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História Ômega da cidade - Tensão.


Escrita por: pridedevhope

Notas do Autor


Bom dia, boa tarde e/ou boa noite!
Tudo bem com vocês? Espero mesmo e mesmo que a resposta seja sim!

Realmente, eu amei ler os comentários de vocês no capítulo passado KKKK
Ai, gente, nem me julguem, por mais que seja eu escrevendo, também passo raiva com certos momentos do desenvolvimento
E de verdade, fiquei bem tristonha perante o que aconteceu com Hoseok, ainda mais por Taehyung ter um trauma que não deixa suas emoções totalmente estabilizadas :((
Mas prometo que logo, logo ele receberá ajuda e irá melhorar <3

Perdoe-me pelos erros ortográficos...
Boa leitura ~

Capítulo 14 - Tensão.


Fanfic / Fanfiction Ômega da cidade - Tensão.

A loja de conveniência era larga e com corredores estreitos. O cheiro de comida velha cercava o ambiente e apenas o barulho monótono do ventilador podia ser escutado. E as latas de bebidas e sacos de salgadinhos eram tiradas e colocadas do lugar a cada instante, deixando as prateleiras ainda mais desorganizadas.

Hoseok olhava atentamente para um salgadinho picante na primeira fileira. Pensou em pegar, mas a sua cesta já estava cheia e o dinheiro que trouxera era pouco para pagar tudo aquilo. Então, decidiu dar as costas e pegar apenas mais um pote de sorvete.

A sua aparência não era uma das melhores. Tinha o rosto pálido, olheiras debaixo dos olhos e o cabelo desgrenhado. Parecia estranho e diferente: não sorria ou falava mais do que o necessário. Sempre estava pensando e com o olhar distante, como se sentisse…

Enquanto pegava mais um pote de sorvete, a sineta da porta tocou, indicando a entrada de outro cliente. Hoseok não se deu ao trabalho de olhar para trás, concentrado em escolher o sorvete e ir embora. 

Ao se aproximar do caixa para pagar, trocou um breve olhar com a atendente, que, com uma expressão vaga, passou os itens pelo scanner e ensacou todos os produtos. Assim, depois de pagar, com a cabeça baixa, partiu em direção a porta e saiu.

Hoseok mal conseguia pensar enquanto andava. A sua mente parecia estar em uma turbulência de vários pensamentos confusos, todos voltados à uma única pessoa. O sol, então, deixava-o ainda mais desestabilizado: o dia estava quente e abafado, e ele teria que ir para casa a pé. 

Um suspiro profundo e carregado escapou de seus lábios, mostrando a exaustão que se acumulava em seu corpo. Os seus passos continuaram lentos e pesados, arrastados contra a calçada quente enquanto os seus braços finos seguravam as sacolas com comida. 

Os seus olhos apenas se ergueram do chão em um lampejo de curiosidade quando um estrondo ecoou pela rua deserta. Uma moto grande e rápida passou por ali, cortando o ar e deixando os rastros do vapor quente que produzia. 

O vento, agarrando-se ao corpo Hoseok, trouxe uma sensação de medo e desespero. Por isso, começou a andar um pouco mais rápido. Os seus sentidos pareceram ficar em alerta e a única coisa que mais desejava era chegar em casa.

De repente, uma voz estridente rompeu o silêncio:

— Ei! Gatinho!

Hoseok engoliu em seco, pulando no lugar quando o chamado preencheu o silêncio da rua. A sua visão pareceu ter ficado turva por um momento e as sacolas caíram no chão, rasgando no meio da calçada. Ele se encolheu, mal olhando para o lado para ver quem era.

— Ei, Hoseok!? Você está bem!? — A voz se aproximou, trazendo o barulho de uma moto consigo. Hoseok pôde ver que a moto era detalhada e fina, uma fusão de elegantes curvas e linhas aerodinâmicas. Pintada em um preto profundo, a superfície brilhava como polida obsidiana. — Você está bem?

Piscando com demora, Hoseok ergueu a cabeça um pouco mais e os seus pulmões esvaziaram em alívio. O seu rosto ainda pálido deixou a expressão assustada e transformou-se em algo tímido, acenando sem jeito com a mão para a mulher em sua frente.

— Uh, Calista… oi…

— Oi, gatinho. O que foi? Você está bem?

A mulher alta desceu da moto com uma elegância tranquila, seu olhar fixo em Hoseok revelando um semblante preocupado. Ela tinha uma beleza cativante, de sobrancelhas finas e nariz arrebitado. O seu cabelo loiro e curto chegava até os ombros, enquanto as suas orelhas tinham piercings e os seus lábios estavam curvados em um leve sorriso.

O conjunto que formava a sua presença revelava uma sofisticação natural, como se ela tivesse saído de uma cena de filme, pronta para desbravar as ruas com sua moto imponente e sua aura irresistível.

— O que você… o que você está fazendo aqui? — Hoseok perguntou com a voz baixa, olhando para ela. Calista Rossi era uma alfa, uma velha amiga. Era uma das poucas pessoas que conhecia que ainda mantinha as normas antigas do mundo. — Eu pensei que você tinha se mudado para a capital…

— Uh, bem, eu fiz isso. Mas eu estou de volta, querido. Eu tirei um mês de férias… — respondeu em um leve sorriso, abaixando-se e pegando as compras de Hoseok que estavam no chão. — Eu voltei para te ver. 

— Ah… obrigado. Eu acho.

— Você está bem, Hoseok? Você parece tão… tristinho… — A mão dela tocou a bochecha quente de Hoseok, acariciando-a com calma. Ela a segurou gentilmente, apertando-a sem força. — Para onde você está indo agora?

— Estou indo para casa. — Tentou pegar as compras, mas Calista desviou, ainda segurando-as.

— A pé? Mas e o NamJoon? Ele não vai vir te buscar? Ômegas como você não podem andar sozinhos, querido. É perigoso.

Hoseok suspirou fundo, tentando pegar as sacolas outra vez. Mas Calista desviou.

— Sim, a pé… NamJoon está trabalhando e eu posso me virar sozinho — respondeu com calma, olhando para os olhos azuis dela que cintilavam. — Você pode, por favor, me entregar as sacolas? Eu preciso ir para casa.

— Eu posso levar para você, está pesado. 

— Não precisa. 

— Eu sei que você não gosta muito de motos, mas… vem, eu te dou uma carona.

— O quê? Não, não. Não precisa, Calista. — Tentou pegar as sacolas, mas Calista deu as coisas e começou a andar em direção a moto. Hoseok sentiu o pavor preenchendo o seu peito. — Por favor, a sua moto não. Eu consigo andar! Já estou perto do haras mesmo…

A risada fraca e doce de Calista ecoou pela rua. Ela guardou as compras de Hoseok na moto e olhou para ele com cuidado. Para ela, Hoseok parecia tão lindo quanto da última vez. Aproximando-se calmamente, segurou a mão dele e o trouxe para mais perto.

— Olha, eu posso ir devagar. Não precisa ter medo.

— Não é sobre ter medo — a voz dele saiu trêmula —, é só que eu não gosto.

— Mas você prefere andar a pé? Nesse sol? Nós vamos chegar na sua casa em menos de cinco minutos. Vem comigo, vem.

Hoseok suspirou fundo, mordendo o lábio.

— Olha... tudo bem... mas vai devagar, por favor. Você disse que podia ir devagar. — Hoseok mostrou sua preocupação, e Calista respondeu com um aceno compreensivo. Ela deslizou a mão até a cintura dele, guiando-o até a moto e oferecendo apoio para que ele subisse. — Obrigado…

A textura do couro do assento era suave sob seus dedos, e Hoseok sentiu-se envolvido pela segurança do toque de Calista. Enquanto ela ajustava alguns controles da moto, seus olhos expressavam uma confiança serena. Assim, Hoseok sentiu-se mais tranquilo, deixando as pálpebras descansarem quando começou a estar em movimento.

Hoseok conheceu Calista ainda jovem, quando tinha apenas catorze anos. Ela sempre foi uma alfa gentil e educada, por mais que acreditasse fielmente nas antigas regras que a sociedade impunha a todos: que os alfas deveriam estar no comando. Mas ela ainda assim era alguém fácil de se conviver.

Hoseok apenas começou a ter dificuldade depois do primeiro beijo que deram no aniversário dela há anos atrás. Mas as coisas ainda continuaram bem.

— Como você passou as semanas sem mim, querido? 

— Uh, bem. Nada de diferente — respondeu com dificuldade, o vento quente abraçando as suas bochechas outra vez e bagunçando o seu cabelo.

— Não estou sentindo firmeza nisso aí… alguém já roubou o seu coração de mim, hein? Hein? — A voz dela soou brincalhona, cintilando com um pouco de emoção e curiosidade. — Não me diga que sim…

Hoseok quis responder, mas a sua mente pareceu desacelerar a cada pensamento. Roubou, roubou, roubou. Coração, coração, coração. As palavras atravessaram as frases e correram de um lado para o outro, deixando-o com uma perturbação evidente brilhando em seus olhos opacos.

Quando conseguiu pensar, a resposta saiu fria de seus lábios:

— Não.

Calista pareceu sem graça por um momento, sentindo o constrangimento enquanto dirigia. As bochechas dela foram pintadas de vermelho enquanto ela olhava para frente e cortava as ruas sem dizer mais nenhuma palavra.

Continuaram assim até que a mansão surgisse entre as árvores e arbustos, dando espaço a um enorme campo que seguia a linha do horizonte. A mansão exalava uma aura de elegância e grandiosidade, com as paredes de pedra maciça já envelhecidas pelo tempo e as janelas altas e esguias adornando as características principais.

Com as mãos trêmulas devido ao passeio de moto e aos pensamentos que corriam por sua mente, Hoseok soltou a cintura de Calista com calma e desceu com as pernas bambas. A adrenalina do momento ainda pulsava em suas veias, deixando-o um tanto atordoado.

— Onde pensa que vai tão rápido?

Hoseok ergueu a cabeça, dando uma respiração profunda.

— C-Como assim? Nós, nós já chegamos…

— Eu ainda tenho que te levar até a porta.

— O q-quê? Não. Quer dizer, não. Não precisa. 

— Claro que precisa, meu bem. É o mínimo que eu posso fazer depois de ficar sem te ver por tanto tempo. — Os lábios dela abriram-se em um sorriso sutil, mostrando apenas um pouco dos dentes. — Vamos? Eu levo as compras.

A hesitação nas palavras de Hoseok misturou-se ao sorriso confiante de Calista. 

Apenas assentindo com a cabeça, ele decidiu deixar com que ela o ajudasse. Sendo assim, os dois caminharam em silêncio em direção a porta de madeira branca e maciça. O lugar parecia mais silencioso que o de costume, apenas com o ruído sutil dos galhos das árvores e dos cavalos nas pistas de doma.

Como estava sem chave, Hoseok deu algumas batidas na porta e esperou. Ninguém atendeu. Um pouco impaciente, tentou outra vez e logo a passagem foi liberada por um pequeno garoto de pijama e cabelo bagunçado.

— Tia Calista! Tia Calista! — O grito de Jungkook preencheu o silêncio. O garoto com as bochechas sujas de chocolate abraçou as pernas da mulher, rapidamente subindo no colo e sendo abraçado por ela. 

— Meu amor! — Calista abraçou o menino com carinho, apertando sem força o nariz dele. O sorriso em seus lábios tornou-se maior. — Faz tempo que eu não te vejo! Você cresceu!

Jungkook piscou como se fosse um menino grande, o semblante transbordando de orgulho. 

— Eu cresci! Agora eu tenho cinco anos!

— Uau, mas que menino grande… — Calista beijou a testa dele, ainda segurando-o no colo com um braço enquanto no outro segurava as sacolas de compra de Hoseok. — Cadê o seu ômega?

— Jiminie! — Agitado, Jungkook sorriu ainda mais. Ele pulou do colo da mulher e correu para dentro da mansão, tropeçando e gritando o nome do melhor amigo. Enquanto isso, Calista e Hoseok também entraram e seguiram o menino. — Jiminie!

— Jungkookie, o papai fez chocolate queimado! — Jimin surgiu pelo corredor com o cenho franzido e uma colher de chocolate derretido na boca. — Mas dá pra comer! Não vai falar pra ele que ele vai ficar triste!

— Tia Calista está aqui, Jiminie! Vem!

— O quê!?

— A tia Calista!

— Tia Calista!? — A criança girou a cabeça e procurou a mulher com ansiedade. Quando a achou, correu até ela e pulou em seus braços com segurança, sabendo que seria segurado. — Tia Calista! O que a senhora está fazendo aqui!? Oi, tia!

— “Senhora” não, Jimin! Só por que eu sumi por um tempo você já acha que eu fiquei velha? — ela perguntou com uma risada, esfregando o nariz na bochecha do menino com carinho. A sua fala pareceu divertida. — Que saudades de você…

— O que você está fazendo aqui, tia? 

— Eu vim ver você, o Jungkook… o seu pai…

— A gente também estava com saudades!

Jungkook se aproximou com um sorriso, tocando a barra da calça que Calista usava.

— Tia, você quer chocolate quente?

— Chocolate quente? Isso parece bom. Eu quero!

— Vem! A gente está fazendo com o TaeTae, dá pra tomar sem engasgar! — disse com animação, segurando a mão da mulher e levando-a para a cozinha em passos rápidos e saltitantes. — Vem! Não liga pra bagunça, não, titia!

— Vem, papai! — Jimin chamou Hoseok, que olhava a cena parado perto da porta.

Com um suspiro, Hoseok piscou e fingiu um sorriso para o filho. Andou até ele quase sem emoção, segurando a sua pequena mão e deixando-se levar até à cozinha sem dizer nenhuma palavra. Aquele espaço pareceu estranhamente frio no momento em que entrou. 

A bancada perto da pia estava em desordem, coberta por respingos de leite, migalhas de pães recheados e manchas de chocolate. Embora o cheiro fosse tentador, ainda existia vestígios de queimado perto do fogão e armários, sugerindo que algo não saiu conforme o planejado.

— Olha, tia Calista, esse é o Taehyung! 

— Uh, Taehyung?

— Sim, titia, ele é o meu papai! 

Hoseok ergueu a cabeça quando a voz estridente de Jimin o despertou outra vez. O menino pulava de um lado para o outro enquanto apontava para Taehyung, que apenas continuava parado. Então, assim que olhou para quem o filho tanto falava, Hoseok sentiu algo estranho cintilar por todo o seu corpo.

Taehyung parecia bem. Parecia como qualquer outro dia. Ele vestia um avental branco e tinha o cabelo bagunçado, como se tivesse acabado de acordar. Ele olhava para as crianças e para Calista com uma expressão séria e os seus ombros estavam tensos.

Calista pareceu surpresa pela fala de Jimin, olhando para Hoseok e depois para Taehyung por um tempo. No entanto, antes que pudesse perguntar qualquer coisa, Jungkook a fez sentar na cadeira da bancada.

— Olha, titia! Experimenta!

— Claro, querido… é só chocolate quente?

— É, sim! A gente que fez!

Calista pegou a xícara e bebeu um pouco. Ela fez uma leve careta por estar doce demais, mas ainda continuou tomando até que acabasse. As duas crianças olhavam para ela com animação, esperando uma resposta se ela tinha gostado ou não.

— Isso é muito bom!

— É mesmo!?

— Papai, experimenta também! — Jimin pediu com um sorriso para Hoseok, enchendo uma caneta com chocolate quente e entregando ao pai. — Toma!

— Oh, meu amor… obrigado… — Hoseok também bebeu, acariciando o cabelo do menino. — Eu também gostei, está muito bom.

— Vem, querido. Senta do meu lado. — Calista puxou uma cadeira para Hoseok, tocando o braço dele sem força e fazendo-o sentar. Ela olhou para ele com atenção, vendo-o beber calmamente. — Você cuidou bem desses meninos. Eles parecem bem.

— É, sim, obrigado…

— Você vai ficar aqui por quanto tempo, tia? — Jungkook perguntou, andando até Taehyung e erguendo os braços para ele. Taehyung o pegou sem dizer nada, totalmente concentrado em lavar a louça e limpar a bagunça. — Você vai morar aqui de novo?

— O quê? — Calista riu. — Não, querido. Apenas vim passar as minhas férias aqui. Eu vou embora na próxima semana.

— Por quê, titia? Você pode morar aqui, se quiser… — Jimin falou com um leve beiço, andando de um lado para o outro como se tivesse ajudando a limpar. — A gente pode decorar um quarto pra você!

Calista sorriu com as palavras do menino, guiando o olhar para Hoseok e vendo que ele parecia mais silencioso que o costume. Ela arqueou uma sobrancelha, confusa ao vê-lo tão abatido. Assim, aproximou-se dele com cuidado e passou o braço pelos ombros dele.

— Ei, gatinho. O que foi?

Hoseok suspirou, olhando para ela.

— Não é nada, só estou cansado…

— Você quer que eu vá embora, querido? A gente pode sair depois, eu venho te buscar…

Assustado quando Calista foi puxada para longe da bancada, Hoseok olhou para baixo e viu as crianças segurando as mãos dela. Ela estava sendo puxada em direção à sala, com um semblante surpreso enquanto tropeçava nos próprios coturnos.

— Tia Calista, vem assistir desenho com a gente! 

— Meninos, não puxem a Calista desse jeito! Vocês vão machucar ela... — Hoseok ficou em pé, aproximando-se dos dois e pegando um deles no colo. — Ela acabou de elogiar vocês e vocês já estão agindo assim?

— Perdão, papai — pediu Jimin em um choramingo, ainda no chão enquanto levava a mulher para sala. — A gente pode assistir desenho? O melhor começa agora! Vai começar daqui a pouco!

— Vocês têm que perguntar para a tia Calista se ela pode assistir… ela deve ter algum compromisso agora…

— Uh, na verdade, não. Eu posso ficar aqui — respondeu Calista com um sorriso discreto, piscando para Hoseok enquanto Jimin e Jungkook comemoraram com um toque de mãos. — Vamos, me levem para ver o desenho.

Os garotos levaram a mulher para a sala em passos rápidos, fazendo-a se sentar em um dos sofás e ligando a televisão. A tela, impressionantemente grande e de última geração, irradiava uma qualidade exuberante, envolvendo a sala em cores vibrantes e imagens nítidas. O desenho infantil era animado.

— Ué… — Jimin, sentado no sofá entre Calista e Jungkook, resmungou ao sentir a falta de alguém. O pequeno olhou para os lados em um bocejo alto, vendo o pai sentado em uma poltrona enquanto olhava para a televisão fixamente. — Papai?

— Sim, querido?

— Onde o papai está?

Hoseok olhou o menino, ficando quieto por um instante. A resposta não saiu de seus lábios em momento algum, fazendo com que a criança logo se agitasse e descesse do sofá.

— Eu tenho que buscar o papai! Calma aí!

Ainda sem conseguir dizer nenhuma palavra, Hoseok observou o filho sair da sala e ir para a cozinha. 

Jimin logo voltou agarrado ao pulso de Taehyung, trazendo-o entre curtos murmúrios. Taehyung parecia querer não se aproximar, mas Jimin ainda continuava o puxando antes que ele pudesse reclamar. 

— Vem, papai! 

— Jimin, me solta…

— Ei, Taehyung, certo? Fica com a gente… — Calista falou de forma breve, chamando Taehyung com um abanar de mãos, que apenas olhou para ela com desconfiança. — Eu sou uma alfa, mas não mordo.

— Eu não tenho medo de você, eu só tenho coisas para fazer. — O tom de Taehyung ecoou firme pela sala abafada devido ao calor.

— Por favor, papai, deixa pra depois! Fica comigo! — Jimin choramingou, abraçado a perna dele.

— Vai, Taehyung, só um pouco. Ver um desenho não vai te atrapalhar, eu tenho certeza… — A entonação da mulher mudou aos poucos, transbordando em algo mais sarcástico. Ela olhou para ele com estranheza. — Você está morando aqui há quanto tempo mesmo?

Taehyung cerrou os olhos ao notar a mudança de Calista. Com calma, pegou Jimin no colo e se sentou em um dos três sofás. Sentou distante de todos, olhando para a mulher com cuidado antes que respondesse.

— Desde o começo do ano.

— Você gostou daqui? O que achou de tudo? 

Taehyung deu de ombros, caindo em um silêncio profundo e único. 

O clima pareceu pesar, como se as nuances do ambiente capturassem a tensão no ar.

— TItia, você não vai poder dormir aqui hoje mesmo? — Jungkook perguntou depois de um tempo assistindo televisão. A cabeça dele estava apoiada nas pernas de Calista.

— Eu não posso, querido. Eu preciso ir embora daqui a pouco… — respondeu ela. — Mas eu posso voltar amanhã. O que você acha?

— Você não tem outras coisas para fazer, Calista? Você não precisa vir, se não quiser — Hoseok falou de forma inquieta, não desviando os olhos do desenho. — Você não precisa se preocupar com a gente, estamos bem.

— O quê? Mas é claro que eu posso vir!

— O papai pode cozinhar!

— Uh, isso parece ótimo!

A expressão de Hoseok tornou-se ainda mais escura.

— Mas, mas… eu não posso, eu não sei cozinhar muito bem…

— Querido, você pode fazer aquele ensopado que só você sabe fazer. É o bastante para alimentar a todos nós.

— SeokJin não vai gostar se eu mexer na cozinha dele. Sabe como é. — Rindo nervoso, Hoseok ficou em pé. Ele parecia perturbado. Mas, antes que pudesse criar outra desculpa para que Calista não aparecesse pela manhã, a porta da frente foi aberta.

— Eu acho que escutei alguém falando o meu nome.

— Jin! Jin! — Jungkook exclamou com surpresa, sentando-se com um sorriso.

— Oi, querido… como você está? Oi, Jiminie… — SeokJin se aproximou com sacolas nos braços, dando um beijo na testa das duas crianças. Depois, olhou para a mulher no sofá e arregalou os olhos com surpresa. — Uau, meu Deus! Calista! Querida, há quanto tempo!

— SeokJin! Você não mudou nada! Que bom te ver… — disse com animação, ficando em pé e abraçando o outro. O abraço foi curto e caloroso. — Cadê o NamJoon? 

— Está guardando o carro, daqui a pouco ele aparece. O que você faz aqui? — SeokJin abraçou ela outra vez, em seguida colocando as sacolas no chão e olhando em volta. — Hora do desenho? Isso parece bom. Boa tarde, Taehyung.

— Oi…

SeokJin olhou para Hoseok e caminhou até ele, beijando-o na testa.

— Não fujam do assunto, hein. Eu tenho certeza que eu ouvi o meu nome.

— Eu tinha dito que poderia vir aqui amanhã se o Hoseok cozinhasse para todos nós. Mas ele disse que você não iria deixar ele ficar na cozinha… — Calista contou enquanto se sentava, deixando que Jungkook sentasse em seu colo outra vez. 

Hoseok sorriu forçado.

— O quê? Claro que eu deixo ele cozinhar! Vai ser de grande ajuda para mim! Ele pode ficar totalmente responsável pela cozinha amanhã. Você vem para o almoço, então?

 


Notas Finais


Realmente, quem é fã de carteirinha do meu perfil sabe que já coloquei algumas histórias incluindo Jung JinSoul, apenas para dar um spoiler envolvendo essa fanfic KKKKKK
Ai, Deus, alguém me ajuda

Nossa, hoje estava conversando com uma amiga e do nada falei "Vou virar K-Tuber", cara, é sério, sempre sonhem ~
Espero que tenham gostado do capítulo, estamos quase na reta final!
E viram como sou um amor? Atualizei rapidinho <3

Me despeço por aqui...
Até a próxima?
Tchau Tchau ~


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