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História Oceano - Capítulo Único


Escrita por: Nevaeh-

Notas do Autor


Olá ^^
Agora, mais calma depois da loucura que foi esse AS, venho aqui encarecidamente pedir desculpas à linda Inês... Vou revisá-la de hoje para amanhã, espero que você só leia depois, quando essa fic ficar menos tragédia ^^
Mas, bem, é isso. Boa leitura e, sério... I'm sorry.

Capítulo 1 - Capítulo Único


Ali, do alto da colina, o oceano se resumia a uma turva continuação do céu. Estrelas cintilavam em meio às ondas e o rastro da lua cheia tocava seus pés como espuma; contudo, perdido na imensidão dos próprios pensamentos, o segundo príncipe nada via. Cinzas pendiam do cigarro nos dedos de Eric e esvoaçavam em direção ao vazio, levando consigo sua já ínfima coragem. Medos novos e antigos o assombravam, enquanto tentava ignorar o alegre burburinho em que o castelo estava envolto. Logo não haveria motivo para festejos e toda aquela alegria finalmente se desfaria; embora, feliz ou infelizmente, Eric fosse o único a saber disto.

Eric soltou a fumaça acinzentada com um sorriso dúbio e fechou os olhos por um momento, apreciando o rugir das ondas sob seus pés. Metade de seu coração era felicidade, que se comprazia naquela entrega sem reservas, sem se importar em olhar para trás. Seus medos, no entanto, permaneciam. Vozes gritavam no silêncio de sua mente o fracasso, acusando-o de levar o inferno ao homem que amava, dizendo-o que tudo ficaria melhor se sua desgraça continuasse. Pois, no momento, estava de olhos fechados, sendo conduzido em meio ao circo que começava a ser armado, embora soubesse que a felicidade e orgulho dos pais findaria assim que o casamento se encerrasse.

De todos os modos, o príncipe sentia-se tolo. Sua palavra de nada valia, não quando mal o momento esfriara e já se questionava se sua decisão era realmente a melhor a tomar. Sentia-se novamente com seus oito anos, equilibrando-se debilmente sobre a mesma sacada sobre a qual agora estava sentado, certo de que aquela seria a maior loucura de sua vida.

Deu, então, um trago longo e sorriu, sentindo o salpicar das ondas em ressaca; seu coração novamente pulsava nos ouvidos, mesclada à estridente voz de Elizabeth a desafiá-lo. Retrocedendo agora, irmão? Tanto antes quanto agora, as palavras da Rainha o apunhalavam. Tens certeza de que não és um covarde?

A fumaça dispersa de seus lábios pareceu tomar forma por um momento, desenhando a elegante silhueta da irmã mais velha sobre a sacada. Liz caminhava sem dar importância às saias esvoaçantes ou ao mar revolto ao fim do precipício, enquanto cantarolava a plenos pulmões o quanto Eric era covarde. E, como sempre, ela não estava de todo errada.

Agora, Eric sorria, vendo o quão boba era sua necessidade de provar que era, sim, um galante e intrépido cavalheiro; treze anos atrás, as ondas lhe causavam vertigem, mas era ainda mais insuportável ver Elizabeth cantar a sua covardia. Ao subir a sacada, entretanto, a visão do oceano sob seus pés tornou-se mais aterradora do que os seus oito anos podiam suportar.

Deu o primeiro passo, tentando ignorar o vento zunindo nos ouvidos; a espuma das ondas parecia escalar o precipício e toda sorte de monstros desconhecidos surgia dentre as pedras, ansiando pela oportunidade perfeita para tragá-lo. O segundo passo não foi tão simples, não quando seus braços tremiam tanto que mal podia mantê-los abertos, ainda assim Eric atreveu-se a bater no peito, mostrando um sorriso que nada tinha de orgulhoso.  A linha de granito fazia curvas e, quando Liz se virou para apreciar a sua vitória, as garras do oceano o atraíram para a escuridão com um abraço.

A água invernal arrancou-lhe o calor e o ar, numa frenética briga com pedras e ondas que queimava seu corpo por dentro e por fora, até finalmente fazê-lo desistir. Mas, ao finalmente entregar-se ao negro, o mar pareceu-lhe menos ameaçador do que imaginava. A luz do sol tremulava na superfície, peixes se assustavam com suas últimas bolhas e vozes se embaralhavam... Disseram-lhe ser fruto de alucinações infantis, contudo o calor dos lábios que o tocaram era real, e a beleza da criatura era singular demais para ser inventada.

Sereia. Os pulmões de Eric queimaram, arrancando-o abruptamente do devaneio, e ele tossiu a fumaça que prendia. O sorriso imediatamente lhe surgiu nos lábios, enquanto a mente vagueava nas lembranças no céu noturno. Via os cabelos vermelhos flutuando na água, os braços ainda infantis comprimindo-o desesperadamente enquanto a pequena cauda esmeralda os impulsionava para cima. E, embora um caranguejo murmurasse infinitas vezes que deixasse o maldito humano em qualquer lugar, ao amanhecer os olhos turquesa ainda o observavam, escondidos por uma rocha na praia.

E nada podia fazer Eric mais feliz.

Nunca mais voltaremos a este lugar, gritava o caranguejo de voz engraçada, arrastando o tritão de volta ao mar. Ouviu, Ariel? A lembrança do jamais mais curto do mundo fez com que Eric sorrisse. Bastou um dia e, ao olhar ao acaso para a praia, encontrou novamente aqueles olhos nas ondas – embora mais alguns tivessem sido necessários para que sua curiosidade vencesse o medo.

O príncipe apagou o cigarro, soltando lentamente a fumaça como quem se livrava de um peso. Estava se esquecendo do que lhe era realmente importante e, como sempre, fazendo Ariel esperar tempo demais.

Adentrou o castelo em silêncio, arrastando-se inconscientemente pelas sombras de volta ao seu quarto como se isto ainda fosse necessário. E, ao abrir a pesada porta de madeira, encontrou um quarto qualquer, sem rastro algum das recordações e do amor pelo mar. Não havia qualquer desenho sobre sereias colado na parede, apenas a memória agridoce de joelhos sujos de areia e presentes enrolados sob a camisa.

Agridoce, sim. Mesmo após treze anos, ninguém precisava mostrá-lo o caminho da falésia onde se encontravam todas as noites. Ainda via o rastro dos seus passos na areia, o barulho suave das ondas e o sorriso de Ariel, iluminado pela luz da lua. Via-se novamente ofegante, colecionando borboletas no estômago por simplesmente encontrar o dono dos olhos turquesa e, sozinhos na escuridão, conversar. Contavam sobre seus mundos, sobre suas famílias e problemas, descobriam estrelas e as linhas dos corpos um do outro, apenas para no dia seguinte Ariel ser o único nome que saía de seus lábios.

Passava os dias ansiando ser novamente hipnotizado pela melodia na voz dele, ouvir histórias e observar a cauda esmeralda transformar-se lentamente em pernas para dançar com ele na praia... Ah, Ariel, sorriu, tocando levemente a pérola negra pendurada em seu pescoço. O único presente que restara permanecia em seu peito, pendurado numa fina corrente dourada, e segundo Ariel era um amuleto para absorver as tristezas. À época, achara a história boba, afinal não necessitava de tal amuleto quando estava tão feliz... Mal sabia que esta felicidade deveria ser usufruída em silêncio e, infelizmente, o amuleto lhe seria muito útil.

Eric fechou a porta e saiu de seu quarto, tentando espantar o ódio que ressurgia a cada vez que pensava nisto. O rei e a rainha orgulhavam-se de se desfazer do que lhes era mais vergonhoso, temendo que os boatos se tornassem mais fortes, em todo o reino já diziam que o oceano o deixara louco.

E, como bons pais, os seus o defenderam. Defenderam-no vendendo e queimando seus presentes, sussurrando em seu ouvido que era louco e um perigo para o futuro reinado de sua irmã, tentando fazê-lo acreditar que Ariel não era o que conhecia... Traziam lendas de outros países, espalhando-as dentro do castelo para assustá-lo, dizendo que sereias eram carnívoras e Ariel seria o primeiro a devorá-lo. E, quando descobriram que nada podia arrancar o amor de Eric por aquele tritão, enviaram-no às Forças Armadas, onde o mar era apenas uma fina linha azul, ordenando-o que não compartilhasse suas alucinações doentias com ninguém.

Eric gentilmente abriu a porta de Elizabeth, adentrando o quarto em silêncio, e viu a irmã mais velha abraçada ao travesseiro, com um rastro de lágrimas secas pela partida que implorara para não assistir. Não pediria desculpas por ir embora, Liz sabia bem, mas não tinha palavras suficientes para expressar o quanto era grato por ela. Abaixou-se apenas o suficiente para beijá-la no rosto, acariciando levemente os cabelos negros.

Porque, enquanto servia orgulhosamente seu país na Aeronáutica, suas saudades eram alimentadas por Liz. Seus pais orgulhavam-se ao vê-lo entre flexões, aulas de tiro e de voo, contudo Elizabeth lhe passava entre abraços cartas com tinta de polvo e algas, desenhos e lembranças de quando a felicidade era algo um pouco mais simples. Suspeita demais para ir em pessoa, pedira à sua dama de companhia para ensinar Ariel as letras humanas – mesmo assim, aprendera com o irmão mais velho o caminho da falésia apenas para ter certeza de que o tritão estava bem. Era sua irmã, sua maior confidente e ficaria sozinha em meio ao inferno que a casa real se tornara... Deu, então, outro beijo em Liz, sussurrando seu último obrigado antes de sair.

E, mesmo quando o mar era apenas um vislumbre distante, Ariel parecia tão perto que quase podia tocá-lo. O cheiro do mar invadia seu quarto durante a madrugada, tornando impossível esquecê-lo. Em seus sonhos, Ariel estava com ele. Descobriam a cidade juntos, desvendavam os mistérios do mundo humano que o Tristão tanto amava... Seu desejo era dar o mundo a Ariel, e seu motivo para finalmente convencer seus pais de que todas aquelas alucinações sumiram.

Vestira, então, uma linda capa de hipocrisia, e seus pais comemoraram; não havia mais alucinações ou felicidade, apenas o sério e compenetrado Eric em busca do seu brevê. Arranjaram-lhe rapidamente uma pretendente, e seu casamento fora marcado para o ano seguinte; não se importara em conhecer a jovem, apenas sabia que era uma das filhas do rei da Espanha. A pérola negra, entretanto, permanecia pendurada em seu peito; embora não absorvesse sua saudade, ao menos o lembrava por quem passara a amar seu avião... Porque, no dia em que finalmente ganhara permissão para voar, seu destino prontamente o levou a ele.

Os ventos pareciam mais suaves, embora tudo o que tivesse fosse ansiedade. O cheiro de mar o embriagava, tornando sua respiração mais densa e o sorriso, evidente...E, assim que o avião vermelho tocou pela primeira vez as ondas azuis, deixou tudo ali para se jogar aos braços do homem que amava. Porque, no meio do oceano, não havia nada além dele e Ariel.

Contudo, como bons pais, os seus continuaram defendendo-o. O primeiro natal em casa, um mar de rosas. Em meio à ceia de natal, comentários maldosos sobre seu passado de alucinações foram despejados além do que sua máscara hipócrita podia suportar. Começaram sutis, sorrindo, anunciando que um desastre destruíra seu quarto e todas as suas pequenas lembranças, até começarem a brincar sobre seus repugnantes fetiches com peixes e a comida magicamente voar em direção ao chão.

Rebelde, louco, pervertido... A harmônica família se despedaçara num instante, e os exemplares pais rapidamente passaram a proteger-se. Seu pai protegera o próprio orgulho, gritando-lhe que meninos não gostam dessa bobagem de sereias e derrubando-o no chão assim que Eric atreveu-se a dizer que Ariel era um tritão. Sua mãe resguardava violentamente o casamento arranjado com o qual chorara, sacudindo-o e esbofeteando-o, chorando e se questionando onde ela errara para que o filho caísse nas garras do demônio...

E, então, silêncio. Nada mais de reclamações ou proibições, nada de se importar com o que fazia com Ariel ou com o seu futuro como príncipe. O casamento arranjado fora deixado para segundo plano, e nenhuma restrição quanto a voltar para casa ou passeios de avião pelo mar... E, finalmente, Eric havia se transformado no filho amado do qual tanto se orgulhavam.

Andando novamente pelos corredores, tendo apenas o som do mar como confidente, Eric enxugou uma lágrima. Pensou em despedir-se dos pais, contudo não estava mais disposto a parar em nome deles. Pegou as chaves do avião, escondidas em meio às coisas do pai, e saiu dali deixando um beijo. Um último cumprimento, uma declaração de vitória com cada vez menos saudade. Ainda eram seus pais, contudo alguns rancores demorariam mais que uma vida para serem curados. Porque, não contentes em despedaçar sua vida, o Rei e a Rainha destruíram lindamente os sonhos de Ariel.

Porque ainda se lembrava dos sorrisos de Ariel ao saber que finalmente conheceria o mundo humano. Uma festa de aniversário em seu louvor, planejada por seus pais, nada tinha de incomum; na verdade, era a oportunidade perfeita para anunciar o seu amor a Ariel. E ele, claramente, iluminou-se apenas por imaginar que seus sonhos se tornariam finalmente reais.

Lembrava-se das noites que passara em claro, dançando com ele na areia da praia e escrevendo um lindo discurso para apresentá-lo. Alianças no bolso, sorrisos imensos e um crescente anseio pelo aniversário de vinte e um anos. Seu presente a Ariel, entretanto, foi sua sina.

Tolo.

Eric apenas voltou à realidade ao ouvir o relógio do salão anunciar seis horas e perceber o amanhecer despontando por trás do castelo. E, sabendo que os empregados tentariam impedi-lo, o príncipe correu. Fantasmas daquela noite ainda assombravam seus ouvidos, divididos entre devorá-lo e zombar de sua inocência, e a música destoava, macabra demais para ser suportada. Um mês atrás, entretanto, sua felicidade não permitiu que sentisse o clima tornando-se cada vez mais denso. Estava muito entretido fitando intensamente as portas do castelo, andando de um lado para o outro e ansiando pelo momento que Ariel finalmente diria sim.

A festa, contudo, começou antes. Luzes foram apagadas, o anúncio de uma mágica surpresa ecoou entre os convidados e provocou uma expectativa quase frenética; Eric, contudo, preocupava-se apenas com Ariel, que não havia chegado e perderia a melhor parte da festa.

Realmente, a melhor. Um enorme tanque de vidro foi empurrado para o meio da multidão, parando exatamente sobre as escadas, e um arrepio foi inevitável. Seus pais o encaravam de forma vergonhosa, tão curiosos e ansiosos pela sua reação que mal conseguiam disfarçar. E Eric, infelizmente, estava apreensivo demais para notar o mar rugindo nas janelas, como se tivesse vida própria. Foi conduzido ao meio do salão por seus convidados, que insistiam que tivesse a melhor visão, enquanto Elizabeth observou-o para tentar entender o que se passava. Não, meus pais não o fariam, pensara insistentemente, até os holofotes finalmente caírem sobre o mestre de cerimônias... E sobre Ariel.

Vestido como um soldado romano para a festa a fantasia, Ariel tremia. Parte de um show de mágica que mais parecia um circo de horrores, era arrastado gentilmente pelo mestre de cerimônias até os olhos da multidão. À distância, podia passar-se apenas por mais um jovem de cabelos cor de fogo; aos olhos de Eric, entretanto, saltavam as marcas da surra e das horas que chorara. E uma enorme estrutura surgiu sobre a sacada do andar superior, um lindo trampolim trabalhado em madeira pelo qual Ariel foi empurrado.

E Eric apenas soube olhar. Começou a subir as escadas com desespero, mas suas pernas não o respondiam devidamente. Lágrimas dançavam em seus olhos, enquanto a multidão aplaudia e gritava que Ariel pulasse, até tudo transformar-se num borrão. As pessoas começaram a desfigurar como velas gastas, risadas tornaram-se gritos e os degraus, gelatina; até que seu pai tocou seu ombro e, com um sorriso gentil, disse: Acalme-se, filho... É hora de meninos virarem homens

E Ariel caiu. As pernas ganharam rapidamente um tom esmeralda, enquanto Eric tentava libertar-se do sufocante abraço do pai. Os gritos de surpresa tornaram-se palmas e assobios ao notar um tritão surgir das pernas daquele humano. E Ariel simplesmente chorava. Descobrira, enfim, os perigos do mundo humano que seu pai tanto falava, tendo os olhos de seu amado sobre si enquanto tentava romper o vidro com as longas unhas. Água sobre água, num oceano de risadas escarnecedoras e de pessoas estupefatas, suas lágrimas se perdiam, até Elizabeth quebrar o vidro com o salto de seu sapato, espantando a corja que se amontoava em torno do aquário e fazendo-o deslizar por entre as pessoas até o pé da escada.

Eric, enfim, correu ao seu encontro. Pegou-o nos braços e saiu castelo adentro, tentando encontrar uma maneira qualquer de tirar Ariel dali... E o mar rugiu sob a sacada, mais revolto que nunca. Pessoas vinham em sua direção, curiosos tentando confirmar se era real ou apenas um truque de mágica bem elaborado, e o tritão obrigou-o a parar com um beijo. Colocou as mãos sobre a sacada, deslizando a cauda em direção ao vazio, e passou as mãos ásperas por seu rosto numa despedida. Desculpe-me, pediu-lhe com um sorriso...

E o desespero de vê-lo partir mesmo agora lhe provocava uma dor lancinante. Parou à porta dos jardins do castelo e olhou para trás. Os espectros dos curiosos tremularam por um momento em sua mente até finalmente desaparecerem, e ele se viu novamente só. Mar e orvalho preencheram seus sentidos de frescor, acalmando suas lembranças e seu coração, e ele se permitiu observar o bimotor vermelho parado em meio ao amanhecer, aguardando o momento da partida.

Olhou mais uma vez para o castelo, procurando resquícios do medo que o assombrava, e tudo o que veio à mente foi Ariel. Queria vê-lo, queria uma única vez mostrá-lo como era linda a visão do oceano que tanto amava... Não como pedido de desculpas, pois nada do que fizesse poderia apagar o horror que o sonho provocara a Ariel. Podia apenas seguir.

Apreciou pela última vez a visão do oceano sobre a colina, vendo o orvalho brilhar rosado sobre a grama verde, e pegou o capacete sobre o banco... Apenas para notar o turquesa dos olhos dele novamente a encontrá-lo. Vestido como humano, com a roupa que lhe dera ao começar a sonhar em dançar com ele. Agora, no entanto, queria apenas aqueles braços, o cabelo avermelhado entre seus dedos e os lábios entre os seus.

E foi o que fez. Seus pesadelos foram varridos ao sentir novamente o cheiro de maresia e o calor dos lábios do homem que tanto amava; suas palavras sumiram, seus sentimentos se embaralharam e o amanhecer surgiu, laranja e rosa.

Entraram juntos, os motores foram ligados e seu último sonho humano se iniciou. O avião vermelho se lançou ao oceano, deixando para trás empregados desesperados, pais loucos e a lembrança de um inferno que não mais voltaria. E, indo em direção ao azul, viu novamente o sorriso que amava surgir. Não havia mais nada que o prendesse.

Havia apenas Eric, Ariel e o oceano.

 


Notas Finais


A vocês que aguentaram essa história até aqui, muito obrigado.
Não tenho talento para yaoi, ficou suave demais, quase não dá pra perceber... E a história vai e volta no tempo, é quase westworld de tão confusa... Sorry kkk
Mas me desculpe, Inês. Queria ter feito um presente mais elaborado.
Mesmo assim, espero que goste... E é isso. ^^


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