História O Virgem - Rosa é a cor mais quente

Sasuke acordou um pouco mais cansado que o normal. Ele costumava ir para cama bem cedo, e isso queria dizer antes das 22 hrs. Porém, graças a garota que estava dormindo no quarto ao lado, ele havia ido dormir somente depois das 3 da manhã.

Eles saíram da festa 1:32 hrs e, eles tiveram a sorte de se perder no meio caminho, o que atrasou a volta para casa em pelo menos uma hora e meia. Para piorar, o Uchiha não conseguiu dormir muito bem.

Toda vez que fechava os olhos, vinha em sua cabeça seu pequeno momento de loucura onde foi seduzido por Sakura e tentou seduzi-la.

Haruno dava para o rapaz uma adrenalina ardente impossível de ser explicada. Ele sentia que, poderia fazer tudo que desse na telha quando estava ao lado daquele pequeno vulcão.

Por alguns segundos, ao lado da garota de cabelos rosas, o Uchiha era capaz de esquecer toda a sua timidez, como se ela fosse capaz de deixá-lo louco. Como se ela fosse uma droga que o deixou completamente viciado em apenas uma dose.

O rapaz olhou para o teto com um olhar preguiçoso e suspirou cansado. Se sentia morto de tanto cansaço.

Era um domingo, dia que ele costuma não fazer literalmente nada. Ele costumava reservar aquele dia preguiçoso para realmente não fazer nada, nem estudar. Gostava de usar o dia de folga para ficar deitado, assistindo os videos de gato, que ele tanto adorava.

Mas, mesmo morto de sono e com disposição zero, o moreno estava doido para se levantar e ir tomar um bom café da manhã.

Tomar um bom café da manhã e ver Haruno com aqueles cabelos bagunçados e aquela cara amassada de quem queria ainda estar na cama. Ele havia visto a rosada em seu estado de preguiça uma vez e, por mais estranho que fosse, estava ansioso para vê-la daquela forma mais uma vez.

Como um bom observador que era, Sasuke já havia decorado que Haruno sempre tomava café nos mesmos horários, não importava o dia da semana. Desta forma, foi mais fácil evitá-la nos últimos dias, mas desta vez era diferente. Ele queria vê-la, de qualquer forma.

Ao ir para cozinha, o Uchiha se surpreendeu ao ver Naruto todo arrumado terminando de lavar sua própria louça.

— Bom dia, querido.

Naruto sempre teve a mania de tratar o Uchiha como se fosse seu marido. Gostava de chamá-lo de “querido”, “amor” e até mesmo “neném”.

Certa vez, uma garota estava perseguindo o loiro para todos os cantos. Ela fazia parte do clube de livro e enfiou na cabeça que o Uzumaki era a amor de sua vida. Na época, Hinata já era o rolo de Naruto. Mas, ele não queria, de forma alguma, assumir que tinha um compromisso tanto quanto sério com a morena dos olhos perolados com a desculpa que ainda era muito cedo e queria fazer as coisas certo.

Obviamente, sobrou para o Uchiha naquela ocasião. O amigo ligou para o moreno pedindo uma carona após o término de uma festa da faculdade.

Pobre Uchiha. Quando chegou no local, teve que ver Naruto dizer que aquele moreno alto era o seu namorado. A pior parte foi que ele estava longe demais para se defender e, mesmo se estivesse perto, nada que diria faria a garota acreditar nele.

Ele odiou aquilo na hora, mas durante o caminho de volta para casa e a pequena explicação cômica de Naruto, o Uchiha até o perdoou.

O moreno cruzou os braços e encarou o amigo.

— Você está bem? Nem são 10hrs e você já está todo arrumado e limpando a própria bagunça.

— Hinata volta de viagem hoje.

— Pensei que seria só amanhã – o moreno se sentou.

— É, eu também. Mas, ela conseguiu vir mais cedo por causa da faculdade. Enfim, juízo você e a Srta. Haruno.

Naruto se retirou arrumando a jaqueta no corpo e bateu a porta com força, como sempre. Ele nunca será capaz de aprender a girar a maldita da maçaneta.

Suspirou e riu pelo nariz.

Hinata costumava fazer o loiro feliz, e, agora que era sua namorada assumida, começou a deixar Naruto quase como um poço de felicidade gratuita. Faltava pouco para o Uzumaki andar dançando e cantando na rua como se estivesse em um musical.

Ele olhou o relógio de parede e sorriu, era quase a hora da doce garota que dividia a casa acordar.

Suspirou e arrumou um café forte e fresco da forma que o agradava.

O barulho no corredor fez o moreno dar um leve sorriso. Ele encheu sua xícara de café preto e se sentou novamente enquanto aguardava Haruno.

— Bom dia.

Sua voz arrastada e sonolenta era a mesma de sempre. Não importava a hora do dia, ela sempre falaria com aquele tom de voz após levantar. A rosada, em geral, era uma preguiçosa de mão cheia.

Ele levantou o olhar e encarou a garota como se fosse estranho tê-la ali. Fingindo que nem por um segundo desejou vê-la com aquela carinha de sono. Fingindo que até tinha esquecido dela.

— Bom dia, fósforo.

— Sei que sou realmente um palitinho, mas não precisa ficar falando isso. Às vezes parece ser ofensivo.

— Acha que te chamo assim pelo corpo? – ele riu. – Te chamo assim pelo cabelo. Uma vez eu vi um fósforo verde e tem os vermelhos, então por que não pode ter um rosa?

— Me engana que eu gosto.

— De verdade. Acho seu corpo algo bem longe de um palito, você tem um corpão – bebeu o café e sorriu de lado.

Se sentou de frente para o moreno.

Ela coçava os olhos e bocejava. A infeliz era absurdamente linda quando acordava. Cada amassadinho em seu rosto, cada fio rebelde. Tudo deixava Sakura incrivelmente bela ao ponto de hipnotizar o Uchiha.

A rosada usava uma blusa que fazia o rapaz se perguntar se realmente existia um short ali ou não. Era sexy sem ser vulgar, a rosada já era rainha nessa arte. Era como se tudo nela fosse feito para despertar tudo nele.

Tudo mesmo.

A rosada mexeu no cabelo e jogou seus longos fios para um lado só, deixando seu pescoço totalmente amostra. Não havia nenhum rastro de sutiã lá e, julgando pela forma que sua blusa caia em seus seios, realmente não era necessário o uso da peça íntima.

Em uma pequena oportunidade, o rapaz encarou os seios da rosada. Céus, ele só podia estar ficando louco.

Enquanto observava os seios encantadores da garota sem o menor pudor, algo chamou a atenção.

A marca de um possível piercing em seus mamilos rígidos.

Ele sentiu o ar faltar com a ideia e, automaticamente, o espaço na calça ficar menor. Haruno não estava fazendo absolutamente nada, estava apenas arrumando seu café como de costume, mas o Uchiha estava indo ao delírio apenas por olhá-la.

— Você está bem, Sasuke? – perguntou balançando os ombros para jogar todo o cabelo para trás sem ter que usar as mãos.

Se Sakura ao menos soubesse como aquele ato havia sido provocador.

O balançar de seus seios fazia o Uchiha ter um pensamento sujo e desejar cada vez mais tocá-los, lambê-los e se deliciar.

Céus, o moreno estava definitivamente louco pela rosada. E ele nunca, nunca mesmo, teve tanto desejo por alguém como estava tendo naquele momento.

E para confirmar que ele estava saindo de seu estado de sanidade mental, o Uchiha se sentia capaz de realizar todos os pensamentos sujos com ela, se fosse possível.

— Sim. Só estou meio cansado.

— Ah, eu também – ela suspirou. – Foi uma noite doida, né?

— Definitivamente. Nunca pensei que você rebolasse tão bem.

Ela sorriu. Era um sorriso travesso, o mesmo que ela havia dado enquanto caminhava na direção do moreno na noite anterior.

Ela estava mexendo com partes do corpo de Sasuke que ninguém nunca tinha mexido daquela forma antes. Ela era quente, com toda certeza. Não havia feito nada que fosse propositalmente provocativo e já tinha incendiado todo o corpo do rapaz.

Ele soltou o ar pela boca e tentou relaxar. Mas, isso era impossível, afinal, rosa era a cor mais quente naquele momento.

Se Temari descobrisse que agora o Uchiha estava desejando praticar certas coisas com sua amiga de faculdade, ela ficaria revoltada por nunca ter tido a ideias de enfiá-la na mesma casa que ele antes.

— Tenho meus segredos – respondeu por fim enquanto mordia sua torrada. – E eu nunca pensei que você pudesse tomar o controle tão bem.

O rapaz não sabia se sorria ou mordia os lábios com o duplo sentido da frase. Para não ficar sem reação e com cara de tacho, ele pegou sua xícara e bebeu um gole no líquido escuro e quente.

— Tem algo planejado para hoje?

— Não. Costumo fazer nada no domingo.

— E Naruto, onde está?

— Foi buscar Hinata. Estamos sozinhos, Sakura – ele sorriu.

— Podemos ver um filme então? Seria bom para sua aula, Uchiha.

— Está propondo um pornô? – perguntou surpreso.

— Claro que não – riu alto. – É um filme normal. Você não pretende transar no meio da festa certo? Você vai ter que trazer ela pra cá e desenrolar o resto. Você tem que praticar isso.

— Vai ser uma aula prática ou teórica? – disse em um tom levemente malicioso.

— Isso depende do meu aluno. Enfim, vamos terminar o café e eu te dou umas dicas.

Ele assentiu e voltou a encarar a mesa. O rapaz lutava contra si mesmo para não olhar para a garota. Ela estava tão incrível daquela forma que ele sentia que teria coragem de pular em cima dela a qualquer momento.

Novamente, Sasuke encarou Haruno. Desta vez, sua blusa estava um pouco caída no ombro deixando totalmente a mostra a clavícula da rosada. Aquilo era tão sexy, e o Uchiha nunca pensou que aquilo poderia ser sexy antes de ver aquela garota.

Cada pedacinho de Sakura estava mexendo com o imaginário do rapaz. E ele tinha uma imaginação bem fértil.

Podia ser um virgem nato, mas quando era levado ao extremo após uma situação excitante com alguma peguete da faculdade, ele costumava imaginar tudo possível e entrava em uma aventura com sua própria mão.

Era um pouco deprimente bater uma tendo a garota, mas ele nunca conseguiria fazer nada por nervosismo. Por isso, sua imaginação começou a se desenvolver, e ia a lugares que ele ansiava por um dia conseguir chegar na vida real.

Era virgem, mas não assexual.

Ele também passava por momento em que um orgasmo se fazia necessário. No fim, ele era humano e também tinha suas necessidades.

— Certeza que vai ser uma boa ideia assistir ao filme? – perguntou um pouco desconfortável enquanto tentava disfarçar sua leve excitação em admirar sua colega.

— E por que não seria?

Ela terminou seu café e se levantou indo para o sofá. Ainda não era possível ver se havia ou não um short ali em baixo, e isso só o deixava mais curioso e doido.

— Venha – ela disse balançando a mão sem olhar para ele.

— A-agora?

— Quer fazer algo antes?

Suspirou e se levantou.

Não demorou muito para ficar sentado bem ao lado da perdição em forma de humana, conhecida também como Sakura. O sofá pequeno acabava facilitando a aproximação de ambos, o que era bom demais para o Uchiha.

O rapaz suspirou e esticou os braços. Estava pronto para dar a famosa investida que ele havia visto em diversos filmes, mas foi interrompido por Haruno que segurou seu braço com uma cara hilária.

— Nem pensar, garanhão. Isso é lixo demais – ela riu abaixando a mão do rapaz.

Tossiu para disfarçar que ficou com vergonha por ser repreendido e, encarou a televisão ainda desligada.

Estava começando a ficar desconfortável e, isso não era bom. Toda vez que ele se sentia daquela forma costumava fazer merda. Grandes merdas. Literalmente merda ao quadrado.

— Se quer se aproximar, seja claro. Se você trousse a garota até a sua casa, é mais que óbvio o que vai rolar. É claro que vai ter garotas que vão ser bem diretas, mas outras vão ser tímidas. Então deixe elas confortáveis – ela se virou para Sasuke e ficou com o rosto bem próximo. – Como você me deixaria confortável? Ou melhor, como você tentaria algo comigo? Me surpreenda.

— Já estamos em uma aula prática?

— Talvez, depende de você.

A garota sorriu e ele seguiu o ritmo.

— O que eu faria para conseguir algo com você? Sinceramente não sei, acho que você é muita areia para o meu caminhãozinho.

— Então, mudando a pergunta, o que você faria se eu fosse para cima de você?

O sorriso no rosto dele se dissipou e ele a encarou com um olhar meio assustado.

— C-como é?

Sorriu maliciosa e mordeu os lábios de uma forma discreta tentando não deixar nítido a sua empolgação. Mas, ele notou claramente as intenções da garota.

Ele parecia uma criança perto dela. Em seus olhos, era possível ver uma pequena chama de quem estava disposto a fazer qualquer coisa, mas ele ainda era tímido demais para deixar aquela chama incendiar seu corpo por inteiro. Era claramente inseguro.

Seus olhos caiam sobre o corpo da rosada com um certo receio. Ele queria saber mais do que a rosada guardava por baixo das roupas, mas ainda tinha certo medo e certa vergonha de si mesmo. E agora estava começando a se sentir intimidado.

Em resumo, Sasuke era extremamente tímido. Ele podia tentar esconder por baixo de toda sua pose, mas ela podia ver além. Conseguia ver que, no fundo o rapaz era uma criança curiosa que necessitava de alguém para lhe mostrar que não havia motivo para temer um corpo feminino.

E Sakura queria ser a pessoa responsável em mostrá-lo tal fato.

Sem aviso prévio, ela subiu em cima do rapaz e encaixo bem seus corpos da melhor forma possível. A reação dele foi imediata. Bochechas coradas, respiração descontrolada e suor frio.

— Conseguiria agir a isso? – ela perguntou com a voz arrastada.

— E-eu não sei.

Ela teve que se segurar para não gargalhar do nervosismo do rapaz.

— Só relaxe, Uchiha. Na festa você estava bem de boas.

Puxou a mão do Uchiha e ajudou o rapaz a segurar firmemente sua cintura. Ele possuía uma mão firme e forte, era uma ótima pegada, sem dúvidas. Uma pegada que ela já havia experimentado a amostra grátis e estava doida por mais.

Com cautela, ela se aproximou da orelha do Uchiha e depositou uma leve mordida no local sentindo Sasuke se arrepiar de cima a baixo. Deu um sorriso ao sentir o moreno apertar a mão agarrando a garota com certa força. Provavelmente, estava se segurando para não sair do eixo ou muito extasiado para fazer algo além.

— Você já tocou uma mulher intimamente, Uchiha?

Sakura gostava de falar o sobrenome do rapaz da forma mais provocativa possível. Ela gostava mais ainda de ver a reação dele ao ouvir seu sobrenome sendo dito, de uma forma tão sexy.

Era tão divertido brincar com ele. Era incrível se sentir tão poderosa e, melhor ainda ter um homem tão bonito entregue daquela forma.

— Não que eu me lembre – respondeu por fim.

Se afastou e encarou o rapaz que estava de olhos fechados. Sorriu maliciosa e novamente pegou a mão dele, desta vez ela o guiou até seu pescoço para que ele tocasse sua pele.

Com calma, foi abaixando até que a mão grande do moreno chegasse bem próximo de seu seio.

Lentamente, ele tomou coragem para abrir os olhos.O moreno analisava todo o colo da garota. Os olhos dele transbordavam desejo com um toque de receio.

— S-sakura, o que está fazendo? – a voz de Sasuke estava tão baixa que era difícil ouvir.

— Mostrando para o meu aluno algumas coisas importantes.

— Não se sente estranha com isso? De ficar brincando assim? Não sente nada?

— Como sua professora e conselheira, estou disposta a ser sua cobaia, Uchiha – o sobrenome dele nunca havia sido pronunciado de uma forma tão sexy. – Mas, ainda acho que você não é virgem.

As mãos dele ainda estavam paradas no mesmo lugar. Quentes e suadas, ele estava tão nervoso que mal conseguia respirar ou tirar a mão.

Ele queria tocá-la por vontade própria, onde achasse melhor. Queria saber como era a textura dos seios dela, mas mal conseguia se mexer. Estava com tanta vergonha, mas queria tanto. Não sabia direito o que estava acontecendo com ele mesmo.

A encarou por um breve momento. Seus grandes olhos verdes transbordavam desejo e quase imploravam por um toque do moreno. Ela estava pedindo, e ele tentava reunir mentalmente toda a coragem possível para o seu próximo ato.

Em um movimento rápido, deitou Sakura no sofá e ficou por cima segurando seus pulsos para que não se mexesse. Dominou toda a situação em menos de alguns segundos como se fizesse isso com frequência.

A julgar pela respiração de Haruno, era notável que ela parecia bem surpreendia, o que fez o rapaz ter que conter um sorriso sacana.

Estava começando a se sentir seguro com aquilo. Começando a gostar de ter uma garota em suas mãos daquela forma.

— Uchiha – ela sorriu.

— Haruno – acompanhou.

O sorriso que ela tinha era tão belo que Sasuke sentia toda a timidez indo embora aos poucos. Ele seria capaz de beijá-la a qualquer momento.

Ela estava entregue nas mãos do Uchiha e, pela primeira vez, ele se sentia confortável por estar no controle de uma situação sexualmente excitante. Não estava com medo e muito menos inseguro.

Poderia atacá-la a qualquer momento e, se aproveitar de toda aquela brecha que ela estava dando.

Ela estava entregue e o moreno estava adorando a sensação de poder e sedução. Conseguia sentir a tensão gostosa subir pelo seu corpo de forma quente como um arrepio. E, para completar, toda aquela tensão se transformava em algo rígido que ele guardava dentro da roupa.   

— Você perguntou o que eu faria para tentar algo com você, né? Quer a resposta? – se sentia extremamente confiante.

— Com certeza.

— Para começo de conversa...

Com a mão direita, Sasuke virou firmemente o rosto de Sakura para o lado e atacou seu pescoço com sede. Beijar o pescoço de uma garota não era uma novidade para ele, já havia feito aquilo diversas vezes e foi o mais próximo de algo realmente mais envolvente que um beijo que ele foi capaz de chegar.

Mas, obviamente, nunca tinha beijado o pescoço de alguém com tanto desejo e vontade como estava fazendo com ela. Foi uma experiência única.

— E então eu faria isso – a voz rouca só deixava o clima um pouco mais quente.

Ele se aproximou dos lábios da rosada, mas desviou o percurso voltando para o pescoço nu da garota. Com a mão direita, ele segurou firme a cintura de Haruno por debaixo da blusa, sentindo o calor da pele sensível da rosada.

Dava para sentir ela se arrepiando ao poucos e cada vez se entregando mais aos encantos do virgem inexperiente que estava em cima dela.

— E para finalizar.

Ele levantou a cabeça e encarou as esmeraldas que eram os olhos de Haruno. Pupilas dilatadas, respiração ofegante e completamente rendida aos encantos que ele nem sabia que possuía.

Céus, como ele estava adorando aquilo tudo. Novamente, estava naquele estado onde não sentia absolutamente nem um pingo de vergonha. Na verdade, estava confortável até demais com a situação.

Mas, o maldito som da porta batendo fez o Uchiha sair de cima de Haruno o mais rápido possível. Pelo som, era Naruto com a sua maldita mania de não girar a maçaneta.

— Sasuke, me diga que meu celular está aqui em algum lugar.

O loiro parou e encarou a cena. A rosada ainda deitada e Sasuke de pé tentando parecer normal, escondendo sua ereção com a blusa. O moreno coçou a garganta e bagunçou o cabelo um pouco nervoso.

— Esqueceu essa merda, cara? – sua voz saiu um pouco falha. – Acha que sou seu marido pra saber onde você bota as suas coisas?

A adrenalina havia acabado e o moreno começou a perceber o que havia acabado de acontecer. Sakura o seduziu e, inconsequentemente, ele tentou fazer o mesmo. Sabe-se Deus o que poderia acontecer se o Uzumaki não tivesse aparecido.

Por que diabos ele tinha que aparecer? O Uchiha queria tanto aproveitar mais um pouco da sensação que a rosada estava transmitindo para ele.

— Desculpa se atrapalhei, vou ver se está no quarto. Eu prometo ser bem rápido, pessoal.

E ele se retirou.

Haruno se levantou e encarou o moreno com um sorriso divertido como se a cena fosse algo muito engraçado.

Mas, ele não achava nenhuma graça naquilo.

— Bom, podemos continuar nossa aula mais tarde ou outro dia.

— É bem baixo da sua parte ficar me seduzindo. O que quer com isso?

— Ah, tirar sua timidez, meu bem. Assim você vai conseguir ficar com qualquer garota, não quer dizer que a gente tem que transar. A não ser que você queira.

Ela mordeu os lábios e passou a mão no queixo do Uchiha.

O problema era que, Sasuke estava começando a querer praticar certas coisas com Sakura na cama. Colocar tudo que já imaginou na vida em prática, com a ajuda de Haruno. E o outro problema era que algo dentro no rapaz dizia que ele só seria capaz de perder sua timidez apenas com ela.