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História Os Mestres da Guerra - Annabeth --- Subindo de nível


Escrita por: CapivaraDoBem

Capítulo 28 - Annabeth --- Subindo de nível


Na verdade, todos estavam no mesmo lugar. Uma sala escura e úmida, que parecia uma masmorra. Vários instrumentos de tortura amontoavam-se pelas paredes, chão e teto. O cheiro era de mofo e cadáveres em decomposição, o que era verdade, já que ao lado haviam corpos jogados, alguns mais velhos, outros bem recentes. O mofo, Annie não conseguia ver. Nem queria.

Ela se lembrou da vez que, enquanto seguia a Marca de Atena, acabou parando na caverna de um antigo deus persa, Mitra. Lá, os viajantes tinham que escolher entre a tocha ou o punhal. Ninguém havia sobrevivido, até que Annabeth “criou” outra forma de se passar pelo teste. Agora, ela achou que não haveriam muitas escolhas a serem feitas.

Uma penumbra humanoide apareceu na frente deles. Vestia um manto simples, negro, amarrado por uma corda, que cobria o corpo inteiro. O seu rosto era completa escuridão. Apenas os olhos eram visíveis, e não passavam de manchas azuis. Ele parecia a Morte, só faltava uma foice…

 

– Então, cinco pessoas? – ele pergunta. – Estou acostumado a torturar apenas uma. Vou deixar que escolham o voluntário.

 

O ser dá uma risada maligna, enquanto os amigos se reúnem. Cristopher começa se voluntariando, mas Annabeth não o permite. Ele é a força bruta da missão, se houver mais algum combate e ele não estiver em condições, dificilmente alguém mais poderá derrotar o inimigo. Até mesmo seu namorado, Percy.

Percy também se voluntaria. Novamente, Annie não pode permitir que ele vá. Mas são motivos pessoais, agora. Ela não suportaria vê-lo sofrer.

 

– Então vou eu. – Trevor diz, como se decidisse tudo

 

– Deve haver outra forma… – Carla tenta convencê-lo do contrário.

 

– Pode até haver. – Trevor pondera – Mas eu tenho resistência a dor. Vou sofrer muito menos do que vocês sofreriam.

 

– Não, Trevor. Não faça isso. – Cristopher diz – Vamos bater nesse cara aí, e ver se conseguimos passar dessa parte da Ascensão. – ele já vira para o ser, e fala: – Então, Zé, mudança de planos. Quem vai sofrer aqui é você.

 

– Tolos. Eu sou o próprio Poder. Vocês só passam pela Ascensão se eu quiser. Então, jam… – O ser é interrompido por um Feixe Galáctico, disparado por Cristopher. Seu poder é drenado para o semideus.

 

Carla manipula o tempo ao redor de Poder, para que ele fique debilitado, e não possa contra-atacar Cristopher. Trevor conjura um raio de fogo negro da ponta de seu dedo, e faz inscrições mágicas no chão rochoso, desenhando um círculo ao redor do deus.

Trevor desenha um outro círculo, exterior ao primeiro, e no espaço entre esses dois perímetros, ele começa a escrever em uma língua antiga, sem cessar as suas chamas negras. Depois de escrita, o filho do Tártaro põe uma mão no chão, e profere palavras mágicas, numa feitiçaria poderosíssima.

Espirais roxas começam a se abrir no chão, dentro do círculo mágico, rachando-o até virar pó, e cavando um buraco que parecia não ter fim. Uma luz roxa saía desse buraco, obrigando Poder, que já tinha seu poder drenado pelo ataque de Cristopher, e imobilizado por Carla, a levitar inofensivamente. A magia de Trevor estava pronta.

 

– Um feitiço de contenção, que eu aprendi no submundo. – Trevor esclarece – Ele vai ficar preso aí dentro por um bom tempo. E essa magia ajuda a roubar o poder dele. Cristopher, divirta-se.

 

Cristopher solta um brado, e aumenta a intensidade de seu Feixe Galáctico.

 

– O poder dele parece ser infinito! – ele solta um grito de alegria. – Quanto mais eu tiro, mas poder ele repõe!

 

A imagem do filho do Caos parece tremular por alguns instantes. Depois, as tremidas ficam mais intensas. O corpo dele começa a vibrar, e balança tanto que faz a caverna onde estão começar a ruir. Pedras começam a cair, e paredes racham. Talvez o poder do cara sustente esse lugar.

O semideus aumenta mais ainda a intensidade do roubo de poder. Annie começa a se questionar: como Cristopher aprendeu esse golpe? Eles só usaram na luta contra Andromedium, na forma de cham’bio. Se ele aprendeu, tecnicamente Annabeth e os outros também poderiam usar…

E foi isso que ela tentou fazer. Copiou a postura de Cristopher, e o jeito que ele canalizava seu poder. Se concentrou bastante, e imaginou um raio branco, com espirais azuis e vermelhas o orbitando. E imaginou esse raio atingindo Poder.

O Feixe Galáctico de Annabeth acertou o deus, impressionando todos no salão. Ela podia ver a cara de espanto de Percy Jackson, Carla Rumbledore, Trevor McTrevor e Cristopher Vasconcellos. Mas estava concentrada em manter o seu ataque fixo no deus.

Ela tinha a sensação de comer ambrosia repetidamente, e tomar muito néctar. Rapidamente, começou a sentir sua pele queimar. Finis olhou para ela, alarmada, acenou com a mão, e seu ataque se desfez. Annabeth foi teleportada alguns metros à frente, ficando cara a cara com a Deusa da Destruição.

 

–Annie, estou orgulhosa. – Finis fala – Uma semideusa de herança menor, filha de uma deusa de poder limitado, conseguiu superar seus limites. Contudo, o corpo humano normal tem um limite baixíssimo de poder. Vou lhe conceder outra forma.

 

Finis põe uma mão na cabeça de Annie, e a pele dela lentamente se desintegra. Ela, porém, não sente dor. Uma luz branca é emitida por ela, como se agora ele funcionasse a base de fusão nuclear. Com um choque, ela percebeu…

 

– A forma divina! – Annabeth exclama – Isso quer dizer que agora sou imortal?

 

– Ainda não. Mas já tem corpo de uma deusa. Está preparada para absorver mais poder ainda. – Finis explica.

 

Annie dá um gritinho. Novamente conjura o Feixe Galáctico, e começa a extrair poder do inimigo. Seus amigos fazem o mesmo. O deus se contorce de dor lá dentro de sua prisão mágica, podendo apenas aceitar, e sentir que seu poder era roubado por cinco semideuses nus.

A filha de Atena nunca se sentiu tão bem em sua vida. Era quase como se ela fosse invulnerável, e toda poderosa. Sentia que tinha tanto poder quanto a própria Atena. O barulho do salão caindo era insuportável.

 

– Essa é a Ascensão, meus amigos! – Finis grita – Logo, o corpo de você vai absorver tanto poder que se romperá. E vocês se transformarão em poder puro! Essa é a grande fonte de poder do Universo. Aproveitem, pois, pelo jeito, ninguém nunca mais voltará aqui…

 

Annabeth não consegue mais distinguir a aparência física de seus amigos. Cada um se transformou em um borrão luminoso, de uma cor diferente. Estão todos ultra-poderosos. Nenhum desafio ficará entre eles. Tártaro não vai ver nem a cor do golpe que o derrotou.

Mas ela sentiu a urgência de escapar dali. Principalmente quando quase foi esmagada por um pedregulho imenso. Cristopher foi rápido, e teleportou-os para fora daquela montanha, só para descobrir que era o mundo inteiro que ruía, não apenas aquela caverna fedida.

 

– Só dá pra sair desta dimensão do jeito que entramos. – Finis explica – Vocês vão ter que fazer a simbiose de novo.

 

– Ok – Cristopher concorda, e assume a forma estrelada, que ele usa para se transformar no cham’bio.

 

O grupo, em conjunto, profere palavras mágicas. O espaço-tempo se curva um pouco ao redor de Cristopher, e, num clarão, eles se transformam novamente na simbiose. Estranhamente, ela está com a mesma armadura de quando lutou contra Andromedium. Inclusive com os mesmos severos danos da batalha.

“Já aprenderam a nova técnica…” Finis reflete, ficando mais orgulhosa ainda. “Esses são os guerreiros que sonhei”. Ela sorri, e abre um portal, que os levará até sua casa: O Reino do Caos.

 



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