História Out of Town Girl - Lazy Girl

Victória Franchescci’s P.O.V.

- E, então, o que acham? – Alfredo perguntou após explicar tudo nos mínimos detalhes.

- Por mim está certo. – Minha mãe falou com um grande sorriso nos lábios.

- Se para você está bom, para mim está ótimo! – Exclamei com um sorriso que quase rasgava minha pele.

Ficamos conversando mais um pouco, porém, quase não prestava atenção no que minha mãe e Alfredo conversavam. Tínhamos combinado o seguinte: dia 13 Justin chegaria ao Brasil por volta das 5h, eu estaria na escola na parte da manhã, então durante esse tempo ele dormiria para descansar da viagem. Sentia-me um pouco culpada por tudo isso, esses seis dias foram tirados para ele descansar de seus últimos shows, mas se Justin prefere assim, que seja assim! Voltaria da escola e me arrumaria para encontrar Justin na hora do almoço. Depois disso, faríamos o que quiséssemos. Junto à Justin viriam Alfredo e Scooter; admito que estava muito ansiosa para conhecer o senhor Braun. Amaria se a dona Pattie viesse também, mas desde que Justin esteja ao meu lado durante um dia inteiro eu já sou grata eternamente a toda a Equipe Bieber.

Quando era umas 17h, nos despedimos de Alfredo. Finalmente iríamos para casa, estava cansada de toda aquela “conversa de negócios” como Alfredo disse. Despedi-me dele com um forte abraço e muitos “obrigada”, realmente Alfredo foi um anjo, um santo. Acho que Santo Alfredo não ficaria bom, mas Anjo Alfredo seria uma ótima, não acham? Eu acho, haha. Mal podia esperar para o dia 13, finalmente meu maior sonho, o maior de todos, estaria se realizando. E, se Deus quiser, se eu e Justin construirmos uma forte amizade, podemos nos encontrar em 2014 em Los Angeles quando for fazer meu intercâmbio.

Chegamos em casa 17h30, até que a “viagem” não demorou muito, o suficiente para ficar ouvindo muitas músicas no carro. Admito que não há nada melhor que ficar no carro com minha mãe ouvindo e cantando as músicas que passam nas rádios loucamente. Às vezes abríamos os vidros, aumentávamos o volume e cantávamos para os carros que paravam ao nosso lado. Todos riam de nós, é claro. Entrando em casa, fui logo tirando meu Vans e me jogando no sofá.

- Mãe! – Dei um grito, já que ela estava na cozinha. – Ô, manhê! – Gritei novamente depois de cinco segundos.

- O que foi, menina? – Ela perguntou impaciente.

- Traz um cobertor para mim? – Perguntei fazendo carinha de santa.

- Folgada! – Ela exclamou e foi para o meu quarto pegar uma coberta. Ela trouxe uma branca com algumas rosas em rosa, tenho esse cobertor desde quando nasci, literalmente. – Aqui – ela jogou a coberta em cima de mim.

- Obrigada, mas poderia ter sido mais gentil né? Poderia ter, sei lá, me coberto... – Falei abrindo o cobertor para jogá-lo sobre meu corpo.

- Mas é muita ousadia, mesmo! – Ela disse com seu sotaque nordestino que eu tanto amo. Minha mãe nasceu a alguns quilômetros da capital de Sergipe, onde nasceu não chega a ser uma cidade, mas sim uma vila. Alguns meses depois de ter nascido, mudaram-se para a capital, para depois de cinco anos, virem para São Paulo.

- “Mas é muita ousadia, mesmo!” – Falei imitando-a com seu sotaque.

- Bestona! – Ela mostrou a língua para mim enquanto ia para a cozinha. Eu ri alto de seu ato e liguei a televisão. De alguma forma, que um dia descobrirei, acabei de dormindo enquanto via um filme de terror. Isso não é normal! Na verdade, nada do que anda acontecendo ultimamente é normal, então vou relevar o acontecido, haha.

Victória Franchescci’s P.O.V.