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História Open Your Heart - Segredo mais louco que esse não há!


Escrita por: Always-an-Army

Notas do Autor


Oi oi oi gente mais linda da minha vida.
Primeiramente, quero pedir desculpa pela demora, mas é que eu passei o mês todo votando na Laura, no Ross e em Austin e Ally para o KCA e eles ganharam ♥♥ Criei um twitter só pra votar neles... e pra quem quiser o meu twitter é esse aqui: @marcia_faria93

Enfim, leiam as notas finais, pois lá tem o link da minha nova fanfiction Auslly ♥♥ Espero que gostem! E como eu prometi, eu quero dedicar esse capitulo à ~Ausllyfrozenn ♥ Eu não me esqueci ihihih

E por ultimo e muito mais importante, eu quero agradecer a todas as divas que favoritaram e comentaram a fic no capitulo anterior.... muito obrigada meus amores, vocês são muito importantes pra mim ♥
Bom chega de papo e vamos à leitura.... Enjoy ♥☺

Capítulo 26 - Segredo mais louco que esse não há!


No capítulo anterior

♥♥♥♥♥♥

Austin me olhou como se pedisse permissão, mas eu não respondi. Permaneci quieta, observando cada traço do rosto do loiro, enquanto aguardava pela sua aproximação, pelo seu contacto. O garoto percebeu que eu não me iria mexer, então tomou finalmente uma atitude. Sua boca tocou na minha, delicadamente. E logo gritos de felicidade foram soltos pela multidão. Senti Austin sorrir entre o beijo e eu fiz o mesmo. Sua língua encostou em meu lábio inferior, pedindo passagem que foi cedida no momento em que eu abri um pouco mais a minha boca, permitindo que o loiro aprofundasse o beijo. Nossas línguas se entrelaçaram e envolveram de um jeito mágico e inexplicável. As mãos de Austin largaram as minhas e repousaram em minha cintura, que foi puxada gentilmente contra seu corpo.

Não sei por quanto tempo ficamos nos beijando, só sei que quando nos separamos já não tinha lá ninguém, apenas nós dois e isso pra mim era o bastante!

♥♥♥♥♥♥

POV Ally

Eu ainda não acredito que consegui colocar esse meu “trauma” pra trás das costas e dizer, mais uma vez, ao loirinho mais lindo desse mundo que eu o amo.

Depois de separamos nossos lábios, colamos nossas testas e ficamos em silêncio… aproveitando apenas a presença um do outro. Senti o loiro se movimentar, mas não fiz questão de abrir meus olhos para ver o que ele tava fazendo. Aquele momentinho estava bom demais.

Ele descolou sua testa da minha e pousou seu queixo sob minha cabeça. Seus braços envolveram a minha cintura e ele deu um passo em frente, na tentativa de ficar mais perto de mim.

-Isso é mesmo real? –Austin perguntou, em um tom quase imperceptível. Soltei um risinho abafado, apenas por concordar plenamente com sua fala. É sério, eu estou tão feliz que até me custa acreditar que tudo isso é real.

-Não sei… quer descobrir? – Perguntei, sorrindo um pouco maliciosa. Ele soltou uma gargalhada gostosa de se ouvir e se afastou um pouco de mim, para me puder encarar.

-Dawson… Dawson! O que é que você está pra aí inventando nessa sua cabecinha linda? – Perguntou ele, encarando-me com um misto de divertimento e curiosidade.

-Só coisas boas, eu garanto. – Falei sorrindo ainda mais.

-E eu posso saber que coisas são essas? – Perguntou ele, entrando na brincadeira. Assenti de leve com a cabeça e logo juntei nossos lábios de novo. Começando mais um beijo calmo, carinhoso e demorado… exactamente como eu tanto amo.

-Posso te dizer uma coisa? Ou melhor… Posso te perguntar uma coisa? – Perguntou o loiro, meio ofegante, segundos depois de nos separarmos. Ele olhava bem no fundo dos meus olhos, o que com certeza me deixou completamente corada. A proximidade dos nossos rostos me permitiu analisar cada traço do rosto de Austin, cada detalhe, cada pedacinho dele. E como ele é lindo! Seus cabelos loiros pareciam reflectir o brilho das estrelas e da lua presentes no céu, seus olhos castanhos hipnotizantes estavam repletos de amor e ternura e o seu sorriso… Ai o seu sorriso, tão lindo que parece ter sido abençoado por deuses… tudo nele, até ao mais pequeno detalhe me deixa completa e absurdamente encantada.

-Claro que pode. – Falei por fim. E pra ser sincera, aquelas foram as únicas palavras coerentes que se formaram em minha mente naquela hora, porque aquele garoto me deixa completamente aluada.

-Ally… eu… você… nós. Vamos lá Austin… 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, … - Austin estava respirando pesadamente e suas mãos estavam tremulas. Ele fechou seus lindos olhos apertando-os com força. Parecia que ele estava tentando ganhar coragem para falar. E eu acho que nem preciso dizer que aquela demora estava me deixando ainda mais nervosa e ansiosa, né? – Vamos lá Austin, você já chegou até aqui, não vai dar uma de covarde agora. – Admito que era engraçado ver Austin resmungando com ele mesmo, como se eu não estivesse bem à sua frente , mas eu juro que se ele não falar logo alguma coisa eu vou esgana-lo.

-Austin vá direto ao ponto, por favor. – Disse eu, já cansada de tanta enrolação.

-Tá desculpa. – Ele suspirou umas duas vezes e depois, finalmente, continuou.- Ally, eu amo você mais do que tudo nessa vida. E eu sei que nesse momento tudo isso ainda é muito complicado pra você, mas eu te peço que apenas pense e se lembre de todo o amor que a gente sente um pelo outro e se deixe levar. E escute bem o que eu lhe vou falar… Não importa as dificuldades que apareçam no caminho, os problemas, medos e complicações que possam surgir… porque eu prometo que aconteça o que acontecer, eu vou estar sempre do seu lado nos bons e maus momentos. – Senti os meus olhos se encherem de lágrimas e logo eu já estava chorando como uma boba. E antes que eu inundasse a praia com todas aquelas lágrimas que teimava em descer por meu rosto, coloquei o dedo indicador sobre os lábios de Austin, impedindo-o de continuar e falei:

-Austin você tá tentando me pedir em namoro… não em casamento. – Falei, sorrindo abertamente e chorando ainda mais. Mas o que raio é que tá acontecendo comigo? Daqui a pouco as pessoas vão me intitular como a nova fonte de água da cidade... Tá bom, agora eu exagerei!

-É… mas quem sabe se no futuro eu não te peço em casamento! – Respondeu ele, agarrando minhas mãos, delicadamente.

-E que tal se a gente pensar primeiro no presente e só depois no futuro. – Falei e ele sorriu concordando.

-Sendo assim… - Ele se ajoelhou na minha frente e sorriu de um jeito tímido e adorável. – Ally Dawson… moreninha mais chata desse mundo… pequena irritante… Você aceita ser minha namorada e me aturar por muitos e muitos anos?

-Só por você me ter chamado de chata, eu devia dizer que não… mas eu não seria louca a ponto de deixar você escapar de mim, novamente. – Admiti sem nunca desviar os meus olhos dos seus.

-Isso é um sim? – Perguntou ele ansioso. Não consegui evitar soltar uma risadinha ao ver a sua cara de desespero, pela demorada da minha resposta.

-É Austin… isso é um sim. – Tão rápido que nem deu pra perceber quando aconteceu, Austin me agarrou pela cintura e me beijou intensamente, enquanto me levantava, tirando meu pés do chão e rodopiava nossos corpos, me fazendo risadinhas bobas entre o beijo.

E durante longos minutos o ambiente apenas se baseou em muitos beijos, carícias, olhares apaixonados e juras de amor. Ou seja, coisas que eu jamais imaginei fazer na vida.

-Austin? – Chamei, quebrando o silêncio confortável que se tinha instalado.

-Fala pequena. – Disse ele carinhosamente, rindo em seguida da minha cara de raiva, por ele me ter chamado de pequena.

-Posso te pedir uma coisa? – Perguntei fazendo um pouquinho de suspense.

-Claro pequena. – Concordou rapidamente. Suas mãos faziam leves caricias em meu rosto e por breves momentos eu me esqueci do que eu ia falar, mas um certo tremor no meu estômago me trouxe de volta à realidade.

-A gente pode ir comer? É que eu tou morrendo de fome. – Falei choramingando e fazendo a maior cara de cachorro sem dono.

-Eu aqui todo feliz, pensando que você ia falar alguma coisa super romântica e você sai-se com essa. – Falou ele, colocando a mão no peito, fingindo estar decepcionado. Ai meu deus de tantos homens no mundo, porque eu fui me apaixonar por esse idiota loiro? Não respondam…

-Pronto Austin… loirinho oxigenado mais lindo da minha vida, a gente pode ir comer? Porque eu tou morrendo de fome. – Falei rindo feito louca. Ele revirou os olhos, mas riu em seguida e me guiou pela areia até ao centro do “coração” de velas e rosas, onde lá nos esperava uma cesta gigante, cheia de comida deliciosa.

-Não acredito!!! Você trouxe picles. – Falei fazendo o maior alarido. Tem namorado melhor que esse, no mundo? NÃO… Ah, como é bom poder finalmente chama-lo de namorado, meu namorado… Por isso tratem de tirar o olho de cima dele.

-Claro que eu trouxe. Eu sei que você ama picles e como eu quero fazer desse dia, o melhor dia da sua vida, eu trouxe dois frascos cheios de picles. – Ele sorria de jeito bem engraçado, era como se estivesse orgulhoso por ter se lembrado de trazer os meus tão amados picles.

-Como você sabia que eu gosto de picles? – Perguntei, enquanto tentava desesperadamente abrir a porcaria do pote de picles. Tampa idiota!!!

-"Ai meu santo picles!" - Ele tá me imitando, não está? - Acho que é meio óbvio, né? – Perguntou ele rindo.

-Tá bom! Talvez seja um pouquinho óbvio, senhor “Ai meu santo panqueca!” – Comentei, rindo feito retardada.

-Somos dois loucos. – Austin falou momentos depois, e eu não pude deixar de notar o quão sexy ele fica quando envolve seus dedos nos fios loiros de seu cabelo.

-Não. Eu sou louca… você é retardado. – Retruquei, voltando a fitar seus olhos.

-Por isso que a gente se ama. – Observou ele, ignorando o meu pequeno insulto.

-Por isso que a gente se completa. -Acrescentei e sorri enquanto me deleitava com meus picles e uma pequena visão do paraíso, ou seja, o Austin sob a luz do luar. Tem coisa melhor que isso?

Os minutos seguintes foram bastante agitados e diferentes. Caímos numa rotina de beijos e xingamentos. É eu sei nós não somos normais, mas ser normal é chato. Claro que eu fui a única a ter a brilhante ideia de usar xingamentos num encontro… e fui a única a xingar aqui. Mas não vamos apontar o dedo a ninguém!

-Sabe isso pode parecer loucura, mas será que você pode deixar de inventar esses nomes estranhos pra mim? – Perguntou ele num tom brincalhão. E só pra que conste, ele referia-se aos meus xingamentos. Sabe, tipo: “loiro oxigenado”, “loiro aguado”, “imbecil descolorado”, “viado loiro”… Uhm acho que já deu para entender ao que eu me referia!

-Ah não, eu amo xingar você. – Falei fazendo o maior drama, para não falar do bico que eu, estupidamente, decidi fazer.

-Porquê? – Perguntou ele, meio intrigado.

-Sei lá, eu xingo toda a gente. – Falei com a maior naturalidade do mundo e ele gargalhou, até ficar sem ar. Que foi que eu disse de tão engraçado? Espera, será que eu tenho alguma coisa na cara? Pior, será que eu tenho comida no dente? Ai que vergonha, por isso que eu detesto jantar românticos. Mas não trocaria esse jantar por nada desse mundo.

Enfim, depois de comermos decidimos caminhar um pouco pela praia. E aquilo até me pareceu uma boa ideia na altura, o que eu não esperava era que o louco do loiro tivesse a brilhante ideia de me pegar no colo e me levar pro meio do mar. Não chegamos a mergulhar, nem nada do género, simplesmente, ficamos lá abraçados e/ou jogando água um no outro. E eu acabei de descobrir que água do mar e vestidos clássicos não combinam… Parece que era uma vez um vestido incrivelmente perfeito, porque ele literalmente, já era.

Assim que saímos da água uma brisa gelada fez meu corpo estremecer, mas logo Austin me acolheu em seus braços. A questão é que ele também estava molhado, então não valeu de muito o seu esforço pra me aquecer… Mas eu não estou reclamando.

-Acho melhor a gente ir embora. Não quero que você apanhe um resfriado no nosso primeiro dia como namorados. – Falou ele com carinha de preocupado. Own, que coisa mais fofa!

-Porquê? Nos outros dias já posso. – Perguntei, me fazendo de brava.

-Deixa de ser marrenta. – Falou o loiro, apertando de leve a pontinha do meu nariz. E sim, eu disse nariz. Ele não apertou minhas bochechas, não apertou meus braços e muito menos minha bunda. Ele apertou meu nariz. Também se ele tivesse a brilhante ideia de apertar minha bunda, ia levar um chute tão grande nos seus países de baixo, que era bem possível que ele nunca mais andasse na vida ou tivesse filhos! Eu sei que agora somos namorados, mas olha a confiança, né!?

-Chato. – Reclamei, enquanto tentava afastar a mão dele de meu rosto. Ele riu e agarrou meu pulso para que eu parasse quieta. Logo suas mãos desceram ao encontro das minhas e ele entrelaçou nossos dedos. Acidentalmente soltei um bocejo e Austin pareceu entender o recado que meu corpo tentava transmitir.

-Vamos embora? – Perguntou carinhoso.

-Sério? – Respondi com outra pergunta e cruzei meu braços, elevando os até ao peito como as crianças quando fazem birra… É, eu sei a maturidade mandou lembrança.

-Sim e não adianta reclamar, porque você está toda ensopada e cheia de sono. – Falou o loiro, dando uma de mandão.

-E de quem é a culpa de eu estar ensopada? – Perguntei sendo retórica, pois ambos sabíamos de quem era a culpa. Ele coçou a cabeça meio sem jeito e depois falou:

-Não vamos falar de culpa agora. – Falou ele esquivando-se da verdadeira resposta. Afinal ele não é assim tão bobo. – Anda, vamos arrumar nossas coisas e vamos embora.

Apenas assenti com a cabeça e murmurei um “Ok” contrariado, e recebi como resposta um beijinho no nariz. Esse garoto deve ter algum fetish por meu nariz. É sério!

[…]

-Esse foi o melhor dia da minha vida. – Admiti um pouco corada. Austin e eu estávamos parados em frente à porta de minha casa, dizendo o que eu menos queria nesse momento… ADEUS. Claro que é bem possível que eu esteja com ele amanhã, mas eu não queria que esse dia terminasse.

-O meu também. – Falou ele acariciando a minha bochecha.

-Você sabe que a gente não pode falar pra ninguém que estamos namorando, certo? – Perguntei, cautelosamente. Eu sei que ele não está nada contente com essa situação, mas fui eu que fiz a borrada… agora tenho que ser eu a fazer a coisa certa para não magoar ninguém. Ah mas como eu queria ver a cara da vakira e da jumenta loira se soubessem que eu e Austin estamos juntos.

-Sei… pelo menos até você falar com o meu irmão e ele desencanar de você de uma vez por todas. – Falou ele fazendo cara feia e eu ri.

-Isso mesmo. Eu ainda não sei como e o que eu vou dizer pro Riker, mas de uma coisa eu sei… Eu vou ter que falar com ele o quanto antes, porque eu não vou aguentar ver aqueles projectos de piriguete dando em cima de você. – Falei cruzando os braços com raiva, só de imaginar a dupla de cachorras dando em cima do Austin. Argh, que ódio dessas duas filhas do capeta. E antes que perguntem, sim eu estou falando da Kira e da Cassidy.

-Own, você fica tão linda com ciúmes. – Falou ele, me puxando para seus braços.

-Eu não estou com ciúmes. Eu estou constatando um facto. – Falei tentando parecer indiferente, mas digamos que eu não sou muito boa em não deixar transparecer minha raiva, ódio e fúria.

-Marrenta. – Falou ele, cantarolando.

-Oxigenado. – Rebati.

-Linda. – Ele falou e beijou a pontinha do meu nariz. E lá está ele!

-Perfeito. – Falei e colei nossas testas.

-Te amo. – Sussurrou com os lábios a milímetros dos meus.

-Te amo. – Sussurrei de volta. E finalmente nos beijamos de novo… e de novo… e de novo. É a gente se beijou muitas vezes. Que foi? A gente já desperdiçou muito tempo com brigas idiotas… agora temos é que recuperar o tempo perdido.

-Boa noite marrentinha. – Falou ele, enquanto me abraçava forte.

-Boa noite loirinho. – Falei rindo do apelido que ele me colocou. Bom, “marrentinha” é bem melhor que “amor”… Urgh coisa mais brega.

Nem esperei que ele vira-se costas e entrasse no táxi que o esperava na entrada da minha casa para leva-lo embora. Apenas suspirei e entrei dentro de casa com um sorriso tão largo, que eu fiquei até com medo de rasgar minha cara. Já eram 1:30h da manhã, então já todos estavam dormindo. Subi as escadas correndo e assim que entrei no meu quarto, me encostei na porta e deixei meu corpo deslizar por ela, indo ao encontro do chão.

Olhei para a linda rosa em minhas mãos e inalei seu maravilhoso perfume. Me levantei e pousei a rosa, o ursinho de pelúcia e as cartas, que Austin me tinha dado, em cima do criado-mudo. Guardei meus sapatos e me despi ali mesmo. Peguei meu pijama e fui pro banheiro. Tomei um banho bem demorado e lavei bem meu rosto para tirar toda aquela maquiagem. Não é que tivesse restado muita, porque aquela nossa brincadeira no mar tirou parte dela. Continuando… vesti um pijama, um tanto curto, fiz minhas higienes, prendi meu cabelo em um coque e voltei para o quarto. E pra minha surpresa, ele não estava mais vazio. Bom, eu sei que ele nunca esteve vazio, pois tinha lá a minha cama, meu armário, minhas coisas… O que eu estou querendo dizer é que assim que eu coloquei meus pés fora do banheiro, dei de cara com Austin parado bem no meio do meu quarto.

-Esqueceu o caminho pra casa? – Perguntei de repente, encostando minhas costas no batente da porta do banheiro e assustando um certo loirinho.

-Que susto menina. – Falou Austin, colocando a mão no peito. – E não, eu não esqueci o caminho pra casa. Eu só precisava ver você mais uma vez, para que esse dia tivesse um final perfeito. – Falou ele sendo todo fofo e super carinhoso. Mas como eu sempre amo estragar momentos desses…

-Você sabe que já passou da meia-noite, certo? – Perguntei, apontando para o relógio no seu pulso.

-Você adora estragar esses momentos, néh? – Perguntou ele, rindo baixinho e movendo a cabeça em sinal de negação.

-Desculpa coisa linda… - Caminhei até ele, mas ele me interrompeu antes que eu terminasse minha fala.

-Você me chamou de coisa? – Perguntou ele, fazendo a mesma pergunta que eu fiz uma vez para ele.

-Não estraga o momento seu bobo. – Falei e antes que ele dissesse mais alguma coisa, encostei meus lábios nos seus. O beijo começou calmo e cheio de paixão, mas foi se intensificando aos poucos. Senti ele soltando meus longos cabelos, bagunçando eles levemente. Minhas mãos apertavam sua cintura e eu desejava mentalmente que esse beijo não terminasse nunca. Uma de suas mãos invadiu meus cabelos e a outra repousou em meu rosto, me fazendo suspirar sobre seus lábios quentes e suaves. Ele pediu passagem com a língua e eu cedi sem hesitar um segundo. Austin foi empurrando, lentamente, meu corpo para trás fazendo minhas costas baterem contra a parede. Soltei um gemido, discreto, ao sentir seus lábios percorrendo toda a extensão de meu pescoço, dando leves beijos. Logo seus lábios voltaram a se encontrar com os meus e iniciamos mais um beijo de tirar o fôlego. Eu não sabia o que estava acontecendo comigo, mas eu sentia uma necessidade gigantesca de ter seu corpo ainda mais perto do meu. As minhas mãos agarravam a sua blusa com força, na tentativa de colar ainda mais nossos corpos. O que eu acho que era impossível. Eu me sentia como uma fera, domado pelo desejo de me saciar com minha presa. Acabamos por ter que interromper o beijo pela falta de ar. E eu nunca pensei em dizer isso, mas ainda bem que o ar existe, por senão eu acho que ia acabar por cometer uma loucura. As nossas respirações ofegantes eram o único som audível naquele quarto. Acho que nenhum de nós sabia ao certo o que dizer naquele momento. O que tinha acabado de acontecer era insano e sem explicação. E antes que o clima azedasse, eu resolvi quebrar o silêncio, dizendo a primeira coisa que me veio à cabeça.

-Entrou por onde? – Perguntei, ainda muito ofegante. Ele me olhou confuso e franziu o cenho.

-Como assim? – Ele é lindo, mas é tão lerdo.

-Como é que você entrou no meu quarto? – Perguntei de novo, reformulando a pergunta.

-Ah, eu subi pela varanda. – Falou ele com um sorriso vanglorioso no rosto.

-Virou o Romeu agora? – Perguntei brincando.

-Isso depende. – Ele falou fazendo um certo suspense. É, parece que o clima voltou ao normal.

-De quê? – Perguntei confusa.

-Você quer ser a minha Julieta? – Perguntou ele, enquanto se aproximava de mim, novamente.

-Não. – Respondi rapidamente e ele me olhou surpreso. Tão bobinho esse menino. – Eu não quero ser a sua Julieta… Eu quero ser a sua Ally. – Ele sorriu de novo e depositou um beijo na minha testa. Pelo menos agora não foi no nariz.

-Você já é a minha Ally. – Sussurrou ele e eu não pude deixar de me sentir encantada com suas palavras.

-E você o meu Austin. – Sussurrei, roçando nossos lábios de um jeito torturador para ambos.

Não preciso dizer que nos beijamos de novo, né? Um beijo carinhoso, e até inocente, mas que me deixou em sinal de alerta para que a situação anterior não se repetisse. E eu senti que Austin também se estava controlando. Eu acho que ainda é muito cedo para dar aquele passo, sabem?

E sabe aquele frase que se costuma dizer: "Quem fala mal do vizinho, seu mal vem a caminho." Então, não era eu que dizia que a Rydel era melosa… Meu deus, eu acho que supero ela em todos os parâmetros… Foi castigo de deus!

-Você acharia que eu tou louca, se eu dissesse que não quero que você vá embora? – Falei, enquanto deslizava meus dedos pela testa do garoto para afastar alguns fios de seu cabelo loiro, que cobriam seus lindos olhos. Se eu tou louco por ter dito aquilo pra ele? Provavelmente...

-Então somos dois loucos, porque eu também não quero ir embora. – O brilho no olhar de Austin me dizia que ele estava sendo sincero com suas palavras. E eu apenas respondi com a mesma sinceridade.

-Então não vá. – Sussurrei, apenas por um fio de voz, repleto de amor e loucura... especialmente loucura.

-Então não vou. – Austin sussurrou de volta. E logo senti seus lábios pressionarem delicadamente os meus e suas mãos invadirem meus cabelos, fazendo com que uma corrente de descarga eléctrica percorresse todas as extremidades do meu corpo. Ofeguei e mais uma vez nos separamos. Caminhei lentamente em direção ao interruptor da luz, que ficava na outra ponta do quarto, sentindo o olhar de Austin acompanhando, até o mais pequeno dos meus movimentos. Desliguei a luz, deixando o quarto apenas iluminado pela luz da lua e caminhei de novo para perto de Austin. Assim que ficamos de novo cara a cara, ele agarrou meu rosto com as duas mãos e me olhou intensamente. E como sempre acontece, eu me perdi em seus olhos castanhos esverdeados, mergulhando na imensidão daquela onda de sentimentos que eles me transmitiam.

-Eu sei que eu já falei isso, mas eu vou falar mais uma vez. – Ele parou por uns instantes e roçou seu nariz no meu. – Eu… - Parou de novo e beijou minha testa. – Amo… - Beijou meu nariz. – Você… - Minha bochecha direita. – Minha… - Agora beijou a esquerda. – Marrentinha. – E por fim e muito mais importante, beijou meus lábios, acabando de vez com aquela tortura agoniante.

-Boa noite meu loirinho. – Sussurrei contra seus lábios. Um suspiro apaixonado abandonou os lábios do loiro, destacando-se no meio de todo aquele silêncio, em que o som mais abundante eram nossas respirações.

-Boa noite minha pequena. – Sussurrou Austin com a voz um pouco mais rouca que o habitual, fazendo cada pêlo de meu corpo se arrepiar. Peguei em sua mão e o puxei em direção à minha cama. Afastei os cobertores e me desviei, dando espaço pra ele se deitar primeiro. Entendendo meu recado, o loiro tirou seus sapatos com a ajuda dos seus próprios pés e deitou na grande cama de casal levando-me junto com ele. Enrosquei meus braços em torno de seu corpo e deitei minha cabeça em seu peito, sentindo sua respiração quente pairando sobre meu rosto. Austin acariciava meus cabelos e uma vez ou outra, descia suas caricias para meu ombro e meus braços. Usando seu braço livre, Austin puxou os cobertores e nos cobriu. E antes de entregar meu corpo ao cansaço que o consumia aos poucos, senti Austin se remexer e me aconchegar melhor em seus braços, apertando-me um pouco mais contra si e depois disso tudo ficou escuro.

[…]

O quarto se iluminava aos poucos, o sol nascia lá fora, radiante e mais lindo que nunca. Abri meus olhos devagar para me acostumar com aquela claridade repentina. E quando conseguiu enxergar com mais clareza o ambiente, dei de cara com um certo loiro dormindo que nem um anjo. "O loiro" na verdade. Era maravilhosa a nossa aproximação, eu conseguia sentir sua respiração quente bater em meu rosto. Em outra ocasião, eu me afastaria dele o quanto antes, mas agora que tudo se resolveu entre nós, eu não irei mover um dedo. Irei apenas sorrir. Sim, sorrir, porque aquela cena do loiro dormindo é extremamente fofa. O seu cabelo estava todo bagunçado, e sua franja caía sobre seus olhos ainda fechados. Sua bochecha estava vermelhinha e seus lábios entreabertos. Eu queria encostar neles, mas também não queria acorda-lo. Contraditório, né? Vi um raio de sol atingir o rosto de Austin e segundos depois ele virou a cabeça com delicadeza e escondeu seu rosto nos meus cabelos. Suas mãos apertaram minha cintura e um sorriso sapeca se formou em seus lábios finos.

-Bom dia marrentinha. – Murmurou o loiro com aquela voz rouca que me leva aos céus.

-Bom dia seu folgado. – Murmurei, soltando uma risada pelo nariz ao ver sua cara de ofendido.

-Tanto amor logo de manhã cedo, até fico comovido. - Ironizou ele. E depois de um leve suspiro, ele finalmente abriu os olhos e me encarou com doçura. – Linda.

-Lindo. – Respondi de volta sorrindo carinhosa. – Dormiu bem? – Perguntei um pouco preocupada, porque eu não sou propiamente uma pessoa calma na hora de dormir. Uma vez atirei meu irmão abaixo da cama com tanta força, que ele quase quebrou o nariz.

-Bem? Bem é pouco. Eu nunca tinha dormido tão bem na minha vida toda. Ontem foi o melhor dia e noite da minha vida. – Não tem como não concordar com ele. Ontem também foi o melhor dia da minha vida, mas sabe tão bem ouvir essas palavras saírem da boca dele.

E eu acho que eu estou descobrindo aos poucos quais são os factores que me levaram a apaixonar por esse loiro. O seu sorriso, os seus olhos, a sua postura serena e divertida, o seu carinho, a sua doçura e até sua lerdeza… Não tem como não amar esse garoto.

-E você dormiu bem? – Perguntou ele, enquanto sua mão deslizava vagarosamente pelas minhas costas, traçando cada osso da minha coluna.

-Dormi maravilhosamente. – Respondi sendo sincera e ele sorriu. – Tirando a parte em que você roncou que nem um porco. – Falei tentando me manter o mais séria possível e Austin arregalou os olhos e se afastou de mim envergonhado. – Eu estou brincando. Você parece um anjinho quando está dormindo… Fica todo fofinho. – Falei rapidamente, trazendo-o para perto de mim novamente.

Ele se deitou ao meu lado de novo e ficou brincando com minha mão, enquanto eu observa cada movimento e expressão que ele fazia. O engraçado é que como ele não tomou banho depois do nosso encontro, o cheiro a maresia continuava entranhado nas suas roupas, pele e cabelo. Mas não era algo ruim, era bom na verdade. Ele colou a palma das nossas mãos e levantou as no ar, e só aí eu percebi o quão pequena eu sou comparada com ele. É sério, a mão dele é o dobro da minha. Austin percebeu minha cara de espanto e riu feito abusado.

-Tá vendo? Por isso que eu te chamo de pequena, porque você é literalmente pequena. – Ele falou em um tom de deboche e eu estirei a língua pra ele rindo. Do nada ele deu um pulo na cama e quase caiu pra trás. Sua expressão assustada me assustou também. Ele não falava nada, apenas me encarava. Então eu mesma decidi agir.

-Austin tá tudo bem? Que aconteceu?

-O táxi… - Murmurou ele ainda com cara de assustado.

-Que táxi? – Perguntei nitidamente confusa. Será que ele bateu com a cabeça enquanto dormia? É sério gente. O que ele tá falando não faz sentido nenhum. Espera… ai meu deus o táxi.

-Eu não mandei o táxi embora. – Ele falou com cara de apavorado. – Será que ele ainda está me esperando? – Ele perguntou com o cenho franzido.

-Duvido, mas o cara deve ter ficado bem furioso com você. – Falei quase me quebrando de tanto rir.

-Isso ri da desgraça dos outros. – Ele falou com cara de bravo. Até com essa cara ele é lindo.

-É o que eu tou fazendo. Tou rindo da sua desgraça.– E ri ainda mais.

-Provavelmente, eu não vou puder entrar em mais nenhum táxi dessa cidade. Vou estar na lista negra dos taxistas. – Falou ele, fazendo o maior drama e ignorando o meu ataque de riso.

-Ai meu deus que exagerado. – Falei um pouco mais calma. Ele me olhou com os olhos semicerrados e foi se aproximando de mim com um sorriso malicioso no rosto.

-Exagerado é? Exagerado, mas você gosta. – Ele falou e com um movimento rápido, me puxou pra cima dele, me prendeu sob seu corpo e me encarou com cara de convencido.

-E quem disse que eu gosto de você? – Perguntei só pra provocá-lo.

-Eu disse. – Como esse menino é convencido, eu hein! Tão cheio de auto confiança.

-Pior que gosto mesmo. – Falei, fingindo estar decepcionada com minha própria constatação.

-Bobinha. – Ele desviou seu olhar de mim e ficou olhando o céu pela janela. – Nossa! Já viu como o dia está lindo? – Não tive nem tempo de responder à sua pergunta, pois Austin levantou da cama em um pulo e me pegou no colo. Me agarrei nele ainda meio confusa e ele foi andando meio apressado até à varanda do quarto. Ele me colocou sentada na protecção da varanda e entrelaçou seus braços em minha cintura. E como é óbvio meus braços voaram para seu pescoço. Não por eu estar com segundas intenções, mas porque eu tava morrendo de medo de cair e me esborrachar no chão.

-Que deu em você menino? - Perguntei, escondendo meu rosto em seu pescoço e ele me apertou um pouco mais contra seu corpo.

-Nada. Só queria aproveitar esse dia maravilhoso com minha namorada maravilhosa. – Sabe aquele momento em que você fica toda boba e acaba soltando uma risada de hiena, horrorosa? Pois bem, isso acabou de acontecer. Meu deus que humilhação. E ele ainda riu descaradamente na minha cara, vê se pode isso!?

Um barulho do lado de fora do quarto desviou nossa atenção e Austin quase teve um ataque ali mesmo. Pior foi quando nossas suspeitas foram confirmadas, revelando quem estava do outro lado da porta.

-Ally! Você já acordou, filha? – Perguntou meu pai, batendo de leve na porta. Imaginem a nossa cara de pânico naquele hora. Até aquele momento eu tinha esquecido completamente da existência de quem quer que fosse, mas agora que eu recobrei minha consciência tou quase tendo um treco. Eu não tranquei a porta. Saí dos braços de Austin e desci da protecção da varanda, olhando para todos os lados para procurar uma saída ou esconderijo para o loiro.

-E agora? Eu não tranquei a porta. – Sussurrei nervosa, alternado meu olhar entre Austin e a porta.

-Filha, vou entrar. - Avisou meu pai e como por sincronia eu e Austin olhamos para a porta, assustados, ao mesmo tempo.

-É isso. Eu descer por onde subi. – Falou o loiro, apontando para a varanda. O olhei preocupada, mas assenti na mesma hora.

Ele rapidamente deu um beijinho no meu nariz (de novo) e depois beijou meus lábios. E justo na hora em que Austin estava se posicionando do outro lado da protecção para puder descer, meu pai abriu a porta. Por impulso do momento, eu me virei e encostei violentamente minhas costas no lugar onde Austin mantinha suas mãos para se segurar. Resultado: Acabei esmagando os dedos do loiro, fazendo ele largar a protecção e cair bem no meio do chão.

-Ai meu deus. – Gritei apavorada, mas não ousei olhar para baixo para checar se tava tudo bem com o loiro. Porquê? Puro medo… Medo de quê? De ter matado meu namorado no nosso primeiro dia de namoro.

-Nossa, sou assim tão feio? – Perguntou meu pai divertido. E agora eu agradeço mentalmente por ele se ter mantido afastado de mim tanto tempo, pois afinal isso até trouxe algumas vantagens… Tais como, ele não me conhecer o suficiente para perceber que eu estava quase tendo chilique ali mesmo.

-Quer mesmo que eu lhe responda? – Perguntei usando o meu típico tom de ironia, para disfarçar minha preocupação pelo loiro.

-Nunca ouviu dizer que quem sai aos seus não degenera? – Meu deus, tem indirecta mais sem originalidade que essa?

-Uhm será que dá pro senhor sair do meu quarto? É que eu tou querendo me trocar. – Pedi impaciente.

-Por acaso você tá me expulsando? – Meu pai perguntou com cara de indignado.

-Estou! – Falei curta e grossa. Meu pai estreitou o olhar pra mim e saiu de meu quarto bufando.

Respirei fundo umas três vezes, torcendo para que o loiro estivesse pelo menos vivo. Ele podia até ter se quebrado todo, mas o importante é que ele estivesse vivo.

-Austin? – Chamei, virando-me devagar ainda incapaz de olhar para baixo.

Silêncio. Foi a única coisa que se ouviu. Meu coração pulava descontrolado dentro do peito e meu estômago estava num turbilhão, dando voltas e mais voltas. Finalmente ganhei coragem e olhei pra baixo. E lá estava o loiro estatelado no meio do chão.

Tudo o que eu fiz foi ficar encarando a cena, incapaz de mover um músculo ou até mesmo pestanejar. Sagrada face do Pai Eterno, eu matei meu loiro!

Respira Ally! Respira Ally! Respira!

-Austin? – Chamei de novo, mas desta vez com uma voz chorosa. Sim, eu estava chorando. É pra vocês verem o que esse loiro faz comigo. – Austin pelo amor de deus abre o olho e fala comigo. – Implorei com o rosto derramado em lágrimas, mas nada do loiro se mexer.

Fechei os olhos com força para conter as lágrimas que teimavam em descer e do nada, uma gargalhada altamente estrondosa invadiu o ambiente. Abri os olhos outra vez e lá estava o imbecil do loiro rebolando no chão de tanto rir.

-Seu imbecil. – Gritei enfurecida. Senti o sangue em minhas veias ferver e eu estava quase pulando da varando só pra esganar o loiro.

-Ahah, você devia ter visto a sua cara Ally. Essa foi a cena mais hilária da minha vida. – Mais vermelho que um tomate, o loiro ainda ria feito idiota. A minha vontade era de estapear ele, mas admito que a risada dele era bem contagiante. – Fiquei até comovido Ally… A minha marrentinha chorando por achar que me tinha perdido. – E ele divertia-se com a situação… mas é muito abusado.

-Você é muito idiota! – Esse foi um comentário bem maduro da minha parte, eu sei!. - E sem noção. Tava querendo me matar do coração seu imbecil? Eu pensei que tinha matado você. – Austin riu, presunçoso, orgulhoso por ser o motivo das minhas lágrimas. Aproveitei o desvio de seu olhar para recobrar meu autocontrole e depois voltei à carga. – Se fizer isso de novo, eu mato você.

-Ah vai tentar me matar de novo? – Perguntou ele com um sorriso de deboche no rosto… o mesmo sorriso que antes me deixava furiosa, mas que agora me deixa completamente atordoada.

-Foi um acidente tá? Mas se continuar de gracinha a próxima não vai ser acidental. – Ameacei toda armada em assassina em série e ele riu.

-Tá desculpa! Mas é que eu não resisti… - Após suas palavras, ele voltou a rir daquele jeito gostoso e cativante que eu tanto amo. E ele ria muito mesmo, sem sentir um pingo de culpa por me ter feito achar que ele tinha batido as botas… Sem coração!

-Ahahah tou morrendo de rir. – Ironizei, olhando para ele sem demonstrar qualquer tipo de emoção, ou por outras palavras, fazendo cara de defunto.

-Ah não Ally. Não faz assim… Sorri pra mim vai! – Pediu ele, mas eu simplesmente virei o rosto e ignorei suas palavras. – Ally… Vá lá, me dá só um sorrisinho. Você sabe que eu tenho que ir embora, porque se seu pai me apanha aqui, ele me esfola vivo! E além disso minha família já deve estar preocupada comigo, eu não avisei que ia dormir fora de casa. – Respondi às suas palavras com mais silêncio. – Ah, marrentinha não vai ficar zangada comigo no nosso primeiro dia de namoro, ou vai?

-Eu não estou zangada…

-Então sorri pra mim. – Pediu mais uma vez. Fuzilei-o com o olhar no mesmo instante, mas não demorou muito tempo para que eu me rendesse e sorrisse feito boba pra ele. E com um sorriso que já não saía de seu rosto, ele se despediu e foi embora.

Entrei de novo no quarto e fui logo em direção ao banheiro. Olhei meu reflexo por uns instantes no espelho e me senti uma boba por estar com aquele sorrisinho moldado nos lábios. Tirei minha roupa e entrei na box. Tomei um banho bem gelado, pois o calor de Miami estava insuportável. E digamos que os meus hormônios descontrolados não estavam ajudando muito a diminuir a fervura de meu corpo… Aquele loiro me deixa louca! Saí da box e me enrolei na toalha. Rodei meus olhos pelo local e só então me apercebi de que me tinha esquecido de pegar roupa. Saí do banheiro apressada, pois meu estômago já estava a começar a roncar pela fome e fui logo em direção ao meu armário.

Peguei a primeira roupa que vi e me virei tomando o maior susto da minha vida. Esse povo adora me assustar.

Brady estava parado junto à minha cama e me olhava como se eu tivesse cometido o maior dos crimes. Do nada ele se jogou em minha cama, esticando-se todo, como se aquilo fosse a coisa mais natural do mundo. Colocou os braços atrás da cabeça e só então voltou a me olhar.

-Então o encontro foi bom? – Perguntou ele com a voz repleta de malícia e uma pontinha de ironia. Estranhei seu comportamento, mas continuei agindo com naturalidade, lembrando me de que o meu namoro com o Austin devia ser mantido em segredo.

-É foi bom… Bom, porque serviu para o loiro oxigenado perceber que eu e ele não temos nada a ver e que nunca vai rolar nada entre nós. – Falei, me fingindo de indiferente, mas Brady pareceu não acreditar, pois me olhou com impaciência e levantou da cama bufando.

-Hum-hum, certo! Então será que dá pra você me explicar porque o Austin estava no seu quarto hoje de manhã? E não ouse tentar me enrolar, porque de bobo eu só tenho a cara. – Falou ele com os olhos faiscando de raiva. Engoli em seco e decidi contar a verdade, afinal não havia justificação possível para o loiro estar no meu quarto hoje de manhã. Bom, eu podia dizer que ele tentou me sequestrar, mas duvido muito que alguém acreditasse.

Depois de contar tudo tintim por tintim, detalhe por detalhe e ameaçar ele de morte se ele ousasse contar essa história a alguém, uma dúvida surgiu em minha cabeça.

-Como você sabia que ele estava aqui? – Perguntei, arqueando minha sobrancelha esquerda.

-Digamos só que não é muito normal você olhar pela janela de seu quarto e ver um cara caindo da varando do quarto da sua irmã. – Falou ele mantendo sempre sua postura séria, como se fosse esse o seu dever por ser meu irmão mais velho. Mas eu percebi que ele estava apertando os lábios para evitar rir ou até mesmo gargalhar. Vendo que não ia aguentar por muito tempo, ele se virou e saiu disparado pela porta fora.

E depois deste momento super normal eu voltei aos meus afazeres diários. Terminei de me vestir, prendi meu cabelo e desci pra tomar o café da manhã. E como é óbvio, eu fui atolada de perguntas. Meu pai queria saber cada detalhe e eu contei, mas digamos que eu economizei bem nos pormenores. E ao contrário de Brady, meu pai acreditou que eu e Austin não estamos namorando. Menos mal, né?!

O resto do dia passou a correr e eu não vi mais o Austin ou qualquer um dos meus outros amigos, porque meu pai teve a brilhante ideia de fazer um programa em família. Mas não vou reclamar, porque adoro ir em parque de diversões e é sempre bom ver meu irmão vomitando e chorando que nem uma garotinha assustada. Mas nem uma mensagem eu troquei com o Austin... tou morrendo lentamente aqui!

E a segunda-feira chegou, o dia que toda a gente ama! Perceberam a ironia, certo?

Enfim, o dia não podia ter começado melhor, porque assim que cheguei no colégio dei de cara com a vakira e a jumenta loira, juntas. Perceberam a ironia de novo, certo? É só pra confirmar.

-Olha Cassy, agora aceitam vadias no colégio. – Falou Kira, lançando um olhar de repulsa pra mim, que foi retribuído de bom grado.

-Parece que sim. É por isso que vocês estão aqui! – Respondi com um sorriso mais falso que a bunda da Kira.

-Oh garota, olha bem pra quem você está falando. – Falou Cassidy, aproximando-se de mim com um olhar ameaçador.

-Estou olhando… Eu estou olhando para duas vadias sem noção, que estão cheias de dor de cotovelo por não conseguirem ter nada com o Austin, mas querem saber? Eu não tenho nada a ver com isso e eu quero que vocês se explodam. – Falei já meio alterada e logo Brady correu para meu lado.

-Vadias? Nós? Você já se olhou no espelho, garota? – Perguntou Cassidy, cínica.

-Bom, eu tenho olhos na cara, então sim eu já me olhei no espelho. – Respondi em um tom de deboche.

-Então você deve ser muito burra, porque não percebeu que a única vadia aqui é você. – Cassidy falou com uma sobrancelha arqueada e a maior cara de provocação. Mas se ela pensa que eu vou perder o controle outra vez, está muito enganada. Brady se colocou na minha frente, como se me quisesse defender, mas eu puxei o de volta e sorri pra ele, como agradecimento pela sua ação.

-Deixa Brady. Vamos embora. Elas não valem a pena. – Respondi calmamente e ele me olhou surpreso, mas assentiu.

-Quem não vale a pena é você garota. – Respondeu Kira, completamente desconcertada. Eu sei que elas queriam arranjar briga comigo para que eu me ferrasse, mas eu não lhes vou dar esse gostinho.

-Sabe Kira, eu hoje aprendi que vocês são a prova viva de que o ser humano pode viver sem um cérebro! – Argumentei, dando uma de inteligente e elas me olharam escandalizadas. Eu juro que se eu não me estivesse controlando para não ir às fuças delas eu iria rir, porque essa cena foi bastante cómica.

-Ah vai pro inferno! – Gritou Kira batendo com o pé no chão.

-Nem morta que eu entro na sua casa. – Mal terminei de falar minha frase e logo saí de lá marchando que nem um general, arrastando meu irmão comigo.

O resto da manhã foi normal. Só tive a primeira aula com o Dez e foi rir até dizer chega. E bom, o resto das aulas eu dormi numa das mesas do fundo da sala.

A tarde também não foi diferente, sorte a minha que as aulas são muito mais legais e pelo menos eu tinha a companhia dos meus amigos… e de Austin. O problema é que eu não consegui ficar sozinha com ele, nem por um segundo que fosse. Eu apanhava ele me olhando com uma agonia danada estampada nos olhos e eu juro que eu estava me segurando para não pular em cima dele e lhe tascar um daqueles beijões de cinema.

E depois de horas de angústia e sofrimento as aulas finalmente acabaram… por hoje!

Eu e as garotas fomos para o nosso quarto e os garotos foram fazer sei lá o quê. Detalhe: eu sei que Austin, Rocky e Riker foram para o quarto do meu loiro.

Rydel e Trish começar a brigar do nada, por um motivo um tanto bobo, por isso aproveitei a ocasião e escapei do quarto sorrateiramente, para que elas não me fizessem perguntas.

Corri em direção à ala dos garotos e me escondi em um dos corredores para que ninguém me visse. Estava me sentindo como uma agente secreta, escondida nas sombras, aguardando o momento certo para atacar… Ok, já estou viajando.

Peguei meu celular e mandei uma mensagem para Brady dizendo: “SOS estou morrendo de agonia”.

Eu sei, eu sei que essa mensagem é muito sem contexto e não explica nada, mas por incrível que pareça meu irmão entendeu, pois logo recebi sua resposta dizendo: “Estou indo salvar você maninha. Ps: Você é muito boba, sabia?”

Não respondi, apenas fiquei esperando que alguma coisa acontecesse. E dois minutos depois a porta do quarto dos garotos se abriu e de lá saíram Rocky e Riker com cara de poucos amigos. O que será que meu irmão inventou para fazer eles saírem do quarto? Quer saber, não interessa! Eu tou é louca pra pegar o meu loiro… Meu deus eu tou pirada.

Logo a imagem dos dois garotos caminhando apressadamente ficou fora do meu alcance e eu me preparei para sair de meu esconderijo improvisado.

Espera, e se Brady não conseguir enrolar eles por muito tempo e eles decidirem voltar? Ou… E se alguém me dedurar por eu estar na ala dos garotos? Ah, quer saber? Que se dane tudo! Eu quero é ver o meu loiro.

Abaixei um pouco a cabeça e fui caminhando despreocupadamente até à porta do quarto do loiro. Um garoto passou por mim e ficou me olhando com cara de escandalizado e minha vontade era de dar um soco nas suas fuças, mas limitei-me a assusta-lo.

-Nunca viu é? Baza daqui idiota. – Rosnei com cara de raiva e o garoto quase fugiu correndo.

Bati na porta e chamei pelo loiro, mas ninguém respondeu. Então eu mesma tomei a liberdade de entrar no quarto e trancar a porta. E assim que me virei meu queixo caiu e em minha mente uma única frase surgiu: “Meu deus eu tou no paraíso.”

Em meu pequeno e extremamente focado campo de visão estava Austin e ele me olhava com os olhos arregalados, mas o importante não é a cara do loiro e sim o resto. Austin estava com seus cabelos loiros húmidos e bagunçados dando-lhe um ar sexy e selvagem ao mesmo tempo, mas mais importante e sedutor que tudo isso era a miragem do Paraíso que estava bem na minha frente. Austin não usava nada no corpo, além de uma toalha na cintura. Então agora imaginem a minha figurinha ao ver o deus grego do MEU namorado só de toalha na minha frente, exibindo o seu lindo, perfeito e bem definido tanquinho. Pra não falar dos seus braços, incrivelmente, musculados. Meu santo picles, eu nunca imaginei que ele fosse tão… Como é que eu hei-de dizer? Gostoso!

Engoli em seco umas 3, ou 4, acho que 10 vezes e só depois olhei para o rosto do loiro. E adivinhem só? Ele tava rindo…

-Ally? Vai ficar aí babando ou vai falar alguma coisa? – Perguntou o loiro com um sorriso convencido no rosto. Ele tava amando me ver babar por ele e o pior é que me consciência decidiu me abandonar nessa e eu continuava ali parada com cara de boba. – Ally?

-Uhm… o quê? – Perguntei sentindo minhas pernas e o resto do corpo tremendo que nem gelatina. Ele gargalhou exibindo os seus dentes incrivelmente brancos e só então eu despertei de meu transe.

-A vista tá assim tão boa? – Perguntou presunçoso.

-É que você nem imagina… Quer dizer, não… não fica aí se achando loiro aguado. – Minha voz soou tão estranha e tremula que eu podia jurar que não era eu que tava falando.

-Então o que a senhorita veio fazer aqui? – Perguntou ele, caminhando a passos, dolorosamente, lentos até mim. O danado do loiro ama ver-me sofrer…

-Nada demais… só matar as saudades do meu lindo e MUITO gostoso namorado. – Isso saiu mesmo da minha boca? Ai, senhor!!!

-Nossa, e o que a minha linda, perigosa e gostosa namorada está esperando pra matar toda essa saudade? Um convite formal? – Perguntou ele com um sorriso malicioso no rosto.

Eu ia falar alguma coisa, mas Austin encerrou de vez o assunto colando sua boca na minha. E não foi um simples roçar de lábios, um selinho ou beijo como os que já demos, não. Foi um beijo de verdade! Aquele tipo de beijo que faz a nossa chama interna se acender e nosso corpo implorar por contacto. Lancei meus braços em volta do pescoço de Austin e o apertei ainda mais contra mim, sentindo seu corpo ainda molhando em contacto com o meu.

Austin envolveu minha cintura com um único braço e sua mão livre invadiu meus cabelos. Então ele aprofundou ainda mais o beijo, abrindo minha boca com sua língua e explorando cada canto dela. Um suspiro ou gemido, já nem sei, escapou de meus lábios fazendo ele sorrir entre o beijo. Sem aguentarmos mais a falta de ar, demos o beijo por terminado com um belo e apaixonado selinho, que tirou minha mente de órbita.

Seus dedos traçaram vagarosamente meu rosto e meus lábios, e seus olhos fixaram os meus.

-Que saudades de poder te tocar e beijar assim. Eu não sei se vou aguentar essa situação por muito tempo. – Falou ele fazendo bico.

-Eu sei, mas eu prometo que eu vou falar com o Riker ainda essa semana, tá? – Falei e ele sorriu concordando. Seus braços me envolveram de novo e eu senti ele inspirar meu perfume, e me apertar um pouco mais, estreitando nos em um abraço aconchegante e bem perigoso para a minha sanidade, visto que ele ainda estava só de tolha.

Estava tudo maravilhoso, até o nosso momento ser estragado pela pessoa que eu menos esperava naquele momento.

-Austin? Austin Moon abre essa porta agora. – Falou o desgraçado que atrapalhou nosso único momentinho a sós, tentando abrir a porta sem sucesso. Ainda bem que dessa vez eu me lembrei de trancar a porta.

-Diretor? – Perguntou o loiro com um olhar assustado.

-Claro que não, é o Papai Noel. – Respondeu o diretor, sarcasticamente.

-Com aquela barriga, bem que fica parecido. – Resmunguei baixinho e o loiro quase enfiou as mãos dentro da boca para não rir.

-Austin Moon, eu preciso que você abra essa porta agora. – Pediu o diretor mais uma vez.

-Porquê? – Perguntou o loiro, enquanto examinava cada canto do quarto com o olhar. Ele não vai fazer o que eu penso que vai fazer, pois não?

-Eu acabei de receber uma denúncia, de um garoto dessa zona dos dormitórios, dizendo que tinha uma garota na porta do seu quarto. E eu preciso revistar seu quarto para ver se está aí alguém com você. – Nesse momento meus olhos se arregalaram tanto, que eu fiquei até com medo de que eles saltassem da minha cara. O sacana do garoto que eu assustei ainda a pouco me denunciou… Ahhh mas ele me paga.

-Claro que não é verdade diretor, tá maluco. – Se eu não tivesse prestes a ficar completa e totalmente encrencada, eu juro que ria da cara de pânico do loiro.

-Olha o respeito mocinho. E abra essa porta agora. – Falou o diretor, agora um pouco mais alterado. Austin e eu andávamos de um lado para o outro sem saber o que fazer e o nervosismo já estava tomando conta da gente. Esse segredo está se tornando muito complicado e ainda só se passaram 2 dias.

-Espere só um pouquinho. É que eu tava tomando banho, por isso, eu tou meio que pelado. – Falou Austin, enquanto fazia uns gestos estranhos e mexia os braços freneticamente, tentando inutilmente me orientar para fazer alguma coisa.

-Austin Mónica Moon, você tem 2 segundos para abrir essa porta ou eu vou ser obrigado a tomar medidas drásticas. – Ameaçou o diretor, falando o nome todo do loiro. E como é óbvio, eu não me segurei e comecei a rir, abafando o riso com as mãos.

-Não, não vai ser necessário. Eu estou só terminando de me enxaguar, só um minuto. – Falou o garoto, olhando-me de um jeito repreendedor por eu estar rindo do nome dele. Me recompus e voltei a ficar séria.

-E agora o que a gente faz? – Sussurrei pro garoto.

-Se esconde debaixo da cama. – Falou ele, depois de uns segundos pensando. O olhei incrédula e neguei com a cabeça.

-Não dá seu bobo. É óbvio que esse vai ser o primeiro sítio que ele vai ver. – Falei e ele concordou suspirando frustrado.

-O banheiro… se esconde lá. – Ele mal tinha terminado de falar e já estava me arrastando pra dentro do banheiro.

-E se ele quiser entrar no banheiro, o que você vai dizer? – Perguntei antes de entrar por completo dentro do banheiro.

-O que tá acontecendo aqui? – Perguntou o dono de uma voz bem conhecida por mim e pelo loiro. Se pensaram no Riker se enganaram, porque era o Dez. E pelo seu tom de voz, ele parecia confuso.

-Seu amigo Austin Moon está trancado no quarto e nós precisamos revistar o quarto de vocês. – Informou o diretor, nitidamente irritado.

-Aqui não há drogas não meu filho. – Falou Dez como se o diretor fosse um louco qualquer.

-Que drogas, o quê garoto?! Eu tou falando de garotas! – Falou o diretor sem um pingo de paciência.

-Tem garotas no meu quarto e ninguém me disse nada? Belo amigo que você me saiu, né Austin? – Tem como não rir disso? Porque se tiver me expliquem, porque eu tou quase explodindo de tanto conter o riso.

-A janela. – Falei meio que arfando, por causa do meu esforço para não sair rebolando no chão de tanto rir.

-Você vai pular da janela? – Perguntou o loiro preocupado.

-É a única hipótese.

-Mas é muito alto. – Own que fofo, ele estava mesmo preocupado comigo.

-Relaxa, eu já fiz isso antes. – Falei despreocupada.

-E eu fiz isso uma vez e por pouco não me desmontei todo. – Ele disse e logo a cena dele caindo da minha varanda invadiu minha mente. - Por isso eu não vou deixar você fazer isso de jeito nenhum. – Esbravejou Austin, todo mandão.

-Austin Moon… abra essa porta. – Grunhiu o diretor do outro lado da porta. Meu deus, ele é um homem ou um animal… tá parecendo até uma morsa.

-Ah o problema é a porta? Tudo bem, relaxe diretor. Eu tenho aqui a chave. – Falou Dez todo descontraído e logo o som da chave girando na fechadura me fez pular de pânico.

Austin me olhou apavorado e me levou de novo pro banheiro, me empurrou pra dentro da box e depois me olhou com … com culpa?

-Desculpa por isso. – O olhei confusa, mas logo minhas duvidas foram esclarecidas quando ele ligou a água do chuveiro e entrou também para dentro da box.

A água quente que caía pelo chuveiro fazia com que os vidros foscos e um pouco escuros da box se emaciassem, ou seja, do lado de fora não dava para enxergar nada com clareza.

Austin me colocou atrás dele para esconder meu corpo com o seu. Suspirei nervosa, enquanto a água quente caía sobre mim e me molhava da cabeça aos pés.

-Cadê você Austin? – Perguntou, ou melhor, gritou o diretor ainda mais furioso por não encontrar Austin no quarto. Ouvi a porta do banheiro se abrir e minha única reacção foi me encolher atrás de Austin.

-Como eu disse ao senhor, eu estou tomando banho. – Falou Austin colocando a cabeça pra fora da box. Não sabia ao certo o que tava acontecendo, mas algo me dizia que o diretor tinha ficado meio sem jeito. – Jura que ainda acha que tem alguma garota aqui no meu quarto? Ela vai estar onde? Debaixo da minha cama? Não, espere… Ela vai estar aqui comigo tomando banho? – Mas esse garoto não tem mesmo noção do perigo. Belisquei seu braço para que ele se calasse e logo ele gemeu de dor.

-Bom, já vi que não tem aqui ninguém além do senhor. Vou indo. – Falou o director, ainda nitidamente desconfiado.

-E eu não sou ninguém? – Perguntou Dez indignado e saiu correndo atrás do director.

Austin saiu do banheiro correndo e voltou a trancar o quarto. Já estava me preparando para sair da box e brigar com Austin por me ter molhado toda, mas em menos de um segundo, Austin já estava de novo dentro da box e com seus lábios nos meus, beijando me intensamente.

-Não é um beijo na chuva, mas acha que é suficiente? – Perguntou ofegante e com um sorriso sapeca no rosto. Deslizei minhas mãos por suas costas nuas e respondi maravilhada pelo jeito meigo e encantador com que ele me trata.

-Com você qualquer coisa é mais que suficiente. – Sem hesitar, Austin me puxou de novo e mais uma vez me beijou.

-Sabe de uma coisa? – Ele perguntou enquanto distribuía beijos por todo o meu rosto.

-O quê? – Falei, quase incapaz de manter meus olhos abertos.

-Eu acho que... Segredo mais louco que esse não há. – Assumiu o loiro, me deixando perdida em seus olhos.

E com a água ainda caindo sobre nossos corpos, nossas bocas se uniram e nos beijamos uma e outra vez sem nos preocuparmos com mais nada!

♥Continua♥


Notas Finais


Pijama da Ally: http://www.polyvore.com/ally_look/set?id=151923746
Roupa de Domingo: http://www.polyvore.com/untitled_29/set?id=145840539

Então, vocês gostaram do capitulo? Não gostaram? Por favor, comentem porque eu quero saber vossas opiniões ♥ Comentem... comentem... ihihihih

Esse é o link da minha nova fic ♥ Espero que gostem dela... por isso favoritem e comentem:

https://socialspirit.com.br/fanfics/historia/fanfiction-austin-ally-ill-be-always-there-for-you-3368929


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