História Passion Between Games - Hyunin And Minsung - 11- "Lágrimas e Abelhas Gigantes"

Jeongin e Hyunjin ainda caminhavam lado a lado, o baixinho contava algumas travessuras que aprontou durante sua vida. Uma vez Jeongin fez com que as abelhas feitas de mel invadisse o Castelo Doce e deixassem todos os funcionários do Rei inchados de tantas picadas, Hyunjin não conteve em rir ao imaginar o velhote do Rei Doce completamente inchado, não o viu muitas vezes mas ele machucar seu baixinho foi o suficiente para que o demônio o odiasse em cem vidas diferentes.

― Jinnie olha! Chegamos na floresta de caramelo, e se estamos na floresta, estamos perto do rei doce! ― deu pulinhos empolgados.

De longe Hyunjin avistou a floresta em tons de marrom, amarelo e dourado, era uma cor linda, mas ele preferia o rosado das bochechas do seu baixinho. Algumas flores em tons de amarelo estavam espalhadas entre as árvores marrons, as flores eram altas, podiam chegar até mesmo à cinco metros de altura.

Um zumbido soou atrás dos dois, mas não foi um zumbido comum de uma simples abelhinha, foi alto, capaz de machucar os tímpanos de qualquer ser que escutasse.

― Se esconde!! ― Jeongin gritou e puxou o demônio para que pudessem se esconder num arbusto ali perto.

A abelha gigante passou por eles, com suas grandes asas causando uma ventania um tanto forte em cima ambos, Hyunjin escondeu minimamente seu rosto com o antebraço enquanto abraçava Jeongin com o outro, evitando que partículas de açucar e pedaços de galhos acertassem ambos.

Assim que a enorme abelha se distanciou e a ventania diminuiu, eles levantaram minimamente a cabeça para que pudessem a observar melhor, mesmo que o chifre vermelho do demônio ja entregasse o esconderijo.

― Que merda é essa? ― questionou o demônio assistindo a abelha pousar sobre uma flor tão grande quando o inseto.

― São as abelhas que moram perto do castelo doce, elas se alimentam do caramelo dessas flores gigantes, elas são bem agressivas ― explicou o menor e logo ele engatinhou até uma flor próxima, se escondendo atrás do tronco da mesma.

Jeongin fez um sinal com a mão para que o demônio o seguisse, de forma cautelosa e assim Hyunjin fez, ele se abaixou o máximo que suas pernas compridas permitiam e seguiu os passos do menor até chegar atrás do tronco da flor gigante, há poucos metros da abelha que se alimentava despreocupadamente.

De repente, mais e mais abelhas de caramelo, chegavam se espalhando pelo local, cada uma em uma flor. O zumbido era alto e incomodava bastante, a ventania vinha conforme as abelhas chegavam com suas enormes asas, mas logo tudo se acalmava conforme elas pousavam e começavam a se alimentar.

― O que vamos fazer? ― Hyunjin questionou baixinho olhando para o menor.

Jeongin suspirou e olhou para as abelhas pensativo, buscando uma forma de passaram pelos grandes insetos doces sem serem pegos, as vezes que invadiu o castelo, as abelhas não estavam em Seu caminho. Seu olhar caiu sobre a flor em que estavam escondidos, algumas pétalas da flor amarela estavam caídas sobre o solo amarronzado, e logo a mente do menor clareou.

― Acho que eu tive uma ideia... ― sorriu sugestivo e o demônio arqueou uma das sobrancelhas em sua direção, desconfiado.

                           °°°·.°·..·°¯°·._.·

― Nem pensar!

― Jinnie, vai ser rápido! É só pra passarmos em segurança por elas.

― E o que eu vou ganhar em troca?

― Bom... se você usar direitinho, eu faço qualquer coisa que você quiser, combinado? ― sorriu ao ver o demônio concordar com a cabeça.

Jeongin construiu uma espécie de coroa com as pétalas caídas das flores, imitando as próprias flores, assim enganando as abelhas e passando despercebidos pelos grandes insetos. Um ótimo plano!

Mesmo que Hyunjin odiasse a ideia de usar uma coroa de flor ele concordou com o menor, afinal de contas, ele saiu no lucro, certo? O baixinho faria o que ele queria, com certeza ele ja sabe o que quer.

― Qual é o plano? ― perguntou enquanto o menor ajeitava a "coroa" de pétalas em sua cabeça, com cuidado para não machucar os chifres do demônio, mesmo que isso fosse impossível.

― Nós vamos colocar essas pétalas na cabeça, e passar pelas abelhas, elas vão achar que somos flores que ainda vão crescer e ficar gigantes! ― o menor ajeitou sua pequena coroa na cabeça e se pôs de pé. ― vamos!

Por extinto de proteção, Hyunjin segurou uma das mãos do menor enquanto davam passos lentos entre as grandes flores e abelhas gigantes. Algumas das abelhas soltavam zumbidos curtos entre si e mexiam as antenas em diferentes direções, como se estivessem conversando, algumas voavam de uma flor para a outra, causando uma certa rajada de vento em direção ao chão, fazendo com que Jeongin e Hyunjin segurassem fortemente a coroa no alto das cabeças, para que não voassem.

Uma abelha notou um certo movimento no chão vindo daquelas pequenas flores que caminhavam, o inseto rapidamente pousou no chão assustando ambos, que congelaram no mesmo instante.

Jeongin encarou o demônio assustado e com medo de que fossem descobertos, Hyunjin levou o dedo indicador até os lábios com um sinal para que o menor ficasse em silêncio absoluto e para que não mexesse um músculo, assim, Jeongin acenou com a cabeça concordando.

A abelha passou levemente as antenas pelas pétalas para confirmar se era realmente flores, e quando obteve sua resposta, ela abriu suas asas novamente voltando para sua flor que se alimentava antes, para o inseto, aquelas pequenas flores eram apenas brotos que ainda demorariam para crescer.

Hyunjin passou o braço pela cintura do menor e o apertou em seus braços caminhando para longe daquele zumbido irritante.

― Acho que ja estamos seguros aqui ― falou após chegarem em uma floresta de árvores semelhantes a pinheiros, porém eram feitos de caramelo. ― você está bem?

― Estou... mas confesso que fiquei com um pouco de medo ― riu fraco retirando a coroa de pétalas da cabeça e colocando em um canto perto de um arbusto com balinhas de mel penduradas nas folhas. ― vamos deixar as coroas aqui pra quando formos embora.

Hyunjin assentiu copiando o gesto do menor e deixando sua coroa no chão ao lado da outra.

― Por que tem essas abelhas aqui? ― questionou voltando a andar ao lado do menor entre os "pinheiros".

― Elas são um mini-boss, você tem que enfrenta-las para conseguir entrar no Castelo Doce, é como se fosse um... minigame! ― explicou simplista.

― O objetivo desse jogo é ganhar as corridas ou chegar no castelo doce, afinal? ― indagou o demônio um pouco confuso.

― Os dois! ― exclamou animado, gostava de explicar a mecânica de seu jogo para o demônio.― Porquê tem fases que você precisa pegar bônus para passar, então você precisa entrar no castelo ― sorriu.

― Você acha que vamos precisar desse tal bônus aí?

― Talvez... não sabemos uma maneira de você ficar aqui permanentemente, mas vamos descobrir! ― sorriu puxando a mão do demônio para que andassem mais rápido.

Hyunjin sorriu e apressou o passo para acompanhar o baixinho, ele era uma fonte de alegria em momentos assim, não sobreviveria sem aquele garoto.

― Andem logo com isso! O Rei quer ve-lo hoje ainda! 

Uma voz estranha soou vinda de longe e parecia de aproximar, Jeongin e Hyunjin trocalham olhares e correram cautelosamente até as vozes que brigavam entre si. Após estarem perto o suficiente e se esconderem atrás de um arbusto que era relativamente grande, se chocaram com a cena que viram.

Enroladinhos de chocolate empurravam um personagem até então desconhecido para o demônio e o bug. Ele estava acorrentado nas mãos e nos pés, e julgando sua postura, ele não parecia estar em total comando de seu corpo,parecia exausto.

― Quem é ele? ― perguntou o demônio baixinho, apenas para Jeongin ouvir.

― Eu não sei... não parece ser daqui... ― respondeu o menor tentanto ver o rosto do aparentemente, soldado, julgando pela vestimenta e acessórios, mas não conseguia, pois eles estavam de costas.

― Ainda tenho minhas dúvidas se ele é realmente o demônio que o Rei disse, se fosse ele, não estaria tão fraco.― a rosquinha deduziu para olhando para o soldado sendo segurado pelos outros policiais. Minho estava abatido e mal conseguia se manter em pé.

― Não é possível que você esteja acreditando nesse teatrinho? ― o enroladinho ajeitou seu distintivo e mirou no soldado. ― os demônios são perversos! Fazem de tudo para te manipular.

Logo eles voltaram a andar sumindo do campo de visão dos dois que estavam escondidos, indo em direção ao castelo doce.

― Ei! Eu não sou assim! ― Jeongin escutou o maior resmungar atrás de si, acabou por rir baixinho se virando de frente para o mesmo.

― Eles não sabem o que falam, você é um docinho, Jinnie ― o menor ficou nas pontas dos pés e deixou um selar rápido nos lábios gordinhos do demônio.

― Eu sou um docinho. ― repetiu as palavras do menor como se tentasse se convencer daquilo, e pareceu funcionar ao devolver o sorriso para o baixinho a sua frente.

E como num passe de mágica, Hyunjin se sentiu estranho, a alegria que outrora sentia se dissipou dando lugar para uma sensação fria e tensa. Sentir aquela sensação, seria bom para o demônio, afinal, Hyunjin estava sentindo uma áurea pesada muito familiar. A densidade pareceu pedrificar seus pés no chão para que não se movesse, as emoções que antes sentia, sumiram momentaneamente, o transformando no Hwang neutro e inexpressivo de antes. Seu peito e seu coração voltaram a ficar frios e sem vida.

O demônio se sentiu aflito e sem amparo, queria sentir, queria olhar para Jeongin e sentir a vontade de sorrir que sempre sentia quando o olhava, queria sentir aqueles insetos voando em seu estômago quando estava na presença do menor, mas nada acontecia, seu interior parecia oco e morto.

Hyunjin olhou tudo o que estava em seu campo de visão, ja que não conseguia movimentar sua cabeça, à procura do dono daquela áurea pesada.

Não, não podia ser ele.

O quê raios Jisung estaria fazendo aqui? Nesse jogo?

Mas se essa densidade não vinha do fantasma, de quem mais seria? Quem mais teria essa áurea tão familiar?

― Jinnie?

Num "clique" Hyunjin voltou ao seu estado normal piscando algumas vezes, até sua visão focar completamente em Jeongin, e então seu coração voltou a bater em um ritmo rápido e de uma maneira que aquecesse seu peito, fazendo todas as emoções voltarem.

― Jeongin e-eu... ― o maior se aproximou do menor e encarando seus olhos.

― O que aconteceu? ― o menor perguntou preocupado vendo o semblante de Hyunjin, era uma mistura de confusão e... medo.

― E-eu fiquei vazio por um tempo... ― o demônio sentiu um incômodo em sua garganta. ― eu não senti nada durante esse tempo... eu...

― Jinnie... ― o menor tocou o rosto alheio e sentiu o calor que somente Hyunjin conseguia transmitir.

― Eu fiquei com medo de não sentir mais o que eu sinto por você... e-eu ― O demônio sentiu a extrema necessidade de abraçar o menor, e assim fez, rapidamente rodeou o corpo a sua frente e o apertou com toda sua força, escondendo o rosto em seu pescoço.

― Fica calmo Jinnie... ja passou, hum? ― apesar de não entender muito bem o que estava acontecendo, retribuiu o abraço o mais forte de pôde e passou a fazer carícias nos fios longos e escuros do demônio.

Após alguns segundos, Jeongin sentiu algo molhado tocar a pele de seu pescoço. Eram lágrimas. E um solavanco vir do maior que ainda estava enterrado em seu pescoço.

Hyunjin estava chorando.

O menor ficou tenso mas tentou não transparecer, e logo começou a murmurar uma música baixinho, a qual já escutou algumas vezes vinda do castelo doce.

Enquanto murmurava a música da maneira mais calma e suave possível, continuou as carícias, intercalando entre o couro cabeludo e a nuca, queria que o maior relaxasse da melhor maneira possível, e pareceu funcionar ao sentir os músculos do demônio relaxarem com o tempo.

― O que é isso saindo dos meus olhos? ― Hyunjin questionou deixando o pescoço do menor, devagar.

Jeongin pôde notar os olhos levemente vermelhos e o rosto ainda molhado pelo recente choro, e alguns soluços saiam sem permissão da garganta o maior.

― Você estava triste, Jinnie ― o menor levou as mãos até a bochecha alheia e acareciou com o polegar. ― isso são lágrimas, é normal você chorar quando está triste.

― Igual aquela vez que você chorou na caverna? ― seu timbre era calmo e baixo, mesmo que sua voz estivesse embargada. Seus olhos estavam fixos em seu baixinho.

― Igualzinho. ― concordou com a cabeça. ― você nunca fez isso antes, não é? ― Hyunjin negou com a cabeça e Jeongin sorriu ― pra tudo tem uma primeira vez, eu tô aqui com você, tudo bem?

Hyunjin voltou a abraçar o menor, desta vez apoiando seu queixo no topo da cabeça de Jeongin.

― Obrigado... ― sussurrou deixando um beijinho entre os fios escuros e cheios de confete do menor.

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Jisung sentia suas pernas formigarem e sentia que a qualquer momento iria de encontro ao chão. Sair de seu jogo o deixava limitado em alguns momentos e isso era irritante. Se pudesse voar ou usar seu teletransporte, ja teria resgatado Minho e ambos ja teriam matado a minhoca alienígena.

Droga! Tantos problemas em tão pouco tempo.

Jisung caminhava lentamente apoiando -se em algumas árvores e pedras que via pela frente, estava ofegante, mas não era o ofegante bom que ficava após trocar beijos com Minho, era um ofegante ruim que seu peito doía quando respirava.

Sentiu uma forte pressão se fez em seu peito e um peso enorme nas costas, sem forças para aguentar, Jisung sentiu suas pernas cederem e seu corpo ir de encontro ao chão, completamente rendido a fadiga.

Uma densidade tomou conta do ambiente o deixando surdo por um momento, como se estivesse mergulhado dentro de um mar profundo e vazio, não sentia suas pernas e nem braços, estava tudo pesado demais. Não precisou pensar muito para saber que aquilo era uma áurea pesada, a áurea de Hyunjin.

Podia estar exausto, sonolento ou quase morto, mas Jisung tinha a absoluta certeza de que Hwang estava por perto, aquilo o tranquilizou, seu amigo estava por ali, só precisava encontrá-lo.

Logo a densidade se desfez, fazendo com que o clima voltasse ao normal e a surdez agonizante ia embora aos poucos, Jisung sentiu seus movimentos voltarem e a fadiga que sentia se minimizar ao ponto de conseguir se levantar do chão duro.

Jisung apoiou as mãos sobre os joelhos, respirando fundo algumas vezes com os olhos fechados, passou por um momento difícil em poucos minutos.

Entretanto, um zumbido fez com que abrisse as pálpebras rapidamente e erguer seu corpo.

zi... zi... zi...

Era um zumbido alto e incomodava bastante seus ouvidos, mas ao mesmo tempo eram curtos, como pequenas sílabas. Jisung achou que fosse sintomas da densidade que sentiu a poucos minutos atrás, mas ao coçar os ouvidos ele escutou mais um "Zi" vindo de trás de si.

Jisung girou seu calcanhares lentamente para trás, e seus olhos dobraram de tamanho ao descobrir a origem dos zumbidos irritantes.

Sua espinha enrijeceu, suas pernas tremeram, e suas mãos começaram a suar frio, o desespero surgia rapidamente em seu peito.

Ao encarar a enorme abelha a sua frente, Jisung engoliu em seco, sentia como se fossem pedras afiadas descendo garganta a baixo, o inseto era gordinho e tinha antenas enormes assim como suas asas e patas.

― hãm... zi zi? ― foi tudo o que conseguiu dizer antes de ser capturado pelo inseto.― E-EI! O que você ta fazendo!?

A abelha gigante rodeou o corpo do fantasma com suas patas gordinhas e peludas, abrindo voou em seguida, se distanciando do chão em poucos segundos.

― ME SOLTA SEU INSETO ESTÚPIDO! EU NÃO VOU SER SUA JANTA HOJE!!

Jisung gritava enquanto se debatia entre as patas peludinhas, mas nada acontecia, o inseto gigante pareceu não se importar com a agitação abaixo dele e continuou a voar, batendo suas enormes asas.

Ao olhar para baixo sentiu um gélido em seu estômago, estavam muito alto e era quase impossível ver o chão la embaixo, apesar de voar por ai, Jisung ainda sentia um pouco de medo em alturas como aquela em que se encontrava.

― Pensando bem... não me solta não, me deixa aqui ― murmurou se agarrou nas patas do inseto e se encolheu entre as mesmas, esperando que a abelha voltasse para a terra firme.

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Jisung não percebeu quando adormeceu, mas as patinhas peludas daquele inseto eram estranhamente confortáveis e quentinhas, e como seu corpo estava cansado e dolorido, viu a oportunidade perfeita para tirar um cochilo até que abelha o soltasse.

Um barulho alto incomodou seus tímpanos, seus olhos abriram devagar e logo em seguida, arregalaram. A abelha estava entrando dentro de uma colméia onde haviam várias outras abelhas juntas, de diferentes tamanhos.

― A-agora ja pode me soltar!! ME SOLTA!!

Jisung se desesperava ao notar que o inseto listrado se aproximava do chão amarelado da colméia. Era forte o cheiro doce do mel fresco que escorria nas paredes da casa das abelhas, era forte mas não enjoativo, era bom até de se sentir, o cheiro se misturava com o de caramelo que vinha das flores espalhadas pela colméia, como se estivesse enfeitando o local.

Jisung sentiu seu corpo ser colocado com delicadeza no chão, no centro de toda a colméia, ele era a atração principal das abelhas que se encontravam ali, algumas menores que as outras, e algumas mais agitadas soltando uns "Zi's" enquanto encarava o fantasma ainda sentado no chão atônito à tudo.

A abelha que o trouxe até a colméia se distanciou se juntando junto das demais, que pereciam esperar ansiosamente por algo.

O fantasma estava confuso e perdido, as abelhas não iriam o devorar ou ferruar até a última parte de seu corpo? O local era grande e bem iluminado, por conta da abertura no alto da colméia que dava passagem para os raios de sol entrar. Não havia outra entrada além da daquela, não conseguia voar, como iria embora daquele lugar e ir atrás de Minho?

Subitamente as abelhas se calaram e tudo ficou em silêncio absoluto, nem mesmo o som das patinhas podiam ser escutadas. Jisung ficou em alerta e rapidamente se levantou pronto para o que viesse a seguir, mas ele não esperava o que aconteceu, nem um pouco...

Ao recuar alguns passos, Jisung sentiu suas costas encostarem em algo peludo, macio e quente, o fantasma engoliu em seco e se virou devagar se surpreendendo em seguida.

Era a abelha rainha, reconheceu ser por conta do inseto ser maior e mais gordinho nas partes traseiras e a pequena coroa dourada localizada entre as antenas enormes. A rainha o encarava curiosa mexendo suas antenas para descobrir que tipo de criaturinha era aquela. Se Jisung se sentia pequeno perto de Minho, ele se sentia um pequeno broto de uma pequena flor.

As antenas grandes encostaram minimamente em si, seu corpo estava paralisado, tinha medo de fazer um movimento brusco e atiçar os insetos que ainda estavam em silêncio encarando a cena.

A abelha foi se aproximando aos poucos até que ficasse à milímetros do rosto do fantasma, Jisung fechou os olhos com força esperando que a abelha o devorasse e deixasse seus restos para as abelhas menores.

Mas se surpreendeu ao sentir ao sentir o toque peludo e macio em sua testa, rapidamente abriu os olhos vendo que a rainha encostava a testa contra a sua.

― Bem-vindo à Colméia Doce. 

Jisung se assutou ao escutar uma voz em sua mente, era uma voz feminina, doce como o mel que escorria das paredes, era a rainha se comunicando com o fantasma.

― V-você... você entende? ― Jisung questionou totalmente atônito.

― Sim, todos nós te entendemos. ― a abelha se distanciou para olhasse melhor o fantasma. ― basta nos tocar.

Jisung levantou sua mão direita para que tocasse o nariz pequeno e fofinho da rainha, para que continuassem a conversa.

― P-por que me trouxe até aqui?

― Um dos meus filhos me disse que te observava de longe e viu que passava por dificuldades. Gostaria de lhe ajudar, não somos tão ruins quanto imagina.― a rainha explicou calmamente, a voz era tão doce e Jisung sentiu seus músculos diminuírem a tensão.

Jisung ponderou e logo mordeus os lábios, em seguida pediu o que mais queria naquele momento, que somente aqueles insetos pussem o ajudar.

― Eu preciso que me ajude a chegar no Rei Doce...