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História Opera por lan, FEITA PRA PESSOAS ESPECÍFICAS - Capitulo Cinco


Escrita por: infinitealone

Capítulo 5 - Capitulo Cinco


Londres; Highgate High School; Segunda-feira; 10:17 da manhã;  

Mural de avisos da escola:  

“Horário da educação física feminina alterado para 4:00p.m”  

- Yes! – Karolyna comemorou, abraçando a amiga pelo lado. 
- O que tem de tão bom a respeito disso, Karol? – Vi olhou o mural com cara de tédio. 
- É o horário do treino de futebol masculino do colégio. – deu o mesmo sorriso que uma criança faz quando ganha um pirulito. 
- E...? 
- Que raciocínio lerdo. – revirou os olhos. – Gatinhos suados. – disse o óbvio. 
- Alex, pelo jeito, é esquecido em horas como essa. – a garota riu baixo. 
- Claro que não. Eu o amo. Mas não é por causa dele que eu vou parar de ter bom gosto, não é? Não sou cega.  
- Okay, okay, “senhorita saidinha”. Vamos voltar pra sala.  

- Olha isso, cara. – Bennet disse pra mais dois garotos, apoiando-se nos armários do corredor pra olhar o quadril de duas garotas que passavam. Gustavo, que colocava o livro de cálculos de volta no seu armário, olhou de rabo de olho o grupo de garotos, em seguida, o que eles observavam. 
- Mal dá pra acreditar que vamos ver isso todo dia na hora do treino. – outro sorriu maliciosamente. 
- Isso vai ser tudo de bom, chapa. – o terceiro repetiu o sorriso. 
Stavo focou o fundo do armário perdendo-se em pensamentos por alguns segundos. Depois fechou-o e seguiu pra sala de aula, com as mãos nos bolsos. 

Londres; Highgate High School: Ginásio Poliesportivo; Segunda-feira; 5:13 a tarde;  

- O QUE NÓS QUEREMOS? – uma ruiva gritou levantando bem alto os pompons azuis de torcida. 
- GARRA. 
- O QUE NÓS QUEREMOS? 
- UNIÃO. 
- QUAL É O TIME? 
- EAGLES! – as demais começaram a fazer a coreografia, levantando alto as pernas e balançando os pompons. 
- Argh. – Karen disse parando de dançar e levando a mão ao peito, ofegante. 
- Tudo bem, Karen? – Karolyna perguntou aproximando-se dela. 
- Tudo bem, Karol. É só que essa vida de líder de torcida está me deixando exausta. 
- O mesmo digo eu. – puxou o colant um pouco pra frente, soprando dentro do mesmo. – Vamos sentar um pouco. Talvez melhore. 
Sentaram-se no inicio da arquibancada. Karen ainda estava ofegante, deixando a amiga preocupada.  

Londres; Highgate High School: Porta do ginásio; Segunda-feira; 5:15 da tarde;  

- Deu sorte, Acosta. – o treinador Stevens disse arrumando o boné na cabeça. – O senhor Hills acabou de quebrar a perna. Estávamos mesmo procurando alguém pra substituí-lo. E adivinha qual era a posição dele? – deu uma gargalhada calorosa. – Muita coincidência, não acha? 
- Bastante, senhor. 
- Espero você aqui pro treino, começando amanhã.  

Londres; Highgate High School: Ginásio Poliesportivo; Segunda-feira; 6:02 da tarde;  

- Parece que já terminamos o treino por aqui, garotas. – a treinadora das líderes de torcida disse, batendo palmas. – Vão pra casa e descansem. A grande estréia está chegando. 
Austin deu uma tragada no cigarro, sentado na arquibancada. Observou todo o treino das líderes de torcida, como fazia toda segunda e quarta. Percebeu alguém aproximar-se e virou o rosto pra olhar. 
- Oi, Austin. – a garota beijou-o na trave da boca, de surpresa. 
- Kimberly. – disse seco, virando-se pra frente. 
- Nossa. Por que tanta frieza? Você não fala comigo direito desde que... 
- Desde o quê, Kim? Você já fudeu com a minha vida mesmo. O que mais quer de mim? – irritou-se. 
- Não precisa ser grosso. 
- Me deixe em paz. – levantou-se descendo as arquibancadas vendo o ginásio já vazio.  

- Droga. – Austin disse passando as mãos contra o corpo, sentindo o vento frio tocar-lhe a pele. Passeou pela grama verde que estava escura, graças ao tempo. 
Amaldiçoava-se mentalmente por ter estacionado o carro longe do ginásio. Onde estava com a cabeça? 
Finalmente avistou o automóvel vermelho estacionado na rua. Tirou a chave do bolso para abri-lo. 
Suspirou, colocando a mão na alça da porta para puxá-la, quando sentiu uma espécie de cano gelado encostar-se a seu pescoço. Sentiu a espinha gelar ainda mais. 
- Passa a chave, que tudo vai ficar bem. – uma voz masculina dura e rouca disse atrás do mesmo. Austin levantou as duas mãos. 
- C-Calma, cara. – gaguejou. – Já vou passar. Só... Calma. – virou a mão direita devagar, estendendo a chave com os dedos. 
- Deixe-o em paz. – outro rapaz disse, fazendo com que Austin espremesse os olhos.  

Stavo olhava o assaltante sem demonstrar-se intimidado. Imprudência? Quem sabe. 
- Acosta, você está louco? – Austin sussurrou, sendo virado pra frente do rapaz pelo homem armado. 
- Um justiceiro? Era o que faltava. – o homem riu em deboche. – E por que você acha que eu o deixaria em paz? 
- Pra quê ter um Fiesta vermelho se você pode ter um Audi preto? – apontou pro próprio carro com o queixo, estendendo a chave com a mão esquerda, e levantando a outra mão. – Solte o garoto e o carro é seu. 
- Acha mesmo que eu vou cair nessa? – o ladrão disse sério, envolvendo o pescoço de Austin com o braço e aproximando mais ainda o revólver de sua testa. 
Esse, por sua vez, começou a rezar mentalmente, perdendo a respiração. – Prove que essa é a chave do carro. – Stavo sorriu torto, apertando um botão no chaveiro o qual estava a chave, e fazendo o alarme do Audi disparar. 
- Satisfeito? 
- Vamos fazer uma troca. – o homem umideceu os lábios com a língua. – Você me passa a chave. Eu te passo o garoto. 
- Fechado. 
- Quando eu contar até três, você manda a chave. – Gustavo balançou a cabeça positivamente. – Um. Dois. Três. – empurrou Austin na direção do rapaz. Stavo segurou-o com o braço, impedindo-o de cair. Lançou o chaveiro diretamente na mão do assaltante. 
- Agora quietinhos. – ele disse ainda apontando a arma pros dois e apertando o botão de abrir o carro. Seguiu pro Audi fechando a porta, antes de deixar de mirá-los. 
- Deus. – Austin sussurrou trêmulo, observando o veículo preto se afastar. – Deus... Deus! – repetiu. Stavo deu uma risada baixa. – DUDE, QUE PORRA FOI ESSA? – balançou os ombros do menino que agora gargalhava. – SÉRIO! COMO ASSIM, O CARA APONTOU UM REVÓLVER PRA MINHA TESTA? CALMA. VOCÊ DEU SEU AUDI POR MIM? – soltou o ar, fazendo um som estridente. – Agora eu estou me sentindo bem de verdade. Porra, eu valho pra você o que? Quanto custou aquele carro?  
- O preço não importa. – disse já retomando a aparência fria. 
- Não, sério. Você perdeu o seu Audi A-oito. Por mim. Você é louco? 
- Eu tenho como localizá-lo e pará-lo por satélite, Mahone. – olhou o Fiesta. – Era melhor do que você perder seu carro pra sempre. 
- É. Meu pai se nega a me dar um melhor. Ele acha que eu sou muito irresponsável. – fez aspas com os dedos, apesar de ainda estar nervoso. – Precisa de carona pra algum lugar? De um leal servo? 
- Não, Austin. Obrigado. – tirou o celular do bolso da calça social preta. – Eu chamo um táxi. 
- Quê? Nunca. Gastar mais dinheiro que você já gastou comigo hoje? Eu insisto. – Stavo alternou seu olhar de Austin pro veículo vermelho. O aparelho em sua mão começou a tocar. 
- Alô? 
- Margarida, cadê você? – reconheceu a voz do outro lado da linha. 
- Ainda estou na escola, dude. 
- Se eu fosse você viria pra cá agora. O Josh já está piradão aqui com o atraso do ensaio. 
- Eu já estou... Er... – olhou novamente o carro vermelho e os olhos pidões de Austin. – Indo.  

Londres; Dockland; Segunda-feira; 7:47 da noite;  

- É aqui. Obrigado. 
- Quê isso, chapa. Eu que agradeço. Você salvou a minha vida e o meu couro. – fez careta com a imaginação do pai descobrindo que o carro havia sido roubado. Stavo abriu a porta do Fiesta já impulsionando o corpo pra fora. – E... Acosta. – olhou pra traz, dando de cara com um Austin sério. – Sobre aquele assunto... Eu nunca acreditei que tivesse sido você.  

- Qual é, margarida. Quase mata seu irmãozão aqui de preocupação. – Duan disse descendo do palco improvisado e indo em direção ao rapaz perdido em pensamentos. – Margarida? 
- Oi? – situou-se no local. 
- Onde você estava? 
- Escola. Preciso ligar pro seguro do carro. Comecem o ensaio sem mim. – começou a discar números no celular, deixando os outros dois garotos confusos.  

Londres; Highgate High School; Terça-feira; 12:02;  

- Hey, Acosta. – Austin disse aproximando-se do garoto escorado na parede do corredor. Esse soltou um suspiro impaciente. – Trouxe uma coisa em agradecimento por você ter salvado a minha pele. 
- Bolo de novo não. – murmurou, olhando pra cima. 
- Quê? – arqueou as sobrancelhas. – Não. Vamos jogar baralho! 
Aquele seria um ano muito, muito longo. 



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