História Out of Town Girl - See you on Saturday

Victória Franchescci’s P.O.V.

Meus olhos se encheram de lágrimas instantaneamente.

- Alfredo, é você mesmo? – Perguntei com a voz falha, ainda sem acreditar.

- Sim, sou eu – ele disse em meio a uma risada.

- Cara, eu não acredito! Você é tão lindo, mano! – Tive que falar. Alfredo é lindo mesmo, seu sorriso é lindo, seus olhos são bonitos, seu olhar é bonito.

- Haha, obrigado. – Ele disse “obrigado” em português, o que eu achei super fofo da parte dele.

- Aw, você é tão perfeito falando em português. Acho que já estou apaixonada – disse e comecei a rir junto a Alfredo.

- Não posso dizer o mesmo, já o carinha aqui – ele disse apontando para o lado, como se Justin estivesse lá – pode dizer o mesmo.

- Ele está aí? – Perguntei animada.

- Não. – Nós rimos alto. – Mas está louco para ver você novamente. E presumo que você também está, certo?

- Claro! Justin sempre foi meu sonho, desde 2009. Confesso que sempre pertenci ao Chaz, ele sim tinha meu coração, mas depois do Meet, meu coração foi todo de Justin. – Lembrei do dia em que nos conhecemos, em que nos abraçamos.

- Não entendo o poder que esse garoto tem sobre toda essa legião de fãs – ele disse pensativo, fazendo-me ficar também. Nunca parei para pensar nisso, só parei para pensar no por que de eu amá-lo tanto.

- Sabe que eu também nunca entendi? Só entendi o porquê de eu – dei ênfase no “eu” – amá-lo tanto. Mas deduzo que, para a maior parte dessas garotas, seja a beleza. Justin tem uma beleza descomunal, seus olhos são claros, mas ao mesmo tempo escuros, seu sorriso é lindo, contagiante, capaz de fazer uma pessoa que está triste, ficar feliz rapidamente. Suas músicas então... Não há o que falar. As letras combinam tanto com sua voz, sua voz com a melodia, com as garotas dos clipes há uma química tão grande que você sente como se aquela música tivesse feito especialmente para aquela garota. Sua imaginação vai longe quando escreve uma música, sua mão esquerda segura à caneta e vai escrevendo as palavras de forma tão simples, como se escrevesse o abecedário. Acho que tudo nele surte um certo efeito, uma certa paixão; seja pela música, pela gentileza, por ele ser ele ou pela sua própria beleza. – Falei e suspirei lembrando-me de seu toque e de sua voz.

- Ainda bem que filmei isso, preciso mostrar isso a Justin o mais rápido possível! – Ele praticamente gritou.

- Como assim? Alfredo, você está brincando, certo?! – Falei alterada.

- Não! Vou mostrar ao Justin o que você falou o mais rápido possível! Ele precisa ver isso!

- Não faça isso, meu querido. Se fizer, não dou brigadeiro nem guaraná! – Falei autoritária.

- Tudo bem, eu compro. Mas isso tem que chegar aos ouvidos de Justin! – Me rendi. Percebi que eu não o convenceria a não mostrar o vídeo que ele tinha feito ao Justin.

- Tudo bem. Chato! – Mostrei a língua a ele e ele mostrou a dele.

- Vamos focar agora no por que de estarmos no falando, certo? – Eu assenti. – Já comprei minha passagem, e amanhã à noite já estou chegando em São Paulo. Nós podemos nos encontrar no Tivolli-o hotel onde ficarei-,na sua casa ou em algum parque de São Paulo, que seja tranquilo, é claro.

- Eu tinha pensado na minha casa, mas se preferir em algum outro lugar fica por sua conta. Acho que no parque não daria muito certo, as garotas logo perceberiam quem você é e correriam atrás, não importa onde estivéssemos.

- Tudo bem. Então, vamos nos encontrar no meu hotel? Acho que fica melhor, assim você não precisa me passar seu endereço, acho que ainda não confia tanto em mim para tal ato.

- Concordo, será melhor no hotel. Pode ser sábado?

- Claro – ele sorriu. – Que horas é melhor para você?

- Depois do almoço? Umas 14h? – Perguntei.

- Pode ser. Encontramo-nos às 14h então, deixarei avisado na recepção do hotel.

- Certo. Nós nos vamos sábado, então?

- Claro! Até lá já terei mostrado o vídeo a Justin, ele vai ficar tão animado! – Alfredo falava como uma criança, o que me deixava mais animada ainda para conhecê-lo. Ele com certeza é gente boa, não faria nada de errado. E mesmo se fizesse, no hotel há dezenas de seguranças.

Conversamos durante mais um tempo, até eu dizer que minha mãe tinha chegado. Despedimo-nos e fui até a cozinha falar com minha mãe. Ela perguntou com quem eu falava e expliquei tudo a ela, contei toda minha conversa. Foi difícil ela autorizar minha ida ao Tivolli no sábado, mas após mostrar a ela que essa era a minha oportunidade de mudar minha vida, realizar meu sonho, ela deixou, desde que ela me acompanhasse. Dei de ombros, afinal, o que teria demais em levar minha mãe para conhecer o Alfredo?

No dia seguinte seria sexta-feira, e então, finalmente poderia descansar. Sábado e domingo apenas para mim. Sem pessoas chatas, sem lugares chatos. Apenas eu e eu – e o Alfredo, é claro.

Victória Franchescci’s P.O.V.