Victória Franchescci’s P.O.V.
- Então é por isso que Demi é tão importante para você... – Comentou em voz baixa quando eu já estava mais calma. – Mas eu não entendendo. Por que eu também?
- Porque eu me apaixonei por você no momento em que ouvi aquele “Hey, hey, me plus you”. E eu soube que eu precisava aguentar por você. Por algum motivo, eu sentia como se nós estivéssemos ligados. E quando eu estava chorando e não conseguia parar, eu apenas pensava “Justin, me ajude. Eu preciso de alguém, você é o único que eu tenho. Ajude-me, por favor.” E então, tudo melhorava, por incrível que pareça.
- Eu posso... – Apontou para meu pulso esquerdo.
- Oh, claro – falei. Estiquei meu braço esquerdo com vergonha. Justin tocou em minhas cicatrizes. Senti um calafrio passar por todo o meu corpo. Uma gota de água caiu em meu pulso e vi que era uma lágrima de Justin. – Por que está chorando? – Perguntei preocupada.
- Porque dói saber que você vai carregar isso pela vida inteira. E eu queria poder fazer alguma coisa para mudar isso, mas eu não posso.
- Biebs, eu não tenho vergonha nem arrependimento do que fiz. Se eu fiz isso, é porque era para ser. Eu aprendi com isso e hoje sou mais feliz que nunca. Não há pessoa mais feliz que eu.
- Eu sei. Mas dói, entende? Eu queria poder consertar isso e isso não está ao meu alcance.
- Você poderia, sei lá, me levar para conhecer a Demi. Eu seria eternamente grata e minhas cicatrizes sumiriam – falei em um tom divertido. Justin riu fraco.
- Você é uma interesseira.
- Hey, agora eu também sou interesseira? – Perguntei incrédula.
- Sim! – Falou mostrando a língua.
- Quem mostra a língua é porque quer beijo.
- Talvez eu queira.
Aproximou-se e me deu um beijo de tirar o fôlego.
- Biebs, já está tarde. Temos que dormir, amanhã será um longo dia.
- Tudo bem. Boa noite.
- Boa noite.
Deitamo-nos. Justin nos cobriu e passou seu braço ao redor de minha cintura. Assim dormimos.
Acordei no dia seguinte tarde, bem tarde. Olhei a hora e era mais de 13h. O pessoal me mataria. Passei a mão pelo resto da cama e Justin não estava lá. Ótimo, pensei, agora vou ser a única a acordar tarde. Levantei-me da cama e tomei um banho de 20 minutos. Quando saí, fui direto para o closet. Vesti uma saia longa vermelha com uma blusa cropped branca com listras pretas. Calcei uma rasteirinha com pedras e desci carregando meu celular.
- Bom dia, galera – falei chegando na sala. – Ou boa tarde.
- Boa tarde, Vic – Pattie falou. – Está com fome?
- Não muita – falei sorrindo. – Onde está Justin?
- Ele deu uma saída com Jeremy, parece que foram comprar alguma coisa. Mas logo está de volta – Alfredo disse.
- Ah, tudo bem.
- Certeza que não quer comer nada? – Pattie perguntou.
- Aceito um suco de laranja – falei me rendendo. Pattie sorriu e pediu para uma das empregadas trazer um copo de suco de laranja. – Minha mãe e Gabi, onde estão?
- Sua mãe está nos fundos e ainda não vi Gabi hoje – falou.
- Vou atrás de minha mãe. Obrigada, Pattie. – Dei um beijo em sua bochecha e fui para o jardim da casa de Justin. Minha mãe estava sentada em um balanço que havia ali. Sentei-me ao seu lado.
- Olá, querida – falou sorrindo.
- Boa tarde – falei travando um pouco. Ainda estava um pouco confusa sobre como falar, “dia” ou “tarde”.
- Dormiu muito tarde ontem?
- Um pouco. Acho que eu e Justin fomos dormir por voltas das 2h30min.
- Está explicado. Jeremy foi acordar Justin cedo hoje, mas o garoto não acordava de forma alguma.
- Pois é. Você sabe se vamos sair hoje?
- Não me falaram nada, mas acho que devemos sair para jantar em algum lugar. – Deu uma pausa. – Falando nisso, depois passe no meu quarto para pegar os presentes, tudo bem?
- Ah, claro. Obrigada, mãe.
- Bom dia, mulheres do meu Brasil – ouvi a voz de Justin.
- Boa tarde, Biebs – falei.
- Olá, Justin – minha mãe falou se levantando. – Vou deixar vocês à sós, depois passe lá no meu quarto, sim, querida?
- Tudo bem. – Mamãe depositou um beijo em minha bochecha e saiu depois de sorrir para Justin. Bieber sentou ao meu lado e passou seu braço por minha cintura.
- Dormiu bem? – Perguntou.
- Sim, sim. E você?
- Também. Aliás, você não vai acreditar!
- O quê? – Perguntei animada.
- Meu pai me deu um carro novo! – Falou feliz da vida.
- Sério?
- Sim! Mais um para minha coleção.
- Dessa vez a estampa vai ser de quê? De zebra ou de oncinha? Aproveita que oncinha tá na moda, hein?! – Falei tirando sarro da cara dele.
- Há-há – foi irônico. – Não vi graça, ok?
- Desculpa aí, estrelinha.
Justin me deu um selinho. Ficamos em silêncio apenas olhando a paisagem. O sol estava praticamente a pino. Demoraria a se pôr.
- Vamos lá no quarto, tenho uma coisa para te dar – falei após um tempo.
- Tudo bem.
Levantamos do balanço e fomos para o quarto de Justin. Falei para ele me esperar que ia pegar no quarto de minha mãe. Fui até lá, peguei a blusa e o álbum, dei um beijo na bochecha da minha mãe a agradecendo milhares de vezes e voltei para o quarto onde estava dormindo. Justin me esperava sentado fitando o nada.
- Voltei! – Exclamei entrando. – Bom, é coisa simples. Não sou que nem você. Mas foi de coração.
- Para com isso! Sabe que nem precisava dar presente.
- “Sabe que nem precisava dar presente” – falei imitando sua voz.
- Não ficou nem um pouco igual, mas tudo bem.
Entrei a blusa primeiro a ele. Ele abriu a caixa e quando tirou a blusa de lá e leu, começou a rir igual uma hiena. Ri junto com ele. Fiquei feliz com a forma que ele reagiu a isso. Achei que ele fosse ficar bravo.
- “I wanna be a nigga”? Como descobriu? É um dos meus sonhos mais secretos! – Exclamou ainda rindo.
- Sei lá... Foi só um chute. – Dei de ombros.
- Obrigado, Tori. Eu adorei, de verdade – falou ainda rindo.
- Fico feliz. E agora tem esse aqui. – Estiquei meus braços com o álbum em mãos. – Espero que você goste.
Justin pegou o álbum e o abriu. Logo de cara viu nossa foto do Meet, tocou a foto com seu dedo indicador e ficou fitando ela por um tempo.
- Como tudo começou... – Leu lentamente e baixo.
Virou a página e tinha algumas fotos nossas que ele tirou para postar no Instagram. Outras fotos tiradas por paparazzis com um ângulo ótimo e com boa qualidade. A última foto era uma das últimas fotos que tiráramos. Como uma marca d’água tinha o símbolo do infinito. Justin fechou o álbum e olhou para mim.
- Eu amei, de verdade! Eu adorei! É o melhor presente que eu poderia ter ganhado!
- Jura? – Perguntei sorrindo.
- Claro que sim! – Abriu o álbum novamente. – Quer dizer, olha isso aqui! – Apontou para as fotos que tiráramos. – É perfeito, de verdade. Eu amei, amor.
Justin me abraçou e me deu um beijo caloroso.
Victória Franchescci’s P.O.V.
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