História Obscure - Segunda Temporada - He's back

TRÊS MESES DEPOIS.

Hoje completa exatamente três meses que o Justin esta naquela cama. O aniversario dele foi há quatro dias passamos todos no hospital relembrando coisas. Agora ele tem 21 anos, mais velho que eu o que com certeza vai ser mais um motivo para ele me tirar do sério.

Um cara doido veio falar comigo sobre desligar os aparelhos e o deixar encontrar Deus. Confesso que soquei o cara e despois descobri que ele era um padre, levei um sermão da Pattie mas sigo firme. Pattie quase já não tem mais esperanças dele acordar enquanto as minhas crescem a cada dia.

Eu já não sei se tenho forças para aguentar mais um dia vendo ele nesse estado. Eu estou exausta, todo dia: casa, de casa para o hospital do hospital para o trabalho, do trabalho volto para o hospital passo a noite volto para casa vou trabalhar e para o hospital de novo.

Eu fico com ele uma hora à tarde, e passo a noite com ele de dia fica a Pattie. Jazzy e Jaxon estão aqui desde que Justin está em coma. Eu estou ficando de cabelo em pé.

Comprei uma casa nova já que antiga não e muito apropriada para Ellie. Uma casa onde mora tanto minha equipe tanto como a dele.

Neste exato momento estou na boate resolvendo uns problemas que andei causando.

- Como assim eu devo tudo isso para esse cara? – quase gritei com Khalil

- Foi o número que ele me passou – revirei os olhos e joguei os papeis na mesa

- Eu só pedi uma informação e ele esta me cobrando cinco mil dólares? – ele deu ombros – Esta de zueira com a minha cara, eu não vou pagar – ele riu e se sentou na minha frente.

- Faça o que quiser – o encarei seria – Eu acho que o policialzinho lá não da conta de tudo

- Alfredo esta ajudando muito, já que todo mundo resolveu virar policial justo ou passou para o lado negro da força.

- Você só tem que ficar na cola dele, conseguiu que ele subisse de cargo fica na cola para ele não te deixar na mão, eu ainda acho que ele não da conta – revirei os olhos.

- Ele pode não dar conta, mas e o único que tem acesso aos dados da policia o que já ajuda muito.

- Chris pode conseguir e só você pedir

- Ele não pode saber Khalil – me levantei e fui ate o bar – Ninguém pode, se souberem é capaz do Liam descobrir e se ele descobrir vai acabar com qualquer coisa que houver sobre ele, se tiver alguma – enchi o copo e me sentei novamente.

- E o que descobriu ate agora? – ele colocou os pés na mesa, mas o encarei serio que logo tirou.

- Que ele tem 50 anos, dominou essa cidade há muito tempo atrás e foi preso, um dos últimos lugar que ele foi e o Brasil.

- Vá ate o Brasil e descubra mais

- Brasil não e máfia, lá é tudo bagunçado se eu for para lá vão me furar todinha e eu não posso sair daqui agora você sabe – respirei fundo.

- Já tentou ir atrás de algum aliado dele?

- Khalil você acha que eu sou burra? – ele riu – Se bem que eu conheço um cara que é do FBI e trabalha para a máfia mexicana, o cara é foda.

- Quem? – ele pegou o copo da minha mão e virou

- Tyler, mais isso não é da sua conta.

- Vá atrás dele – ele só pode estar brincando com a minha cara

- Khalil pela ultima vez, você acha que eu sou burra?

- Só estou tentando ajudar – revirei os olhos

- Vamos me diga o que mais eu preciso pagar?

Ele levantou e me mostrou uns papeis com o tanto que eu devia. Onde já se viu as pessoas cobrarem por informação? Eu só estou pagando as que realmente ajudaram as outras se vir cobrar eu mato.

Separei o dinheiro e mandei-o ir entregar, olhei no relógio e eram 19h.

- Porra eu tenho que ir  – me levantei peguei minha bolsa meu celular, a chave do carro.

Fui ate a mesa bebi o resto do liquido que tinha no meu copo.

- Até amanhã patroa – ele disse e passou por mim. Tranquei o escritório e desci correndo.

Entrei no carro e sai cantando os pneus até em casa, assim que entrei fui para a cozinha onde a Dorota estava.

- Coloca a comida para mim com um copo de coca bem gelada, eu preciso de um banho – ela assentiu subi correndo joguei tudo no chão.

Tomei um banho rápido, sai e coloquei uma calça de moletom preta com um moletom preto escrito ‘fuck’ em amarelo. Coloquei o vans preto da sola marrom, soltei o cabelo. Comecei a descer a escada, mas escutei meu celular tocar, voltei correndo e peguei ele atendendo.

- Alo?

- Rubya, finalmente em você não vai acreditar – era Cloe e ela parecia feliz.

- Se você não falar não em como eu acreditar mesmo – desci e comecei a comer

- Ta sentada?

- To – disse de boca cheia Dorota me olhou feio

- Justin acordou – cuspi a comida e me levantei

- O QUE?

- Ele acabou de acordar eu tava conversando com ele daí ele mexeu...

- Eu to voando para ai agora – desliguei coloquei o telefone no bolso

 - O que foi menina? – Judite me perguntou eu sorri para ela

- Ele acordou, o Justin acordou – as duas sorriram.

- Graças a Deus – Judite disse

Corri ate meu quarto peguei a chave de casa e corri para o hospital não demorou muito e logo cheguei, desci correndo passando por qualquer um que tentasse me parar. Cheguei à sala de espera e Cloe estava gritando com Josh.

- O que aconteceu aqui? – perguntei e todos me olharam assustados

- JOSH ESSE IDIOTA TENTOU MATAR O JUSTIN – Cloe gritou enquanto Chris a segurava, virei-me lentamente encarando Josh que não tinha expressão nenhuma no rosto.

- O que você fez? – eu o encarava com meu olhar matador.

Só não voei em cima dele ainda porque estou num hospital.

- Some da minha frente, ou melhor, fica aqui mesmo eu te mato, já vai ajudar o trabalho que os paramédicos vão ter de te carregar para jogar num buraco porque nem morto você tem onde cair – ele riu e saiu andando. – Quem esta com ele? – perguntei a Cloe

- Pattie, Chaz e Alex – Ryan respondeu.

Meu celular começou a tocar, me afastei um pouco e atendi.

- Alo?

- Rubya?

- Depende, quem é?

- Você saberá em breve – era um homem

- Nossa você e misteriosos uuuh – revirei os olhos

- Venha me encontrar agora o endereço te mando por mensagem

- Eu não posso agora – disse simples

- Ou você vem agora, ou o namoradinho vai receber uma carta contando a ele quem e Melanie – meu coração parou.

- Como você sabe dela? – ele riu

- Tenho meus contatos, sozinha e não demore – ele desligou o telefone.

Respirei fundo e sai discretamente do hospital, indo ate o endereço que ele passou. É uma rua totalmente deserta onde tinha uma limusine preta e dois carros da mesma cor.  Parei o carro e desci andei um pouco e cruzei os braços.

A porta da limusine abriu e um homem saiu de terno e gravata, não pude ver seu rosto estava escuro.

- Você então é a tão famosa Rubya Willer – ele começou a andar e parou uns cinco passos de mim.

- Você é aquele cara que eu esbarrei na rua a três meses atrás – ele sorriu – E não, sou a Irma gemia dela – debochei.

- Vejo que é bem engraçadinha

- Às vezes, o que você quer? – ele riu

- Sei quem e Melanie, isso já não e o bastante para te ter em minhas mãos? – eu apenas o encarava seria – Sabe, esses dias eu fui visita-la ela e tão linda se parece muito com você, tão pequena, tão frágil – fui para cima dele, mas dois caras me seguraram – Tenho uma foto para provar – ele pegou o celular e me mostrou a foto onde ela aparecia sorrindo e ele com um urso de pelúcia enorme.

- Fica longe dela – disse ainda tentando me soltar desses brutamontes.

- E também fui visitar uma pessoa que eu sei que você ama muito – ele me mostrou o celular novamente onde tinha uma foto do Justin em coma.

- O quanto você quer para ficar longe deles? – ele riu

- Eu sou Chuck Bass, dinheiro não é o meu problema – ele se aproximou de mim e passou a mão pelo meu queixo – Eu quero você.

- Que? – foi à única coisa que saiu da minha boca

- Meu pai sempre se relacionou com mulheres de alto nível, mulheres lindas que esbanjam poder, ele me acha um fracassado por não ser como ele, e esses dias comecei a mexer em uns papeis e vi uma foto sua junto com toda a sua historia e percebi que ele tinha interesse em você, bom você terá que fingir ser minha namorada para meu pai e o resto do mundo, começando pela aparição na casa do Liam Neeson amanhã - ele comecou a andar mas parou e me encarou - Ah, querida se você contar quem é Melanie eu mato ele 

- O que você sabe sobre ele? – ele me encarou 

- Que ele é o melhor – ele pegou um papel e uma caneta e anotou algo – Esteja nesse endereço com suas coisas daqui a duas horas – ele colocou o papel no meu sutiã e entrou na limusine os seguranças me jogaram no chão e saíram.

Entrei no carro e voltei para casa.

Eu estou literalmente na mão desse cara, posso contar quem e Melanie e acabar com tudo isso, mas daí ele mata o Justin. Então eu vou fazer o que ele manda todo mundo sai ganhando menos eu.

Peguei meu celular e mandei uma mensagem para Cloe.

‘Peça desculpas ao Justin, inventa qualquer historia diga que eu fui embora, sem perguntas'

Joguei o celular no banco de trás do carro e pisei fundo no acelerador. Entrei em casa bem discretamente, subi pro meu quarto e comecei a fazer as malas escutei alguém bater na porta, parei o que estava fazendo e encarei a mesma.

- Ela deve ter saído e trancado amanhã nós limpamos – Era Dorota e Judite, respirei fundo e voltei a fazer as malas.

Não sei como vou dizer para ele que não podemos mais ficar juntos, eu definitivamente odeio minha vida.

Desci com as duas malas coloquei no porta-malas, entrei no carro e fui em direção o hospital.

Cheguei ao hospital desci, passei pela recepção de fininho. Olhei na janela e Pattie estava com ele.

Eu até entraria, mas não quero que ele saiba que eu estive aqui.

A porta se abriu e a Pattie saiu, entrei e tranquei a porta, ele estava dormindo. Não cheguei perto dele fiquei apenas o encarando.

- Nós não podemos ficar juntos, mas eu continuo amando você - disse e a alguém tentou abrir a porta, fiquei o encarando por alguns segundos e pulei da janela.

Ralei as mãos e bati o joelho na pedra. Levantei xingando e corri ate meu carro. Entrei no mesmo e sai cantando os pneus até o endereço que Chuck me passou.

Assim que eu passei pelo portão dois seguranças me esperaram sair do carro e um deles foi me puxando pelo braço.

- Me solta seu saco de merda - tentei me soltar, mas foi em vão - Eu vou matar você - ele me jogou num chão e apertou forte meu rosto.

- Olha aqui, você pode ser alguma coisa lá fora, mas aqui você é um lixo um nada - cuspi em sua cara ele preparou a mão para acertar em meu rosto.

- Pense bem antes de fazer isso - Era Chuck ele fez um sinal com a cabeça e dois seguranças me levantaram pelos braços.

- Manda esses merdas de soltarem - me debatia o tempo todo ele apenas me encarava - Você tá surdo ou o que? Tá me machucando - ele me encarava com um sorriso sarcástico no rosto - Seu filhinho de papai pau no cu

- Eu tentei te dar mais uma chance, mas você tem que aprender que quem manda agora sou eu - ele disse e os seguranças me seguraram mais forte.