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História Paixão Sem Limites - Momentos


Escrita por: Cereijinha-

Notas do Autor


Boa tarde meus pequenos tomatinhos.
Não sei de onde tirei isso, ignorem.
Boa leitura povo, nem demorei dessa vez.
Não sei se já falei aqui mas essa fic tem uma base de 40 capítulos, mas talvez eu ultrapasse um pouquinho até uns 45.
Aja paciência pra me aturar em kkkk

Capítulo 32 - Momentos


Fanfic / Fanfiction Paixão Sem Limites - Momentos


Paixão Sem Limites

S A K U R A


Há pequenas coisas importantes na vida. A família é uma delas, é um lugar onde deveria ser o seu lar, um lugar de acolhimento e amor. E quando você percebe que foi enganada a vida inteira por essas pessoas, começa a entender que a família não é apenas laços de sangue.

A minha família é onde eu sou acolhida e amada, a minha família não é os Harunos, mas sim os meus amigos.

Mebuki não me procurou depois do que aconteceu. Ela nem ao menos tentou me explicar tudo. Tive que superar sozinha e aprender com os erros dos outros.

Foi difícil no início, mas em algumas semanas aprendi que não deveria sofrer por alguém que não me amava.

Não valia apena no final.

Havíamos entrando de férias e eu estava ficando com Sasuke na mansão. Era muito bem acolhida pela sua família, Obito e Rin eram pessoas incríveis.

Sasuke não estava falando muito com o irmão dele. Disse que não estavam brigados porque haviam conversado, mas que pretendia manter distância por um tempo.

Eu entendia perfeitamente a sua relação com o irmão. Itachi tratou Sasuke muito mal, e duvidou do seu caráter. Mas espero que um dia eles possam se resolver.

Hoje era um sábado e Ino havia me ligado bem cedinho nos chamando para ir à praia, justamente para cumprir um plano de juntar Naruto e Hinata.

Eu adorei a ideia e era uma ótima oportunidade para sairmos de casa. Estávamos de férias a uma semana e não fazíamos nada além de assistir filmes e irritar um ao outro.

Eu ajudava Rin a cozinhar, às vezes saia para fazer compras e levar Darla pra passear. Sasuke não inventou de ir para suas corridas clandestinas, ele sabia que depois do que aconteceu com Karin eu não voltava mais naquele lugar.

A verdade é que eu me sentia mais segura em saber que ele não estava correndo feito um louco por aí, sem se preocupar com nada. Nunca vou entender seus gostos por perigo. Ele pode se dar mal por essas brincadeiras um dia, ser preso e até mesmo sofrer um acidente.

Por isso estou tentando mudar sua ideia de diversão. Sasuke era uma pessoa boa, ele tem um lado maduro e compreensivo, mas quando fica irritado parece que sua personalidade muda completamente se tornando um delinquente sem freios. Parecia até mesmo ser uma pessoa bipolar.

Eu nunca conversei sobre isso com ele, mas pretendo em breve. Sei que ele frequenta uma psicóloga, ou fingi frequentar, porque o peguei no telefone com seu irmão e Itachi parecia estar justamente lhe dando uma bronca por faltar as consultas.

— Acorda flor do dia. — cutuquei Sasuke que dormia feito uma pedra.

Nós fomos dormir tarde ontem maratonas séries, e ele achava que era algum tipo de Rei pra dormir até meio-dia. Ou isso era apenas culpa do seu sono exagerado.

— Me deixa em paz Sakura. — resmungou virando o rosto para o outro lado.

Irrita-lo virou meu passatempo preferido, agora entendo porque ele vivia fazendo isso comigo. Sasuke fica engraçado quando está zangado comigo, é algo como querer me matar e beijar ao mesmo tempo.

— Hoje nós vamos à praia. — cantarolei animada tentando encoraja-lo.

— Não quero ir à praia.

— Mas eu quero, levanta logo que eu quero pegar esse sol da manhã.

— Que horas são?

— Oito horas.

— Você só pode estar sonhando, volte a dormir que ainda é madrugada. — ele pegou um travesseiro cobrindo a cabeça.

Bufei inconformada e passei minhas pernas em volta da sua cintura me sentando em suas costas nuas. Seu corpo era algo que eu gostava de admirar.

— Levanta logo seu preguiçoso. — tirei o travesseiro do seu rosto, começando a pular nas suas costas o fazendo de cavalo.

Sei que isso vai irrita-lo ao ponto de perder o sono.

— Vá procurar o que fazer Sakura.

— Já tenho o que fazer, te perturbar até irmos à praia.

— Se eu levantar daqui vou te amordaçar nessa cama. — ameaçou e eu revirei os olhos rindo.

Sasuke não me assustava de forma alguma, ele nunca faria nada para me machucar. Percebendo que não tinha mais nenhuma tática para faze-lo sair dali, não me restou outra alternativa a não ser jogar sujo.

— Tudo bem, então eu vou sozinha, pode ficar aí dormindo. Mas eu vou precisar que alguém passe protetor solar nas minhas costas, vou ter que chamar um estranho agora. — resmunguei saindo de cima das suas costas. — Um estranho com mãos grandes.

— Agora você passou dos limites.

Sasuke puxou meu tornozelo quando eu estava quase chegando a borda da cama. Sorri caindo deitada com seu corpo em cima do meu. Ele estava bem acordado agora.

Ele prendeu meus braços a cima da cabeça, e minha cintura com as pernas. Eu estava presa.

— Sai você está me esmagando. — resmunguei.

— Mãos grandes é? — ironizou de cara feia.

— Eu só queria acordar você, juro.

— Não tenho um dia de paz nessa casa. — Sasuke revirou os olhos pra mim.

— Você me queria, você me tem. Agora deve me dar atenção e me amar muito. — lhe mandei um beijo.

— Se arrependimento matasse. — debochou me deixando irritada.

Tentei chuta-lo, mas o idiota era mais forte que eu.

— Babaca.

Ele levantou a sua camisa que estava no meu corpo percorrendo as mãos pela minha barriga, até meus quadris de encontro a minha calcinha.

Mordi os lábios sem conseguir me mexer, observando sua mão escorregar mais pra baixo tocando bem onde eu queria. Ele me acariciou ali sobre o tecido de renda preto, começando a tirar do meu corpo.

— O que está fazendo? — arfei tentando para-lo.

— Te dando atenção. — disse na maior cara de pau.

— Darla está olhando. — apontei com a cabeça para a gata que estava deitada em sua caminha do outro lado do quarto.

Ela abanava o rabo enquanto nos observava com bastante curiosidade. Eu não iria transar na frente da minha gata, era constrangedor demais.

— Que bom pra ela. — Sasuke se abaixou entre minhas pernas, depois de ter se livrado da calcinha.

— Você não pode fazer safadeza comigo na frente da minha filha.

Ele me olhou com cara de taxo e puxou o lençol cobrindo da minha cintura para baixo, juntamente com sua cabeça.

Quis rir daquilo, mas não tive tempo, sua língua já estava me levando a loucura. Entreabri os lábios respirando fundo, tentando não surtar.

Apertei minhas pernas em volta de sua cabeça, imaginando que ele deve estar morrendo sufocado lá embaixo.

— Puta que pariu. — xinguei olhando para Darla que me olhava com os olhos arregalados.

Ela claramente percebeu que eu estava em perigo e veio em nossa direção, provavelmente pensando em me salvar.

— Sasuke para, ela está vindo. — protestei levando um chupão mais forte.

Perdi a voz escorregando as mãos pelos lençóis os estraçalhando com os dedos. Minha nossa! Minha nossa! Minha nossa!

— Se não ficar quieta te faço sentar na minha cara. — ele levantou a cabeça me olhando bravo.

Imaginei a cena chocada com tamanha putaria.

Seria emocionante.

Tampei os olhos não querendo ver mais nada. Virei uma safada depravada sem nenhuma vergonha na cara.

(...)

Entrei na cozinha sorrindo para Rin que já havia preparado todo um banquete. Ela gostava de cozinhar e sua comida era ótima, havia aprendido alguns pratos com ela e posso dizer que não tenho futuro nessa área.

— Bom dia. — disse animada.

— Bom dia. Por que toda essa animação? — ela perguntou lendo um livro.

— Nós vamos à praia, quer ir com a gente? — puxei uma cadeira para me sentar a sua frente.

— Eu adoraria, mas não quero atrapalhar o programa de casal. Acho que vocês vão se divertir melhor sem mim.

— Claro que não, nossos amigos também vão, você seria bem-vinda. — avisei pegando uma panqueca, colocando bastante calda.

— Deixa pra uma próxima, acho que não me daria bem em uma roda de adolescentes. Obito virá almoçar em casa hoje. — ela deu de ombros fechando seu livro.

Observei Rin tomar uma xícara de café, e pensei sobre algo que estava me incomodando e que ela poderia me ajudar. Na verdade, eu tinha poucas pessoas para conversar sobre isso.

— Tudo bem. Então eu gostaria de perguntar uma coisa meio constrangedora pra você. — murmurei atraindo sua atenção, olhando para os lados confirmando que estávamos sozinhas.

— Estou ouvindo. — ela me olhou interessada.

— Eu gostaria de saber qual o melhor meio de me prevenir sexualmente. — sussurrei a última parte procurando um lugar para enfiar a minha cara.

Eu não teria essa conversa com as minhas amigas, porque a vergonha seria maior. Pensei em Chiyo, mas não quero frequentar a minha casa com Mebuki lá.

Mas eu preciso me prevenir de alguma forma, Sasuke e eu estávamos transando muito e eu sei muito bem como os bebês são gerados, e eu não quero ser mãe agora.

— Está falando de anticoncepcionais é isso?

— Sim, eu não sei comprar isso. — sussurrei e ela riu entrando no jogo e sussurrou de volta.

— Aconselho você a ir a um médico, ele indicará o ideal. Se quiser eu posso marcar uma consulta com o meu ginecologista.

— Eu adoraria.

— Sua mãe não conversa sobre essas coisas com você?

— Eu e minha mãe não temos uma relação tão boa.

— Entendo, qualquer coisa pode contar comigo.

— Obrigada Rin.

Sorri quando percebi que estávamos sussurrando o tempo todo. Ela era uma mulher muito engraçada.

Sasuke entrou na cozinha e se sentou ao meu lado com uma cara de bunda, roubando a panqueca que eu havia separado para mim.

— Que animação é essa Sasuke?

— Ele acordou de mau-humor, parece um velho rabugento. — comentei e Rin concordou rindo comigo.

— Sasuke não gosta de acordar cedo. Imagino como ele acorda no horário para assistir as aulas.

— Ele sempre dorme em todas, não sei como consegue fazer as provas.

— Deve colar.

— Eu também acho.

— Eu tenho boa memória e as perguntas das provas são muito idiotas, me passa o suco. — ele pediu para Rin que lhe entregou a jarra que estava perto dela. — O que vocês estavam cochichando?

— Coisas de garotas. — olhei para Rin que concordou comigo.

Sasuke deu de ombros deixando o assunto de lado e comemos em silêncio.

(...)

Quando chegamos a praia, Sasuke me guiou para um local mais tranquilo. Parece que todos tiveram a mesma ideia que a gente de tomar um sol hoje.

Algumas crianças passaram correndo por nós, e quase me derrubaram no processo. Ri daquilo vendo Sasuke revirar os olhos os chamado de projetos de demônios.

— São só crianças. Não seja mau.

— Só porque são crianças eles acham que tem o direito de fazer merda por aí. Eu não era tão atentado assim. — reclamou.

— Aposto que você deixava sua mãe louca. — provoquei o vendo negar.

— Eu era comportado.

— Mentiroso. — sorri empurrando seu ombro.

Não tem como essa pessoa ser uma criança comportada.

— Sakura, Sasuke.

Ouvimos o grito de Naruto e encontramos nossos amigos um pouco atrás. Ino, Gaara, Naruto e Hinata apenas.

Caminhamos em direção a eles, desviando de bolas e crianças com os seus castelos de areia.

— Vocês demoraram. — Naruto reclamou quando paramos a sua frente.

— O Sasuke dorme demais. — me defendi.

— A Sakura demorou a gozar. — o imbecil ironizou.

Abri a boca horrorizada para aquele filho da puta vendo nossos amigos ficarem mudos. Não acredito que ele disse algo assim em público, com a maior cara de sonso.

— Ele tá brincando. — murmurei torcendo os lábios vendo alívio no rosto de Hinata.

A coitada havia ficando vermelha. Isso não é coisa que se fala na frente de alguém tão inocente.

— Eu não imagino a Sakura fazendo sexo, ela é tão pura. — Naruto comentou pensativo.

Que merda é essa? Como foi que minha vida sexual entrou em pauta?

— Eu acho que ela é uma safada. Fala pra gente Sasuke. — Ino sorriu debochada pra mim.

— Ela tem uma disposição de dar inveja.

— Parem com isso. — briguei os olhando com repreensão e depois apontei o dedo na cara de Sasuke. — E você, o que é teu tá guardado.

— Claro que tá, bem guardado.

— Babaca.

O imbecil nem ficou com medo. Não vou mais xingar a mãe dele porque a mulher não merece, ela deve ter feito de tudo por essa criatura escrota.

Ignorei os risos dos meus amigos e tirei meu vestido ficando com um biquíni rosa, puxando uma toalha da bolsa a estendendo na areia.

Me deitei na toalha virando-me de bruços. Sasuke se sentou ao meu lado, parecendo um tipo de segurança, ele estava igual a Kakashi agora.

— Então Hinata, está pronta para aprender a nadar? — ouvi a voz animada de Naruto.

— Acho que sim. — ela comentou insegura.

— Vamos não podemos perder tempo.

— Isso aí, vão lá juntinhos. — Ino instigou.

Vi os dois se levantar e caminharem animados em direção ao mar. Ino bateu palmas comemorando.

— É hoje que esse casal sai. — ela comemorou.

— Eu não sei se você tá lendo muita fanfic ou é iludida mesmo. — Gaara comentou desinteressado.

— Não estraga o clima.

— Nunca vai rolar nada entre os dois, sabe por que? Não vai vir nada da parte de Hinata e se você for esperar pelo Naruto e a lerdeza dele pode comprar um caixão. — o ruivo disse desanimando todo mundo.

A verdade é que ele tinha completa razão.

— A menina tá quase pelada em cima dele, não é possível que ele não faça alguma coisa. — Ino retrucou frustrada.

— Vamos apostar então.

— Se eu ganhar você tá ferrado ruivinho.

— Ainda bem que eu sou mais inteligente.

— Tá me chamando de loira burra seu imbecil? Olha que eu te dou um pé na bunda.

Os dois começaram a discutir e eu resolvi não entrar no assunto.

— Passa em mim. — estiquei o braço com o protetor solar para Sasuke que parecia entendiado.

Suspirei fechando os olhos começando a me arrepender no momento que suas mãos deslizaram pela minha pele. Sasuke tinha uma pegada firme e lenta, espalhou o creme por toda minhas costas e ombros ousando descer a mão para próximo da minha bunda em uma lentidão proposital.

— Estamos em público. — o lembrei erguendo a cabeça para ver alguns paparazzis tentando se esconder nos quiosques.

Eu nunca estava livre deles. Era incômodo, mas estava me acostumando. Depois que saiu a fofoca de que meu pai era corrupto, sentia a sensação de que estava sendo perseguida por eles o tempo todo.

— Que sorte a nossa, vão pegar nosso melhor ângulo. — Sasuke retrucou apertando minha bunda propositadamente.

— O que está fazendo?

— Me divertindo.

Sua mão deslizou mais pra cima, brincando com a alça do meu sutiã e em seguida desceu até minha bunda sem pudor algum.

— As pessoas estão olhando. — o repreendi tentando disfarçar aquela safadeza.

— E dai? — ele deu sua costumeira resposta pra tudo.

— E dai? Isso se chama vergonha na cara.

— Pare de bancar a santa, nós dois sabemos que você não é.

— Do que está falando? Eu só quero pegar sol.

— Claro que quer. — revirou os olhos e eu ri virando meu corpo, deitando de costas na toalha.

Observei Sasuke colocar mais protetor na mão e passar pela minha barriga. Fez cócegas.

— Não vai tirar a roupa? — perguntei apoiando a mão queixo, observando que aquela camisa preta não combinava com todo aquele calor.

Sasuke olhou para além de nós rindo de mim em seguida.

— Quer mesmo que eu tire a roupa aqui? Não vai ficar com ciúmes depois em.

— Exibido. Não ligo se essas mulheres te cobiçarem, você é meu mesmo. — dei de ombros vendo um pequeno sorriso se formar em seus lábios.

É claro que eu ligava, mas precisava disfarçar, não quero ser aquelas namoradas ciumentas.

— Você não liga, mas eu ligo, não quero que nenhum babaca te cobice. — ele falou deslizando o protetor pelas minhas coxas.

Eu não queria que ninguém me cobiçasse, pois já tenho tudo que preciso.

Sai do transe Sasuke quando ouvi o grito de Ino. Ela pulava na areia apontando para Naruto e Hinata que estavam caídos na areia se beijando.

Abri a boca chocada me levantando para ver se era verdade e comecei a pular com Ino comemorando também.

— O amor venceu.

— Naruhina existe Japão.

— Perdeu babaca, agora eu quero a minha aliança de ouro. — Ino gritou na cara de Gaara que apenas bufou revirando os olhos.

— Vocês são cegas? Eles não estão se beijando. — Sasuke comentou acabando com a nossa alegria.

— Claro que sim ele está em cima dela. — franzi o cenho tentando olhar melhor.

Eles estavam longe.

— Ele caiu em cima dela, com as mãos em um lugar impróprio, mas não estão se beijando. — o Uchiha explicou fazendo uma careta, como se tivesse uma visão melhor que a nossa.

Hinata soltou um grito tampando seus peitos e deu tapa na cara de Naruto que caiu para trás chorando. Isso eu consegui ver perfeitamente.

— Agora ele ganhou um tapa na cara. — Sasuke disse se divertindo com aquilo.

Abri a boca incrédula olhando para Ino com decepção. Ela me abraçou e começamos a chorar juntas. Será que teremos que recorrer a medidas drásticas para conseguir juntar esse casal.

— Amiga precisamos de uns óculos, urgente.

— Vida cruel.

(...)

Chegamos em casa discutindo um com outro. Na verdade, eu estava irritada enquanto Sasuke zoava da minha cara me comparando a um Peru queimado só porque eu peguei sol demais.

Talvez eu tenha dormindo no sol e perdido a noção do tempo, agora eu estava um pouco vermelha e minha pele ardia.

— Pare de rir imbecil, eu preciso de um médico agora.

— Por que está com raiva? Não é minha culpa que você ficou tempo demais no forno. — ele debochou fechando a porta atrás de nós.

— Você deveria ter me acordado. — retruquei irritada, andando toda dura.

— E eu vou lá saber que horas que um Peru fica no ponto?

— É melhor calar a boca ou eu juro que aquele jarro vai voar na sua cara. — disse entredentes.

Sasuke riu da minha cara, mas logo seu sorriso morreu quando olhou por cima do meu ombro.

Segui seu olhar e me surpreendi ao encontrar Mebuki sentada no sofá nos encarando, como uma maldita assombração usando óculos Armani.

Como ela havia entrado aqui?

— O que está fazendo aqui? — me aproximei dela confusa.

Ela não me procurou para conversar depois da nossa briga, e eu não acredito que Mebuki teve a cara de pau de ir atrás de mim na casa de Sasuke.

— Preciso falar com você. — ela se levantou e tirou os óculos escuros me olhando com seriedade.

— Como sabia que eu estava aqui?

— Kakashi me trouxe. — disse formalmente como se não fosse nada de mais.

Respirei fundo cruzando os braços, ignorando a fisgada de dor do queimado.

— Não tenho nada pra falar com você. Vá embora! — apontei com a cabeça para a porta.

— Você vai querer me ouvir. Vamos conversar a sós.

— Vou deixar vocês sozinhas. — Sasuke avisou fazendo menção de sair da casa.

— Não vai não. — o olhei em súplica.

— Resolva logo isso Sakura, fazer birra não vai adiantar de nada. Vou esperar lá fora. — ele me lançou um olhar tranquilizador antes de sair da casa.

Eu não estava fazendo birra, só Mebuki que não merecia nada que venha de mim.

— Olha só, parece que esse marginal tem um pouco de senso. — Mebuki zombou fingindo surpresa.

Como ela conseguia ser tão podre?

— Você ofereceu dinheiro pra ele me deixar. Não sei se é burra ou idiota mesmo. Mas acho que já percebeu que Sasuke gosta de mim e não vai cair nas suas ameaças. — joguei na sua cara, orgulhosa.

— Tenho que confessar que ele é difícil. Mas não se engane com tão pouco, caras como ele se cansam rápido da diversão. — respondeu desinteressada.

Ela falava como se conhecesse alguém como Sasuke.

— Eu não sou uma diversão.

— Isso é o que você pensa. Acha que tem algum futuro com esse garoto? São momentos Sakura, criei você melhor que isso.

— Não me importo com o que você pensa. Não é nada minha.

— Eu sou sua mãe.

— Não é. — alterei o tom de voz vendo suas sobrancelhas arquearem.

Mebuki deixou claro que não era minha mãe, e eu não aceito mais nada dela na minha vida.

— Eu criei você, tem o meu sobrenome. Então sim, eu sou sua mãe. — ironizou.

— De agora em diante você não manda mais na minha vida. Apenas esqueça da minha existência Mebuki.

— É por isso que eu odeio aquele garoto, olha o que ele fez com você.

— Sasuke não fez nada comigo. Essa sou eu, sempre foi eu. Apenas abri os olhos e deixei de ser a sua marionete.

A mulher passou a língua nos lábios e assentiu devagar.

— Tudo bem Sakura, vamos dar uma trégua. Você quer ficar com o marginal? Fique. Quando você quebrar a cara e ver que ele não é o que você espera, lembrará das minhas palavras e verá que eu só quero o seu bem. — suspirou rendida.

— Acabou? — perguntei sem me abalar.

— Eu não vim aqui pra falar do seu namorado. Vim esclarecer a história que nos envolve. Você é a filha da empregada, sua mãe não resistiu no parto e eu escolhi você para criar.

— Kakashi já me contou. — a cortei não querendo saber mais nada.

Não mudaria meu passado, tudo que eu vivi. Minha mãe de verdade está morta, não há nada que eu possa fazer para mudar isso.

— Espero que entenda que tudo que fiz foi para o seu bem. — Mebuki disse mais calma me olhando com expectativas.

— Não foi, você foi traída e me adotou apenas para se vingar.

— Não. Eu sempre quis ter uma filha, mas não posso engravidar. Que mal eu fiz em pegar a filha do meu marido para criar? — me olhou com decepção.

Eu não cairia na sua lábia.

— Se você tivesse me dado amor. — sugeri.

— Eu dei tudo que você precisa. Vai negar que não gosta da sua vida? Do luxo? Preferia passar a infância jogada em um orfanato? Viver na pobreza? Eu te dei um futuro Sakura, daqui a alguns anos você será uma médica renomada e realizará todos os seus sonhos, graças a mim. — apontou para o próprio peito me olhando com orgulho.

— Não adianta ter tudo isso e não ser feliz. Igual você Mebuki, é uma mulher amargurada e triste.

— Pense no que você quer pra sua vida. Minha casa sempre estará de portas abertas para você, daqui a alguns meses o colégio acaba e você irá para os Estados Unidos fazer a faculdade de medicina lá.

— O que? Eu não vou para o outro lado do mundo.

— Em alguns meses, seus pensamentos serão diferentes. — disse confiante.

— Não, não serão. Você não tem mais controle sobre mim. — afirmei.

— Veremos. — ela passou por mim em uma tranquilidade irritante. — E por favor, não me invete de engravidar agora.

Mebuki revirou os olhos e saiu de casa deixando-me aturdida. Essa mulher não desistia nunca.

Ela era ridícula.

A porta se abriu outra vez e Sasuke passou por ela me encarando pensativo.

— Você ouviu o que ela disse? — apontei para a porta rindo de nervoso.

— Você vai para os Estados Unidos. — ele murmurou.

— Não vou não. Aquela mulher é louca.

Sasuke abriu a boca para me responder, mas seu celular tocou no bolso. Ele foi atender a ligação e eu me sentei no sofá completamente frustrada.

Não entendia qual era a obsessão daquela mulher na minha vida. Ela queria controlar tudo como se eu fosse sua maldita marionete.

Ela iria quebrar a cara com toda aquela confiança.

— Era Obito, a audiência está marcada para três semanas. Aquele filho da puta do seu ex vai ser ferrar agora. — Sasuke voltou parecendo animado para ferrar com a vida de alguém.

— E as provas Sasuke?

— As testemunhas e a maldita pulseira.

— É só uma pulseira, como vão saber que ele me ameaçou com ela?

— Obito levou a pulseira para ser analisada, o filho da puta colocou um rastreador nela. Acabou pra ele Sakura.

Nunca imaginei que Sasori fosse tão baixo.

Respirei fundo desejando realmente que dê tudo certo. Sasori precisava desaparecer da minha vida. Me senti de certa forma aliviada por Sasuke querer resolver isso da forma certa.

Agora tudo depende da justiça.


Notas Finais


Até breve.


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