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História On and On - Capítulo 47


Escrita por: Gi-Ka

Notas do Autor


Agradecemos aos 356 favoritos e a todos que comentam!!!

Para mais informações ou se quiserem bater um papo com as autoras,
nos sigam no Twitter: @giseledute | @isidoroka ;)

Boa leitura.

Capítulo 47 - Capítulo 47


Seokjin tinha acabado de voltar para o apartamento, quando o celular tocou; era Jackson. O psicólogo contorceu os lábios e quase não atendeu ao irmão, mas por algum motivo levou o celular ao ouvido.

Hyung, Namjoon foi atropelado e está na sala de cirurgia.

Jackson falou tudo de uma vez, achando que assim era melhor e pouparia enrolações; de alguma maneira Seokjin agradeceu por aquilo, ao mesmo tempo que desabou no sofá, após perder o equilíbrio.

– Irmão?

– Eu estou indo.

O psicólogo desligou o aparelho celular e não conseguiu controlar as lágrimas, ao mesmo tempo que se levantava apressadamente.

– Jin? O que houve? Que pressa é essa?

O moreno, para ser sincero, nem se lembrava que Jimin estava em casa, mas logo explicou a situação para o dançarino, que arregalou os olhos e auxiliou o mais velho até a porta e em seguida até o Uber, no qual entraram juntos.

Jimin sacudia a perna ansiosamente, já se culpando de tudo o que fizera com Namjoon e Seokjin percebeu o gesto, mas logo o esqueceu ao começar a rezar, ato que ele pouco fazia, mas achou pertinente no momento, principalmente por precisar daquilo, pois a sensação de estar sentado, sem ajudar, era péssima para o moreno.

Divindade, por favor… Namjoon, por favor, esteja bem… Fique bem. Eu estou chegando, meu amor.

 

***

 

Hoseok estava no meio da aula quando Taehyung ligou. O ruivo estranhou e foi para o fundo da sala atender a ligação.

De início, o ruivo não entendeu muito bem o que o rapaz estava falando, mas não demorou muito para as palavras: “Namjoon”, “atropelado” e “hospital” fizessem sentido para o professor, que correu para fora da sala de aula, pedindo desesperadamente para um colega o substituir.

Hoseok estava tão fora de si que a secretária da escola que chamou um Uber, que por sorte chegou em dois minutos.

– Hoseok!

O professor demorou um pouco para reconhecer Youngjae no banco da frente do carro.

Namjoon havia apresentado Youngjae a Hoseok e a constatação daquilo que fez o ruivo chorar. Seu melhor amigo estava internado e sinceramente o professor não aguentava mais as pessoas que conhecia irem parar em um hospital.

– Ei, você está bem?

– Joon está no hospital. Ele foi atropelado.

O motorista soltou uma exclamação de surpresa e acelerou o veículo, fazendo Hoseok se segurar, mesmo que estivesse de cinto de segurança. O tão alegre e conversador moreno estava sério e se concentrava em dirigir com pressa ao mesmo tempo que com cuidado.

– Espero que ele esteja bem. – falou Youngjae quase próximo ao hospital.

– Eu te mantenho informado. – O ruivo agora estava um pouco mais calmo, porém o coração estava apertado e Hoseok odiava aquela sensação. – Obrigado, Jae.

Hoseok saiu apressado do automóvel, sem nem esperar uma resposta do motorista, mas este não se importou, sabendo como o professor deveria estar preocupado, já que ele mesmo estava.

Youngjae ainda ficou parado uns minutos, fazendo uma oração por Namjoon e assim que recebeu um chamado no celular, seguiu seu caminho, mas com os pensamentos ainda vagando para o loiro que mesmo estando em uma festa de gala, havia sido simpático com ele e até uma audição conseguira, o fazendo o próximo trainee da Big Hit, trabalho no qual começaria no mês seguinte e por isso ainda estava completando a renda como motorista.

Divindade, proteja Namjoon-hyung e que ele logo fique bem. Amém.

 

***

 

Seokjin odiava o fato de Jimin ter que o auxiliar por todo o caminho e por um momento entendeu um pouco como aquilo era frustrante e provavelmente o dançarino sentia aquela frustração constantemente, mas o pensamento logo escapuliu da mente do mais velho quando este avistou o irmão, sentado na área de emergência esfregando as mãos e parecendo nervoso.

– Jackson!

O chinês levantou o olhar e correu ao encontro do mais velho, o segurado ao perceber que Seokjin perdeu o equilíbrio ao tentar andar com pressa. Jimin tinha o celular na mão com o objetivo de ligar para Taehyung e ao ver que Jin estava bem, se virou, indo para uma outra área.

– O que houve com você, hyung? – perguntou o chinês, olhando para a perna do psicólogo.

– Onde ele está? Como ele está? O que aconteceu?

Seokjin quase gritava, tentando passar por Jackson que por um momento soube o que fazer para acalmar o meio-irmão; o chinês colocou os braços em volta do corpo do mais velho e Jin pareceu em choque com o abraço, mas de alguma forma era o que precisava e por isso aceitou o gesto.

Jackson teve que usar força, pois o psicólogo se agarrou a ele como se dependesse daquilo e não foi surpresa ao chinês quando o mais velho começou a chorar.

Wang ainda se lembrava da vez em que viu Seokjin descontrolado quando adolescente e que a mãe do psicólogo o acalmara com um abraço e de certa forma o mais novo nunca esqueceu daquilo.

– Ele vai ficar bem, hyung.

– O que aconteceu? – perguntou o psicólogo se afastando aos poucos do irmão, nem acreditando que aquela era a primeira vez, em quinze anos, que abraçara Jackson. – Namjoon tinha acabado de me mandar uma mensagem todo feliz, eu não entendo…

– Eu também não sei como aconteceu. Eu vi Nam atravessando a rua e um carro em alta velocidade indo na direção dele. O cara não freou, não fez nada e ainda fugiu da cena do crime.

– Pela divindade! – As lágrimas voltaram a cair dos olhos do mais velho e Jackson puxou um lenço do bolso da sua calça, entregando para o outro, que passou no rosto após um “obrigado”. – O que ele tem? O que os médicos falaram?

– Que ele rompeu o baço.

– O que?! – A voz do psicólogo se alterou e ele começou a olhar em volta, como se procurasse por algo ou alguém. – Hoseok está aqui? Ele autorizou a cirurgia?

– Eu assinei…

– Como assim você assinou? – perguntou o mais velho. – Você não é nada dele. Hobi que é o contato de emergência.

– Jin, metade desse hospital é do papai; eu só falei o meu nome e eles aceitaram sem problemas a minha assinatura.

Seokjin apenas abanou a cabeça, não era hora de pensar bobagens. Se fosse para salvar a vida de Namjoon, Jackson poderia assinar todos os documentos; ele não se importava, só queria que o namorado ficasse logo bem.

– Obrigado, Jackson.

– Não é como se eu fosse deixar a pessoa que eu sou apaixonado morrer na rua, não é?

Por exatamente um minuto Seokjin processou a fala do outro, tentando juntar as palavras e assim fazer sentido a frase e quando o chinês levantou as sobrancelhas, em provocação, o psicólogo se lembrou porque não era próximo daqueles que ele deveria chamar de família.

– Com licença, Jackson. – falou o mais velho, mancando na direção de Jimin, que observava a cena em silêncio, próximo ao balcão de atendimento. – Minnie, conseguiu falar com Hoseok?

– Liguei para Tae.

O psicólogo encarou o loiro, esperando algo a mais, qualquer coisa, mas o dançarino se manteve em silêncio, o que irritou Seokjin que odiava aquela atitude do mais novo, mas ao mesmo tempo entendia e por isso suspirou fundo diversas vezes para não socar algo ou alguém nos próximos minutos.

 

 

Apenas vinte minutos haviam se passado, mas para Jin eram uma eternidade. Os médicos não davam qualquer informação sobre a cirurgia e cada vez que alguma enfermeira saia ensanguentada da área de cirúrgica era um mini infarto que o psicólogo experimentava.

Os três ocupantes do corredor de espera permaneceram em silêncio, na maior parte do tempo salvo apenas os momentos em que reclamavam da demora ou da falta de informação. O moreno mais velho balançava a perna que não doía de maneira aflita, sem conseguir conter o nervosismo. Se não fosse seu próprio acidente, ele estaria andando de um lado para outro.

De maneira turbulenta e pouco silenciosa, Hoseok adentrou o corredor. Seu rosto ostentava um olhar desesperado enquanto ele buscava alguém de pudesse lhe informar o que estava acontecendo com seu melhor amigo.

– Hoseok! – Seokjin o chamou tentando se colocar de pé, mas sendo impedido por Jimin que segurara seu braço.

– Jin! Onde ele está? Como ele está?

– Eu também não sei, Hobi. – disse o mais velho, fazendo o ruivo se jogar no banco ao lado do psicólogo. – Só sei o que Jackson me falou: que Namjoon rompeu o baço e está em cirurgia.

– Jackson? – Hoseok perguntou, confuso e pela primeira vez viu o chinês sentado no banco a frente, lhe acenando. – Mas que porra você está fazendo aqui? Quem permitiu esse estrume de entrar? Volta já para o inferno da onde você saiu!

– Calma, Hobi.

O psicólogo não esperava aquela reação do ruivo ao mesmo tempo que esperava, principalmente por conhecer o professor; seria engraçado se não fosse um momento trágico.

– Não me pede calma, Jin! De todas as pessoas do mundo ele é o que menos deveria estar aqui!

– Acalma o facho, ridículo. – falou Jackson, se recostando na cadeira. – Se não fosse por mim sabe-se lá o que teria acontecido a ele.

Hoseok pareceu confuso por dois segundos, mas sua ira era maior e por isso já estava pronto para expulsar o outro dali a chutes se fosse preciso, mas Jimin o impedira, se levantando e o segurando pelo punho.

Hyung… Calma. Ele trouxe Namjoon até aqui e assinou os papéis para a cirurgia.

– Como? Eu sou o responsável…

– Ah… o doce poder do dinheiro. – O chinês cantarolou, sorrindo debochadamente.

– Isso não muda nada! Não me interessa se você tem dinheiro. – explicou o ruivo, bufando. – Provavelmente está envolvido com drogas ou sabe-se lá o que... Não me interessa! Você devia ir embora; ninguém te quer aqui.

Hyung… Vai deixar ele falar assim com seu irmão caçula? – Jackson olhou para Seokjin, fazendo seu melhor bico infantil, para em seguida rir outra vez.

– Cala essa boca, peste.

O ruivo estava preparado para reclamar ainda mais quando a palavra “irmão” chegou aos seus ouvidos. O que estava acontecendo ali? Como assim Jackson Wang e Kim Seokjin eram irmãos? Aquilo não fazia o menor sentido.

– Hoseok, o ignore. Vamos nos concentrar em Namjoon, okay? Somente nele. – pediu o psicólogo, segurando a mão do ruivo, que olhou para o gesto e em seguida apertou os dedos do outro com os seus próprios. – Vai dar tudo certo.

– Esse fodido é seu irmão?

– Hobi… por favor, eu estou sem cabeça para isso...

– Há quanto tempo Namjoon está lá? – disparou o ruivo, sentindo novamente vontade de chorar.

– Uns quarenta minutos. – disse Jackson. – Qual o tipo sanguíneo dele? A enfermeira perguntou, mas eu não soube responder.

– Por que você não perguntou isso antes? – Seokjin finalmente perdeu a paciência com o meio-irmão, se levantando com dificuldade e mesmo Jimin tentando impedi-lo, o psicólogo ficou em frente ao chinês, que abaixou os ombros, como se esperasse uma bronca. – Ele precisa de uma transfusão de sangue! Ruptura do baço resulta em uma grande hemorragia! – O mais velho estava irritado e logo esticou o dedo na direção do outro, que ainda estava sentado. – Se você parasse de infantilidade e passasse a ver as coisas com a gravidade que elas exigem, eu até poderia te respeitar, mas como Hoseok disse, você é um fodido de merda.

– Hoseok não disse isso. – rebateu o chinês.

– Foda-se. – Jin sentia que todo o sangue dele estava no rosto e em pouco tempo sentiu a mão de Hoseok em seu braço, o chamando para voltar a se sentar. – Fique aí no seu canto e não fale mais uma palavra conosco.

O local ficou silencioso por uns minutos e após um pedido do mais velho, Jimin foi até a enfermeira informar o tipo sanguíneo de Namjoon: A positivo; o mesmo de Hoseok e de Jungkook, que ninguém estava conseguindo entrar em contato.

– Eu vou doar o sangue. – Hoseok anunciou, retirando o casaco e o entregando a Jimin. – Minnie, não deixe Jin se levantar outra vez e se o imbecil ali abrir a boca, joga ele da janela.

Jimin apenas concordou com a cabeça vendo Hoseok sair apressado em busca de uma enfermeira que o indicasse o local de doação.

A doação foi tranquila, apesar de morrer de medo de agulhas; nada iria impedir Hoseok de ajudar seu melhor amigo. Por isso, lá estava o ruivo deitado em uma cadeira com o sangue sendo drenado de suas veias.

Joon, se você morrer depois me fazer passar por isso…

O professor sentiu seus olhos se encherem de lágrimas só de pensar em perder o melhor amigo. Não, aquilo não podia acontecer. 

Arrasado do jeito que estava, o professor fez o que seu coração pedia e tentou a sorte, discando o número de Yoongi. Céus, como ele precisava ouvir a voz de Yoongi naquele instante.

– Bebê!

Hoseok suspirou, piscando várias vezes para se livrar das lágrimas ao ouvir a voz do outro lado da linha.

Hey, bebê… Como está a turnê, hn?

– Bem… eu estou no hotel agora e estava pensando em ligar para você. Como estão as coisas? – Yoongi perguntou, mas não obteve resposta, então esperou alguns segundos. – Bebê? Hobi?

O ruivo havia afastado um pouco o telefone para evitar que Yoongi identificasse seu choro contido.

– Eu estou aqui, bebê… Hm… Eu estou doando sangue…

– Por quê? Você odeia agulhas. – afirmou o rapper, rindo. Provavelmente Hoseok novamente estava superando medos para ajudar os outros. – É alguma campanha de doação de sangue?

Hoseok queria contar, mas e se Yoongi ficasse nervoso demais durante a turnê? Ele não podia arriscar. Mas por outro lado, o rapper detestava estar por fora dos assuntos, principalmente se envolvessem seus amigos.

– Hobi? Você está chorando? – Yoongi finalmente identificou o barulho que vinha do outro lado da linha e aquilo o fez ficar preocupado. – Bebê, o que aconteceu?

– Não… Me fala, como vão as coisas aí? Argentina, certo? – Hoseok tentava respirar pelo nariz, mas o choro estava forte demais, dificultando tudo. – Tá f-frio a-aí?

– Jung Hoseok, o que está acontecendo? Por que você está chorando? – Yoongi estava nervoso e o tom de voz deixava aquilo transparecer. – Hobi, me fala de uma vez!

– Namjoon…

– O que tem Namjoon? Aconteceu alguma coisa com ele? Hobi? – O moreno embolou uma pergunta na outra, preocupado e logo percebeu o outro afastar celular, pois o som ficou mais abafado e distante. – Hobi? Bebê, o que aconteceu? Por favor, me fale!

– Joon foi atropelado… Ele está me cirurgia…

– Como?! Quando?! – A voz do rapper era apressada e carregada de temor. – Ah… Hobi. Como ele está? Como Jin está?

– Não sei… eu não sei. Namjoon está em cirurgia e eu estou doando sangue porque ele rompeu o baço e Jin está bem… está aguentando… Me desculpa, Yoongi. Eu não devia ter ligado.

– Você fez bem, bebê. Eu prefiro saber… – Hoseok identificou algo na voz do outro e percebeu que o moreno estava com dificuldade de proferi-las. – Namjoon é forte… Logo a cirurgia vai acabar e ele vai ficar bem, eu tenho certeza.

– Yoongi?

– Sim, bebê.

– Eu estou com medo… – confessou o professor, escutando a própria voz falhar, mas não conseguindo controlar aquilo. – Muito medo… Eu… Meu Joon, Yoongi… Depois da minha irmã ele é a única família que eu tenho.

– Eu sei, bebê… Não fique com medo; nada de grave vai acontecer. – Yoongi afirmou, mas o ruivo não sentiu muita firmeza na voz do rapper. – Fique ao lado de Jin…

– Obri-

– Eu vou voltar. – interrompeu o moreno, falando mais alto. – Eu vou voltar. Meus fãs vão entender; depois eu termino a turnê.

– Não! Não, Yoongi! Você não pode fazer isso.

– Como que não? Eu posso inventar alguma coisa, um acidente…

– Não, Yoongi. – falou o ruivo, suspirando fundo. – Por favor, por favor eu vou me sentir pior se você deixar seu trabalho assim! Você volta daqui a uma semana. Só mais sete dias.

– Mas eu preciso estar aí, com vocês!

– Sim, mas não agora. Você precisa terminar sua turnê; seus fãs também precisam de você, bebê. Nós vamos ficar bem.

– Hobi…

– Yoongi, me diz que tudo vai ficar bem. Por favor.

– É claro que vai, bebê. – afirmou o rapper. – Tudo vai ficar bem, eu prometo.

– Obrigado. Eu só precisava ouvir sua voz para me acalmar. – explicou o ruivo, sorrindo para o nada. – Eu preciso desligar agora o enfermeiro veio recolher a bolsa de sangue. Eu mando notícias de Joon.

– Okay, okay. Hobi… Hm… você sabe como eu me sinto em relação a você, não é? – Era óbvio que Yoongi queria dizer que amava Hoseok, mas não pelo telefone, não de qualquer jeito. – Não sabe?

– Claro. – Hoseok respondeu uma risadinha suave correndo pelo telefone e aquecendo o coração daquele que estava preocupado a milhas e milhas de distância. – Eu também, Yoongi. Me sinto da mesma maneira. Se cuida, tudo bem?

– Okay.

– Tchau, bebê.

Hoseok desligou o telefone ao mesmo tempo que o enfermeiro recolhia a bolsa de sangue. O ruivo olhou para o homem, um pouco perdido, com vontade de chorar.

– Tudo bem, senhor? – perguntou o enfermeiro. – Está se sentindo tonto?

– Não… Estou bem.

– Então aguarde uns minutos que vou buscar um curativo, okay?

O professor concordou, mantendo o braço dobrado com o algodão onde haviam retirado seu sangue. Hoseok ficou olhando para o piso do local e notou que talvez estivesse sim tonto e que provavelmente precisaria que alguém o ajudasse a ficar de pé. O ruivo buscou novamente o celular, pensando em ligar para Jimin, quando teve o pensamento interrompido por alguém falando com ele.

O homem na frente de Hoseok tinha o cabelo longo, ultrapassando o pescoço e o ruivo pensou por um momento como deveria ser difícil manter aqueles fios castanhos hidratados.

– Você está bem?

Hn?

– Ah, eu estava falando com você… – O homem riu e o Hoseok concordou, mesmo não sabendo o porquê. – Perguntei se dói demais a agulha… Eu vou doar e estou um pouco nervoso.

– Desculpa… Não, não dói quase nada e você ganha biscoito no final.

Hoseok tentou sorrir, mas provavelmente falhara a julgar pela expressão preocupada no rosto do homem de cabelos compridos.

– Okay, acho que biscoito é bom.

O homem colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha, mas o ruivo parou de prestar atenção quando o enfermeiro voltou com um curativo e os biscoitos, que fizeram Hoseok sorrir fracamente.

– Ei, ei… – falou o moreno, indo para o lado de Hoseok e estendendo um braço para o ruivo, que acabou aceitando a ajuda. – Wow, parece que ficar tonto faz parte também, né?

– Eu estou bem… Só vou ligar para um amigo me buscar…

– Ora essa, eu posso ajudar!

– E sua doação de sangue?

– Eu volto mais tarde. – afirmou o de cabelo comprido, com um sorriso. – Vamos até os bancos, que tal? Eu sou Jeonghan, por sinal.

O ruivo acabou aceitando a oferta e assim que se sentou na cadeira, abriu o pacote, comendo os biscoitos em seguida. Ele chegou a oferecer ao outro, mas Jeonghan recusou com um sorriso.

– Meu irmão está internado. – começou o moreno, com um olhar triste. – Por isso vou doar… Ele nem está precisando do sangue, mas o cara é o tipo de pessoa que se presenteia ajudando alguém do que dando algo caro, entende?

 – Ah, ele parece ser uma boa pessoa. Espero que melhore logo. – Hoseok falou, não podendo deixar de pensar em Namjoon. O loiro também não gostava de nada extravagante, tanto que Seokjin nem presenteava direito o namorado. – Meu amigo está internado, o atropelaram.

– Que horror!

– Estou tão preocupado, sabe? – O ruivo nem conhecia o homem ao seu lado, mas de alguma forma começou a falar sem parar, provavelmente por causa do nervosismo. – Ah! Eu nem falei o meu nome, né? Sou Hoseok.

– Eu sabia que o conhecia de algum lugar… Você é o J-Hope, certo? – perguntou Jeonghan, sorrindo. – Eu sou muito fã de Agust D e você está por todo o feed dele…

– Ah! – O professor sentiu as bochechas ficarem vermelhas e odiou o fato de se entregar tão rápido. – Ele é meu amigo…

– Vocês parecem mais do que isso.

– Uau, olha a hora. – Hoseok exclamou, engolindo o resto do biscoito e se levantando. – Eu tenho que voltar, obrigado pela companhia.

– Mas e sua tontura?

– Já está tudo bem. – afirmou o professor. – Boa doação de sangue.

Hoseok se adiantou a sair do local, mesmo que ainda estivesse se sentindo um pouco tonto. O hospital era o último lugar em que ele esperava que alguém fosse comentar a natureza do relacionamento dele com Yoongi.

O professor estava com tanta pressa de se afastar de Jeonghan, que acabou esbarrando em Jimin. Quando o dançarino havia chegado ali? Hoseok não sabia dizer.

– Oh, oi Jimin… Desculpa.

– O que você estava fazendo?! – O tom do loiro foi um tanto agressivo e o ruivo deu um passo atrás, já pensando que o outro estava novamente com o humor alterado. – Me diga agora, o que você estava fazendo, Hoseok?

Hm… doando sangue.

– Não, idiota! Porque estava conversando com aquele cara? O que você disse a ele?

Wow, calma! Nada, tá legal? Eu o encontrei ali e ele me ajudou porque senti uma tontura depois de doar sangue. Foi só isso.

– Sei… Eu não acredito que você conhece aquele imbecil.

– Eu não o conheço, Jimin. – afirmou Hoseok, franzindo a testa. – Ele apenas me ajudou.

– Que seja, eu só vim te buscar por chegaram com informação de Namjoon.

– O que? Quais informações?

– Eu não ouvi, só vim te buscar.

Hoseok bufou. Jimin ainda estava sendo tudo menos ele, mas o ruivo prometeu que não se irritaria com o loiro, principalmente quando o outro ainda recusava o tratamento do seja lá o que tivesse, pois Seokjin disse que não tinha certeza e mesmo que tivesse era antiético.

Então, nada mais proferindo, o professor seguiu Jimin, com a esperança que tudo estivesse bem com o melhor amigo.

 


Notas Finais


DOE SANGUE. DOE VIDA.
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> Playlist da fanfic:
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Até amanhã ;*


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