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História Overdose Of You - Death


Escrita por: LucyMiller

Notas do Autor


Olá, gente. Como vocês estão?
Tirando esse calor infernal, eu vou bem. As férias estão um saco, mas ao menos tenho dito tempo para escrever bastante! Então, tá valendo a pena hsuahushus
Bom, e depois de um capítulo bem tenso, aqui vamos nós... Amo escrever capítulos que tratem de assuntos do Avenged em si, seja a criação de músicas ou rotina dos shows. Enfim.
Sem mais explicações, é isso, enjoy!

Capítulo 120 - Death


Fanfic / Fanfiction Overdose Of You - Death

- Foi um susto, mas está tudo bem agora.

- Caramba, eu realmente não sabia, me desculpe. Agora fiquei preocupado.

Ri um pouco.

- Adam, você não tinha como saber. E Jimmy está bem agora. Até voltou para o estúdio e tudo.

­- E com você está tudo bem?

- Eu já te respondi isso assim que você ligou. – rimos.

Conversamos por mais alguns minutos.

- Bom, agora eu tenho que desligar. Tenho que ajudar minha mãe com os preparativos para o Natal.

Eu podia imaginá-lo revirando os olhos, o que me fez rir outra vez.

- Tudo bem. Daqui a pouco eu vou estar saindo também.

Nós nos despedimos pelo telefone e Adam desligou. Só então me dei conta de que passara quase quinze minutos conversando com ele. Ouvi Jimmy me chamando lá de baixo, então apenas peguei a pasta de partituras que ele havia me pedido e fui atrás dele.

- Já estamos indo? – perguntei.

- Aham – ele pegou a pasta e deu uma olhada nas folhas que estavam dentro. – Está tudo aqui... Obrigado. Vamos.

Jimmy foi dirigindo e, durante o caminho, me contando o que exatamente eles fariam hoje. Ele me chamara para ir junto por eu ter pedido para ver quando eles fossem efetivamente gravar alguma coisa, mesmo que fosse uma demo. E, como fazia bastante tempo que eu não ficava com eles durante esses processos de criação de músicas, topei em ir hoje.

Antes disso, Jimmy estava levando para mim as gravações que eles já haviam feito. Até agora, de músicas completas só havia as demos de uma música chamada Nightmare e outra com o título de God Hates Us. Fora isso só havia alguns riffs, umas linhas de bateria e meia dúzia de letras encaminhadas. E, no caso, uma música pronta (instrumental, sem letra por enquanto) a partir da qual eles gravariam uma demo hoje.

E eu estava ainda mais animada porque, nessa demo, Jimmy iria cantar. Eu sempre amei ouvi-lo cantar e me lembrava dos dias loucos de gravação do último álbum da banda, no qual a maioria das músicas contava com vocais dele também. Eu amava essas músicas e admirava como as vozes dele e do Matt ficavam ótimas juntas. Pelo que Jimmy me contava durante o caminho, um dia qualquer ele teve uma súbita inspiração para essa tal música nova, chamada One (N/A: curiosidade: esse era originalmente o título da música Buried Alive), e eles trabalharam no instrumental dela. Ainda não havia uma letra finalizada, mas, como Jim tinha em mente toda a parte de vocais dela, gravaria hoje para orientar como Matt deveria cantá-la posteriormente. E então eles gravariam todos os instrumentos. Eu estava realmente animada para ver isso!

(...)

- Eu estou completamente apaixonada pelo baixo dessa música! – falei, entusiasmada assim que Johnny terminou de tocar.

Eu havia puxado meu banquinho o mais perto que pude de onde Jojo estava sentado sem que o atrapalhasse. Para cada instrumento que era gravado eu fazia isso, ficava por perto como se fosse uma criança curiosa, querendo ver tudo o que eles estivessem fazendo. Os meninos achavam graça e me deixavam ficar ali, porque, ao contrário do que uma criança faria, eu não importunava ninguém (eu me controlava muito para isso).

- Valeu, maninha.  – ele sorriu para mim.

Sem querer me gabar, mas é bom comentar que, assim como havia feito para o álbum anterior, eu às vezes dava sugestões que ajudavam os meninos na composição do Nightmare – eles finalmente decidiram o nome – também. Depois de anos convivendo com músicos e consequentemente aprendendo muito sobre a música em si e os próprios instrumentos, aos poucos eu me sentia confiante em dar opiniões e, diga-se de passagem, até mesmo habilitada para tal. Eu lembrava como havia sido fácil e demandara pouco tempo aprendendo piano para tirar a música Warmness On The Soul, quando eu ainda era adolescente. Nunca dera muita atenção a isso, mas depois desses anos estando cercada por música percebi minha incrível facilidade e afinidade para com ela.

E eu amava. Amava música. Amava acompanhar a criação de músicas inteiramente novas. Amava o clima e em especial os músicos com quem eu convivia. Durante três anos eu não parara para pensar muito nisso, talvez mais durante a produção do self-titled, mas na época tudo era muito novo para mim. Agora eu estava familiarizada com tudo isso e poderia dizer sem hesitar que o mundo da música me fascinava.

- Alô? Tem alguém aí?

Levantei a cabeça da pasta que estava olhando e sorri.

- Ah, oi, Matt.

Só então percebi que estivera muito tempo divagando sozinha, enquanto olhava as partituras que estavam dentro da pasta que Jimmy trouxera consigo, sem, no entanto, prestar muita atenção nelas. Vi Syn, Zacky e Johnny reunidos discutindo sobre alguma coisa, e Jimmy já estava para cantar, usando os headphones e ajustando o microfone. Matt riu de mim.

- Estava pensando em quê?

- Ah, não sei bem... Música, no geral. Estou feliz por ter voltado a ver vocês trabalhando.

Sorrimos um para o outro e Matt voltou a onde os outros estavam. Vi Jimmy de dentro da salinha acenando pra mim, e eu acenei de volta. Então tocaram a música e Jimmy começou a cantar, e eu fiquei sem fôlego por um tempo. Era simplesmente muito intenso. E eu amava a voz dele, uma de minhas favoritas que eu já ouvira (mesmo que a minha favorita ainda fosse a do Matt).

Olhei para os meninos, que se dividiam entre prestar atenção e olhar as próprias partituras e fazer outras coisas. Matt apenas olhava para o amigo e ouvia, parecendo aprovar o rumo que a música estava levando.

E eu também dividi minha atenção entre a música e a pasta com partituras que eu estivera vendo. Até que, no meio de alguns rabiscos sem sentido para mim e coisas de outras músicas que eu já havia visto, encontrei uma partitura de piano, e no topo da folha estava escrito “Death”. Tirei-a de dentro da pasta e passei a lê-la, e na minha cabeça já imaginava a música. Anexadas com um clipe havia algumas folhas e pedaços de folha com mais rabiscos e esboços do que eu percebi ser a letra. O que mais tinha ali eram frases riscadas que eu não consegui ler, mas no fim, colocando tudo na ordem e ignorando os versos descartados, sobrara um trechinho com versos um tanto desconexos:

Agora eu acho que entendo

Como este mundo pode superar um homem

Como um amigo, nós vimos isso

No final, eu dei minha vida por você

 

Deixe queimar sob minha pele

Deixe queimar

 

Espero que valha a pena o que ficou para trás

Eu sei que você vai encontrar seu próprio caminho

Quando eu não estiver com você

(...)

Nós passamos o resto da tarde praticamente sem fazer nada de útil naquele estúdio. Acabei fazendo Johnny me ensinar a tocar One no baixo e ele o fez, e no final da tarde eu já a havia aprendido.

Naquela noite, em casa, quando eu já estava indo me deitar, percebi que Jimmy não estava por ali e fui procurá-lo na sala de música. Encontrei-o lá, mexendo em suas partituras e me perguntei se estaria trabalhando na música que eu encontrara mais cedo. Fui até ele.

- Eu estava dando uma olhada – falei, o que o fez olhar para mim. – Vi uma música que me deixou curiosa.

- Qual?

- Death.

- Ah, sim – disse com naturalidade. – Ela ainda não está pronta. Eu a compus no piano, mas ainda quero colocar os outros instrumentos e a letra.

- Está trabalhando nela sozinho? – ele assentiu. – Por quê?

- Digamos que seja... Minha obra-prima.

- Pensei que sua obra-prima fosse A Little Piece Of Heaven.

Ele deu de ombros.

- Uma das, então.

Assenti.

- Toca pra mim?

Jimmy sorriu.

- Claro.

Ele procurou pela partitura da música, destacou-a das folhas com os fragmentos da letra e foi se sentar diante do piano. Aproximei-me espalhando as folhas sobre o piano e me apoiando nele sobre os cotovelos. Jimmy começou a tocar e eu me perdi observando-o tocar a introdução, até que, não sei como ou por que, voltei-me para os versos à minha frente e comecei a cantá-los.

Now I think I understand

How this world can overcome a man

Jimmy parou de tocar. Olhei-o sem entender direito e ele me fitava da mesma forma.

- Que foi? – perguntei.

- Nada... É só que eu ainda não tinha pensado em como encaixar a letra na música, e...

Ele parecia tão surpreso que eu fiquei até sem graça.

- Eu não sei de onde isso surgiu – falei, encolhendo os ombros. – Só veio enquanto eu lia e acabou escapando.

- Não, tudo bem, quero dizer, estou bastante surpreso. Eu vou começar de novo, e você... Só cante como vier à sua cabeça.

- Mas você nem terminou a letra.

- Não tem problema. Só... cante.

E eu o fiz. Jimmy voltou a tocar e eu cantei os pedaços de letra desconexos em momentos em que a melodia se encaixava com as palavras. Ficou bem confuso no final, mas de alguma forma para Jimmy aquilo fez sentido. Quando a música acabou, ele apenas me olhou com uma expressão que eu não pude decifrar.

- Nossa, Lucy, você simplesmente acabou de me dar tudo o que eu precisava.

- Jim, isso aqui ficou mais confuso do que a letra em si.

- Eu posso remanejar. Mas você deu o pontapé inicial. Olhe, eu sei que já está tarde e você pode ir dormir se quiser, mas eu definitivamente preciso continuar aqui.

Ri, dando a volta no piano e indo até Jimmy.

- Isso foi tipo uma explosão de inspiração?

- Basicamente isso. Obrigado.

- Tudo bem – sorri, levando uma mão ao seu cabelo e lhe fazendo carinho. Jimmy parecia cansado, mas absolutamente inspirado e eu sabia que o melhor era deixá-lo ali. – Vou te deixar trabalhar, e eu realmente preciso dormir. Kyle me deu trabalho hoje.

- Ok – disse, tocando meu rosto e me puxando. Curvei-me um pouco para beijá-lo.

- A propósito – falei ao me pôr de pé – eu amei essa composição no piano. Ficou linda. Intrigante, confesso. Mas linda.

Jimmy deu um meio sorriso.

- Obrigado.

- Boa noite.

- Boa noite – e me puxou novamente para mais um beijo. E então sussurrou, com nossos rostos próximos, causando-me um arrepio: – Eu te amo mais do que tudo, Lucy. Nunca se esqueça disso.


Notas Finais


Sei que vocês estão loucas para saber o que vai acontecer... Haha, adoro isso!
Até o próximo capítulo, e eu garanto, meus amores, que ele estará repleto de emoções!


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