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História Oh My Shinee! - Sentimentos


Escrita por: Hachi_Nana94

Notas do Autor


Hey!
Mais uma semana e mais um capítulo!
Tal como prometido é do ponto de vista do Minho.
Espero que gostem!

Capítulo 7 - Sentimentos


Minho POV on

Não acredito que, de tanta pessoa no mundo, tinha que encontrar logo a Irene nesta festa. Ainda por cima a Nana estava comigo. Imagino o que ela deve estar a pensar. Quando a Irene deduziu que a Nana era a minha nova namorada aproveitei e vi ali uma oportunidade para me livrar de uma vez por todas.

A Irene tinha sido a minha última ex-namorada e a que mais me tinha magoado até agora. Na verdade eu nem tinha interesse nela ao início mas ela aproximou-se de mim e, aos poucos, comecei a apaixonar-me por ela. Mas, assim que começamos a namorar a sua atitude mudou. Se ela ao início não me largava e era super amorosa, aos poucos foi-se tornando evasiva e fria.

Quando isso aconteceu eu pensei que fosse por ela ter muito trabalho ou assim mas acabei por descobrir a verdade da pior maneira. Para variar, ela tinha dado uma desculpa qualquer quando a convidei para sair. Os outros rapazes tinham saído num encontro a pares e não me apetecia ir fazer de vela por isso, decidi ir comprar algumas roupas novas. Qual o meu espanto quando vejo a minha namorada de mãos dadas com outro rapaz.

Ela nem sequer mostrou qualquer vergonha quando passou por mim e me olhou nos olhos, sorrindo de forma provocadora. Foi como se ela nem me conhecesse. Nunca o meu coração tinha sido espezinhado daquela maneira.

Naquela noite encontramo-nos para terminar. Eu queria saber o porquê. Ela simplesmente encolheu os ombros e respondeu que já não era divertido brincar comigo, tinha-se aborrecido e partiu para outro brinquedo. Nessa noite descobri como as pessoas podem ser maldosas.

Por isso, de todas as pessoas naquela festa, a última que eu queria encontrar era a Irene. E ela lançava novamente as suas garras para mim. Mas como diz a minha omma, só cai na segunda quem for burro. Mas ela não era de desistir tão facilmente. Eu tinha-lhe que mostrar que eu já tinha partido para outra. E, a minha hipótese estava mesmo ao meu lado.

Claro que eu não podia falar com a Nana e explicar-lhe tudo. Pelo menos não agora. Não havia tempo. A única coisa a fazer era cruzar os dedos e esperar que ela alinhasse na representação.

Tal como esperado, a Irene não acreditou na minha palavra. Ela precisava de provas, um beijo.

Olhei para a Nana e aproximei-me lentamente. Podia ser pior. Ela até era bonita. Não que fosse sexy mas ela era fofa. As suas faces coradas, o seu sorriso contagiante ou os seus olhar caloroso. Tudo nela dava a sensação de segurança mas também uma necessidade de a proteger. Mas agora eu ia magoá-la por causa da minha estupidez e egoísmo. Será que ela algum vai ser capaz de me perdoar.

Todos estes pensamentos passaram à velocidade de um flash. Em poucos segundos os meus lábios estavam encostados aos seus. Fiquei surpreendido por sentir que os seus lábios se moldaram de forma tão perfeita aos meus. Movi os lábios lentamente e a Nana imitou o movimento. Eu queria continuar mas lembrei-me do propósito daquele beijo e este já tinha sido cumprido. Quebrei o beijo lentamente, querendo manter o contacto daqueles lábios por mais tempo.

-Satisfeita? –perguntei, encarando a Irene.

Esta olhou para mim ainda um pouco incrédula mas decidiu desistir. Não sei antes lançar um convite.

-Quando te fartares de brincar com crianças podes vir ter comigo.

Suspirei de alívio ao vê-la desaparecer. Olhei para Nana e, ao mover-me reparei que as nossas mãos estavam dadas. Mas, desde quando? Num movimento rápido larguei a mão dela. O que é que eu estava a fazer? Porque é que o meu coração está a bater tão depressa? Sorri, numa tentativa de disfarçar a situação. Eu decididamente tinha ido longe de mais.

-Bem, desculpa pelo beijo mas, de outra forma, ela não teria acreditado.

Era o mínimo que eu podia fazer. Pedir desculpas por tê-la arrastado para esta situação toda.

Mas a Nana demorou a responder o que me preocupou ainda mais do que se ela tivesse começado a gritar comigo. Conseguia ver os pensamentos a fervilhar dentro dela. O que será que ela está a pensar? Vi uma pequena ruga formar-se entre as suas sobrancelhas e percebi que as coisas não iam correr bem para o meu lado. Dobrei-me um pouco para a olhar melhor e pousei a minha mão no seu ombro, tentando acordá-la para a realidade.

-Estás bem?

A reação dela foi imediata. Ela bateu-me na mão e, por instinto, retirei-a imediatamente do seu ombro. Ela não estava chateada comigo… ela estava furiosa!

-Não. Me. Toques.- ela proferiu cada palavra em separado num tom tão gelado como o gelo.

Ela nunca tinha falado assim comigo. Ela era sempre tão doce e calorosa que eu nunca pensei na dor que sentiria ao ouvi-la falar tão friamente comigo. Era como milhares de pequenas agulhas estivessem a ser cravadas no meu peito.

Quando eu ia abrir a boca para implorar por perdão a Nana vira costas e deixa-me sozinho, imóvel, incapaz de me mexer, incapaz de ir atrás dela. Sozinho… que irónico. Estou numa festa com centenas de pessoas mas, quando ela foi eu senti-me sozinho. Merda, Choi Minho!

Eu tinha que fazer algo mas, preciso de ajuda. E nada melhor que os meus amigos para me ajudar. Agora ia ser missão impossível encontra-los no meio desta gente toda. Bem, é melhor começar agora!

Procurei por todo o lado, perguntando aqui e ali se alguém tinha visto um deles. Foi o Chanyeol o primeiro a dizer-me algo.

-Eu vi o Onew e o Key por ali a dançar. –ele olhou-me preocupado.- Está tudo bem, hyung?

-Sim, sim. Só preciso de lhes dar um recado.- menti.- Obrigado!

Furei entre a multidão até conseguir encontrar o Key a dançar com o Onew. Toquei nas costas de Key que parou de dançar imediatamente e olhou para mim com as sobrancelhas franzidas. O Onew também parou quando sentiu que o Key já não se roçava mais nele.

-O que é que fizeste agora?-silvou o Key.

-Mas quem te disse que eu fiz algo?- perguntei na defensiva.

-Como se eu já não conhecesse a tua cara de sapo.

-Que tem a minha cara? Não tenho outra!

-Pára de desviar o assunto e diz lá de uma vez por todas.

Suspirei derrotado. Eu tinha vindo aqui pedir por ajuda por isso, mais valia ser sincero. Contei-lhe resumidamente o meu encontro com a Irene e como tinha acabado por beijar a Nana e ela no final tinha ido embora. Por incrível que pareça o Onew estava mais espantado que o Key.

-Preciso que me contes tudo detalhado porque há algo aí na tua história que não bate certo. Mas, o mais importante agora é procurá-la. Se bem a conheço ela já deve estar a caminho do apartamento, a pé, totalmente sozinha.

O meu coração apertou. Ela não seria capaz pois não? Ela não lê notícias, não vê televisão? Ela não sabe que há sempre tarados aí à solta, à procura de raparigas sozinhas para fazer… Abanei a cabeça para afastar tais pensamentos.

-Vamos! De que estamos à espera?!- gritei ainda mais alto do que já estava devido à música.

-Temos que encontrar o Jong e o Tae primeiro! Dá-me 5 minutos.- o Key olhou para a minha cara de pânico.- Pronto, 2 no máximo!

Ele desapareceu por entre a multidão e eu senti a ansiedade aumentar à medida que os segundos iam passando. Eu sei que ainda não tinham passado os 2 minutos mas, para mim cada segundo era como se fosse uma hora.

O Key cumpriu a sua palavra e cerca de 2 minutos depois regressou trazendo atrás de si os restantes dois rapazes.

-É bom que tenhas uma boa desculpa para irmos embora agora que tínhamos conseguido arranjar um quarto livre!-reclamou o Jong- O Key entrou por lá dentro e arrastou-nos sem dizer uma única palavra sobre o motivo.

Olhei para o Tae e o Jong. Ambos estavam despenteados e o Tae vestia a camisola do avesso. Eu nem quero pensar no que é que o Key interrompeu.

-Vamos, rápido. Eu explico tudo no carro!

O Jong e o Tae olharam um para o outro, tentando perceber o que se passava mas não disseram nada. Provavelmente eles perceberam o pânico na minha voz.

Ao sairmos encontramos o Heechul. Ele estava bastante corado e segurava num copo com álcool. Provavelmente, ele já tinha bebido demais mas, mesmo assim, não perdia nada em perguntar se ele tinha visto a Nana.

-Ah, aquela criadinha que veio com vocês? Sim… Eu vi-a ir embora.-ele abanou a cabeça.- Deixem-me que vos diga que ela até pode ser bonitinha mas não é nada divertida. Quem é que vai embora de uma festa quando o sol ainda nem nasceu? Para a próxima eu…

Tinha-me esquecido completamente como o Heechul fica falador quando está bêbado. Eu não tinha tempo para isto.

Sem dizer uma única palavra passei pelo Heechul e saí da festa. O ar estava gelado cá fora. Olhei em volta numa tentativa de a encontrar mas, tal como o Key tinha previsto, nem sinal dela.

Corri até ao nosso carro e bati no vidro do condutor. O motorista, que estava a dormir, sobressaltou-se com o barulho e apressou-se a sair do carro.

-Desculpem, eu não dei pelas horas…- ele olhou para o relógio e vi a surpresa no seu olhar ao constatar que ainda não tinham passado duas horas desde que tínhamos chegado.

-Leve-nos até casa mas conduza devagar, por favor. Estamos à procura de alguém.

Eu não queria contar ao nosso motorista que tínhamos perdido a nossa assistente! Ele olhou para nós desconfiado mas não abriu a boca pois tal não era a sua função. Abriu-nos a porta e, mal entramos, ele arrancou.

-Então, vai-nos contar tudo o que aconteceu, passo a passo? Não omitas nem uma vírgula!- ameaçou o Key.

Comecei a contar tudo novamente mas, desta vez, acrescentando o máximo de pormenores que me lembrava. Quando terminei todos estavam com uma cara de parvos a olhar para mim, tirando o Key que me deu um tapa na cabeça.

-Auch!-gritei, massajando o local onde ele me tinha acertado.- Para que foi isso?

-Tu por vezes és mesmo lerdo, Minho!

Eu não estava a perceber nada. Primeiro a Nana e agora o Key. O Key olhou em volta e os quatro rapazes olhavam para ele igualmente confusos.

-Não me digam que vocês também não perceberam!- A voz de Key subiu uma oitava.

Olhamos uns para os outros à espera de alguma explicação mas nós estávamos completamente às escuras.

O Key recostou-se no banco e suspirou.

-Vocês por vezes são tão tapadinhos que nem com um desenho do Da Vinci vocês iam lá! Foi o pedido de desculpas!

Pronto, chamem-me estúpido mas eu fiquei na mesma. E, pelos vistos, não tinha sido o único. O Key agora lançou-nos o olhar “ok, vocês são mesmo retardados, só pode!”

-Tu pediste desculpa por tê-la beijado! Pede-se desculpa por algo que nos arrependemos de ter feito, pelos nossos erros. Ao pedir desculpa pelo beijo foi o mesmo que dizer que esse foi um erro!

Agora tudo fazia mais sentido! Mas, mesmo assim! A minha intenção ao pedir desculpas não era essa! Ela percebeu tudo ao contrário.

-Mas não foi esse o significado! Eu… eu…- debatia-me com as palavras.

O Key sorriu e pousou a mão no meu ombro.

-Não te preocupes, ao contrário de vocês, eu não sou assim tão burro. Eu já percebi tudo. Talvez muito antes de vocês mesmos o perceberem.

O carro parou e o motorista baixou o vidro que separava a parte traseira do carro da parte do condutor.

-Acho que encontrei o que procuram.

Olhei para lá para fora e vi-a. Eu ia-me levantar mas o Key segurou-me.

-Eu vou lá, é melhor.


Notas Finais


O próximo cap continua a ser do ponto de vista do Minho!
Espero que tenham gostado.
Cometem, pessoas lindas! *-*
*chu*


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