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História Past Lives - Chapter 23


Escrita por: MafeSweet

Notas do Autor


HEEEEEY BABYSS!!!!
Dessa vez me superei legal, quatro meses sem postar... Jesus, me perdoem, mas acontece que as provas me pegaram de jeito, somado a mais mil problemas e blá blá blá, enfimmmm, vamos lá babys...

Capítulo 28 - Chapter 23


Fanfic / Fanfiction Past Lives - Chapter 23

POV Jeon JungKook:

 

 

 

Sou um completo idiota. E ainda por cima tarado. Desde que nos beijamos pela primeira vez, tive a plena certeza que os lábios do moreno se encaixam perfeitamente aos meus, me faz sentir completo e fala sério, ele beija muito bem. Mas escondidos naquela sala, com a adrenalina correndo em minhas veias, e a quentura de seu corpo grudado ao meu... fiquei excitado. E esse pequeno fato me envergonhou ao ponto de sair correndo da sala e me trancar no banheiro, não tive a coragem de me aliviar adequadamente, apenas esperei o tempo necessário para que eu me acalmasse e sai dali. Jesus, eu sou um completo idiota por deixa-lo sem entender nada, com aquela carinha amassada, lábios cheinhos e avermelhados e cabelo bagunçado, o próprio pecado. Ficar excitado nessas ocasiões é normal, não é? Quando eu me envolvia com garotas, antes da minha vida virar uma bagunça, era normal, mas eu não corria feito um trouxa para longe da pessoa. Enfim, agora ele me acha um louco.

 

O fato do meu coração palpitar por Park, minha boca ficar seca e eu sentir as famosas borboletas no estômago, deixam-me confuso e com medo. Confuso por me sentir atraído, excitado, duro, por um homem. Com medo por me sentir tão vulnerável aos braços e carícias do moreno. Nunca me senti assim, tão solto ao meu desejo, tão sedento e propício as loucuras do prazer. Talvez ele seja o precipício e eu queira me jogar de corpo e alma. A paixão é assim, falam – nos livros, pesquisas e afins – o quanto é perigoso se apaixonar, ficamos bobos, impulsivos e capazes de tudo que antes não éramos. Eu era assim antes, um jovem normal com suas doidices habituais, mudei e me tornei friamente uma pessoa sem impulsos e calculista. Só o que faltava era agora ser capaz de tudo por causa dele, maldito moreno de boca macia.

 

Assim que cheguei em casa, dei de cara com Yoongi que estava sentado na minha cama, com os braços cruzados e uma expressão nada contente.

 

– Não ia me contar? – Perguntou e eu tranquei a porta e voltei a ele.

 

– Eu ia, mas estava com medo, é tudo tão novo para mim... – Cocei a nuca nervoso e ele veio até mim e bagunçou meus fios negros.

 

– Tudo bem, não estou bravo, mas pode contar comigo sempre, saiba disso. – Sorriu de canto em um suspiro. – Mas por que você chegou em casa desse jeito? Pensei que fosse aproveitar mais... – Seu sorriso se tornou malicioso e eu corei até o último fio de cabelo. Por que meu primo não podia ser mais reservado?

 

– É que... – Mordi o lábio envergonhado, mas o olhar calmo e acolhedor do menor a minha frente me fez soltar as tais palavrinhas presas na minha garganta. – Estávamos nos beijando e de repente ele estava em cima de mim e eu dele... ficou tudo muito estranho, quente, e eu corri. – Falei rápido e a boca do meu primo estava literalmente aberta em uma indignação aguda.

 

– Vocês realmente estavam aproveitando pelo jeito. – Suspirou em um riso, sentando-se ao meu lado na cama. – Sabe, é normal quando se tá na pegação se sentir excitado, duro, sei lá qual palavra você quer usar. – Falou sem escrúpulos. – E também sei que para você é novo esse universo da agarração homossexual, então vou te dar a dica que me ajudou quando eu era um simples novato no mundo sexual: veja pornô. – Disse simplista e eu outra vez corei e engoli em seco.

 

Pornô? Essa palavra ecoou em minha cabeça. Realmente é normal ver pornô na minha idade, e eu já vi, mas na época eu era um adolescente que pensava gostar de mulheres, hoje em dia o corpo feminino não me desperta qualquer desejo. Seria tão inadequado me sentir sujo ao cogitar a ideia de abrir o computador e entrar em algum desses muitos sites com pornografia? Porque estou me sentindo quase um criminoso ao pensar nisso.

 

– Não pense muito, apenas veja e tire suas dúvidas, se eu fosse gay até te diria como é, mas meu negócio são as beldades femininas. Vou te deixar sozinho agora, até mais priminho. – Falou com um ar malicioso, logo me deixando só em meu quarto.

 

Park Jimin entrou em minha vida do nada, com seu jeito mesquinho, divertido e tão leve de ser. Bagunçou tudo que eu achava ser certo, me desconcertou drasticamente com suas palavras, ações e aquele sorriso que o fazia fechar os olhos, o deixava tão sereno quanto um próprio ser celestial. Ele foi meu amigo nos momentos difíceis, me defendeu, me acolheu em seus braços e me embriagou com seu perfume viciante. Quando dei por mim, estava caído pelos encantos de um certo moreno de jeito charmoso, apaixonado, completamente apaixonado. Quem me dera fosse apenas um sentimento, quem me dera ser inocente ao ponto de não desejar mais do corpo alheio. Fala sério, sou humano, e mesmo depois de anos sem o contato próximo de outro corpo, agora sinto-me desejando os pecados do prazer. Eu... o desejo. Desejo seu corpo, desejo sentir seu coração próximo de mim, desejo seus lábios nos meus, desejo tudo e mais um pouco. O que você fez comigo Park?  

 

Um, dois, três... caralho. Não costumo xingar, mas essa ocasião pede um palavrão decente. Pego o notebook na escrivaninha e o abro, deixando meus dedos escreverem antes que meus olhos pudessem ver e raciocinar o quanto aquilo era ultrajante, de repente minha visão focava as imagens explicitas do site indecente. Minhas mãos chegavam a tremer e meus olhos simplesmente passavam por cada imagem de vídeo, a maioria de conteúdo hétero. Era normal em minha idade procurar por tal coisa, na verdade, quando mais novo era normal, hoje em dia os adolescentes estão mais afim de fazer invés de assistir. Não os culpo, estou nessa posição no momento.

 

Categoria: gay

 

Selecionei a categoria desejada e no outro momento me arrependi assim que vi as várias abas que apareceram com dois ou mais homens em momentos íntimos. Desde quando me tornei um virgem de filme americano? Respirei fundo e assim que vi um vídeo, com dois atores asiáticos, cabelos pretos e corpos parecidos com os nossos, cliquei sem nem pestanejar e vidrei os olhos assim que tudo começou. Se fosse errado, dane-se, eu preciso pelo menos ver aquilo que meu corpo tanto desejava ter. A cena a seguir foi um tanto... peculiar ao meu ver.

 

O vídeo começou com um dos homens – mais alto e de abdômen levemente musculoso – sorrindo para outro que já se encontrava na cama, esse já tinha o abdômen mais definido e parecia menor, com um sorriso malicioso na face terna. Posicionei o notebook em minha cama e coloquei os fones de ouvidos. O mais alto engatinhou sobre a cama, ele ainda tinha as calças jeans no corpo, enquanto o mais baixo estava apenas de boxer preta, estimulando o próprio pênis sobre o tecido fino daquela peça, enquanto mordia o lábio olhando o outro indo até si. Arfei com apenas essa ação sensual de ambos. De repente tudo se tornou mais quente, o menor enlaçou os dedos no cabelo do outro, o puxando pela cintura com a mão livre e grudando seus lábios em um beijo feroz, intenso e completamente excitante ao meu ver. Engoli em seco ao me sentir quente, fervendo em certas regiões.

 

Não parou por aí e nem deveria. O mais alto foi para o colo do outro, as mãos do menor iam para sua cintura e nádegas, as apertando de uma maneira que parecia deliciosa. O beijo estalado ecoava em meus fones, mordi o lábio. O de cabelos morenos que estava na cama desde o início, posicionou a mão na cama e se pôs por cima do outro, roçando-se. Senti uma fisgada em meu baixo ventre ao lembrar das cenas de mais cedo e no que tudo poderia ter virado se eu tivesse continuado e deixado os hormônios me guiarem.

 

O menor desceu a boca para o tronco do maior, deixando beijos, chupões e sorrisos luxuriosos. Chegando na borda da calça, ela foi tirada com uma agilidade incrível, sendo jogada em algum canto daquele quarto pouco iluminado. Agora os beijos eram depositados nas coxas torneados do mais alto, que apenas observava o trabalho do outro, com um pequeno sorriso no rosto, um tanto pervertido. A única peça que o atrapalhava era a boxer, que no momento que seria tirada, ofeguei e levei a mão por cima de minha região intima, ainda com o tecido grosso da calça jeans. Com a outra mão livre fechei a tela do notebook e retirei os fones. Aquilo era loucura, eu não podia estar realmente cogitando a ideia de me excitar com aquilo, de fazer aquilo... mas eu já estava excitado de qualquer maneira.

 

– Só posso ter enlouquecido. – Passei a mão pela franja que caia sobre minha testa enquanto falava para mim mesmo. – Se vou enlouquecer, que seja perto de quem está me causando isso. – Peguei o casaco em cima da cadeira, o celular e até mesmo os fones, saindo do quarto e logo da casa. Eu precisava ver Park, nem que fosse para xinga-lo e acusa-lo de ser irresistivelmente gostoso e beijar tão bem que faz minha mente se tornar maliciosa por si só. Maldito seja Park Jimin e toda sua sensualidade transbordante.

 

Em meu celular tocava uma música aleatória que impedia minha cabeça de pensar mais, de inventar mil coisas e ilusões sem sentido. O céu acima parecia comigo, conturbado, cinza, as nuvens brancas pareciam carregadas e agora estavam escuras, a qualquer momento iria chover, precisei apressar o passo enquanto alguns perto de mim corriam por medo de se molharem em uma provável tempestade. Ao me deparar com a grande casa de Park, respirei fundo e até engoli em seco, ainda com uma música nos ouvidos toquei a campainha.

 

Uma voz masculina perguntou meu nome, o que eu era de Park e outras coisas antes de enfim deixar-me entrar. O gramado verde permanecia o mesmo, a fonte quase transbordava água e as flores pareciam mais coloridas, com um cheiro adocicada trazido pelo vento. Bati na porta, retirando os fones e esperando que alguém a abrisse. Maldito desejo. Assim que a porta fora aberta, dei de cara com Park, não um moreno habitual da escola, mas um garoto de cabelos negros bagunçados, de calça de moletom preta e sem camisa, deixando o peitoral definido exposto e um JungKook babando internamente, para ser sincero, fiquei perdido em desejos luxuriosos com aquele corpo. Fala sério, eu precisava de uma única coisa naquele momento: Park. E ele estava ali, com aquela carinha amassada e os lábios avermelhados e chamativos.

 

– Kookie? – Arqueou a sobrancelha e eu engoli em seco me recompondo. – O que faz aqui? – Questionou passando a mão pelos fios escuros e eu simplesmente adentei sua casa, fechando a porta com o pé e o puxando pelas escadas.

 

Claro que Park me questionava o porque daquele ato tão repentino, mas eu nem pensava mais, pelo menos não normalmente como habitualmente. Minha cabeça estava a mil, por incrível que parece apenas uma coisa a rondava e era Park, seu corpo, seu toque, seu beijo... seu tudo. Assim que cheguei na porta de seu quarto, a abri sem pestanejar. E não, não foi nada romântico, excitante ou qualquer coisa que eu imaginei. Por que? Porque Hyuna, a loira problemática, estava na cama do cara que eu era apaixonado, de camisola vermelha e olhos maliciosos. Fiquei sem estruturas, mas nada saia da minha boca, meu choque era tanto que simplesmente parei e encarei os dois a minha frente. Park falava coisas sem parar, tentava explicar a situação que para mim já estava explicada até demais. Fui trouxa, corno e ainda sai chorando daquele quarto que cheirava a sexo.

 

– JUNGKOOK! – O moreno gritou descendo as escadas atrás de mim, porém fui mais rápido ao bater à porta em sua cara e correr pelo grandioso jardim e sair pelos portões que logo se fecharam.

 

A ciência devia cotar um número de vezes que um coração poderia ser partido, já não bastava aquele mês longe dele, o vendo com a loira atrevida que pareceu adorar a cena presenciada minutos atrás. Tenho que aceitar o fato que somos muito diferentes, ele pode até ser parecido comigo, mas no fundo é muito mais com Hyuna. Acreditar nele, em uma situação daquelas era a coisa mais difícil que eu poderia fazer. Eu o amo, sou louco, apaixonado e incrivelmente bobo por ele, mas nada disso significa que irei me deixar levar por suas palavras persuasivas. E pensar que eu estava pronto para me entregar a ele... ainda bem que aquela piranha estava em sua cama, me mostrando o verdadeiro Park Jimin.

 

O mais baixo insistiu em correr atrás de mim, ainda bem que tenho pernas maiores e consegui o despistar. Mas a vida é uma vadia, pregadora de peças, infeliz e bem quando olhei para trás – eu só queria ver se ele ainda estava ali –, senti algo indo contra meu corpo, antes de sentir o baque do chão pude enxergar Park correr até mim com uma expressão assustada.

 

– JEON!

 

Em outro segundo eu não via mais nada.

 

 

(...)

 

 

Dizem que hospitais são o significado da loucura, pelas paredes brancas infinitas, o cheiro de limpeza irritante e pessoas que parecem não se importar com a sua vida da forma que deveriam. Mas quando você está em uma situação de abalo, com fios ligados a você, soro a veia e aquela camisola azul ridícula, o mais louco parece ser você. Sabe, há um período antes de acordar, que você está entre um sonho e a realidade, tudo se mescla e era assim que eu estava. Eu via cenas daqueles sonhos épicos, imagens sorridentes de um JungKook que realmente desconheço e risadas contagiantes de um Park leve e sereno. Em sonhos esquecemos quem somos, e por um curto prazo me permiti admirar aquela leveza que ambos transmitiam ao mundo.

 

Até que abri os olhos.

 

Em alguns segundos me lembrei de tudo, toda a parte da tormenta e angustia que preencheu meu peito tão rápido quando um raio. Respirei fundo e olhei ao redor vagamente, na poltrona surrada estava sentado Yoongi que dormia pesadamente e eu me perguntava que horas eram, uma confusão passava pela minha mente. As cortinas brancas balançavam com o vento frio e eu me encolhi sentindo uma pontada de dor na cabeça, massageei as têmporas e torci para que passasse. Nunca lidei muito bem com enxaquecas e dores em geral.

 

Uma sensação estranha ocupava meu coração, um aperto angustiante e uma vontade de chorar. Talvez fosse por Park, por suas palavras cheias de mentiras e seus gestos que me iludiram. Ele disse que não voltaria para Hyuna, que tudo passava de um acordo de negócios, que me amava, que era louco por mim... onde foram parar essas promessas de amor eterno? No fundo do poço pelo jeito. Eu o odeio, e me odeio por ainda o amar mesmo sabendo de toda a falsidade. Ela estava em seu quarto, no mesmo dia que eu planejava me entregar de corpo e alma.

 

A paixão é curiosa, ela invade nossa alma, rouba nossos corações e se lastra por toda a parte. Nos consome, queima, incendeia. Nos faz de louco, nos deixa louco, faz de nos seres irracionais que só pensam em coisas românticos, no desejo, na boca da outra pessoa... tudo é demais, tudo se intensifica absurdamente e uma pequena coisa parece ser a maior de todas. Pode ser passageira ou duradoura, nunca se sabe essas coisas no final das contas, porém uma coisa eu sei, me apaixonei por Park no instante que coloquei meus olhos nele. Sim, foi naquela sala de aula, me apaixonei pelo mistério de suas orbes claras, e mesmo que eu tentasse dizer o contrário, já estava encantado pelo adolescente rebelde, quer dizer, nem tanto. Tanto faz, agora é tarde demais, ele já ferrou tudo, e eu cansei de ser idiota por ele, de esperar ele, Park não merece um por cento do que sinto.

 

– JUNGKOOK! – Yoongi berra sorridente vindo até mim e se jogando em cima do leito. Confesso que não entendi tal reação exasperada.

 

– Ei, ei, que desespero é esse?! – Ri fraco e pude ver lágrimas saindo de seus olhos. Sim, o garoto esverdeado chorava e balbuciava coisas do tipo ‘’eu te amo’’, ‘’eu vou te matar se fizer isso de novo’’ e ‘’quanto tempo’’.

 

– Primo que saudade. – Me abraçava e um ponto de interrogação se formou em minha cabeça.

 

– Quantas horas eu fiquei aqui? A tia deve estar preocup...

 

– Jeon. – Disse sério e eu parei de falar na hora o olhando. – Você está aqui há seis meses.

 

 

 

Continua...


Notas Finais


Capítulo menor, porém de grande impacto :)
Me contem o que acharam e a gente se vê :3
Até mais!! <33


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