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História Pacto de Gangues - Preciso de Ajuda


Escrita por: LordeUnderworld

Notas do Autor


Capítulo novo.
E tenho uma surpresa para vocês no final ;)

Capítulo 16 - Preciso de Ajuda


Fanfic / Fanfiction Pacto de Gangues - Preciso de Ajuda

Duas semanas depois…

 

Acordei com o cheiro do café da manhã percorrendo o quarto. Quase todos os dias eram assim e eu adorava o cheiro de bacon com ovos mexidos acompanhado do café e algumas torradas que Jessie preparava.

Tinha que admitir, ele cozinhava muito bem e se não tomasse cuidado eu ia acabar engordando com o casamento. Abri os olhos com certa preguiça, nossa cama ainda tinha aquele calor familiar que me fazia não querer sair dali tão cedo, e por eu ainda estar pelado tinha medo de que fora das cobertas estivesse frio.

Jessie chegou com uma bandeja e assim que viu que eu já estava acordado foi para a janela e a abriu.

— Aaaa nemmm – reclamei, preguiçoso. – Não vou correr com você de novo! Prefiro ficar obeso aqui em casa mesmo.

— São quase onze horas, eu já corri, já limpei a casa e já malhei. Você tá preguiçoso demais, viu. Tinha que pelo menos voltar pra faculdade.

— Já perdi o semestre quase inteiro, vou esperar o próximo – falei, e me sentei na cama. Só aí percebi que o meu braço esquerdo ainda estava preso. – Pode tirar a algema?

— Opa. Esqueci dessa, desculpa – ele procurou em volta até encontrar a chave em cima da estante. Veio por cima de mim, colocando a bandeja de lado, e beijou o meu pescoço antes de ir até a algema e me soltar. – Prontinho, seu pulso nem ficou machucado dessa vez.

Massageei meu pulso e sorri para ele. Depois peguei minha bandeja e a coloquei no colo, começando a me alimentar.

— Vai querer ir comigo cobrar o pessoal? – ele perguntou, mesmo já sabendo minha resposta. Lancei um olhar de “você sabe que detesto isso” e ele deu de ombros. – Tudo bem, mas um dia terá que fazer isso. A gente não chega a matar ninguém, é só uma lição para que ninguém atrase o pagamento.

— Não quero saber dos detalhes.

— Okay, só me dá um beijo então.

Enchi a boca, brincando com ele, mas isso não deteve Jessie e ele me deu um selinho mesmo assim. Contive uma risada, e ele se colocou ao meu lado para me observar.

— Não vai comer nada? – perguntei, achando estranho a forma como ele me olhava.

Jessie balançou a cabeça em negação. Depois aproximou a mão e me acariciou.

— Você é lindo, sabia? – ele me deixou sem graça dizendo isso. – Eu te amo, Thiago.

— Uau, falou meu nome verdadeiro – falei, surpreso. – E-eu… Acho que… Também te…

Fui interrompido pela campainha. Jessie suspirou, odiando que estivessem nos atrapalhando. Depois saiu do quarto, fechando a porta para que me vestisse.

Ouvi a voz de um dos capangas do meu pai, eles conversavam sobre a rota que fariam no serviço de hoje, decidi me levantar nesse momento e fui para o meu guarda-roupa.

Agora todas as roupas que eu tinha eram de manga longas. Nada de bermudas ou regatas, tudo era calculado para que ninguém visse os machucados que Jessie me dava sempre que transávamos.

No dia em que visitamos a casa e transamos no chão, os machucados que meu pai tinha feito nas minhas costas acabaram se abrindo um pouco com a forma como Jessie me possuiu. Ele não sabia ter cuidado na hora do sexo, isso até me preocupava às vezes e quando eu perguntava o motivo dele gostar de sadomasoquismo ele meio que desviava o assunto e com aquele jogo de lábia acabava me confundindo.

Os brinquedos dele ficavam na parte de cima do closet, alguns eu me recusava a usar e outros ele conseguia me convencer a colocar por alguns minutos… Eu ia me acostumando ao jeito dele e nós dois trabalhávamos em maneiras dos dois sentirem prazer. Não que para mim fosse fácil, eu nunca gostei dessas coisas e nunca fui de querer sentir dor durante o sexo. Só aturava isso tudo porque gostava demais dele. Antes da nossa primeira vez ele conversou comigo sobre isso, eu até me assustei no começo, mas o jeito atencioso de Jessie me explicando que jamais ia além do meu limite me deixava mais seguro.

Peguei uma camisa xadrez, vesti uma calça jeans preta e coloquei meu relógio e meu tênis antes de sair do quarto e encontrar Jessie ao telefone parecendo irritado e conversando com alguém em japonês.

Não entendi bulhufas, mas esperei que o telefone acabasse para perguntar o que estava acontecendo.

— Temos um problema em uma das rotas, parece que roubaram seis caminhões nossos. SEIS! Cada caminhão tinha cerca de meio milhão em drogas. Nossos pais vão ter um ataque quando descobrirem.

— E sabe quem foi?

— Só suspeitas – ele não me olhou nos olhos quando disse isso. – Mas vou lá resolver tudo, você pode ficar só dentro de casa hoje? Tenho medo que algo de errado esteja acontecendo.

— Acha que estão nos atacando?

— Não é isso, é só um pressentimento ruim. Vou ficar bem mais calmo se você me prometer que não vai sair de casa.

A ideia de um dia perfeito para mim não era ficar dentro de casa como prisioneiro, mas via a preocupação de Jessie e achei melhor concordar com ele.

— Tudo bem, eu fico. Mas tome cuidado lá, okay?

— Pode deixar, amor – ele me deu um beijo antes de sair. Rodou a sala procurando as chaves e quando encontrou voltou para me beijar de novo.

— Não é desse jeito que vai conseguir sair de casa – falei, risonho.

— Só mais um – pediu, me dando um beijo mais demorado, pegando a minha cintura e já mostrando o quanto queria ir para o quarto. – Eu volto a noite. Aí podemos brincar um pouco.

— Vou ficar te esperando.

Jessie saiu do apartamento e disse para eu trancar a porta. Fiz o que ele mandou e depois caminhei de volta para o meu quarto. Já que não ia sair eu podia vestir algo mais confortável. Tirei minha blusa e então a campainha tocou.

— Minha nossa, como esse lugar está movimentado hoje!

Caminhei de volta para a sala e perguntei quem era.

Não obtive respostas, por isso fui até o olho mágico e não vi ninguém pelo corredor. Achei aquilo estranho, me afastei da porta esperando ouvir passos ou algo do tipo, mas não havia ninguém, ao que tudo aparentava.

Foi quando me virei que a campainha tocou de novo.

— Oi? Quem está aí? – insisti. Porém, mais uma vez, não obtive resposta – Que merda, esse dia não começou bem.

Me afaste da porta e fui até a estante da sala. Peguei meu revólver, chequei se estava carregado, e então me aproximei da fechadura.

Provavelmente não era nada, mas a forma como Jessie saiu me deixou alerta. Xinguei ele mentalmente por ter me deixado com medo. Lembrando dos meus treinamentos posicionei a arma por cima da minha mão esquerda para deixa a mira mais firme. Depois fui até a porta e a destranquei com cuidado. Como se estivesse passando a mão por cima de uma bomba prestes a explodir. E talvez fosse exatamente isso o que tínhamos ali.

Girei a maçaneta e abri a porta lentamente. Bastou isso para que a porta terminasse de se abrir com força devido ao peso que tinha sobre ela. Me afastei pelo susto do corpo caindo para dentro de casa.

Sangue escorreu para perto de mim e quase soltei um grito. Só larguei a mão quando vi que o homem não estava morto, que ele ainda respirava. Fui às pressas até o corpo e vi os buracos de bala pela roupa dele, a quantidade de sangue era assustadora e quando vi a tatuagem de dragão no braço dele virei às pressas para ter certeza.

— TK? Ai, meu Deus, é você!

TK ainda tentou falar algo, mas soltou apenas murmúrios desconexos antes de desmaiar.

Coloquei a mão por cima dos ferimentos e os pressionei.

Minha nossa, eu precisava de ajuda! Eu precisava de alguém para me ajudar com ele. Mas quem? Quem iria ajudar o TK a essa altura quando todos deviam achar que era ele que estava nos roubando?

Peguei meu celular do bolso e disquei o número.

— Desculpa, mas você tem que vir aqui pra casa agora! – falei, completamente apavorado. – Preciso de ajuda.


Notas Finais


E então, é exatamente isso! TK está de voltaaaaaa.
Não sabemos se ele está inteiro, mas voltou de uma vez para ficar pela nossa fic. Abraçosss, e até o próximo episódio ;)


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