve ser algo bem pequeno mesmo, e agora, para mim, isso tudo está tão errado, e eu estou achando que essa conversa é desnecessária, realmente, Yutaka pensa no que me disse, está nervoso e sei disso, mas você não estava consciente do que disse, ou está? –Ele havia cuspido todas aquelas palavras em minha cara, senti que tinha que dizer algo, disse. Não liguei pelo fato de estarmos ao ar livre.

-Sabe, mesmo eu nunca tendo tempos para garotas, eu sei que nunca vou encontrar uma garota como você, especial talvez seja uma palavra simples para expressar o que sinto, mas não estou querendo falar muito, um furacão é o que tenho na cabeça, mas nunca duvide do que sinto r você, essas palavras saíram da boca para fora. Ás vezes, poço ser ciumento e infantil, como agora, realmente não gosto dessa parte minha... Mas quer saber?...

-Ah, me sinto aliviada por isso, não duvidarei mais do seu amor, mas faça o mesmo por mim. Hunf... –Eu sorri por final, estava bem sentindo que parecia ter feito alguma ação certa. Não sabia mais o que dizer.

-... Sobe. –Ele disse abaixando para ficar mais fácil para subir em suas costas.

-N-não aaah  –Quando vi já estava em suas costas.

-Nós estamos em Tokyo, de férias, me sinto na obrigação de andar por ai, precisamos aproveitar, e depois eu tenho uma conversinha com Aoi.

Ele pegou seu celular mesmo eu estando em suas costas e mandou uma mensagem para Ruki, assim ele avisaria aos outros que estava tudo bem, fiquei preocupada em relação ao meu peso, afinal não era uma criança, tinha dezessete anos.

Enquanto “andávamos por ai”, todos pareciam nos olhar, não sabia se era por causa do Kai, ou pelo fato deu estar em suas costas, enfim era só não se importar. Nós conversamos bastante, e uns dos assuntos foi o porquê deu ter dezessete anos ainda sendo uma colegial.

-Mas, então você já não deveria ter terminado o colégio? Já que tem a idade para terminar. –Disse Kai.

-É, muita gente tem mania de achar que é porque sou repetente, na verdade fiz dezessete anos ano passado, por isso mesmo, você deve ter pensado o mesmo, não? –Olhei para baixo com uma cara de: Não enxergo você.

-Não, na verdade perguntei sem me questionar. –Ele da uma risadinha.

-Ah, que bom! É que por eu ter nascido em fim de ano podia optar por uma série ou outra, na verdade minha mãe quando era pequena. –Eu ri, pensando que essa época parecia fazer tanto tempo.

-Ah então é por isso, é faz sentindo... Olha há várias lojinhas aqui.

Eu dei uma batidinha em seu ombro como sinal para me soltar, já que não daria para andar em meio de tanta gente, me sentia uma turista em meio de lojinhas como aquelas, e nem tinha tempo para fazer isso, ou quando tinha, ficava em casa sem fazer nada, ou ouvindo música como a maioria das vezes.

-Uaau, que lindo! –Devo ter olhado com os olhos brilhando para o fone que havia visto.

-Você gostou dele? É bonito mesmo... Vou comprar para você. –Ele era muito fofo tentando me agradar.

-Sério?? Mas é caro. –Falei querendo muito, mas sabia que era muito caro, então era melhor não.

Ele olhou para mim com uma cara de que não se importava com o preço, “afinal era um presente” e quando vi deu o dinheiro para a moça, nós parecíamos um casal num encontro romântico. Não achava ruim, mas era estranho.

-O tempo voou, vamos almoçar? Os outros devem estar almoçando fora também. –Ele disse depois de olhar o relógio no celular.

-Está bem. –Eu disse um pouco corada em quanto ele me guiava e conversava comigo olhando fixadamente em meus olhos.

Chegamos ao um restaurante, ele era muito grande, parecia ser caro, não iria dizer nada já que ele havia me levado até lá. Sentamos no canto onde havia dois mini sofás, grudados na parede e chão, cabiam duas pessoas de cada lado e no centro uma mesa retangular.

-Eu estava pensando... Vocês nunca moraram juntos, cada sempre teve seu cantinho, e do nada passaram a conviver comigo todos juntos em um mesmo quarto, é realmente confortável?... –Eu disse depois de temos comido.

-Não foi “do nada”, você nos acolheu amigavelmente, conhecemos uma garota diferente das outras, você iria nos ajudar sem protestar, conviver com uma pessoa com você é muito bom, sinceramente acho que não tem como não amar você, poço até entender porque Aoi fez isso, o que me deixa preocupado, você é especial, e não quero que mais ninguém me tire de você, ouviu?

-S-sim.