História Paixão Sem Limites - Castigo

Paixão Sem Limites

S A K U R A

Me encontrava sentada na primeira carteira da fila do meio em uma sala de aula em pleno sábado de manhã, fazendo algo que eu pensei que nunca aconteceria um dia porque sempre fui uma garota disciplinada.

Shizune a professora de japonês e psicóloga do colégio estava parada na porta com os braços cruzados esperando os garotos aparecerem, para dar início ao nosso castigo.

Balancei as pernas cruzadas impaciente, olhando minhas unhas pintadas de rosa. Eu odiava esperar e queria que esse castigo acabasse de uma vez por todas, mas Sasori e Sasuke pareciam não querer colaborar.

— Podemos começar sem eles?

— Não, preciso de todos aqui.

— Se eu me comportar posso sair mais cedo?

— Não. Todos farão as mesmas atividades e serão liberados no mesmo horário.

Suspirei abrindo meu estojo de canetas coloridas tentando me distrair. Sasori apareceu com dez minutos de atraso com uma tranquilidade que me irritou

— Belo dia professora a Senhora está muito bonita hoje. — sorriu para a Shizune indo se sentar um pouco atrás de mim com toda sua plenitude.

— Obrigada. Tsunade disse que vocês são três, vamos esperar o próximo aluno para começarmos. — ela comentou indo se sentar em sua mesa, abrindo alguns livros.

— Duvido Sasuke aparecer, acho melhor alguém ir busca-lo ou vamos esperar até escurecer. — comentei impaciente, já conhecendo a figura.

Sasuke não tinha compromisso, sempre me deixava esperando nas nossas aulas e hoje não seria diferente. Depois da nossa conversa na biblioteca na quinta ele não falou mais comigo, mas o peguei me observando várias vezes durante as aulas.

Sinceramente, eu estava com raiva com sua ideia boba de se afastar, mas não achava que isso iria durar por muito tempo. Parecia que havia um ímã invisível que puxava nós dois um para o outro, seja para discutir ou nos atrair.

— Vamos esperar, temos todo o tempo do mundo. — a professora falou com paciência.

Como alguém conseguia ser tão calma? Olhei para Sasori e ele fazia barquinhos de papel na maior tranquilidade também. Será que só eu estou estressada aqui?

Sasuke ousou aparecer trinta minutos atrasado, com uma carranca de sono, cabelo despenteado e uniforme amassado. Não suportei encara-lo muito ou iria correr parar arrumar sua roupa devido a minha síndrome de TOC, os botões de sua camisa colocados nas casas erradas me davam agonia.

— Está atrasado. — Shizune deu bronca, o olhando sugestiva.

Como se ele se importasse.

— É sábado eu costumo dormir em dias assim e não lembrava dessa merda. — o Uchiha retrucou com arrogância.

— Você tem senso de humor, ainda bem que está animado.

Sasuke não deu moral para a Shizune e foi se sentar no fundo da sala, fazendo um barulho irritante proposital com a cadeira.

— Bom pela sua demora seus amigos vão ter que pagar por isso. Vão ficar trinta minutos a mais no castigo, e vão chegar atrasados no almoço. — Shizune avisou se levantando com algumas folhas em mãos.

— Obrigada Sasuke, está nítido que você não tem compromisso com nada.— ironizei completamente revoltada.

— Deveria agradecer por eu ter aparecido, da próxima vou me certificar de atrasar duas horas. — retrucou ainda se achando o certo da história.

Como alguém consegue ser tão cretino?

— Mas é um cínico mesmo, depois eu que sou a egoísta que só pensa no próprio nariz. — revirei os olhos me virando para aquele idiota o encontrando praticamente deitado na cadeira com os pés em cima da mesa.

Sasuke me olhou com tédio não parecendo interessado em discutir aquela hora da manhã.

— Se você está dizendo quem sou eu pra discordar?

— Babaca. — soltei um grunhido baixo.

— Você fica mais bonita de boca fechada. — comentou me provocando.

— Então vem calar minha boca idiota.

— Você não vai querer que eu vá aí. — um brilho surgiu em seus olhos e eu perdi a briga.

— Acabaram? Ou vou ter que aumentar as horas do castigo de vocês? — Shizune interferiu arqueando uma sobrancelha.

— Desculpa. — suspirei voltando a me virar para frente, me sentindo envergonhada.

Sasuke conseguia me tirar do sério, mas preciso aprender a ignorar sua presença ou vou enlouquecer.

— Por favor peguem suas cadeiras e façam um círculo no meio da sala, vamos conversar.

Algo me diz que isso não vai prestar.

Cinco minutos depois estávamos todos sentados em frente um ao outro, segurando papeis e canetas na mão. E Shizune era a única que parecia empolgada ali.

— Tsunade disse que houve uma briga entre vocês. — ela começou a falar pensativa. — E hoje nós vamos trabalhar sobre convivência com o seu próximo.

— Prefiro me mudar de planeta a ter que aturar certos lixos de pessoas. — Sasuke murmurou girando a caneta nos dedos.

Preciso concordar com ele em partes.

— É só sair dessa escola que está tudo ótimo. — Sasori retrucou. — Ninguém vai sentir sua falta mesmo.

— No dia que você ir parar no hospital com um nariz quebrado e alguns dentes arrancados, com certeza eu serei expulso daqui.

— Tô pagando pra vê.

Sasori era o tipo de pessoa que se ferrava mas não perdi a oportunidade de sair por cima, um grande orgulhoso.

— Quando todo esse ódio começou? — Shizune perguntou e eu ignorei todo mundo, desenhando florzinhas e corações na minha folha com minhas canetas coloridas. — Sakura gostaria de falar algo? O que esses dois garotos são pra você?

Problemas e dores de cabeça.

Suspirei olhando para os dois idiotas que se encaravam irritados prestes a pular um em cima do outro. Detesto a ideia deles se odiarem por minha causa, chegava a ser ridículo.

— Um é meu ex namorado babaca. — olhei para Sasori sem muita animação, desviando o olhar em seguida para um Sasuke mal humorado de braços cruzados. — e o outro é o Sasuke, mais um babaca.

— Babaca que a patricinha adora enfiar a língua na boca. — Sasuke retrucou irônico balançando a cabeça.

— Não enche. — joguei uma caneta em sua direção e ele a segurou antes que atingisse seu peito.

— Temos um triângulo amoroso aqui? — Shizune nos olhou curiosa.

Ela estava ficando louca?

— Não tem nenhum triângulo aqui. — respondi ofendida.

— Sakura não me quer mais. — Sasori lamentou.

— Por que será né? — Sasuke bufou roubando minha caneta na cara dura.

— Vamos fazer uma brincadeira. — Shizune bateu palmas atraindo nossa atenção. — Eu irei perguntar algo sobre um de vocês e os outros dois terão que responder com sinceridade. Começando com a Sakura.

— Tudo bem. — respondi meio incerta quando ela me encarou sorridente.

Não sei onde ela quer chegar com isso, mas tenho certeza que não acabará bem.

— Rapazes, o que Sakura tem de mais atrativo? Escrevam na folha e mostrem para nós.

Os dois pareceram pensativos e Sasori foi o primeiro a começar a escrever, balancei as pernas cruzadas curiosa vendo Sasuke escrever algo rápido antes de Shizune falar que o tempo havia acabado.

— Podem virar. — sua voz saiu animada.

Observei as folhas viradas, e revirei os olhos para Sasori que escreveu um texto falando sobre eu ser uma pessoa boa e perdoável.

— Por que acha que Sakura é uma pessoa boa e perdoável Sasori?

— Porque eu passei muito tempo com ela, sei sobre tudo e também sei que no futuro ela irá perdoar meus erros. — ele me olhou esperançoso e iludido.

— Sakura o que acha sobre isso? — Shizune me instigou a falar.

Passei a língua nos lábios olhando seriamente para o ruivo. Meu passado me condena.

— Patético, e me desculpe Sasori eu não sou boa o suficiente para perdoar uma traição. — respondi o vendo abaixar a cabeça falsamente chateado.

— Eu espero o tempo que for. — deu de ombros com um sorrisinho tranquilo.

— Espera deitado então, você não irá me fazer de trouxa outra vez.

— Tudo bem sem discussões. Sasuke você escreveu olhos e bunda. Pode explicar isso para nós? — Shizune apertou os olhos arrumando seus óculos enquanto lia o que o Uchiha havia escrito.

Olhei para aquele sem vergonha não acreditando que ele teve a audácia de colocar minha bunda ali, e ele realmente teve.

— Como ousa falar da minha bunda em público? — joguei outra caneta nele.

— Ela pediu sinceridade, e eu estou sendo sincero. — respondeu cínico.

— Ele tem razão, não quero mentiras aqui. — Shizune o defendeu. — Pode continuar Sasuke.

— Os olhos dela são incríveis e todas as vezes que eu a olho me sinto um idiota perto de tudo que ela é, e a bunda acho que não preciso explicar. — comentou abrindo um sorrisinho irônico me deixando esbabacada.

— Não ouse falar da bunda dela, que podre. — Sasori bufou.

— Vá se foder.

Eu queria afundar minha cara em algum buraco, tamanha era a vergonha que eu estava sentindo.

— Sakura o que acha disso? — Shizune perguntou curiosa enquanto eu tentava descobrir qual daqueles dois era mais babaca.

— Você é um idiota Sasuke. — olhei no fundo dos seus olhos e desejei que ele entendesse que eu estava falando da sua covardia de ter desistido de nós.

Ele deu de ombros fingindo não se importar tentando dar uma de durão.

— Certo, agora é a vez do Sasuke. Sakura e Sasori escrevam o que incomoda no colega de vocês.

Sasori escreveu rapidamente e já virou sua folha onde estava escrito que ele não gostava de Sasuke porque ele era um delinquente que queria roubar sua garota.

Ignorei suas babaquices e escrevi minha resposta com facilidade, porque aquela pergunta era fácil.

— O que me incomoda no Sasuke é o fato dele ser um covarde. — disse virando a folha olhando seriamente para o meu alvo.

Sasuke arqueou uma sobrancelha resmungando alguma coisa que não conseguia ouvir.

— O que acha sobre os comentários dos seus colegas Sasuke? — Shizune perguntou anotando algo em um caderninho que tinha em mãos.

— O babaca ali pode enfiar o comentário dele na bunda. E a Sakura precisa aprender que não pode ter tudo o que quer e parar de me provocar.

— Se você quer algo, você pega, simplesmente isso e foda-se as outras pessoas. — retruquei vendo Sasuke me olhar intrigado por um momento.

Alguém como ele não deveria ser tão covarde.

— Foda-se as consequências também?

— Foda-se tudo. — respondi vendo um pequeno sorriso surgir em seus lábios.

— Adoro sua boca ardilosa, o passarinho está aprendendo a voar.

— Idiota. — cruzei os braços virando o rosto me lembrando de ter falado algo para ele sobre me sentir um pássaro preso em uma gaiola.

Me admira Sasuke lembrar de algo assim.

— Colocaram tudo para fora? — Shizune perguntou entediada e só agora percebi que estávamos em público. — Bom, chegou a vez do Sasori

— Nem perca seu tempo, ninguém aqui gosta dele. — avisei vendo meu ex namorado me olhar feio.

— Falou a garota que dizia ser loucamente apaixonada por mim.

— Quem nunca errou nessa vida que jogue a primeira pedra.

— Você é uma cretina Sakura. — o ruivo cuspiu com raiva e antes que eu pudesse retrucar Sasuke tomou as minhas dores.

— Não fala assim com ela porra. — Sasuke se levantou olhando furioso para Sasori.

— Eu falo do jeito que eu quiser, Sakura já foi minha e você não tem e nunca terá nada dela. — Sasori se levantou gritando com Sasuke.

Os dois estavam tão perto que eu podia ver o momento em que se pegariam com socos. Me levantei com uma Shizune assustada, pensando em o que poderia fazer para para-los.

— O que está acontecendo aqui? Dá pra ouvir os gritos de vocês lá fora. — Tsunade entrou na sala me fazendo suspirar aliviada.

— Eles saíram do controle. — Shizune murmurou confusa.

— Sasuke Uchiha e Sasori Akasuna. Sente-sem agora se não quiserem levar uma suspensão. — Tsunade foi dura.

Sasori foi o primeiro a se afastar voltando a se sentar com tranquilidade e Sasuke continuou parado o encarando com ódio e os punhos fechados. Eu conseguia ver o quanto ele queria acabar com a raça de Sasori e o eliminar da face da terra, mas ele não era louco de fazer isso na frente de Tsunade. Ou seria?

— Sasuke Uchiha você não ouviu o que eu disse? Sente-se agora. — Tsunade ordenou dando um passo a frente.

— Sasuke. — murmurei o vendo voltar a se sentar em seu lugar ainda zangado, ignorando todo mundo.

— O que há com vocês?

— Não é legal deixar os dois na mesma sala diretora. — comentei vendo que nenhum dos dois abriria a boca.

— Vocês vão ter que aprender a conviver, não quero intrigas no meu colégio. Podem começar pedindo desculpas um ao outro.

— Fala sério, nem fodendo. — Sasuke bufou balançando a cabeça em negação.

— Estou falando muito sério, peçam desculpas agora.

— Me desculpe querido colega de classe. — Sasori disse falso olhando feio para Sasuke ousando estender a mão em um fingido comprimento.

Sasuke olhou para a mão de Sasori e surpreendeu a todos quando devolveu o comprimento.

— Pega suas desculpas e vá para puta que pariu com ela. — soltou um resmungo baixo apertando a mão de Sasori com uma força que o estava deixando vermelho.

O ruivo apertou os lábios fazendo uma careta tentando puxar a mão em vão.

— Já chega. — Tsunade brigou e eles finalmente se afastaram, Sasori até suspirou aliviado. —  Shizune se eles têm tempo para brigar é porque os trabalhos estão poucos.

— Nós estávamos interagindo. — Shizune respondeu envergonhada. — Pensei que uma conversa daria certo.

— Passe trabalhos que não sobrará tempo para discussões. Qualquer coisa me chame. — a diretora avisou antes de sair da sala reclamando algo sobre nós sermos estressantes.

— Sim Senhora. — a professora balançou a cabeça nos olhando com repreensão.

Suspirei cansada voltando a me sentar, olhando para os dois problemas a minha frente. Um era o ex namorado insuportável que não largava do pé, e o outro era um ser intrigante que não saia da minha cabeça e me irritava pra caramba.

Onde foi que eu me meti?

(...)

A tarde eu me encontrava deitada em minha cama abraçada com meu travesseiro em formato de morango, observando a camisa de Sasuke a minha frente. Estou com ela guardada desde o dia em que ele colocou em mim na piscina e não pretendo devolver. Ele ficou com o meu colar por quatro anos então eu posso ficar com a porcaria de uma camisa.

Sasuke me irritava, me fazia sentir uma espécie de atração e ódio que eu não sabia distinguir qual era maior. Eu gostava de estar com ele, gostava do seu toque, dos seus beijos, das nossas conversas. Mas não sabia o que ele queria comigo e muito menos o que eu queria.

Toquei no medalhão do colar em meu pescoço o abrindo, observando a mãe de Sasuke na foto. Ela era bem bonita e seus traços eram parecidos com os de Sasuke. Parecia ser uma boa mulher. Qual seria o seu nome?

Lembro-me de como Sasuke estava arrasado com sua morte. Não consigo imaginar o que aconteceria comigo se um dia Mebuki partisse, por mais que ela me decepcionasse ainda era minha mãe.

Suspirei fechando o medalhão olhando para o teto entediada e cansada de ficar pensando em Sasuke e sua cabeça bagunçada. Então decidi ir dar um mergulho na piscina para esfriar a cabeça.

No meu celular haviam algumas ligações perdidas de Mebuki e eu não me importei em retornar. Ela nunca se importou em ligar para mim e eu não precisava de suas broncas agora. Com certeza Tsunade já havia informado sobre o castigo.

Coloquei um biquíni e um vestido por cima, antes de sair do quarto levando uma toalha no ombro.

Depois de uns minutos andando pelo colégio vazio entrei na área das piscinas encontrando o lugar silencioso. Tirei meu vestido rosa soltinho o deixando em uma espreguiçadeira junto com a toalha, e alonguei os braços arrumando meu biquíni verde enquanto me aproximava de uma das piscinas.

Gostava de nadar sozinha e no meio da semana quase nunca tinha oportunidade para isso devido a quantidade de alunos que ficaram aqui.

Parei em frente a piscina onde Sasuke havia me jogado da última vez, só agora notando que eu não estava sozinha ali.

Justamente a minha maldita dor de cabeça estava lá, e eu não havia o percebido antes porque Sasuke estava de olhos fechados ou dormindo apoiado em uma das bordas da piscina.

Que falta de responsabilidade.

Pensei em dar meia volta e ir embora, mas fiquei curiosa e preocupada, e quando percebi mergulhei na água não pensando muito.

Nadei até o Uchiha do outro lado da piscina, passando a mão no rosto quando emergi a sua frente. Eu não conseguia tocar o pé no chão ali pois a parte era mais funda.

— Sasuke? — chamei mas ele não respondeu. —  Você está louco de dormir em uma piscina? — bati em seu braço o vendo abrir os olhos escuros e me encarar.

— Tá fazendo o que aqui?

— Eu vim nadar e encontrei você vegetando, pensei que fosse morrer afogado.

— Eu sei nadar.

— Sabe nadar dormindo também? — arqueei uma sobrancelha me virando para me afastar, mas ele segurou meu braço.

Seu toque conseguia mexer com cada célula do meu corpo.

Voltei a encara-lo surpresa e Sasuke me puxou em direção ao seu corpo. Ficar tão próxima dele me deixava tonta, ainda mais com seus olhos tão intensos me devorando.

— E quem disse que eu estava dormindo? — trouxe minhas coxas para perto. — Por que você é tão intrometida?

Passei as pernas em volta de sua cintura, apoiando as mãos em seus ombros arfando com força pelo contato dos nossos corpos juntos, hipnotizada pelos seus olhos nos meus.

Ficamos em silêncio apenas nos encarando por um momento.

— O que você disse na sala de aula hoje era verdade? — perguntei curiosa.

— Eu disse muitas coisas.

— Sobre meus olhos. — reforcei observando a água bater um pouco abaixo dos seus ombros nus.

Toquei no desenho da tatuagem de uma falcão, curiosa para ver as outras. Achava interessante pessoas que marcavam o corpo daquela forma, mas acho que não era corajosa o suficiente para fazer uma também.

— Você não sabe o que é capaz de fazer comigo. — Sasuke olhou para minha mão em seu corpo.

— Provavelmente nada, já que você desistiu tão fácil. — fui irônica o vendo soltar um suspiro e olhar para algo além de mim.

— Eu sou uma bagunça que não se pode ser concertada. Prefiro ficar sozinho a me relacionar com as pessoas, porque sempre estrago tudo e não quero fazer o mesmo com você.

Sasuke me irritava mas quando falava que se importava comigo conseguia mexer com algo dentro de mim, deixando-me boba.

— Não acho que você seja assim, você tem amigos. O Naruto gosta muito de você e tem Suigetsu e a Karin, eles parecem serem pessoas boas. — segurei seu rosto trazendo seu olhar para mim.

Alguém não deve se sentir dessa forma, ter amigos é a melhor coisa do mundo. A solidão é triste e a pior coisa que alguém possa desejar.

— Naruto não guarda mágoa, mas eu já o decepcionei a alguns anos atrás. O Suigetsu não liga pra nada e só pensa em diversão e a Karin você já sabe.

— Não acho que você vá me decepcionar. — o puxei para um abraço, sentindo sua respiração forte em meu pescoço. — Você precisa se livrar desse peso.

Sasuke abraçou minha cintura e eu não tinha estruturas e nem forças para senti-lo tão perto daquela maneira, e ele parecia sentir o mesmo.

Ele afastou meus cabelos molhados beijando a pele do meu pescoço, deixando leves chupoes. Suspirei o sentindo passar a mão pelo meu colar a subindo para meu rosto, olhando em meus olhos antes de tocar meus lábios com os dedos e me beijar.

Apertei seus ombros com as mãos trêmulas movendo os lábios sobre os seus, pensando estar sonhando. Algo bom assim só poderia ser um sonho.

Sasuke virou nossos corpos me prendendo contra as paredes da piscina e eu o beijei com força, desejando sentir mais do seu toque como precisava respirar.

— Me toca. — sussurrei em um gemido sentindo seus dedos passearem pelas minhas coxas.

Ele subiu uma mão molhada para meus seios me fazendo entreabrir os lábios ofegante, seus dedos passearem sobre o sutiã do biquíni o afastando para o lado com lentidão.

— Eu desejo fazer isso desde o momento que encontrei você. — confessou com os olhos fixos na minha pele.

Mordi os lábios tensa, mas certa do que estava fazendo. Eu não era a garota mais bela do Japão, mas tinha meus atrativos e não me envergonhava do meu corpo.

Sasuke olhou em meus olhos em busca de uma confirmação e eu assenti o vendo apertar meu seio e abaixar o rosto me fazendo sentir sua respiração quente em minha pele, antes de usar a boca para me chupar.

Enterrei as mãos em seus cabelos com força soltando um grunhido desconexo. Fechei os olhos ao sentir sua língua deslizar em volta do meu seio, me trazendo sensações incríveis.

Sasuke puxou o sutiã do biquíni fazendo as tiras saltarem para longe do meu corpo deixando-me totalmente exposta, e agora sua boca estava sobre meu outro seio livre, friccionando com força os lábios contra minha pele.

Sussurrei seu nome entre um gemido sofrido e ele segurou meu rosto voltando a beijar minha boca profundamente. Esfreguei meus seios em seu peito nu sentindo suas mãos apertarem minha bunda com força, pressionando sua ereção no ponto entre minhas pernas.

Movi os quadris contra os seus passando as unhas em suas costas molhadas ouvindo seus suspiros baixos em minha boca. Sasuke se afastou olhando em meus olhos atordoado, eu conseguia ver e sentir o quanto ele me desejava.

— Pare ou vou foder você nessa piscina. E não seria legal para uma virgem.

Eu estava cansada de ser virgem, e não me importava nenhum pouco de perder minha virgindade com Sasuke. Ele me fazia sentir coisas que nunca havia sentido antes e me fazia sentir segura e bem, definitivamente quero mais disso.

— Eu quero que você faça isso. — suspirei passando a língua nos lábios vendo seu olhar descer para minha boca.

Sua respiração estava pesada e ele parecia fazer um esforço para se manter longe de mim.

— Não sabe o que está falando.

— Sei exatamente o que estou falando.

— Eu não vou tirar sua virgindade dentro da porra de uma piscina Sakura. — ele franziu o cenho em desagrado. — Não me provoque dessa maneira.

— Não precisa ser aqui ou agora, eu só quero fazer isso com você.

— Eu falei que isso não iria se repetir. — ele se afastou nadando em direção a parte de cima do meu biquíni que boiava logo a frente.

Cobri meus seios com os braços o observando trazer meu sutiã de volta, evitando olhar para o meu corpo.

— Por que você é um teimoso, mas olha só pra gente Sasuke. Eu nunca me senti assim com outra pessoa. — retruquei apontando para nós dois, tentando prender as tiras do sutiã de qualquer jeito no pescoço.

Ele me deixava tão fascinada que eu perdia até mesmo o medo do perigo. Se Tsunade aparecesse agora eu poderia dar adeus ao internato porque seria expulsa com certeza.

— Você me faz sentir coisas que ninguém nunca conseguiu. — Sasuke confessou parecendo envergonhado.

— Então confessa que está afim de mim?

— Eu posso ter uma queda por você. — bagunçou os cabelos apoiando os braços nas bordas da piscina.

Sasuke parecia querer a morte a ter que confessar seus sentimentos.

— Uma queda? — sorri o olhando curiosa.

— Tá legal, um penhasco. Mas isso não muda nada.

— Vai começar com o papo de não ser bom pra mim de novo? — bufei revirando os olhos, não acreditando naquela palhaçada.

— E adianta? Você é bem teimosa. — ele revirou os olhos resmungando algo sobre não conseguir se controlar perto de mim.

Me aproximei do Uchiha segurando seu queixo, sentindo seus olhos me analisarem intensos.

— Eu sei o que eu quero, e você decida-se porque eu não vou ficar nessa brincadeira para sempre. Se você não me quer tem quem queira e não ouse mandar mais ninguém afastar os garotos que se aproximarem de mim. — sussurrei próximo a sua boca.

— Tem quem queira? Só babacas que vão usar você. — Sasuke franziu o cenho me olhando frustrado.

— Nada disso, eu tenho uma lista de caras que valem a pena, caras fofos, inteligentes e divertidos. — respondi lhe dando um sorriso cínico vendo sua calma ir por água abaixo.

— Uma lista?

— No meu diário e eu estou pensando seriamente em dar uma chance a alguém.

— Você não pode estar falando sério. — Sasuke veio em minha direção e eu me afastei sorrindo.

— Por que não? Sou livre e desimpedida.

Mergulhei na água nadando em direção as escadas o ouvindo me chamar. Sasuke me divertia internamente, ele me queria mas tinha medo de arriscar, então eu teria que dar um jeito nisso.

Talvez um leve empurrãozinho, que não era de fato uma mentira.