História Out of Town Girl - Be alright

Victória Franchescci’s P.O.V.

Os dias ao lado de Justin passaram muito rápido. Seus dois últimos dias conosco foram os melhores. Fomos a todas as praias possíveis e nos divertimos ao máximo. Sempre alguma fã parava Justin na rua, pedia um autógrafo, uma foto e tudo mais. Eu os deixava a sós, sabia o quão importante aquele momento é para uma fã. Algumas perguntavam qual a relação de Justin comigo, ele apenas dizia que somos grandes amigos – apesar de ter fotos nossas na internet em que estamos nos beijando.

Minha despedida de Justin foi dolorosa, como da última vez. Abraçamo-nos, choramos e nos beijamos. Foi triste, mas pelo menos eu sabia que em fevereiro eu o veria. Minha mãe e Gabi se despediram de Justin normalmente, apenas acrescentando que era para ele mandar notícias sobre como anda a vida dele. Antes de embarcar, Justin pegou a chave de sua corrente e deu um beijo nela olhando para mim. Sorri para ele e fiz o mesmo movimento. Ele sorriu e finalmente embarcou, deixando-me mais uma vez com minhas lágrimas.

Talvez essas despedidas não sejam tão ruins, talvez seja uma forma de eu amadurecer, ser feliz sem a dependência de ninguém. Mas Justin é tudo para mim, tudo mesmo. Eu o amo mais que tudo e eu necessito dele ao meu lado. Seja como amigo ou como namorado. Só preciso ver aqueles olhos que eu tanto amo e o sorriso que tanto me deixa feliz.

O mês demoraria a passar, eu tinha ciência disso. Mas eu rezava para que tudo fosse mais rápido, que em um estralar de dedos, fevereiro chegasse e eu embarcasse para os Estados Unidos para ver Justin. Iria eu, minha mãe e Gabi para o aniversário de Justin. Se ele faria alguma festa, eu não sabia, só sabia que eu estaria ao lado dele quando ele se tornasse um homem. Mas sabe o que eu acho mais estranho? Justin é quatro anos mais velho que eu e mesmo assim nos damos muito bem. Cinco anos é muita coisa nesse estágio de vida (adolescência e “pré-adulto”).

Já estávamos no meio de fevereiro. Eu e Justin sempre conversávamos, seja por celular ou por Skype. Nós sempre procuramos manter contato e sabermos tudo que está acontecendo na vida do outro. Justin alugara uma casa em Atlanta após passar alguns dias com os Beadles, agora estava com Ryan e alguns outros amigos. Sentia muita falta dele, às vezes me pegava soltando uma lágrima ou outra de saudade, mas nada comparado a como me senti entre novembro e dezembro quando ele se foi.

Minha ida à Atlanta estava marcada para o dia 20 e como hoje é dia 18, daqui dois dias viajaria. Voltaria para o Brasil dia 5 de março e apenas em julho eu e Justin nos veríamos novamente. Isto é, se minha mãe e ele não tramassem mais alguma coisa, porque esses dois aprontam muito juntos.

- Mãe, onde está aquele meu vestido creme? – Gritei pelos corredores de minha casa.

- Acho que está lavando, dá uma olhadinha lá – ela gritou de volta.

Bufei e fui até a lavanderia, lá estava meu vestido dentro do tanque de molho. Gritei internamente por ainda não poder colocá-lo na mala e voltei ao meu quarto, onde tinha uma chamada perdida no Skype. Fui até meu notebook e era de Justin. Cliquei para fazer uma chamada e em cinco segundos ele atendeu.

- Oi! – Exclamei mandando um tchau para ele.

- Hey, amor! – Ele exclamou. – Como está?

- Estou bem e você? – Falei sorrindo.

- Ansioso – falou passando a língua nos lábios.

- Eu também, mal vejo a hora de te ver, gatinho – falei com uma voz fina.

- Faz tanto tempo que não nos vemos... – Comentou.

- Um mês e meio, acho – falei pensando um pouco.

- Talvez um pouco mais. – Deu uma pausa. – Mas isso não importa. O que importa é que finalmente vamos nos ver, ficaremos 15 dias juntos e vou apresentar a você os melhores lugares de, ahn... Atlanta. – Ele deu uma risada sem graça. – Desculpe não podermos viajar por toda a América, mas eu preciso desse tempo para mim, sabe.

- Não se desculpe, amor. Por mim está tudo bem ficar apenas em Atlanta. Eu te entendendo e eu sou fã também, quero que você fique bem, apenas isso. – Dei um sorriso confortante para ele.

- Obrigada por entender, poucas pessoas entendem. – Baixou a cabeça.

- Isso não importa. O que importa é você estar junto de sua família e amigos. Esqueça a negatividade um pouco, você precisa disso.

- Eu sei, às vezes é difícil, só isso. – Sua voz era baixa e o brilho que seus olhos tinham, já não existia mais.

- Não fique desse jeito. Pense que suas fãs o apoiam mais que tudo. Tudo ficará bem, ok? Eu prometo a você.

- Eu te amo – falou.

- Eu também te amo, Biebs.

- Acho que nunca vou cansar de te ouvir falando Biebs...

- Você é muito besta, Justin – falei rindo.

- Eu sei, mas fazer o quê? – Levantou os ombros.

Nós rimos e ficamos nos olhando em silêncio por um bom tempo. Se estivéssemos lado a lado, estaríamos nos beijando. Mas já que estamos nos vendo por uma tela de computador, apenas sorrimos.

- Suas coisas já estão prontas?

- Quase tudo. Faltam algumas coisas ainda, mas o básico já está pronto.

- Tudo bem, então. – Ele olhou para o lado. – Amor, tenho que ir. Falamo-nos amanhã, se eu conseguir, tudo bem?

- Claro, vai lá. Eu te amo, ok?

- Eu também amo você. Boa viagem, caso não nos falemos.

- Fique bem! – Falei antes de encerrarmos a chamada.

Fechei o notebook e me joguei na cama, que estava lotada de roupas. Olhei minha foto com Justin em meu porta-retrato e sorri lembrando-me de quando nos conhecemos. Fora perfeito os poucos segundos que fiquei ao seu lado, foram únicos.

Victória Franchescci’s P.O.V.