História Paraíso Perdido - Êxtase.

Naruto encontrou o amigo na sala onde Sasuke costumava ficar em seu trono quase tão imponente quanto o do tio:

– É verdade o que estão dizendo por aí? Sakura matou Karin? –estava surpreso, aflito e ansioso por uma resposta.

– Como as notícias se espalham rápido por aqui, parecem um bando de desocupados. –ralhou mal humorado. – Sim, esta é a verdade. O que me surpreendeu foi que ela estava dentro do quarto cheio de símbolos, apenas a porta estava aberta. –só então parou para analisar esse ponto.

– Sakura não é tão fraca quanto pensa. –parecia orgulhoso da garota.

– Mas ainda assim é uma mulher e tem as fraquezas de uma. –falou lembrando-se do estado em que deixara a rosada da última vez que a vira.

– O que quer dizer com isso? –o loiro indagou sem entender a malícia em suas palavras.

– Esqueça idiota, esqueça! –respondeu sem paciência.

– Finalmente achei vocês dois! –Obito exclamou pegando os dois rapazes de surpresa. – Estou atolado até o pescoço enquanto os dois ficam aí jogando conversa fora.

– Qual é a razão de tamanha revolta? –o sobrinho cortou-o indo direto ao ponto.

– Preciso que vocês encontrem esses ingredientes para mim. –jogou-lhe um pergaminho enrolado.

– O que é isto afinal?

– Parte de um feitiço que uma das aberrações á beira da morte passou para um dos subordinados. Tudo leva á crer que é uma granada para anjos. –informou satisfeito.

– Mal acabou a trégua e já está planejando atacar o Céu? –Naruto alegou dessa vez.

– Naruto ainda tem tanto á aprender, é óbvio que eles estão tão frágeis quanto nós, é o momento exato para atacar. –o Rei explicou animado.

– Ah entendi. –o loiro assentiu sorrindo sem jeito.

– O que estão esperando? Andem logo com isso! –ordenou.

A dupla obteve os itens da lista com certo trabalho. Em geral, contrabandistas do mercado negro resolviam a situação nesses casos, mas tudo era cobrado em altos preços.

– Naruto, entregue essas coisas á Obito. –solicitou assim que voltaram ao Inferno.

– Eu? Por acaso tem outros afazeres Príncipe? –questionou curioso.

– Largue de ser intrometido. –rebateu com azedume.

...

Agradecia por Sasuke não ter aparecido mais. Sentia-se suja, mesmo após ter se banhado e trocado o vestido por um quase igual, porém com alças mais largas.

Anjos não deveriam viver qualquer um dos pecados, muito menos a luxúria. Talvez tivesse sido a intimidação por parte de Sasuke, ela não sabia ao certo, mas havia se deixado sucumbir facilmente.

Seu raciocínio foi cortado e ela deu um pulo da cama quando escutou a porta sendo aberta e para sua total vergonha se tratava mesmo do moreno.

Ele entrou com sua expressão insondável de sempre. Vestido todo de preto, a camisa de seda tinha os primeiros botões abertos, expondo parte de seu peitoral, trazia nas mãos a espada da anja. Assim que notou seu olhar de puro convencimento sobre si, fez questão de desviar o curso de seus olhos. Ouviu os passos e sentiu-o caminhar em sua direção:

– O que foi anja? Parece incomodada com algo. Aquelas recordações não lhe escapam da mente? Geralmente isso acontece com as pecadoras. –provocou-a e surtiu efeito na mesma hora.

– Não sou uma pecadora! –gritou, tentando convencer á si mesma de que ele estava errado.

– Nós sabemos que é. E eu sei tanto quanto você, que quer experimentar mais daquela sensação. –cortou ainda mais a distância, tocando seu rosto delicadamente e aproximando sua própria face da dela.

– Não, isso não é verdade! –afastou-o com um empurrão, estava confusa.

– Ótimo. Já que está tão convencida disso, não irá se importar se testarmos sua convicção. –pronunciou em tom de desafio.

A rosada permaneceu confusa enquanto com um gesto sentiu uma força fora do normal prendendo-a na parede, como um imã.

– Me solte Sasuke! –esbravejou nervosa, embora fosse uma pessoa tranquila, o Uchiha estava lhe tirando do sério.

– Nada de dar ordens por aqui Sakura. –advertiu sorrindo malicioso enquanto se aproximava com a lâmina em mãos.

Deslizou a ponta do objeto por sua bochecha, pescoço, clavícula, ombro até atingir uma das alças do vestido. Ele cortou-a depois fez a mesma coisa do outro lado sem nunca quebrar o contato de seus olhos com os da rosada.

O tecido barato caiu em seus pés. Depositou a lâmina prateada sobre um móvel próximo á eles. Sakura sentiu seu rosto esquentar sem poder cobrir sua nudez enquanto o moreno correu os olhos sobre si rapidamente, voltando ás esmeraldas logo em seguida. No momento seguinte liberou-a, acolhendo-a em seus braços sem nem dá-la tempo de reagir.

Quando deu por si, os lábios dele estavam encostados nos seus. Arregalou os olhos surpresa e sentiu seu coração acelerar devido aquele toque que até então desconhecia. Ainda sem quebrar o contato, Sasuke tocou seu queixo, separando seus lábios para então trazer sua língua para dentro da boca dela e movimentá-la lentamente.

O beijo não foi muito aprofundado, apenas o suficiente para que a garota por um segundo baixasse totalmente sua resistência, segundo este que ele utilizou para jogá-la sobre a cama. Uniu seus pulsos e segurou-os no topo de sua cabeça, o próprio peso de seu corpo impedia que ela se movesse abaixo de si.

Tomou posse de seus lábios novamente, dessa vez mais faminto. Sakura tentava mover-se, soltar-se... Em vão. O Uchiha cortou a carícia descendo até seu pescoço e percorrendo aquela pele alva com a língua causando-lhe um arrepio dos pés á cabeça.

Foi descendo mais até encontrar um de seus seios que saboreou com volúpia enquanto massageava o outro com sua mão livre. A Haruno tentava soltar palavras de protesto, mas nada saia de sua boca e aquela sensação, agora menos desconhecida, começou a se espalhar por todo seu corpo e concentrar-se no ponto entre suas pernas.

Inverteu o alvo de seus toques provocantes. Subiu novamente á sua boca e comprovou: ela estava cedendo. Sorriu satisfeito e ainda com apenas uma das mãos, retirou a peça íntima da anja. Curvou-se sobre aquele ponto de interesse usando seu membro gustativo para incitar sua intimidade.

A rosada que até agora havia mantido o silêncio, pegou-se a soltar pequenos gritos, diante daquela nova experiência que nem imaginava existir.

Continuou com aquela prazerosa tortura, hora percorrendo toda sua extensão, hora penetrando-lhe e quando achou que ela já estava estimulada o bastante, simplesmente parou.

– Vou soltá-la, mas não tente nenhuma gracinha. –advertiu liberando finalmente seus pulsos.

E ela realmente não tentou nada, apenas observava-o com os olhos entreabertos e a respiração entrecortada.

Desabotoou os botões restantes de sua camisa negra e a retirou por completo. Depois tirou as próprias calças, notando o tamanho de sua própria excitação.

Provavelmente assustada com o que havia visto, recuou encolhendo suas pernas, entretanto ele a trouxe de volta com as mãos e seu olhar intimidador.

Separou suas coxas, ajustando-se entre elas e entrou. Sentiu-se cheia de imediato, a sensação era estranha e ao mesmo tempo reconfortante, uma união mais do que física: afetiva.

O corpo masculino começou a chocar-se sobre o feminino ainda devagar. Com os olhos fechados, incapaz de encarar seus olhos negros, Sakura apenas sentiu quando ele encaixou uma de suas mãos na dela enquanto a outra se firmava em sua cintura.

Cada vez mais, os movimentos foram ganhando velocidade e novamente, os gritinhos que inutilmente tentava segurar, lhe escaparam pela boca. Não existia mais nada: Inferno, Céu, Itachi, Obito, Kakashi, Naruto... Tudo havia se tornado tão distante desde que Sasuke preenchera sua existência.

Ele limpou com os dedos uma lágrima que escorreu por seus olhos esmeraldinos. Em seus cinco séculos de vida já havia estado com muitas mulheres. Porém com Sakura estava sendo diferente do que com qualquer outra. Desde o início, algo nela o puxava para si, ele encarou como sendo a rivalidade de suas naturezas e o ódio que deveriam nutrir um pelo outro desde o início dos tempos, mas não. Era mais do que isso e mesmo que não soubesse definir o que exatamente era aquele sentimento, soube que não devia deixá-la ir.

Abaixou-se até que ficasse de fato sobre ela. Os braços femininos circundaram suas costas e pescoço enquanto gemia em seu ouvido. As estocadas continuaram, cada vez mais rápidas e intensas.

Sentiu a pressão concentrada em um único ponto, o corpo dela retrair envolto ao seu e então havia alcançado o maior êxtase de sua longa vivência.

Despencou ao seu lado. Nenhum dos dois precisava dormir, mas permaneceram ali deitados, enquanto o único som audível era o de suas próprias respirações ofegosas.

...