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História Obsessão Perigosa - Long fic Gdragon (REPOSTANDO) - Capítulo 27 - Pertencer.


Escrita por: giglio_

Notas do Autor


Hei leitores!!! Mais um capítulo cheiroso para vocês! Espero que gostem, foi feito com um carinho imenso! Esse capítulo tem cenas +18 , foi revisado mas ainda estou sem beta então me perdoem os erros! No mais boa leitura a todos e até as notas finais!

ps: tô atualizando o mais rápido que posso, o próximo cap já tá em andamento!

Capítulo 28 - Capítulo 27 - Pertencer.


Busan, Coreia do Sul 

Por Lina Carter

Uma semana depois


É engraçado pensar no conceito de que o tempo pode resolver as coisas, de que só o tempo é capaz de curar tudo. Honestamente penso que isso não seja completamente verdade porque depois de uma semana nada entre mim e o magnata havia mudado. Continuávamos distantes, frios, como se nunca tivéssemos nos envolvido intimamente, para algo que ia além do físico. Ele havia passado boa parte daqueles dias na empresa, atolado de trabalho, mas os dias em que nos vimos eram permeados de indiferença tanto por minha parte quanto por parte dele. E nenhum de nós dois parecia querer fazer nada para mudar. Ou não tinha coragem suficiente para isso. 

Sendo assim, não fiquei surpresa com a indiferença de Gdragon quando esbarrei com ele saindo da mansão enquanto eu chegava para mais uma manhã de trabalho. Estava sendo assim havia dias, poucas palavras, poucos olhares, uma frieza que eu detestava mais do que tudo, mas que não havia como mudar, eu não havia feito absolutamente nada de errado e se ele não se incomodava com a situação que nos encontrávamos então eu também não o faria.

— Bom dia, senhorita Carter. — foi o que disse antes de partir para o seu carro, sem me dar a chance de retribuir. Suspirei, apenas balançando a cabeça enquanto o via partir. Não havia muito mais que pudesse fazer.

Naquela manhã, depois de me trocar e cumprimentar a todos, fui informada por senhora Ji que o dia estava tranquilo, o magnata não estava em casa então não precisaríamos nos preocupar com seu café da manhã, ele também não almoçaria em casa, logo isso signifcava que podiamos nos focar em outros afazeres. Ela me instruiu a tirar a poeira da biblioteca enquanto ela ficava por conta da organização da cozinha. 

Honestamente não me incomodei, a companhia dos livros seria ideal para me distrair. 

Segui rumo a biblioteca, logo me inebriando pela grandiosidade do lugar, limpei as estantes que continham os clássicos, em sequência os romances, ficções científicas e assuntos gerais. Quando cheguei na parte dos livros de Shakespeare não consegui evitar de me recordar do livro que eu havia encontrado na estante do magnata dias atrás. Havia investigado sutilmente, sondado Soomin e outros funcionários a respeito da vida amorosa do magnata mas ninguém parecia saber de nenhuma ex-namorada ou algo do tipo, muito pelo contrário, eles não faziam ideia de absolutamente nada. 

Aquilo me frustrou inicialmente, porque a cada dia que passava eu me sentia mais impelida a querer desvendar aquele mistério e descobrir quem era KM, mas aos poucos fui desanimando, Gdragon estava esgotando todas as minhas forças, então pensar nele era cansativo e exaustivo. Desse modo, apenas aceitei deixar aquele assunto de lado por um tempo.

Talvez eu não devesse me permitir entrar tanto na vida dele, talvez não coubesse a mim tentar desvendar seus segredos e descobrir sobre aquela declaração. Talvez tudo fosse um erro… talvez ter me permitido envolver-me com ele tivesse sido um erro.

Durante aquela semana eu não conseguia parar de pensar nisso, não conseguia parar de pensar que talvez eu simplesmente tivesse me deixado levar pelo momento, pelo vislumbre de um homem poderoso e atraente me desejando. Mas porque eu me sentia tão triste e vazia longe de seus braços? Porque sua postura indiferente me incomodava tanto? Era algo que eu sabia mas que eu temia expor em palavras, verbalizar, mesmo para mim.

Suspirei e percebi que havia passado mais tempo do que desejava perdida em pensamentos dentro da biblioteca, até que fui tirada de meus devaneios por Lee Sandara, que adentrava afobada o cômodo repleto de livros. 

— Aí está você, que bom que a encontrei! Preciso que se troque e vá a um lugar para mim. Gdragon esqueceu uma de suas pastas com alguns documentos importantes para uma reunião que terá hoje na empresa, ele pediu que eu levasse pra ele e eu já estava prestes a fazer isso mas surgiu um imprevisto de última hora que precisarei resolver então vou instruí-la a levar esses documentos em me lugar, o motorista já está esperando lá fora, ele vai levá-la e trazê-la de volta o mais rápido possível.

As palavras de Sandara perpassaram minha mente como adagas, não podia acreditar que ela estava pedindo a mim para ir até a Made Company, a maior empresa da Coreia do Sul, levar uma pasta de documentos justamente para a última pessoa que eu queria ver. 

— Sandara, tem certeza de que é pertinente?— sussurrei, em choque. Ela apenas anuiu freneticamente.

— Sim, muito pertinente, mas mesmo que não fosse, não teria outro jeito. Agora ande logo, vá se trocar. Você não pode ir até a empresa de uniforme e os documentos não vão chegar lá sozinhos! — ela disse, enfática, e dadas as circunstâncias caóticas da situação eu pude apenas assentir e sair correndo da biblioteca em direção ao banheiro reservado para os funcionários se trocarem. Se eu tinha alguma esperança de que meu dia fosse ser utranquilo então ela caía por terra agora. 

[…]

Assim como Sandara havia me dito, o motorista da mansão ficara encarregado de me levar até a empresa. Dessa forma, segurando a pasta preta de couro caríssimo em minhas mãos e trajando um vestido longo de poá escuro com alças finas, eu me encontrava no banco de trás do elegante carro da mansão, conduzido por Kim Taweon, enquanto ia pelas avenidas de Busan, sentindo a brisa do vento bater contra meu rosto através da janela aberta. Suspirei. Eu nunca havia estado na empresa multimilionária de Gdragon, só a havia visto por fotos, me perguntei como era estar em um lugar como aquele.

— Como é lá?— Me peguei perguntando a Taewon, que sem tirar os olhos da estrada não tardou a me responder, havia um tom de divertimento em sua voz.

— Magnífico. Enorme. Imponente. Acho que não há palavras melhores para descrever. Mas não se preocupe, vai poder apreciar por conta própria, estamos quase chegando.

E de fato estávamos. Bastou mais alguns minutos seguindo as avenidas longas até finalmente nos depararmos com a magnitude da Made Company. Percebi, enquanto o carro estacionava bem em frente à empresa, que o Kim não havia mentido. Era como uma fortaleza própria. Não, mais do que isso, era como um império emoldurado por avantajados 30 andares. Me perguntei quantas pessoas trabalhavam ali dentro e o quanto de dinheiro havia sido investido para a construção daquele prédio. Desisti de tentar achar uma resposta quando entendi que estava muito além da minha compreensão. 

Engoli em seco, observando a fachada esbelta e elegante em seu vidro preto escuro, o nome da empresa evidenciado por belíssimas e brilhantes placas de metal. A empresa inteira era revestida com paredes de vidros de modo que era completamente possível ver o interior do lugar, ao menos parte dele. Imaginei que à noite, no último andar, a vista seria de tirar o fôlego. As pessoas transitavam por ali e notei que quase todas paravam para olhar, no fim das contas não podia culpá-las, era como se a construção os chamasse, bela, imponente e magnífica. 

Havia duas enormes portas automáticas, uma para entrada e outra para saída, e percebi que 4 seguranças enormes e com ternos escuros as guardavam. Não duvidei que houvesse seguranças ao redor de toda empresa também. Suspirei. Eu precisava entrar ali. Suspirei de novo. Eu não fazia ideia  do que fazer para conseguir passar por aqueles 4 homens. Porque muito de repente me pareceu extremamente idiota chegar e dizer que eu era a empregada do magnata e que estava ali para entregar alguns documentos. Eles não acreditariam. 

Engoli o próximo suspiro e percebi que Taewon havia murmurado alguma coisa. Não prestei atenção.

— Não ouvi o que disse Kim, perdão. — revelei e ele deu uma risada divertida. 

— Falei que o edifício passou por uma reforma nos últimos meses e que agora está mais belo do que nunca. — ele esclareceu, transformando a risada num sorriso enviesado. — Não me admira que não tenha ouvido, a estrutura realmente é de tirar o fôlego, prende a atenção de qualquer um.

Tive de concordar com ele, sorrindo nervosa à medida que me preparava para sair do carro. Contudo, antes que chegasse até mesmo a abrir a porta, Taewon saiu de seu assento e com gentileza elegante abriu a porta para mim. Eu disse que ele não precisava fazer isso, que eu não era nada além de uma funcionária, como ele, que não havia porque me servir. Argumentei que eu não era uma passageira convencional e que não precisava ser tratada com elegância, mas ele discordou veementemente.

— Muito pelo contrário, você é muito mais ilustre do que muitos passageiros que já passaram por esse carro, pode acreditar. — ele disse, então me ajudou a descer como se eu fosse uma verdadeira princesa, me senti especial e fiquei contente por tê-lo como um amigo.

— Espero que aprecie a visita, senhorita Lina. — ele disse sorrindo, então voltou pro carro, me deixando sozinha na calçada repleta de pessoas transitando para lá e para cá. A brisa fresca me atingiu num sopro revigorante e enquanto me aproximava da entrada me perguntei como faria para explicar aos seguranças enormes que eu estava ali para falar com o dono da empresa, mais especificamente para lhe entregar uma pasta de documentos muito importantes. Contudo, antes que eu pudesse pensar em algo para dizer a eles, fui surpreendida pela visão de Seungri saindo pelas portas automáticas, como um verdadeiro anjo iluminado, enviado direto para me salvar. 

Não esperei que ele me visse, andei depressa em sua direção e quando estava a apenas uns dois passos chamei seu nome.

— Ei, Seungri! — minha voz o atraiu no mesmo instante, quando me viu eu já estava perto de si. A expressão surpresa deu lugar ao sorriso adorável ao me ver ali.

— Olha só que surpresa boa! Não esperava vê-la aqui, Lina. — ele disse, após me cumprimentar com um abraço, não se importando com os olhares das pessoas. Tentei retribuir na mesma altura mas não sei se consegui. 

— Eu também não esperava estar aqui, mas sua irmã pediu que eu trouxesse uns documentos muito importantes para Gdragon, parece que ele esqueceu e vai precisar muito deles para uma reunião ou algo assim. Como sua irmã teve um imprevisto de última hora ela me enviou para entregar a ele. Só que não faço a menor ideia de como entrar na empresa sem ser barrada por esses 4 seguranças enormes, você aparecer por aqui foi um milagre, será que pode me ajudar? — minha explicação, seguida de meu dilema, o fizeram assentir e sorrir em confirmação. De algum jeito, sabia que aquilo aconteceria, eu simplesmente sentia que Seungri iria me ajudar.

— Eu estava indo resolver uns assuntos mas isso pode esperar, vai ser ótimo poder apresentá-la um pouco da empresa e contar algumas boas histórias. 

As palavras dele me fizeram  engolir em seco, eu não esperava por isso, honestamente esperava que ele pegasse a pasta de minhas mãos e levasse ele próprio para o magnata, dessa forma eu não precisaria entrar na empresa, em um lugar que não era meu, e principalmente não precisaria me deparar com Gdragon. Não era do meu feitio transferir ordens dadas a mim para outras pessoas mas não me incomodei de fazê-lo daquela vez.

— Bem, pensei que você pudesse entregar a papelada em meu lugar, não creio que minha presença seja necessária e como você é o melhor amigo de Gdragon e irmão de Sandara ambos não se incomodariam. — argumentei, com um sorriso nervoso, Seungri respondeu às minhas palavras com uma risada desacreditada, quando balançou a cabeça em negação desgostei um pouco mais dele.

— E perder a chance de apresentá-la ao enorme complexo que é essa empresa e de quebra colocá-la um pouco mais no mundo de Gdragon para ver se assim vocês dois se acertam? Não mesmo.

Meus olhos se estreitaram. 

— Quero dizer que sei como andam frios um com o outro, ele não me conta muita coisa mas as poucas coisas que diz são bem reveladoras. Vocês nem se falam direito e trabalham na mesma casa, estou com um bom pressentimento sobre sua vinda até aqui, pode ser muita pretensão de minha parte, mas acho que sua visita inesperada pode ajudar vocês dois a se acertarem. 

Aquilo me deixou ainda mais confusa. Porque Seungri queria tanto que eu me entendesse com Gdragon? Será que ele aprovava a nossa relação caótica? Se sim, porquê? 

— Não entendo porque isso é tão importante para você… — argumentei, soando mais sincera do que esperava. Seungri me encarou como se fosse óbvio. 

— Acho você uma pessoa especial, peculiar e intrigante, Gdragon também notou isso, por uma perspectiva diferente, é claro, mas acredito muito na hipótese de que vocês dois possam se completar. Não há uma razão específica para isso, eu apenas acho. — ele argumentou e quando eu estava prestes a retrucar que aquilo era mais complicado do que ele esperava, Seungri apenas me segurou pelos ombros e me guiou em direção à entrada da empresa. Entendi que não havia como discutir com ele e no fundo eu havia gostado da perspectiva que ele tinha sobre toda aquela situação. Então deixei que me guiasse para dentro, explicando rapidamente a minha entrada para os seguranças e tendo a liberação necessária que uma visitante precisava. 

Foi quando passei pelo detector de metais que perdi o fôlego. Se por fora a Made Company exalava elegância e imponência, por dentro o era ainda mais. O saguão era enorme e muito bem decorado, com pisos em azulejos creme e o teto abobadado se erguendo enormemente acima de nossas cabeças era como se o prédio tivesse altura infinita. As paredes eram claras, combinando com o piso, e haviam belíssimas obras de arte penduradas ali, bem como vasos com orquídeas, lírios e tulipas, esta última sendo minha flor favorita. Engoli em seco, enquanto ainda prestava atenção em tudo.

Havia inúmeras pessoas transitando por ali e contei mais de 20 seguranças só naquela parte da empresa, senti um peso no peito ao imaginar como eram os outros andares e quantos seguranças mais eu encontraria. Verdade seja dita, tudo aquilo me deixou sem fôlego, era demais para mim ser apresentada a um lugar como aquele e não comparar como aquela realidade, a realidade dele, estava distante da minha, e dos espaços que me rodeavam. 

Fui tirada de meu torpor quando Seungri usou uma espécie de crachá para me conduzir através das catracas para a área dos elevadores, um corredor largo com enormes portas de metal gigantes, sofás enormes e 4 grandes máquinas de café. Vi a área das recepcionistas ao longe, todavia Seungri as ignorou e me guiou diretamente para um dos enormes elevadores. Assim que entrei, senti meu coração entrar em um misto de calmaria e descompasso. Calmaria porque finalmente estava livre de toda aquela área enorme que era o saguão da empresa e descompasso porque eu estava prestes a encontrar com o homem que era dono de tudo aquilo, o homem que por sinal parecia não querer me ver nem pintada de ouro. 

— E então, o que achou da empresa? — Seungri perguntou, me fazendo prestar atenção em si. Respirei fundo, me focando nele para que pudesse me distrair um pouco. Ele estava elegante em sua camisa social clara e calça escura, os cabelos estavam levemente desgrenhados e seu aroma de algodão de algum jeito me acalmava. 

— Enorme demais, poderosa demais. E só estamos no saguão. Não consigo nem mesmo imaginar o restante… — falei, não conseguindo esconder meu choque.

Seungri não escondeu sua risada.

— Bem, de fato há muito para ver, mas por hora vou levá-la até o andar do magnata. Que você deve imaginar ser… — ele deixou espaço para que eu continuasse e eu o fiz, com uma leve expressão óbvia.

— O último, claro. — murmurei. Seungri assentiu, apertando o botão 30. Logo em seguida fomos guiados para cima. Enquanto o elevador subia me perguntei como funcionavam as coisas por ali, imaginei como era o trabalho de Gdragon e o quão estressante parecia ser. Me perguntei como era a dinâmica de trabalho dele e de CL e odiei constatar que talvez ela fosse muito boa em ajudá-lo com aquilo que faziam ali, mais do que eu algum dia poderia. Era frustrante.

O elevador enfim parou, fazendo com que eu cessasse meus pensamentos e me focasse no que estava por vir. Um bipe soou dentro da cabine e quando as portas finalmente se abriram, para que eu e Seungri pudéssemos sair, foi impossível não ofegar em pura surpresa e no mínimo choque. O último andar, o andar mais importante, era grande, longo e belo. 

Em comparação ao saguão não havia muitas pessoas mas o que mais me surpreendeu foi que diferente do primeiro piso, o último era ladeado por azulejos pretos e paredes brancas como leite. Não bege, não creme, apenas preto e branco, e pouquíssimos tons cinzas em itens decorativos. 

Havia uma pequena equipe de segurança postada em cantos específicos do andar, percebi que a quantidade de homens ali era menor do que lá embaixo, mas percebi também que aqueles seguranças específicos eram maiores e mais ameaçadores. Olhei para Seungri de relance e ele me olhava de volta.

— Gdragon não é muito fã de estar cercado por muitos seguranças em seu andar então preferiu contratar uma equipe particular um pouco mais habilidosa em termos de tamanho e atributos físicos. — ele explicou e eu rapidamente assenti, ainda de olho em tudo ao meu redor. O último andar contava com três espaçosos corredores adjacentes, e uma única sala presente em um deles.

O corredor lateral à direita, Seungri explicou, era destinado a sala de reuniões, onde as reuniões mais importantes aconteciam, o corredor lateral à esquerda pertencia a sala dos diretores executivos, geral e de produção, era onde TOP, Taeyang e Daesung trabalhavam, Seungri me explicou que a sala era dividida em três amplos setores então cada um tinha seu próprio espaço. Já o corredor central continha a sala mais importante de todas, a sala de Gdragon. O restante dos ambientes, como a ala da biblioteca, o restaurante privado gourmet para a diretoria e a sala dos acionistas ficavam espalhados pelo andar. 

— Não acredito que estamos aqui... — eu murmurei, ainda olhando tudo, chocada demais para me incomodar com os olhares que recebia das outras pessoas pairando em mim, estranhando minha presença. Honestamente eu também estava achando muito estranho entrar ali. Seungri por outro lado apenas deu uma risada de leve. 

— Acredite, você está, e ainda nem viu a melhor parte. Temos uma cafeteria privada maravilhosa no décimo andar, além de uma área específica para lazer e descanso, e tem uma biblioteca enorme também, tenho certeza que você vai adorar conhecer. — Seungri falava como se fosse a coisa mais normal do mundo, como se estivesse tudo bem eu estar ali, como se fosse normal o fato de uma empregada visitar a empresa multimilionária do patrão. Suspirei, sem saber o que fazer.

— Seungri tudo isso parece incrível só que eu só consigo pensar em entregar esses documentos para Gdragon… — murmurei e ele sorriu, tocou meu rosto com gentileza e assentiu, no fundo ele sabia o quão preocupada eu estava.

— Certo, primeiro trabalho e depois lazer… — ele disse em tom suave. Me acompanhou até o corredor do centro, onde havia um belíssimo balcão de mármore e uma recepcionista, assim como na primeira vez ele não passou por ela antes de atravessar o corredor e caminhar comigo em seu encalço até a enorme sala com portas duplas pretas, nenhum segurança ousou pará-lo e mesmo comigo ao seu redor todos pareciam compreender que Seungri tinha uma espécie de prioridade.

— Todos respeitam tanto você… — comentei e ele riu de leve, enquanto continuávamos andando. 

— Desde sempre foi assim, não sou dono de absolutamente nada aqui mas meu pai e o pai de Gdragon sempre foram muito amigos, como irmãos, além disso minha família investiu muito dinheiro aqui, não é para menos que Gdragon tenha exigido um tratamento vip para o melhor amigo. — ele explicou com divertimento e eu sorri, mas sabia que ele estava falando mais do que sério.

— Com toda certeza você fez por merecer. — eu disse e ele sorriu com leveza, disse que não era bem assim e que aquilo era conversa para outra hora. Ele indicou a porta com a cabeça e eu inspirei profundamente. Perguntei se ele não iria entrar comigo e ele disse que não, que havia outras coisas para resolver, mas eu suspeitei, através de seu sorriso maroto e sarcástico, que não havia nada para resolver. Ele apenas queria me deixar a sós com Gdragon.

Balancei a cabeça, me aproximando da porta que me encarava imponente e deixando Seungri para trás, dei dois toques firmes e, quando ouvi o típico entre com o qual já estava acostumada, abri a longa estrutura amadeirada e mergulhei, mais uma vez, no meu inferno e paraíso pessoal. Agora eu estava sozinha. Fechei a porta atrás de mim no mesmo momento em que abria a boca em um arfar de surpresa mudo. 

Eu já esperava que a sala de trabalho de Gdragon fosse algo que fizesse jus a sua imponência e elegância, todavia eu não esperava por aquilo. Aquele ambiente estava acima de qualquer idealização. Acima de qualquer expectativa. A começar pelas janelas de vidro, extensas e enormes, tornando a sala extremamente bem iluminada, com uma aparência quase etérea. Havia 4 estantes metálicas com livros espalhadas pelos arredores da sala, brilhantes e entupidas de livros. 

Notei também 4 sofás elegantes postados na sala, quais eu imaginei serem para as visitas, e ao lado deles vasos de orquídeas vermelhas abrilhantavam o espaço. Algumas obras de arte encantavam as paredes enormes e brancas, mas nada se assemelhava a mesa central, negra como carvão e brilhante, havia itens tecnológicos como computador, notebook e um telefone, além de pastas escuras e muitos papéis, que imaginei se tratar de contratos.

Gdragon estava sentado ali, em sua cadeira enorme e brilhante, usava uma camisa social preta e o paletó estava no encosto da cadeira, os cabelos estavam penteados em um tope lateral e ele estava tão malditamente elegante e charmoso concentrado em seu trabalho, assinando papéis e checando e-mails, com a testa franzida, que eu precisei lutar muito para não me jogar contra ele e beijá-lo. 

Engoli em seco meu desejo e então ele me notou. Ergueu os olhos da sua mesa para me encarar e senti como se minha alma estivesse fora do corpo, porque eu nunca estaria preparada para aqueles olhos intensos me tragando, nunca iria me acostumar. 

Puta merda. — o escutei rosnar rouco e baixo, largando a caneta que usava com certa força na mesa. O praguejo me fez arfar e fez uma enorme sensação de desejo se alastrar por meu corpo, se concentrando em minha intimidade.

— O que você está fazendo aqui? — a pergunta, feita em baixo tom, me fez lembrar dos motivos que me levaram até a empresa, me fez lembrar de que eu estava ali a trabalho. Eu não podia me permitir imaginar outra coisa. Respirei fundo e endireitei o corpo. Precisava sair dali o mais rápido possível. 

— Sandara pediu que eu viesse, ela disse que você estava precisando de uma pasta com documentos importantes para uma reunião de hoje e como ela teve um imprevisto urgente de última hora pediu que eu trouxesse para você. Então aqui está. — Expliquei, apertando a pasta com força e indicando com a cabeça. Hesitante, dei passos em direção à mesa mas antes que eu pudesse prosseguir Gdragon se levantou e caminhou em minha direção, de forma lenta e levemente intimidadora.

— Suponho que ela tenha solicitado o motorista para trazê-la mas a equipe de segurança da empresa é muito eficaz e detalhista, como conseguiu subir sem que eu fosse avisado? — Gdragon indagou, agora estava na minha frente, a poucos passos de distância. O aroma que eu já conhecia e amava me inundou e eu respirei fundo, como se estivesse precisando de ar, mas eu só precisava de mais dele. Abominei o pensamento mas não consegui erradicá-lo.

— Encontrei com Seungri enquanto entrava, então ele me trouxe até aqui. Lidou com os seguranças, recepcionistas e todo resto. — Murmurei, não deixando de constatar que se não fosse por Seungri eu ainda estaria perdida no saguão. Gdragon assentiu e observei que seus olhos tinham um brilho curioso e peculiar, mas não estavam irritados como da última vez que mencionara o melhor amigo. Talvez finalmente tenha entendido que não havia motivos para ficar irritado, bravo ou enciumado. Eu via Seungri apenas como um irmão, nada além disso, e tinha certeza que ele também me via dessa mesma forma.

— Claro que lidou. Ele é bom em me deixar às cegas quando lhe convém. — Disse o magnata, me encarando intensamente, assenti, respirando fundo. 

— Tenho certeza que sim. — retruquei e sem ter mais forças para continuar ali apenas ergui a pasta para ele, na intenção de que ele a pegasse. — Espero que não tenha chegado tarde demais, Kim Taewon nos trouxe o mais rápido que pôde. A reunião não ficou prejudicada por isso, não é? 

Ele negou, pegando a pasta de minhas mãos, mas seus olhos não saíram dos meus. 

— Ainda falta uma hora. Honestamente seu tempo foi preciso. — ele disse, se aproximou um passo e quando o fez pude sentir com mais afinco seu aroma me inebriar.

— Que bom, então.— murmurei, incerta sobre o que fazer, confusa com sua aproximação sorrateira e intensa. 

— Sinto muito por ter atrapalhado sua rotina. Você provavelmente tinha outras coisas para fazer. — ele disse, mas suas palavras não tinham um tom de quem estava arrependido. Não consegui responder nada de imediato, então ele continuou. — O que achou da empresa? 

Suspirei, pensando no motivo dele simplesmente não me mandar embora dali, pensando que era tudo o que eu queria que ele fizesse porque só dessa forma eu poderia voltar a respirar corretamente, sem o medo de meu coração vacilar por ele mais uma vez. 

— Poderosa, imponente, elegante e inalcançável. Honestamente tudo isso aqui é muito inalcançável para mim. 

Minha resposta o fez me encarar com mais intensidade, e então seu corpo deu mais um passo em minha direção. Agora ele estava muito perto, sentia sua respiração se mesclando com a minha e seu cheiro nunca pareceu tão tentador como naquele momento. 

É como você. — foi tudo o que disse e eu engoli em seco. 

— Como? — Indaguei num sussurro, temerosa com o rumo que aquela conversa estava tomando. Gdragon não parecia ter o mesmo temor, pois não hesitou em continuar.

— Você me ouviu, a empresa é como você. É o que você representa para mim. 

Seus olhos não se desgrudaram dos meus. E eu me senti tão exposta que por um momento pensei que não fosse conseguir respirar. Mas eu não podia deixar aquilo acontecer de novo, não podia, porque eu sabia que ia me ferir. Mas ficar longe dele também me feria, então não me afastei. 

— Não podemos seguir por esse caminho de novo, Gdragon… por favor… — Sussurrei, quase implorando. Tentei me afastar para partir, mas antes que eu o fizesse ele segurou minha cintura com uma das mãos, a que não segurava a pasta. Arfei quando me choquei contra seu peito, e para me manter equilibrada o espalmei levemente. Sua respiração estava pesada.

Porra, e você prefere fazer o que? Fingir que nunca aconteceu nada entre nós dois? Agir como se fôssemos apenas patrão e funcionária? Você sabe que não somos só isso, não seja hipócrita. — ele disse, fazendo meu coração sambar dentro do peito. Não era isso o que ele queria desde o início? 

— Você não pode me afastar e me trazer de volta quando bem quiser… isso não é justo.— Sussurrei, fechando os olhos para que ele não pudesse ver o quanto estavam marejados. — Você disse que não estava pronto para relacionamentos e deve me conhecer o suficiente para saber que não vou me tornar apenas alguém que você pode ter quando bem quiser. Eu não sou assim. Honestamente seria mais fácil que esquecemos tudo e voltássemos para o que era antes, para uma relação apenas profissional. Como você havia sugerido depois que nos beijamos pela primeira vez. — Continuei e mais uma vez tentei me soltar, mas Gdragon não permitiu.

— Nunca lidei bem com coisas fáceis, pensei que deveria saber disso me conhecendo como acredito que conhece. Também não posso esquecer, não posso fingir que nada aconteceu. Tentei fazer isso durante esses dias mas sua lembrança parece empenhada em me fazer falhar, seu olhar, seu toque, sua pele, sinto falta de tudo isso a cada maldito minuto em sua presença. Chamo de maldito porque não posso simplesmente tomá-la para mim e isso é uma maldição.

Suas palavras eram intensas, fortes e o peso delas deixou meu coração em êxtase. Nunca em toda minha vida imaginei que pudesse ser alvo dos olhos de Gdragon, nunca pensei no quanto seu desejo era intenso mas vendo-o naquele momento, olhando em seus olhos, eu simplesmente sabia que era verdade, não duvidei nem por um momento. O peso daquela constatação me fez ficar sem palavras, então ele continuou.

— Depois daquela noite… — ele sussurrou, rindo em zombaria, o som reverberando pra dentro de mim e me desnorteando. — Depois da noite em que foi minha, em que me apertou tão deliciosamente dentro de você… porra… quis você enrolada em mim por todos os dias da minha vida, mas eu sabia que isso implicaria num relacionamento sério e eu não estava pronto pra isso, honestamente nem sei se estou. Então os dias passaram, discutimos, e eu pensei que se nos afastássemos as coisas ficariam normais, mas não foi isso o que aconteceu, porque todos os dias vendo-a na minha casa, tão ao meu alcance mas ao mesmo tempo tão longe, fodeu com a minha cabeça e com o coração que eu pensava estar imune a esse tipo de coisa. Aparentemente descobri que não está, por sua causa. Fiquei longe por isso, trabalhar me ajudava a não pensar em você, Made Company me tornava imune a você, mesmo que por um curto período de tempo, mas de algum jeito você também conseguiu me alcançar até aqui e olha como estamos agora. 

Mais uma vez suas palavras me alcançaram com intensidade e eu arfei, incerta, caótica e desejosa, desejosa com a lembrança de seu toque em mim. Me senti orgulhosa, ao menos um pouco, por saber que ele havia pensado em mim durante todos aqueles dias, que havia pensado em mim tanto quanto eu havia pensado nele. Mas eu sabia que o nosso desejo não seria o bastante.

— Não pedi para estar aqui… foi Sandara quem me mandou… eu… — Comecei, mas ele rosnou algum palavrão e me apertou mais contra si, encostando a testa na minha. Arfei novamente, fechando os olhos. 

Que se foda o que Sandara mandou, porra, a questão é que você está aqui agora e eu não consigo ignorar isso, não consigo ignorar você, sua essência e tudo o que você faz comigo. Vê-la aqui só me faz concluir que não importa o quanto eu tente, nunca vou conseguir me tornar imune a você, porquê você é inevitável para mim.

Abri os olhos lentamente, em êxtase com suas palavras e desistindo de lutar contra o que ele estava me dizendo, com o que causava em mim. Segurei sua camisa com uma mão e com a outra acariciei sua nuca, dedilhando meus dedos por seus cabelos macios e respirando pesado. 

— Suas mudanças súbitas de humor e de opinião acabam comigo, deuses, acabam mesmo comigo. Você disse que não queria um relacionamento, disse que não estava pronto, então me ignorou por dias, e eu quis simplesmente mandar tudo pro inferno, porque odeio o que isso faz comigo. Odeio como me sinto quando seus malditos olhos não estão em mim, e odeio querer tanto seu toque e não poder reivindicá-lo para mim, tudo isso porque você não está pronto e não posso fazer nada a respeito. — murmurei contra sua boca, obrigando-o a engolir minhas palavras, escutando-o seu coração bater forte e pesado. — Então eu chego aqui e você diz essas coisas, refuta tudo o que eu pensava, me desnorteando e simplesmente me tirando do eixo. Não consigo te entender, Gdragon, não consigo entender o que você quer… — concluí, buscando seus olhos com os meus. Fui contemplada com a intensidade caótica de suas orbes mas me obriguei a não desviar os olhos dos dele. Ele demorou a me responder, me encarando por um tempo demorado, mordi o lábio inferior, nervosa, arfando seu nome em uma súplica, implorando para que dissesse algo. Até que por fim ele soltou a pasta preta com os documentos sobre um dos sofás escuros que estavam do nosso lado e segurou meu queixo com pressão, obrigando-me a ficar com os olhos em si mesmo que eu não tivesse a intenção de desviar. 

—Você, caralho, eu quero você demais porra, quero cada pedaço de você e tudo o que isso implica. Quero todos os seus sorrisos, todos os seus pensamentos e segredos, quero tudo de você.

Suas palavras tiveram um efeito libertador e quando entendi o que ele estava dizendo fui incapaz de dizer qualquer coisa que fosse.

— O que isso significa? — murmurei depois de um tempo, ansiosa e temerosa por sua resposta. Ele passou o polegar por meu lábio inferior, me olhando firme nos olhos. 

— Significa tudo o que você quiser que signifique, contanto que inclua você. — ele disse, com os olhos escuros intensos. 

— Preciso que seja claro… preciso ouvi-lo dizer as palavras… — sussurrei, e envolta pelo torpor do momento deixei um beijo cálido em seus dedos que acaraciavam minha boca. Então ele sorriu, malicioso e sombrio como sempre fora, como eu sempre me lembrara. 

— Além do fato de que agora você é minha, significa que podemos ter um relacionamento romântico também. — ele disse e eu estremeci, não consegui segurar o sorriso que cresceu em meus lábios e a alegria pungente que cravou as garras no meu coração. 

— Isso é o seu jeito de me pedir em namoro? — sussurrei, com um sorriso ladino, ainda presa a ele, ao seu enlace. Ele me apertou um pouco mais, as sobrancelhas arqueadas em diversão. 

— Se fosse, você aceitaria? — retrucou em desafio. E eu não hesitei em responder.

— Sim, eu aceitaria… — murmurei. — Mesmo sabendo que você vai me tirar do sério a cada minuto, eu aceitaria. — concluí e minhas palavras o fizeram sorrir com certa malícia. Inspirei profundamente.

— Pode acreditar que sim. — ele sussurrou, ficando com a expressão séria logo em seguida. Então voltou a falar. — Não posso prometer o relacionamento mais clichê e romântico de todos, e você me conhece o suficiente pra saber que há certas coisas em meu comportamento que simplesmente fazem parte de mim, sou teimoso, controlador, arrogante e sei que vou tirar você do sério em muitos momentos mas prometo fazer o melhor que puder para que você se sinta a mulher mais desejada e maravilhosa de todas, porque pra mim é isso o que você significa. 

Engoli em seco, inspirando profundamente seu aroma enquanto suas palavras se assentavam em minha mente. Me lembrei de todos os momentos que antecederam aquele, me lembrei do dia em que o vi pela primeira vez, no restaurante, de como me senti diante da presença dele, me lembrei de seus olhos em mim todos os dias depois daquele e me recordei de seu toque, de como eu me senti viva, quente. Nunca pensei em me apaixonar, muito menos por alguém como ele, mas havia acontecido e uma vez que eu aceitara o sentimento não estava disposta a voltar atrás, eu estava completa e irremediavelmente apaixonada por Gdragon e a perspectiva de viver um relacionamento real com ele me deixava em êxtase, sabia que não seria fácil, porque nosso desejo não era tudo, mas eu estava disposta a enfrentar qualquer empecilho e desafio de uma relação caótica se ele estivesse ao meu lado.

— Me parece muito justo… — sussurrei em resposta, dando a certeza de que ambos precisavam. Ele ficou me encarando por um instante, com os olhos obstinados, brilhantes e intensos. 

— Te parece muito justo?— sussurrou roucamente contra meus lábios, e assenti, precedendo o que aconteceria a seguir, desejando mais do que tudo que acontecesse. 

— Sim… justo demais. — murmurei, entrando no jogo dele, me aproximando sem beijá-lo, deixando minha respiração roçar em seus lábios. Ele fechou os olhos, apreciando tudo aquilo. 

— Me mostre o quanto acha justo... — ele pediu, o tom rouco e baixo, quase como se estivesse me dando uma ordem. Mas ele não precisava. Aproximei meus lábios dos dele, seus olhos ainda fechados, e então lambi o canto de sua boca, sentindo o gosto leve de menta com um toque fraco de conhaque. Me arrepiei com a perspectiva de beijá-lo e sentir aquele gosto. 

A reação natural de Gdragon ao meu carinho foi se aproximar para capturar meus lábios com os seus mas ainda envolta por aquela jogatina provocativa me afastei antes que ele conseguisse o que queria. Dei uma risadinha e isso o despertou. Ele abriu os olhos e antes que eu pensasse em fazer qualquer coisa, Gdragon puxou os cabelos de minha nuca, me fazendo parar com o rosto muito perto do seu, seus olhos nunca estiveram tão quentes. 

— Não vai querer me provocar assim, não vai mesmo. — ele sussurrou roucamente e eu engoli em seco, lambendo meu lábio inferior com nervosismo enquanto me sentia entorpecida por seu magnetismo controlador e ao mesmo tempo sedutor. Entendi que Gdragon sempre teria esse efeito sobre mim. — Me beije, agora mesmo. — ele ordenou, soltou meus cabelos e não precisou de mais do que isso para que eu o enfim obedecesse, era o que eu queria desde o começo afinal. Encurtei a distância entre nós e finalmente o beijei, arfando contra sua boca quando pude sentir seu gosto. 

Foi libertador sentir seus lábios nos meus mais uma vez, sentir seu gosto doce e ao mesmo tempo intenso e caótico, sua língua dançou sobre a minha e quando ambas se tocaram eu estremeci. Só percebi que estava me movendo quando Gdragon me empurrou para um dos sofás, ele se sentou em um deles e com habilidade me jogou em seu colo. Com o corpo montado no dele, sentindo seus ossos abaixo de mim, pude contemplar com prazer nosso desejo se expandir entre nós.

— Você continua tendo o maldito gosto mais doce de todos e agora posso me gabar que é só meu. Porra, você inteira é só minha. — ele murmurou contra meus lábios e eu não discordei, apenas assenti. Deixando que ele trilhasse beijos pelo meu pescoço até a clavícula, beijando meus ombros expostos pela alça do vestido longo e segurando minha cintura com possessividade. Arfei quando ele mordeu meu lábio inferior com força e foi inevitável não rebolar em seu colo, em seu pau, uma reação natural do meu corpo às investidas dele. 

Gdragon gemeu rouco contra minha boca e o som foi tão excitante que me fez desejar rebolar de novo, mas Gdragon antecipou meus movimentos e antes que eu pudesse me mover ele travou minha cintura, me mantendo quieta. Gemi em desgosto, a verdade é que eu estava ardendo de desejo e todos aqueles dias longe dele e de seu toque só me faziam pensar numa única coisa: abrigá-lo dentro de mim outra vez. Eu precisava disso, precisava dele.

— Por favor… — Gemi quando ele voltou a me beijar, o pedido o fez estapear a pele de minha coxa, ainda encoberta pelo vestido, me arrepiei por completo.

Caralho, Lina, por favor digo eu, não posso foder com você aqui, tenho uma maldita reunião em menos de 40 minutos. — ele disse, mas contradizendo suas palavras suas mãos subiram a barra do meu vestido, deixando bem acima de minhas coxas, revelando minhas pernas bronzeadas e um pedaço de minha calcinha de renda escura. Ele olhou para baixo e arfou rouco com a visão de meu corpo, e isso só me fez ficar com mais desejo.

— Você disse que não conseguiu tirar da cabeça o dia em que fui sua, o dia em que me enrolei em você, eu também não consegui. Quero sentir isso de novo, preciso sentir isso de novo, preciso de você, por favor… só… quero tanto você Gdragon… — sussurrei, em uma súplica. Segurando seu pescoço com delicadeza e suavidade trilhei meus lábios de sua orelha até seu pescoço, beijando e mordendo, lambendo. O escutei rosnar rouco com meus carinhos mas ele não me impediu, ao invés disso me incitou a rebolar mais uma vez contra seu membro, com satisfação eu o fiz e ele gemeu.

— Mal começamos com isso e já sei que você vai ser minha ruína, porra, você vai mesmo me arruinar, vai testar todos os meus limites. Mais do que já o faz. — ele sussurrou, e eu fechei os olhos, sentindo suas palavras mais do que as ouvindo. Ele segurou meu queixo com força e com a destreza de sempre voltou a me beijar. Fechei os olhos, me deleitando com a sensação de sua boca e posteriormente de suas mãos se movendo em minha cintura, para que pudesse afastar minha calcinha e abrir o zíper da sua calça social. Sorri com alívio e malícia contra sua boca quando o escutei desafivelar o cinto.

— Você vai me dar o que quero?— sussurrei contra seus lábios, quente como um vulcão. De olhos fechados eu pude apenas sentir sua respiração ficando pesada à medida que abria o fecho da calça. Sua risada maliciosa fez minha boceta se contorcer e piscar.

— Vou dar tudo o que você quiser. — murmurou e então finalmente o senti me penetrar, de uma só vez, sem delongas ou preliminares, porque não tínhamos tempo, tínhamos apenas desejo. Seu membro começou a se mover dentro de mim e eu comecei a rebolar sobre ele, encaixando com vontade, subindo e descendo, gemendo baixo contra sua boca porque eu sabia que não podia gritar. Estávamos em seu local de trabalho, afinal, eu sabia que havia pessoas do lado de fora, muitas, mas isso não conseguia me impedir de ir em busca dos meus desejos, não conseguia me impedir de continuar montando nele, deixando comandar a foda com a intensidade que eu sabia que ele exercia. Sempre seria assim, afinal. Ele sempre seria intenso. 

— Porra, tão apertada e tão quente.— ele constatou, enfiando-se em mim com estocadas certeiras, indo cada vez mais fundo, parecendo saber perfeitamente como encontrar o meu ponto. Gemi baixinho quando ele me puxou pelas coxas, me fazendo ir mais fundo em seu quadril. 

—A-ah…Gdragon… isso é tão gostoso… — murmurei, tombei a cabeça para trás, sendo inebriada pela tensão gostosa que suas investidas me causavam, senti seus lábios lamberem meu pescoço e morderem de leve e mais uma vez gemi, deleitando-me com a situação. Sua risada rouca me fez apertá-lo com ainda mais desejo dentro de mim. Dessa vez ele rosnou, indo mais fundo, mais intenso. 

— Definitivamente, gostoso demais… — Ele sussurrou, me ajudando a subir e descer de seu colo. Ele continuou me fodendo, então se aproximou do meu ouvido para sussurrar. — Caralho, sua boceta é tão macia e gostosa, me recebe tão bem que parece ter sido feita para o meu pau, me apertando tão deliciosamente que parece a porra de uma boceta virgem. Na primeira vez, pensei que fosse morrer de prazer quando penetrei você. O efeito é o mesmo agora. 

Suas palavras devassas me fizeram tremer e arfar de prazer, não tive forças pra dizer nada que não fossem gemidos baixos então Gdragon continuou. 

— Você gosta assim? Gosta quando sua boceta apertada engole o meu pau? É bom o bastante? 

Mais uma vez me vi inebriada por suas palavras devassas, ainda mais excitada pelas putarias que estava me dizendo, gemi manhosa  e apenas assenti, sem forças para dizer nada. Gdragon não gostou do meu silêncio.

— Responde para mim, doce, você gosta? Se não responder, serei obrigado a parar. — ele me provocou, sorrindo com malícia e maldade. Novamente assenti, mas dessa vez encontrei forças para abrir a boca.

— Eu gosto… — gemi, indo e voltando sobre seu falo. — Gosto quando minha boceta te aperta desse jeito.

Minhas palavras sussurradas e manhosas o fizeram ir mais fundo em meu interior, me fazendo gemer ainda mais e por sua vez aumentar nossa onda de prazer.

— Gosta quanto?  — provocou rouco, diminuindo então o ritmo das estocadas e me deixando louca e desejosa. Arfei em desgosto quando ele começou a ir terrivelmente devagar dentro de mim, sua cabeça mal encostando em meu clitóris. Ele adorava me provocar, testar os meus limites, e sempre o fazia de um modo que fosse favorável a ele.

— Muito… eu gosto muito… Gdragon por favor… eu preciso… eu estou… — não consegui concluir, minha mente, nublada pelo prazer, só conseguia processar o quanto precisava de um orgasmo, o quanto ele estava próximo. Gdragon sabia disso, ah, sim, ele sabia, podia sentir.

— Precisa do que?— ele provocou, bem baixinho no meu ouvido, e eu arfei, apertando seu ombro e pescoço com força, a testa suada, o coração acelerado.

—Você sabe… preciso que vá mais rápido… preciso gozar, desesperadamente… por favor… — murmurei, implorando e ele riu, maldoso e excitado. Voltou ao ritmo normal das estocadas, indo novamente até o fundo. Senti minha intimidade contrair, eu sabia que estava quase lá. Mordi o lábio inferior, e abri levemente os olhos para espiar sua expressão. Ele estava de olhos fechados, os lábios levemente entreabertos, a cabeça tombada um pouco para trás, a pele brilhante se encontrava suada, um resquício leve, e ele mordia os próprios lábios avermelhados para conter os gemidos, sua expressão era pura luxúria e eu desejei emoldurá-la na minha mente para sempre. 

— Não posso gozar dentro de você… — ele avisou em um sussurro, apertando minha cintura com força. Eu assenti, afinal sabia que não estávamos usando proteção, tudo acontecera tão rápida e inesperadamente que sequer me lembrara disso. — Porra, não posso mesmo gozar dentro de você. 

Parecendo despertar ele abriu os olhos, puxando minha nuca contra ele com força mais uma vez, me senti ainda mais excitada com o ato e foi inevitável não arfar.

— Você é tão bom para mim … — Gemi em seu ouvido, me ajeitando mais em seu colo. O ouvi rosnar um palavrão e eu soube que o estava tirando do sério. — tão bom… sei que vai encontrar um jeito de não gozar dentro de mim sem parar de me foder, não vai?

Então pude ouvir quando ele riu malicioso, ainda me apertando em seu colo, com os olhos fechados pude apenas sentir o tapa estalado que recebi na lateral da minha coxa direita. 

— Adoro ver o quanto você se torna desejosa na hora do sexo, adoro saber que por trás dessa sua inocência e pudor existe alguém que aprecia surrealmente o ato de foder, puta merda, gostosa em todos os aspectos e eu sou tão sortudo… — murmurou rouco e profundo em meu ouvido e suas palavras, acompanhadas de suas estocadas cada vez mais cálidas e intensas foram o suficiente para fazer com que meu orgasmo me embalasse como um tornado furioso, senti seu pau se encher dentro de mim e quando sua grossura tocou bem lá, no meu ponto, finalmente me desfiz, sentindo meu prazer escorrer por entre minhas coxas, ele avançou em suas estocadas, se movendo mais um pouco, e um segundo antes de ter seu avassalador orgasmo ele se retirou de dentro de mim, gozando do lado de fora ao invés de expelir seu semen em meu interior.

Eu ainda não estava perto de menstruar e não estava no meu ciclo ovulatório, mas eu me certificaria de tomar os anticoncepcionais e também faria uma consulta ao ginecologista assim que possível. Sabia que fora imprudência deixá-lo me tocar intimamente sem proteção mas eu apenas precisava muito daquele momento, mesmo sabendo dos riscos. Arfei pesado, saindo de meus pensamentos quando o senti me puxar para mais perto de si, pensei que havíamos acabado mas após subir a cueca, a calça e fechar o cinto de fivela prateada Gdragon me apertou com possessividade e não demorou a encaixar dois dedos dentro de mim. Arfei um gemido e ele o engoliu prontamente com seu beijo. 

— Tão encharcada e sensível. — ele murmurou contra meus lábios, movendo seus dedos deliciosamente dentro de mim, dentro da minha boceta molhada e sensível por conta do orgasmo recente. Mais uma onda de prazer me consumiu e eu rapidamente senti que precisava gozar de novo. Suspirei, apertando os ombros e o pescoço de Gdragon enquanto ele tocava meu clítoris cada vez mais inchado e clamando por ele. 

Ele me puxou mais contra si, o tecido de sua calça roçando em minha intimidade enquanto seus dedos me fodiam. Ele encostou os lábios em meu ouvido e eu estremeci sob seu hálito rouco. 

— Preciso que você diga… — ele sussurrou e eu soube imediatamente ao que se referia. Gemi diante ao seu tom intenso e rouco e meu gemido o estimulou a ir mais fundo em meu interior. 

— Você pertence a quem? — ele murmurou a pergunta, os olhos flamejantes focados nos meus, não pude desviar, apenas arfar e morder o lábio inferior de tanto prazer que sentia.

— A você… — arfei a resposta, rebolando mais em seu colo enquanto sentia meu segundo orgasmo perto. — Gdragon por favor… — implorei, mas ele não deu ouvido às minhas súplicas, continuou com aquela jogatina gostosa e provocante.

— Quem pode te tocar? 

— Você … só você… — gemi contra sua boca, cavalgando seus dedos. Ele sorriu satisfeito, diabólico e malicioso. 

— Isto aqui é só meu.— ele rosnou no meu ouvido e apertou minha intimidade para que eu entendesse que ele estava se referindo a minha boceta. Oh, sim, definitivamente apenas dele. — E você é só minha. Diga isso olhando nos meus olhos ou então não vai gozar. — ele continuou e eu estremeci, abri os olhos, sendo enlaçada pelos seus, intensos, cativos, quentes e soube que jamais poderia me desviar. E jamais poderia me negar a ele. 

— Minha boceta é só sua e eu sou só sua… — afirmei, gemendo e rebolando em seus dedos quando ele começou a movimentá-los com mais força. Fechei os olhos e encostei a minha testa na dele, não sem antes ser contemplada com seu sorriso malicioso e devasso. — Ninguém mais pode tocar em mim desse jeito além de você, ninguém nunca me fará sentir como me sinto quando estou em seus braços, meu corpo, deuses, meu corpo só responde a você. — continuei, ciente de que tudo aquilo era verdade. Gdragon apreciou minhas palavras, e senti sua pele quente contra meu corpo, de alguma forma eu sabia que aquilo mexia com ele. Ele arfou rouco contra meu ouvido, me ajudando a rebolar em seu colo enquanto minha boceta encharcada roçava em seu quadril e em seus dedos longos. Gemi baixinho, apenas para ele, porque dali em diante eu sabia que todos os meus gemidos seriam para ele. 

Você é tão gostosa… — ele murmurou, ainda me tocando, me desnorteando. — E eu não poderia estar mais satisfeito em me render a você. — continuou e então mordeu o lóbulo da minha orelha, indo mais fundo dentro de mim, quando alcançou meu clítoris ele movimentou os dedos mais rápido, indo e vindo sem dó ou piedade, deu batidinhas suaves na minha carne que me deixaram louca de excitação e desejo e não demorou para que eu finalmente me desfizesse em seus braços pela segunda vez naquela manhã. Gemi profundamente, arqueando as costas e respirando fundo com a premissa daquele orgasmo delicioso. Gdragon também arfou, rouco, tirou os dedos do meu interior e recolheu meu gozo, provando-o com o olhar em chamas e escuro, me despindo a alma e fazendo minha boceta fisgar. 

— Gostosa. — Constatou somente, em seu tom rouco e intenso. Arfei, respirando fundo, a testa recostada na sua enquanto deixava todas aquelas emoções me envolverem. Eu sabia que quando saísse daquela sala nada jamais seria como antes e eu estava mais do que ansiosa por isso. — E só minha. — Gdragon completou, de olhos fechados, a testa ainda colada à minha, entorpecido assim como eu. 

— Apenas sua. — confirmei em um sussurro e naquele momento, de de algum jeito, eu apenas senti, eu apenas soube, que o peso daquela afirmação mudaria para sempre nossas vidas, de modos que nem eu e nem ele esperávamos, mas que estávamos dispostos a encarar, contanto que incluísse nós dois, juntos, prontos para tudo. 

Deuses, eu estava mesmo ansiosa por isso.


Notas Finais


É fogo no cabaré que vocês queriam!? Então tomemmmmmmm! Esse capítulo foi um dos meus favoritos de escrever, porque agora posso dizer com certeza que nosso magnata e nossa senhorita Carter são mesmo um casal, não é meme! A história vai tomar outros rumos a partir daqui e eu estou muito ansiosa para ver o que vocês vão achar! Comentem bastante e me digam o que acharam!! Tô extremamente ansiosa pra opinião de vcs!


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