No outro dia Eren acordou e sentiu o clima mais leve e tranquilo, estranhou logo de início, geralmente antes das sete Mikasa, já entrava em seu quarto gritando acordando tanto ele como Armin.
Levantou-se rapidamente, com medo que tivesse acontecido algo com a amiga. Acabou esbarrando em Armin que andava pelo corredor, preocupado com a morena também.
— Armin, você viu a Mi?
— Não, até iria te perguntar isso. Na verdade, eu não vi que horas ela chegou ontem.
— Nem eu. — Bateu na porta do quarto da morena, mas não escutaram nada.
— Será que ela não dormiu em casa? — O loiro perguntou intrigado.
— Não sei. Vamos descer e ver se ela não está na cozinha.
Chegaram na cozinha e viram Mikasa, fazendo ovos e bacon, a mesa estava arrumada demais: cheia de frutas, o café estava nas xícaras, o café-da-manhã estava quase todo pronto.
— Mi? — Eren chamou, surpreso.
— Bom dia, meninos. — Sorriu animada.
— Você tá bem? — Armin perguntou assustado.
— Estou ótima. — Suspirou. — Aproveitei e fiz aquele bolo de avelã que vocês gostam e o suco de frutas vermelhas.
Os rapazes olharam-se com os olhos arregalados, o que aconteceu com a morena, era a pergunta que eles faziam ao verem ela, terminar de colocar a mesa e se sentar sorrindo para eles.
— Eu não irei comer isso tudo sozinha. Sente-se logo vamos comer.
— Só preciso pegar uns papéis aqui para entregar ao Connie. — Puxou o loiro pela camisa. — Vem Armin, preciso de ajuda. Já voltamos Mi.
— O que diabos aconteceu ontem? Mikasa, nunca faz um café da manhã tão elaborado assim.
— Eu não tenho bola de cristal para saber o que aconteceu ontem. Vamos aproveitar esse banquete que ela fez e no decorrer do dia, tentamos descobrir o que aconteceu. Nesse momento meu cérebro só pensa naquele bolo.
— Seu guloso. — O loiro riu do amigo.
[...]
Enquanto isso na casa de Levi, as coisas também estavam estranhas no ver da filha dele. Gabi levantou, tomou banho, arrumou-se e estranhou o fato de seu pai ainda não ter batido na porta dizendo para ela se apressar senão perderia a aula, era sempre um stress o moreno a apressava para se arrumar e não enrolar.
“Tem alguma coisa errada aqui.”
Resolveu sair à procura do pai, quando chegou à cozinha, o encontrou fazendo panquecas e um suco de laranja.
— Uhun, Pai?
— Bom dia pirralha, dormiu bem?
— Dormi sim, e o senhor? Está bem?
— Estou ótimo. — Suspirou. — Já manda mensagem para o pirralho, vir tomar café-da-manhã conosco logo, antes de vocês irem para o colégio.
— O senhor tá falando do Falco? — indagou surpresa.
— Óbvio que estou falando do Falco. De quem mais eu falaria. Você e aquele pirralho vivem juntos. Tsc. Encontrei a avó dele esses dias, ela comentou que você sempre come lá. Nada mais justo dele vir aqui também.
— Tudo bem, vou mandar mensagem para ele. Já volto.
Gabi sentou-se no sofá com o celular nas mãos, olhando disfarçadamente para o pai, que se encontrava distraído sorrindo para o celular. Escutou a campainha tocar, correu para atender e já puxou Falco, pelo braço apressadamente.
— Finalmente, nem eu que sou uma garota demoro tanto assim para ficar pronto.
— Fiquei com medo do seu pai ter mudado de ideia. Não sabia se vinha ou não — falou incerto.
— Ele está estranho.
— Defina estranho, estamos falando do seu pai.
— Ele está feliz, sorrindo, distraído, nem ficou me apressando e fora pediu para chamá-lo para tomar café. Ainda fez panquecas com calda de chocolate, que são nossas preferidas.
— Realmente, parece que o inferno congelou para seu pai ter mudado desse jeito.
— Sim, não sei o que aconteceu.
— Bom, vamos aproveitar esse banquete. Depois pensamos nos motivos dessa mudança. Estou com fome. — Passou as mãos pela barriga.
— Seu morto de fome. — Revirou os olhos. — Sorte sua que eu também estou com fome.
— Vou aproveitar essa bondade do seu pai. Nem sei o que aconteceu, mas já estou agradecendo.
Gabi empurrou o rapaz, revirando os olhos e receosa por essa mudança de humor do seu pai.
[...]
Eren limpava as mesas da confeitaria, pensativo, havia estranhado demais o comportamento de Mikasa. Primeiro ela raramente fazia o café-da-manhã para eles, segundo que não ficava sorrindo a toa pela manhã, terceiro tinha sorrido enquanto mexia no celular e quarto estava fazendo uma receita nova de bolo que levava chá. Sabia que a amiga só inventava novas receitas quando estava muito feliz e inspirada, a última vez que fez isso foi quando conheceu Jean. Um arrepio surgiu em seu corpo.
"Droga... Só faltava essa.... Será que a Mikasa conheceu alguém? Justo agora que eu tinha sido o melhor cupido da história.... Arrumado o Levi para ela, ele sim é o certo. Tenho certeza disso. Preciso agilizar logo esse encontro. Está decidido, é isso que irei fazer."
Eren resolveu mandar mensagem para Levi, iria marcar um encontro. Só que iria no lugar de Mikasa, conversaria com o moreno contando todo o plano. Tinha certeza que poderia contar com o moreno. Se Levi iria aceitar? Não sabia, mas iria convencê-lo. Ah! iria ou não se chamava Eren Yeager.
"Bom dia, Levi... Tudo bem?"
[...]
Gabi andava de um lado para o outro pelo pátio do colégio. Sentia uma inquietação enorme, a culpa era do seu pai. Raramente via Levi todo feliz, o café-da-manhã até era normal, menos aquele banquete de cedo e ainda teve o convite chamando Falco, isso sim era o apocalipse.
— Gabi, para de andar feito barata tonta pelo pátio — disse comendo seu lanche.
— Não sei como tem fome uma hora dessas. — O olhou séria. — Meu pai conheceu alguma mulher, tenho certeza.
— E isso não é bom? Não era o que queria que ele tivesse uma namorada?
— Tsc. Você não entende, só tem uma mulher perfeita para ele.
— Como pode ter certeza disso?
— Tenho sexto sentido para o amor.
"Bom dia, Levi... Tudo bem?"
Gabi sorriu vendo a mensagem. Falco revirou os olhos aproximando da menina.
"Bom dia, Mikasa. Agora meu dia começou bem, ganhando seu bom dia. Como você está?"
— Nossa Gabi, isso foi brega demais. — Riu
— Fica quieto, vai estragar o meu romantismo.
"Estou bem. Preciso te dizer algo."
— O que será que ela quer falar? — questionou curioso.
— Eu lá vou saber, vou perguntar.
"Pode falar o que quiser, meu anjo."
— Anjo. — Riu. — Fala sério Gabi. Não tinha apelido melhorzinho não? — A menina revirou os olhos, prestando atenção ao celular.
"Podemos nos ver ainda hoje?"
— E agora Falco? — perguntou preocupada.
— Fala que ainda é cedo para um encontro. Sabia que esse seu plano seria uma furada. Agora a Mikasa, quer conhecer teu pai.
— Eu vou no lugar do papai.
— Que? Você está maluca? Sabe que é perigoso encontrar alguém estranho.
— Eu não irei sozinha, você irá comigo.
— Nossa adiantou muita coisa. — Revirou os olhos. — Gabi, é muito perigoso.
— Sei disso. Por isso irei mandar mensagem para a tia Hange ir junto.
— Bom, se ela topar eu aceito ir.
"Podemos nos ver hoje no final da tarde, tudo bem para você?"
— Pronto, agora é só falar com a tia Hange.
— O que vai fazer quando conhecer a Mikasa?
— Vou convencê-la a dar uma chance para meu pai. Óbvio que ela irá aceitar, afinal sou boa em convencer as pessoas. — Sorriu convencida.
[...]
Eren pulou animado, quando leu a mensagem de Levi.
— Armin, olha isso aqui. — Colocou o celular no rosto do loiro.
— Como assim encontrar o Levi? — perguntou perdido.
— Tinha mandado mensagem pedindo um encontro. Agora ele respondeu aceitando.
— Eren, ele marcou para o final da tarde. Como vai sair daqui para encontrá-lo?
— Eu não irei sozinho Armin, você irá comigo. É só pedir para o Connie segurar as pontas aqui.
— Sabe que quando a Mi descobrir ela vai querer nos matar né?
— Isso não vai acontecer, ela nos ama. — Sorriu convencido.
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