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História Onna no Chikara: Kunoichis em ação - O Vale do Fim


Escrita por: ca_katsuyu

Notas do Autor


Yooo, eu normalmente não posto dia domingo, mas eu estava tão hypado que acabei escrevendo o cap todo hoje. 😂
Preparem o coração se sentem numa boa poltrona, porque esse capítulo está forte!!
Sem, mais boa leitura

Capítulo 10 - O Vale do Fim


Fanfic / Fanfiction Onna no Chikara: Kunoichis em ação - O Vale do Fim

Naruto havia finalmente alcançado o vale do fim. Estava no topo, mais especificamente na cabeça de uma das estátuas colossais do local, que fazia referência ao lendário ninja Hashirama Senju. O grande monumento pedregoso tinha cerca de trinta metros de altura.

O estômago do Uzumaki estava tomado por um sensação estranha, como se estivesse sendo alfinetando por agulhas congeladas, e a razão disto não era medo de altura. Havia provado de uma apreensão tão exacerbada em poucos momentos da sua vida, geralmente quando a vida de pessoas importantes para si estava em perigo. Um grande exemplo disso foi na missão de escolta do construtor de pontes Tazuna, quando Sasuke se jogou na frente do ataque de Haku durante a batalha final contra Zabuza, e a mesma sensação tilintante tomou conta da barriga dele.

Ele tinha um grande peso sobre os ombros, e tinha a obrigação de fazer juz a cada gota de suor - E sangue - que foi derramada pelos amigos, que lutaram bravamente com intuito de fazer possível que chegasse ali.

No meio das duas grandiosas estátuas do vale do fim, um rio de águas tão azuis como o céu do horário corria, desembocando o fim do curso em uma cachoeira. A queda de água era brusca, e o som dela era estrondoso, como as batidas do coração de Naruto. Ele fitava o amigo, que lhe dava um ombro frio como resposta. 

Percebeu Sasuke totalmente parado, semelhante a uma pessoa de pés numa estação ferroviária com a mala nas mãos, prestes a partir, mas sem coragem para entrar no trem. O loiro sentiu um nó na garganta ao ver o melhor amigo a um passo de cair num abismo infinito, como o curso do rio ali. De certa forma, queria que não tivesse tantas memórias inesquecíveis com a garoto. Torceu para que ele não tivesse sido um amigo tão bom, mas foi em vão, tudo já estava feito. 

O passado ao lado time sete era o rio calmo que corria antes do monumento de Hashirama e Madara. O divisor de águas era o local onde eles estavam. E, por fim, a decisão que Sasuke estava prestes a tomar era a grande e voraz queda d'água.

— Sasuke!!!!! — Gritou Naruto, dentre bufadas ofegantes de ar. Havia corrido ininterruptamente até ali.

O garoto de cabelos negros ficou em silêncio, e deu um passo para a frente. Almejou seguir rumo ao seu novo destino e ignorar aquela presença irrelevante. O único som audível alí era o da cachoeira, e este era tão forte quanto as emoções de Naruto.

— Você vai fugir de novo, é????!!! — Insistiu o loiro irritado. Gritou como uma criança.

Sasuke então parou, e começou a virar o corpo lentamente.

O loiro não era tolo. Tantos de uma amizade, quase irmandade, que ultrapassou todos os limites foi mais do que suficiente para ele conhecer o garoto de cabelos negros melhor do que ninguém.

É verdade, tiveram muitos problemas, e suas personalidades mudaram com o tempo. Naruto desejou que a fresta de luz restante daquela amizade fosse suficiente para tirá-lo daquele destino de ódio.

Para o Uzumaki, a visão do rosto do amigo foi como ter uma espada cravada no próprio peito.

O Uchiha tinha um olhar frio, diferente da indiferença habitual. Desta vez , realmente carecia de humanidade, não sentimentos.

Metade do rosto do garoto estava tomada por uma pintura negra, como se ele tivesse participado de um ritual de ocultismo. O formato da quase tatuagem de carvão emanava a partir da orelha dele, como chamas vindas do inferno.

— Então é você, o cabeça oca inútil. — Disse Sasuke, sem qualquer traço de interesse na voz. Frio como um iceberg.

Os olhos de Naruto tremeram com aquela declaração, num misto de raiva e tristeza.

— Ela te mandou, não foi? — Prosseguiu o Uchiha, se referindo à Sakura com desdém, sem nem ao menos mencionar o nome dela. Sua esclera, parte do olho que normalmente é branca, estava negra, refletindo a escuridão que o consumia por dentro.

Naruto cerrou as sobrancelhas irritado com o menosprezo com que o garoto falou da sua companheira de equipe. Lembrou-se com pesar da promessa que fez a ela e o quanto a rosada estava sofrendo.

“Eu fiz tudo o que eu pude…. Fiz o possível, mas não consegui impedi-lo de deixar a aldeia. Agora só tem uma pessoa que vai conseguir impedi-lo e essa pessoa é você! Só você poderá salvá-lo…”

Não podia admitir que Sasuke desprezasse a dor dela assim.

— Como eu já disse à Sakura… Acabou. — Enfatizou a irritação ao mencionar o nome dela. — Agora me deixa em paz.

Naruto mordeu os lábios, e cerrou os punhos incomodado.

Percebendo a expressão do loiro, Sasuke colocou a mão no bolso e deu uma gargalhada irônica.

— Olha para você… por que essa expressão de nervoso? — Inquiriu provocando-o. 

Uma gota de suor escorreu pela face do Uzumaki, deixando ainda mais claro o calor de desespero que se instalava em sua nuca. Olhos e mente borbulhavam , trazendo à tona diversas memórias do time sete ao mesmo tempo.

— Por que? Por que estava fazendo isso com a gente? — As pupilas molhadas de Naruto contrastaram perfeitamente com a esquerda de Sasuke, que estava amarelada por conta da marca da maldição. — Sasuke…. Eu não entendo… o que fez você ficar assim?! Por que você está fazendo isso?! — Gritou, sentindo o vulcão, que era o seu cérebro, entrar em erupção.

— Por que você se importaria com o que eu faço? É problema meu, não seu. — Respondeu pausadamente, revelando segurança nas palavras. — Eu tenho o meu próprio caminho agora. E, nem você, nem ninguém vai me desviar dele.

Aquelas frases doeram no coração de Naruto, como se estivesse sendo devorado vivo pelos pensamentos obscuros do Uchiha. Foi um choque de realidade, que ele certamente não estava preparado para lidar.

— Eu só vou dizer isso. — Anunciou Sasuke friamente, mexendo a língua de forma afiada, disposto a machucar profundamente e dilacerar o coração do loiro. — Meu dias de ficar com você e a Sakura brincando de ninja acabaram. Me deixa em paz!

Como? Como era possível Sasuke ter mudado da água pro vinho tão rápido? Naruto se perguntou desesperançoso.

Pouco a pouco, as vozes de seus companheiros soaram na sua cabeça, lembrando-o do porquê de estar ali.

Primeiro, pôde ver Chouji bem na sua frente. Apesar do compulsão notória do garoto por comida, e talvez desleixo com as atividades de shinobi, ele havia aberto mão de tudo para lutar contra um inimigo poderoso. 

"Eu cuido disso, o gorducho é meu".

Depois, a memória de Neji ressurgiu viva. Este, sem dúvidas, era o que mais tinha o seu apreço. O ninja de olhos perolados teve um passado difícil, e por isso, em determinado momento, teve percepções errôneas do mundo. Entretanto, ele se dispôs a mudar, e chegou ao ponto de arriscar a própria vida para o bem do time.

O gênio egoísta do clã Hyuuga havia se tornando um cara gentil, que Naruto apreciava e admirava distintamente. 

"Agora vão indo, eu estarei logo atrás de vocês."

Seguidamente, Kiba apareceu no seu subconsciente. Indubitavelmente, ele era convencido e agitado, mas não era um defeito. Este era o jeito do domador de cachorros. Assim como os outros, tinha enfrentado um ninja do quinteto do som.

Lembrou-se também de Shikamaru, e sua frase marcante antes de saírem de Konoha.

“Mesmo assim, Sasuke é um ninja que pertence à aldeia da folha. Ele é um de nós, e eu vou arriscar a minha vida para ajudá-lo. Esse é o estilo da nossa aldeia. Sei que posso parecer um cara preguiçoso, mas não hoje! Porque agora sou responsável pela vida de vocês também.”

Por fim, trouxe com apreço a imagem de Hinata à mente. Sem dúvidas, ela foi a que mais o surpreendeu. Embora sempre parecesse frágil e insegura, a garota revelou uma coragem única naquele momento. Não fazia idéia de como ela havia aparecido no campo de batalha. Mesmo que Kimimaro fosse incrivelmente forte, ela não fraquejou.

“Vá! Até mesmo que eu sacrifique a minha vida, este é o único modo de continuar.” Pôde ouvir a voz doce dela massagear seus tímpanos.

Tantas pessoas, tantas personalidade diferentes, mas um ponto em comum: o desejo genuíno de salvar o companheiro de vila das garras de Orochimaru. Naruto tinha o dever de representar cada um deles, e não podia de dar ao luxo de fraquejar.

— Todos… todos arriscaram suas vidas… só para salvar você. — Sussurrou o Uzumaki, lutando contra as lágrimas.

— Bom, não foi gentileza deles? — Inquiriu sarcasticamente, fazendo pouco dos esforços dos companheiros de vila. Em seguida, deu as costas para o amigo. — Meu companheiros , não é? Se eu ficasse com "companheiros" como você, eu não teria ficado tão forte.

Aquela foi a gota d'água. Naruto podia permitir que o Uchiha arrogante o menosprezasse, mas falar assim de pessoas que nem tinham uma relação tão próxima com ele e mesmo assim arriscaram suas vidas era inaceitável.

Sem pensar duas vezes, ele saltou na direção de Sasuke. Se não podia pará-lo com palavras, iria pará-lo com força, custe o custasse.

 

[...]

 

O fim daquela batalha foi inevitável. Sasuke teve uma vantagem descomunal por conta do selo amaldiçoado de Orochimaru, mas mesmo assim venceu o combate com muita dificuldade.

Nuvens escuras preencheram o céu quando Naruto recebeu o último golpe e caiu no chão desacordado. Uma atmosfera deprimente estava instaurada ali, e, de alguma forma, a natureza pareceu absorver tais emoções.

Na ausência de luz nublada, o céu começou a chorar. A separação iminente dos dois amigos era dolorosa, e carregou consigo a tempestade.

Alguns eventos estão fadados a acontecer, e nada pode modificar isso.

A alma do Uzumaki deitou dilacerada em pedaços de tristeza vaga, enquanto seu coração batia carregado por remorso. Ele lutou com carne e sangue, tudo para salvar o melhor amigo do caminho da escuridão. Porém, nem sentimentos tão sinceros pareceram ter sido suficientes cumprir seu objetivo. Indubitavelmente, o universo conspirou para que tudo ocorresse daquela forma.

A chuva forte se chocava com o chão, emitindo um barulho único. Rapidamente, a roupa de Naruto se encharcou, enquanto seu corpo era castigado pelas gotas ferozes.

Sasuke não se importou com a possibilidade do garoto naquele estado ter uma hipotermia. Apenas lançou sua bandana no chão, como se fosse lixo, e deixou o que sobrava da sua humanidade escorrer junto com a chuva.

Subitamente, sentiu um dor forte no ombro, e não conseguiu evitar um grunhido. Pôs a mão no local, na esperança de que aquilo fosse capaz de diminuir o incômodo. 

Da mesma forma, perdeu a força das pernas e caiu de joelhos no chão, cuspindo sangue na terra. Este era o efeito colateral da marca da maldição de Orochimaru, um preço caro que tinha de pagar por tanto poder.

Como último adeus, colocou a face sobre o rosto do loiro, mantendo uma distância curta o suficiente para que não encostassem.

Almejou dar o último golpe ali, mas não talvez não tivesse o sangue frio necessário para tal ato.

Reuniu o que restou das suas forças e andou cambaleante, rumo ao seu anoitecer macabro.

 

[...]

 

— Neji, tem certeza que está tudo bem? — Inquiriu Sakura preocupada, olhando para os machucados dele. — Não se esforce tanto, a batalha contra o Kidoumaru foi muito difícil… Eu mesma posso dar conta do Sasuke. Afinal, este é um assunto do time sete. — Saltava de galho em galho, receosa com a chuva que tinha começado a cair, como um mau presságio da natureza.

— Não, o Naruto mudou a minha vida. Eu tenho que retribuir esse favor. — Afirmou Neji seguramente, mantendo o byakugan ativo. — Eu vou salvá-lo e trazer o Sasuke junto, assim como ele me libertou de todo o ódio que eu sentia do ramo primário do meu clã.

— Não se esforce muito… — Comentou cabisbaixa, sentindo-se culpada.

Estava exausta, uma vez que tinha gastado boa parte do próprio chakra para curar Neji. Não havia conseguido fechar o ferimento totalmente, e por isso decidiu amarrar uma atadura no local.

— Tenho certeza que ele faria o mesmo por mim. Além disso, eu prometi que voltaria para ajudá-lo, e eu não volto atrás da minha palavras. — Concluiu Neji, aumentando a velocidade dos passos. — Continuarei a fazer o que eu devo fazer.

As habilidades médicas de Sakura eram ainda muito básicas, mas ela havia feito um trabalho excelente tendo em mente as próprias limitações.

A rosada sabia mais do que ninguém que o Hyuuga estava muito machucado, e que se ele se esforçasse muito, o sangramento voltaria. Entretanto, ter a ajuda dele, de certa forma era um alívio. 

Sim, ela se julgou horrível por ser tão egoísta ao ponto de pensar desta forma, entretanto foi como se sentiu. Ele estava guiando-a até o local onde estava ocorrendo a batalha entre os dois rivais, Naruto e Sasuke. Sem o byakugan do garoto, Sakura não conseguiria localizá-los com tanta precisão.

Estava tão tensa que não conseguiu pensar muito nos riscos que o ninja de olhos perolados estava se expondo, muito menos conseguiu pensar em todos que ficaram para trás. Não podia ser dar esse luxo.

Pouco a pouco, a quantidade de árvores da vegetação foi diminuindo, até que ela distinguiu o som de uma cachoeira no meio das pancadas de chuva forte.

Finalmente, havia alcançado o fim da floresta. Pôde ver no fundo da paisagem uma cachoeira, e duas estátuas gigantes. No centro, notou a queda d’água que separava os dois. A visão foi tão magnificente que esqueceu-se de olhar para a frente.

Quando assim fez, viu Naruto deitado no chão. Seu coração disparou em desespero.

Notou Sasuke a poucos metros de distância dele. Havia o Uchiha matado seu melhor amigo?

Sakura arregalou os olhos, e simultaneamente suas pernas tremeram de forma descontrolada. Ver Sasuke ali de primeira lhe causou um alívio momentâneo, mas logo o pavor veio. Não sabia se era o frio da chuva forte que caía ou o medo no seu coração. Todo seu corpo ficou dormente dentro do vestido encharcado.

Bem do seu lado, Neji cerrou os punhos. Ver o estado de Naruto lhe deu um nó na garganta, que foi muito pior do que o frio cortante do local.

Ele avançou impetuosamente na direção de Sasuke. As gotas de chuva chocaram-se com o seu rosto, e a dor dos machucados quase o paralisou. Entretanto, ignorou tudo isso. Não teve pudor, o garoto de cabelos negros havia causado muitos problemas, principalmente àquele que mudou sua vida por completo, Naruto.

“Eu carreguei um peso por muito tempo. Como uma pedra negra, cometi atos cruéis sem esperança. Cruzei os campos, cruzei as cidades. Eu medi colinas e vales de cima a baixo, mas só você foi capaz de me salvar, Naruto. Finalmente vou poder liquidar essa dívida que tenho com você”

Eu estou aqui, Naruto! — Exclamou Neji, num grito tão alto e potente que ecoou por todo vale no fim.

Sasuke se virou num sobressalto, assustado com a voz repentina. Não estava em condições de lidar com outro combate. Ele arregalou os olhos e a última coisa que viu foi o punho do Hyuuga vindo bem de encontro à sua face.

Neji carregou naquele soco não só a honra do seu clã, mas também o desejo de fogo de cada um dos seus companheiros, especialmente de Naruto. Decidiu não usar seu golpe punho suave, pois julgou que o oponente não seria digno de uma técnica tão refinada. Sem mais, um simples e potente soco era tudo que Sasuke merecia.

Seu punho afundou na bochecha dele, e a sensação foi tão prazerosa como deitar num travesseiro feito de penas de ganso. 

Sasuke foi lançado para longe, devido ao impacto repentino. Por pura ironia do destino, o garoto se chocou contra a estátua de Madara.

O ninja de olhos perolados correu na direção do Uchiha. Era hora do acerto de contas, e estava longe de acabar.

O moreno de olhos de fênix estava paralisado. Naruto havia feito um bom trabalho em sugar todas as energias dele num duelo que quase custou a sua vida.

O vento gelado do temporal não foi capaz de esfriar o sangue de Neji, que pegou Sasuke pela gola da camisa e o elevou ao ar com o braço direito. Ele sentiu uma dor no ombro, era o seu corte. O esforço foi suficiente para fazer o sangramento voltar. Não ligou, o líquido vermelho poderia escorre o quanto quisesse, junto com as gotas de chuva, mas Sasuke não sairia impune dali.

Usou o outro braço para carregar outro soco, mas foi impedido por uma súplica.

— Neji… não…. Por favor… não faça isso… o Naruto está bem… o Sasuke não o matou. — Era Sakura, ela clamava dentre os soluços de choro ao lado do loiro.

— Sasuke, este é o seu dia sorte. Se não fosse a Sakura, eu acabaria com a sua raça imunda aqui mesmo. — Disse irritado, fazendo contato visual direto com o garoto.O ímpeto de fúria foi tão forte que anestesiou a dor no próprio corpo. — Você se acha um cara esperto por ir atrás de poder no Orochimaru, não é? Você quer superar o seu irmão e para isso pisou nos sentimentos daqueles que mais se importavam com você, a Sakura e o Naruto.

Sasuke tinha um olhar fraco nos olhos, mas não tirou o foco dos orbes perolados de Neji nem por um segundo.

— Você não passa de um estúpido, que quer conseguir poder fácil. Seu irmão, o Itachi, era muito mais forte que você nessa idade. Ele em nenhum momento precisou recorrer a métodos tão sujos como você. — O Hyuuga mantinha um tom firme, e as palavras saíram certeiras da sua boca. Tinha aquilo em mente desde que havia sido convidado para a missão de resgate, e finalmente teve a oportunidade de colocar tudo para fora. — Você é inferior a ele. É egoísta e sujo. Tenho nojo de você, garoto.

V-você... nunca irá entender… — Sussurrou Sasuke num tom fraco, tossindo um pouco de sangue.

— Pare com esse seu monólogo vitimista. — Retrucou irritado. — Você é só um babaca de olhos especiais. Você acha que é o único que sofre neste mundo, não é? Todos nós temos traumas , ninguém está livre da dor. Entretanto, o que separa os heróis dos vilões é como lidam com o sofrimento. Heróis, como o Naruto, convertem a dor em força para proteger aqueles que são importantes para si. Vilões transformam a dor em ódio, e caem num ciclo sem fim… você nem é digno de ser chamado de vilão, Sasuke. Tenho pena de você e seus idéias avarentos. Você é vazio.

A chuva continuava a cair forte no céu, e Sasuke começou a se tremer de frio. Talvez também estivesse tremendo de vergonha, pois seu orgulho estava quebrado e ferido, sangrando junto com o ombro de Neji. Aquela era uma nova forma de sangrar.

O Hyuuga perdeu a força nos braços, e Sasuke caiu no chão.

— Por mais que eu odeie admitir, eu te entendo, Sasuke. Também cresci sem meus pais, e fui uma pessoa odiável por muito tempo. Entretanto, o que me separa de um lixo como você é que eu decidi mudar, e não permanecer no erro. — Disse, caindo exausto de joelhos no chão. A dor tinha voltado, e ele não se aguentou de pés.

Sakura correu na direção dos dois. Uchiha e Hyuugas. Dois doujutsus, byakugan e Sharingan. Duas pessoas tão parecidas, mas ao mesmo tempo tão diferentes.

Como Neji aprendeu após a batalha contra Naruto no exame Chuunin, o destino é mutável, basta apenas querer.

Certamente, a partir dali, nada seria como antes.

Todo fim, traz consigo a oportunidade de um novo recomeço.


Notas Finais


Espero que tenham gostado <3
O que acharam dessa mudança? E do diálogo do que o Neji disse?
Criem teorias, eu amo isso!
Até a próxima!


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