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História Os Deuses da Mitologia - ANNABETH - Lanchinho noturno


Escrita por: kagome95ingrid

Notas do Autor


OLÁ! desculpa a demora. a inspiração bateu forte agora e se n fosse a internet ruim e a falta de tempo, eu escreveria mais rápido.

Capítulo 79 - ANNABETH - Lanchinho noturno


Fanfic / Fanfiction Os Deuses da Mitologia - ANNABETH - Lanchinho noturno

ANNABETH

Acordei depois de algumas várias horas com meu corpo um tanto rígido. A primeira coisa que vi foi Percy dormindo ao meu lado e, ao me levantar lentamente, vi a poça de baba que havia se formado no travesseiro de Percy e como ele havia chutado parte do cobertor para longe. Eu abri um sorriso e revirei os olhos. Aquilo era tão típico dele. Principalmente a parte da baba. 

Pouco depois de arrumar o cobertor de Percy, olhei ao redor procurando quem ainda estava na enfermaria também e notei que quase todos ainda estavam ali, dormindo. As presenças que notei faltando eram Sadie, Anúbis e Sam. Todos os outros dormiam ainda. 

Devagar, tentando não fazer barulho, me levantei me perguntando que horas era. Com tudo fechado, ficava difícil saber. Minha busca por um relógio achou uma camiseta verde na mesa de cabeceira ao meu lado com um pequeno bilhete escrito "Caso queira trocar de roupa :) Se for pela esquerda vai achar os chuveiros. Pela direita a cozinha. Rosa". Além disso, na parede também achei o esperado relógio. 03 da manhã mais ou menos.  Notei como de um lado dos peitorais da camisa, estava desenhado um sol em estilo asteca e logo embaixo estava escrito algo no idioma asteca. 

Por mais que o desejo de tentar dormir uma noite inteira fosse forte, as ideias de comida e banho eram bem animadoras. Assim, peguei a oferta de uma camiseta limpa e deixei a enfermaria indo primeiramente em direção aos chuveiros enquanto admirava a arquitetura do lugar. Adorava como eles fizeram o corredor em espiral com o meio sendo um espaço livre que aparentemente deixava o sol entrar no meio. Queria poder ver direito o meio quando o sol já tivesse nascido. 

Fazendo uma anotação mental de que eu com certeza iria passear pelo jardim e seja lá mais o que a escuridão guardava no centro do corredor em espiral, cheguei na sala dos chuveiros que nada tinha de especial. Era o típico esperado de uma sala com vários chuveiros e banheiros. Uma porta para o lado feminino, outra masculino. As únicas coisas relativas de atenção eram que Anúbis estava sentado no chão entre as duas portas e dentro eu podia ouvir o som de chuveiros. 

-Bom dia - eu disse - Imagino que Sadie esteja aí dentro tomando banho já que você está aí na frente. 

- Eu tô sim! Já tô me vestindo! - gritou Sadie do banheiro respondendo a minha pergunta no lugar dele e interrompendo a tentativa dele de me responder ocasionando nele um pequeno sorriso e uma revirada de olhos.

-Bom dia. - respondeu ele - Sammirah também.

- Sabe… - eu disse - eu consigo listar um monte de deuses gregos e romanos que achariam terrivelmente estranha a ideia de um deus está sentado no chão esperando a namorada humana sair do banho.  

- Consigo listar de outros panteões também - respondeu ele dando de ombros - Do meu próprio inclusive.

- Eu sinceramente acho que a cada dia ele tá se enturmando mais… - disse Sadie saindo do banheiro penteando o cabelo e vestindo a mesma camiseta verde que eu segurava nas minhas mãos - Ainda quero conseguir convencer ele a ir pra escola comigo quando… e se… conseguir virar mortal.

- A gente conversa sobre isso de escola depois. - disse Anúbis depois de alguns segundos não parecendo nem um pouco confortável com a ideia de ir pra escola. 

-Vamos só esperar a Sam e aí vamos na cozinha pegar alguma coisa pra comer. - disse Sadie - Podemos esperar você também. 

-Não não. Tudo bem. - eu respondi - Podem ir comendo na frente. 

-Já era. Vamos esperar. - respondeu Sadie sentando-se no chão ao lado de Anúbis. 

-Ok então. - respondi rindo e entrando no banheiro. 

Entrei então no banheiro e deduzi que o chuveiro ligado era de Sam. Dei um bom dia e recebi um bom dia de volta também por mais que o ideal fosse “boa madrugada” ou algo do tipo. 

-Tem um armário com sabonetes e toalhas embaixo da pia. - explicou ela - Acho que tá tudo bem pegar. A Sadie disse que a Rosa disse que podíamos usar. 

-Obrigada. - respondi indo pegar tudo o que precisava. 

Não tem muito o que falar. Foi um banho como outro qualquer. Sam saiu primeiro e depois de um tempo eu também. Tal como havia prometido, Sadie e Anúbis esperaram por nós dois do lado de fora e então nós quatro começamos a ir até a cozinha. Ou a tentar descobrir onde a cozinha ficava no meio da pequena quantidade de informações que havíamos recebido sobre sua localização. 

-Antes de eu ir tomar banho, nos encontramos com os astecas discutindo sobre uns problemas. - disse Sadie. 

-Tipo? - perguntou Sam. 

- Eles estão querendo uma carona para a Europa. - explicou Sadie - Querem pegar lá um livro muito muito velho que pode ajudar ao menos um pouco nessa bagunça. Como vamos pra Europa provavelmente depois, estamos pensando em dar uma carona para eles. 

-Temos que discutir sobre o que encontramos em Teotihuacan também. - lembrou Sam - aquele texto, seja lá o que for, me preocupa. Ele é bem confuso. 

- Tinha algo com espiritual e material… lua, música, sorte… - eu disse tentando lembrar do texto enquanto Sam já ia pegando o celular para ler o texto na íntegra. 

-Na contagem conjunta do espiritual e material… - recitou Anúbis de memória antes de Sam pegar o celular - Na lua e na música a sorte aparece afinal. Nos caminhos para o céu as mazelas que se espalhem, Com água, sangue e coragem. Um futuro novo seja escrito em contraste com o passado proscrito

-É. Isso. - eu disse pensando naquelas palavras.

-Fiquei pensando nisso enquanto vocês dormiam. - revelou Anúbis - Eu acho que a parte do novo futuro em contraste com o passado tem a ver com o motivo deles de fazerem tudo isso. Desde do começo muitos dos deuses que apareceram reclamaram que queriam ter uma importância que perderam ou nunca tiveram. Já reclamaram várias vezes disso.

-Também acho que seja isso provavelmente. - comentei - Seria bom termos um tempo para pensarmos nisso e discutirmos juntos. Eu estava ocupada demais dormindo para me empenhar nesse texto.

-Ah! Ali! Tá escrito "Refectorio"! - anunciou Sadie apontando para uma placa interrompendo completamente o fluxo de ideias - Isso é refeitório em espanhol né? 

Sem esperar qualquer resposta nossa, ela agarrou Anúbis pelo braço e puxou ele para o refeitório que eu achava difícil estar funcionando naquela hora da noite. Mas, por incrível que pareça, tinha algumas luzes acesas por lá, embora não houvesse uma pessoa só. Talvez estivessem preparados para qualquer expedições noturnas em busca de um lanchinho. As harpias do acampamento certamente não aprovariam isso. 

-Eu tô morrendo de fome - declarou Sadie enquanto desviava das mesas azuis do refeitório e se debruçava sobre a bancada que separava a cozinha - Será que é só pegar? 

Eu e Sam fomos atrás dela querendo descobrir também como faríamos para encontrar comida ali. Tirando as luzes acesas, tudo parecia vazio e eu não queria simplesmente sair abrindo a geladeira dos outros e pegando qualquer coisa. 

-Gente… - disse Anúbis do nada e, quando olhamos para ele, vimos que ele olhava para as mesas atrás de nós. 

Eu segui o olhar dele e vi uma mulher com um vestido branco e azul que lembrava as ondas do mar. Ela não estava ali antes, então por um segundo me senti num filme de terror. Mas ela simplesmente abriu um pequeno sorriso e indicou a mesa ao lado dela com o braço lentamente e então vários pratos de comida apareceram como que saídos de uma névoa. Frutas variadas, milho cozido, pão, manteiga, um suco que não tinha a menor ideia de qual era o sabor, tacos, burritos, molhos variados… um verdadeiro mini banquete pra gente e pra caso surgisse mais alguém ali. Meu estômago roncou ansioso e logo notei que no tempo que fiquei babando pela comida, nossa garçonete mágica simplesmente sumiu. 

-O que foi isso? - perguntou Sam - Essa comida…. É comestível né? E quem era ela?

- Uma deusa… - respondeu Anúbis - Mas não a conheço. E a comida parece-me estar normal.

-Ok… - disse Sadie - Foi estranho? Foi. Mas se o atendimento no refeitório é assim… Quem sou eu pra reclamar?

Sem precisar de mais nada, nos sentamos e começamos a comer. Por mais que a comida tenha aparecido ali de um jeito nada convencional, a oportunidade de fazer algo tão simples e bom quanto comer acabou levando a conversa para assuntos bem normais. Era uma mudança agradável não falar de nada mágico e mitológico. Nem parecia que naquela mesa tinha duas semideusas, uma maga e um deus.

- Como é a faculdade? É legal? - me perguntava Sam num ponto da conversa.

- Ah é bem puxado e cansativo. - admiti com um suspiro - Mas eu gosto bastante por mais difícil que seja.

- Você faz o que na faculdade? - perguntou Sam enquanto escolhia qual o melhor milho cozido para comer.

- Arquitetura - respondi orgulhosa do meu curso - Sempre quis fazer arquitetura.

- Meu irmão vai começar a faculdade… - resmungou Sadie soltando um suspiro abaixando o resto de burrito que segurava - Eu ainda tenho alguns anos mas… uma parte de mim pensa as vezes em tentar fazer algo em Londres. Eu sinto falta de lá e de ver meus avós.

- Você é de Londres? - perguntou Sam chocada e eu tenho que admitir que tinha minhas pequenas suspeitas - Você nem tem sotaque.

- Não diga isso! - choramingou Sadie - Eu não posso estar perdendo meu sotaque mesmo que nem o Carter disse! E eu sou de Los Angeles, só que praticamente cresci em Londres.

- Às vezes você ainda usa sotaque britânico em algumas palavras… - disse Anúbis.

- Falando nisso… eu nunca te perguntei, como foi que você aprendeu inglês? - perguntou Sadie olhando para ele - Você teve que aprender inglês né? Ou você acordou um belo dia e… poof! Sabia falar inglês.

- Eu realmente tive que aprender. - respondeu Anúbis - Mas árabe eu realmente acordei e de repente eu sabia árabe.

Foi aí que Sam perguntou alguma coisa, provavelmente em árabe, para ele e como eu não sei árabe eu não sei dizer o que foi. Mas pela expressão dela, ela parecia querer testar o árabe dele. Mas bem, ele pareceu responder sem problemas. Eu fiquei observando a cena com leve interesse enquanto Sadie assistia a cena terminando o burrito dela tal como se fosse um balde de pipoca e estivesse no cinema.

- É.. árabe egípcio é bem diferente com dizem. - disse Sam como aparente conclusão da breve conversa que tiveram.

- Mas que grupinho poliglota esse. Acho que eu devo aprender alguma língua para começar a me sentir menos mal. - admitiu Sadie - Francês parece interessante.

- Francês é interessante. - opinei - As línguas derivadas do latim são bastante interessantes na verdade. Estou tendo que aprender ao menos um pouco de latim pras aulas da faculdade e tem sido interessante quando escuto alguém falando francês ou espanhol ou português…

- Até cheguei a ter um pouquinho de aulas na escola antes de me mudar pros Estados Unidos. - disse Sadie - Mas bem pouco mesmo. Já escutei a Cleo falando português com os pais pelo telefone e não entendi uma só palavra.

- Se servir de consolo, seu egípcio estava bem bom da última vez que ouvi. - disse Anúbis.

- Obrigada. É o mínimo considerando que preciso fazer os feitiços né? - disse Sadie sorrindo - Mas não me peça para bater um papo com você completamente em egípcio. Obrigada.

Nossa conversa continuou por mais um tempo mudando de assunto sem parar até que Percy, preocupado, apareceu na porta do refeitório depois que já tínhamos terminado de comer. 

-Os outros chegaram! - anunciou ele - Vem!

Nos levantamos imediatamente e saímos seguindo Percy torcendo para que os astecas não fiquem com raiva de a gente não lavar a louça.

-Eles estão bem? - perguntei enquanto andávamos rápido pelo corredor em espiral.

-Carter? Você viu o Carter? - questionava Sadie preocupadíssima. 

-Carter parecia acabado, mas vivo. Ao menos melhor do que o Mestiço. - respondeu Percy olhando preocupado para Sam. 

-Onde eles estão? - questionou ela imediatamente com os olhos arregalados. 

-A enfermaria. - respondeu ele e ela não precisou de mais nada para sair correndo na frente de todo mundo. 

-E o Magnus? - perguntei já com o coração pesado enquanto começamos a correr atrás dela.

-Desacordado mas inteiro. - respondeu Percy - Pelo o que entendi, gastou todas as forças restantes tentando curar todo mundo.

Não demorou muito para chegarmos na enfermaria. A única pessoa que estava dormindo agora era Magnus. Talvez porque ele estava mais desmaiado do que dormindo deitado lá na última cama ao lado de Alex, Hearthstone e Blitzen. Senti um peso enorme sair de meus ombros ao notar que ele estava bem. Suspirei aliviada e comecei a avaliar com o olhar a situação dos demais.

Nico, Hazel, Frank e Zia se aglomeravam em um dos cantos da enfermaria ao lado da cama onde Carter estava deitado respirando fundo recebendo remédios e curativos de um enfermeiro que eu não conhecia. Ele olhava para o desespero de todos com Mestiço, só parou para desviar os olhos para a irmã quando Sadie entrou na enfermaria preocupada por ele. Quanto a Mestiço, ele estava rodeado de Will, Rosa, Victoria e a nossa médica de antes. Rosa e Victoria explicavam para a médica o que tinha acontecido enquanto ela e Will usavam os poderes deles para curar Mestiço. 

Sam estava apreensiva logo atrás da comoção. Estava claramente preocupada com Mestiço mas não se aproximou para perguntar sobre como ele estava. Não queria atrapalhar, acho. Sadie rapidamente cortou a distância até Carter e começou a conversar com ele em vozes baixas enquanto eu, Percy e Anúbis resolvemos ficar na porta mesmo pois o lugar já estava cheio de gente demais. 

- Magnus curou o mais urgente dele lá em El Dorado. - explicou Zia notando a minha aflição com a cena pois havia muito sangue no lençol de Mestiço - Já não tinha muita cura sobrando nele depois de ter curado o Carter. 

- Pera, você disse El Dorado? - perguntei levemente surpresa. 

- Pois é, foi uma viagem e tanto. - disse Blitzen. 

- Como está Magnus? Só está dormindo mesmo? - perguntei para eles.

- Sim. - respondeu Alex - Ele estava até acordado e relativamente bem mas aí Jacques voltou pra forma de pingente… e pronto. O nosso Maggie desmaiou.

A roupa de Mestiço continuava bem ensopada de sangue, não sei dizer o quanto ele ainda estava machucado por debaixo daquelas roupas. Mas o rosto dele pareceu muito melhor quando a médica e Will se afastaram. Exaustos, a médica sentou em sua cadeira enquanto Will se jogou na cama vazia logo ao lado. Quase imediatamente Nico estava ao lado dele tocando-lhe o ombro firmemente.

-Tá tudo bem? - perguntou Nico - Lembre que não está recuperado totalmente de Teotihuacan ainda. 

- Meu paciente se preocupando por mim? - questionou Will rindo - Tô legal. Tô legal. 

- Vocês chegaram rápido até. - disse Frank.

- O barco foi bem rápido e tivemos uma caroninha na parte final. - explicou Alex - O deus asteca lá dos viajantes que eu já esqueci o nome. Não lembro qual era Zac e qual era Yac.

- Aliás… - disse Blitzen mostrando um pergaminho fechado em sua mão que parecia brilhar levemente - Isso estava tentando entrar aqui. Tem o nome de vocês escrito.

- É um pergaminho holográfico do Leo! - exclamou Hazel que imediatamente pegou o pergaminho para si.

 


Notas Finais


por hj é só! comentem! nem q seja aquele oi. tô empolgada pra cenas futuras então vou tentar escrever o mais rápido possível


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