História Path Of No Return - Justin kissed me

Olhei para o rosto de Justin, observando cada movimento do mesmo enquanto ele gargalhava com uma coisa que naquele momento eu não estava assim tão interessada.

Passaram-se apenas três semanas, e aqui estou eu, criando fortes sentimentos por um garoto que eu conheço à pouco tempo.

Eu não sei, mas há alguma coisa nele, no Justin, que me atrai tanto, mas tanto, que me faz perder a noção do tempo e de tudo. Há alguma coisa, que faz que quando estou perto dele, me faz esquecer o mundo ao meu redor e só ter olhos para ele.

– O quê foi? Tem alguma coisa errada no meu rosto? – ele perguntou, tirando-me dos meus próprios pensamentos.

– O quê? Não! Não tem nada de errado com o seu rosto – ri.

– Então, o quê tanto olha? – ele sorriu de lado.

– Oh, nada de mais, apenas apreciando a vista – arqueei a sobrancelha, em tom de brincadeira.

Nós andamos mais um pouco pelo parque, vendo os casais andando e se divertindo, as crianças brincando. Justin e eu estávamos de mãos dadas, e eu não havia percebido o momento em que isso aconteceu. Talvez enquanto eu olhava atenciosamente seu rosto, escutando sua risada contagiante. Não sei... Mas a sensação de tê-lo segurando a minha mão era tão boa que eu não queria que ele me soltasse nunca.

Quando dei por mim, nós estávamos em um lugar mais reservado do parque. Só estavam ali alguns casais. Sorri ao sentir Justin puxar-me para mais perto dele e abraçar minha cintura de lado. Coloquei uma mecha do meu cabelo atrás da orelha e continuei a andar mais um pouco com ele.

– Quero te levar ao cinema amanhã – Justin disse, estacionando em frente a minha casa.

– Tudo bem. Nós vamos ao cinema amanhã – sorri de lado. – Já sabe o que vamos assistir? – perguntei, meio curiosa.

– Sei – ele disse e saiu do carro, deu a volta e abriu a porta para mim.

– O quê? – perguntei ao sair do carro.

Justin pegou delicadamente minha mão e me puxou até o capô do carro, me encostando no mesmo. Ele apoiou as mãos no capô, rodeando o meu corpo com seus braços musculosos. Justin mantinha uma sobrancelha arqueada, com um sorriso maroto no canto dos lábios, seus olhos cor de mel percorriam o meu rosto e parou em minha boca. Não pude me conter em fazer o mesmo.

– "A culpa é das estrelas" – disse em um sussurro e eu pude sentir o delicioso cheiro de seu hálito.

Assenti, meio entorpecida pelo cheiro bom que saia de sua boca e do seu perfume, que agora eu pudera sentir melhor.

Justin pegou meu braços que apoiavam meu peso no capô do carro e os colocou em volta de seu pescoço, segurando minha cintura com seus braços. Por alguns segundos, ele tirou uma de suas mãos da minha cintura e acariciou minha bochecha, depois colocou em minha cintura novamente. Em questão de segundos, ele aproximou-se mais de mim. O espaço que havia entre nós já não era mais existente. Justin roçou seus lábios nos meus, contornando-os com sua língua. Eu apenas fechei meus olhos, prestes a sentir o momento que eu estava esperando há um pouco mais de três semanas.

Ele escorregou sua língua preguiçosamente para dentro de minha boca e eu, sem hesitar, entrelacei a minha língua com a dele. Ele explorava cada mísero centímetro da minha boca e eu não deixei de fazer o mesmo. O gosto de menta em sua boca era perceptível. O mais incrível era que, sua boca encaixava-se perfeitamente à minha. Seu beijo era o melhor beijo que eu já havia tido em toda a minha vida. Eu simplesmente estava amando aquela sensação e queria que o tempo congelasse naquele segundo, ou que existisse apenas eu e ele no mundo, e mais ninguém. Mas infelizmente, meu momento acabou quando o maldito ar faltou em meus pulmões e tivemos que nos separar para respirar. Ele encostou sua testa a minha e deixou um pequeno selinho em meus lábios.

– Eu tenho que ir – ele disse em um fio de voz, quase que inaudível se eu não estivesse tão perto de sua boca.

– Tudo bem – minha voz saiu rouca, baixa e com tom de decepção.

– Mas nos vemos amanhã, certo? – ele deu-me um outro selinho.

– C-certo – gaguejei, com uma vontade enorme de sair pulando e gritando para o mundo inteiro ouvir o quanto eu estava feliz.

Ele despediu-se de mim com mais um selinho e entrou no carro. Saí da frente do mesmo para que ele pudesse ir embora. Fiquei observando-o até seu carro dobrar a esquina. Corri para dentro de casa e simplesmente gritei como louca. Não havia palavras no mundo que descrevessem o quanto eu estava feliz. Eu estava sozinha em casa, ou seja, eu poderia gritar ainda mais, comemorar como doida que acabara de fugir de um hospício.

– Kath, minha vida! – gritei e fui de encontro a Katherine assim que a vi entrar pela porta.

– Nossa, qual o motivo dessa felicidade toda? Ah, já sei! Deu pra alguém. Acertei? – ela disse rindo.

Revirei os olhos e mandei o dedo do meio para ela.

– Idiota – resmunguei, indo para a cozinha.

– Ei! Desculpa, eu tava brincando com você! – escutei ela falar e caminhar em direção a cozinha.

– Eu sei – disse indiferente e abri a geladeira, pegando um pedaço de pizza que estava ali à não sei quantos dias e esquentei no micro-ondas.

– Agora falando sério, Ang. O quê aconteceu? – Kath perguntou enquanto abria a geladeira e pegava uma lata de coca-cola.

– Justin me beijou – disse com um sorriso no rosto, enrolando meu cabelo em meu dedo ao lembrar do melhor momento da noite anterior.

Katherine arregalou os olhos e começou a tossir, pois quase engasgou-se com o gole de coca que acabara de tomar. Logo que ela recuperou o fôlego, colocou seu mais malicioso sorriso nos lábios e começou a pular e gritar como doida –não muito diferente da minha reação ontem a noite quando entrei em casa.

– Como assim, minha filha?! Por quê não me contou antes?

– Por que você não estava em casa? – respondi, fazendo uma careta.

– Ah, é mesmo – ela torceu o nariz. Ri. – Falando em Justin, quero que você me apresente à ele.

– Tudo bem, vou falar com ele para marcarmos um dia para sairmos, okay?

– Okay – ela deu de ombros e foi pra sala, assistir algum programa aleatório na tevê.

Quando terminei de comer a pizza, subi para o meu quarto e tomei um banho. Vesti uma roupa fresca, por conta do dia que estava bem abafado. Desci novamente e fiquei assistindo com Kath até lembrar-me de uma coisa que eu ainda não tinha falado para ela.

– Kath! Sabe quem eu vi esses dias no shopping?

– Não. Quem? – ela tirou sua atenção da tevê e virou-se para mim.

– Cameron – ela abriu a boca.

– Espera, Cameron? Cameron Dallas? O seu Cameron? – revirei os olhos, esquecendo de como a mente de Kath era fraca e só lembrava de algumas pessoas assim.

– É, Katherine, Cameron Dallas. Que não é meu Cameron – fiz cara de tacho.

– Ai meu Deus! – ela disse pausadamente, pegou o controle e desligou a televisão.

– Ei!

– 'Tá, 'tá, depois eu ligo. Me conta o quê aconteceu depois disso.

– Nada demais. Ele me levou na casa dele – outra vez o sorriso malicioso de Katherine estava em seus lábios – a casa em que estava Carter, Taylor, Nash, os Jack's, Aaron, Matt, Shawn, enfim.

– Para tudo. Espera, pausa aí! Shawn estava lá? E o Matt também?! Cara, eu podia tanto estar com você nesse dia! – ela choramingou.

– A primeira coisa que eles fizeram foi perguntar por você, sabia? – sorri de lado.

– Meu Deus! – ela suspirou, fazendo manha.

– Aquieta garota! Você tem namorado.

– Kyle não é exatamente meu namorado. Não mais. Nós só estamos saindo de novo, para ver se nosso relacionamento tem uma segunda chance.

Fiquei conversando com Katherine até ouvir meu telefone tocar. Corri até onde o mesmo estava e na tela o nome de Justin brilhava.

– Oi! – atendi com um sorriso no rosto.

– Ang, como vai? – ele perguntou com a voz sexy do outro lado.

– Muito bem e você?

– Perfeito – mordi o lábio inferior. – Eu só liguei para avisar que passo aí na sua casa umas cinco horas.

– Okay, estarei pronta.

– Tudo bem. Até mais tarde.

– Até.

– Ual! Você está linda! – Kath disse assim que me viu descer as escadas, completamente arrumada para mais um de meus encontros com Justin.

– Não acha que eu exagerei um pouco? – disse dando uma voltinha, para que ela visse minha roupa completamente(1).

– De jeito nenhum! Está perfeito – ela disse sorrindo.

– Valeu – disse mandando um beijinho para ela. – Tem planos com Kyle hoje?

– Não. Nós íamos para o cinema com algum amigo dele, mas ele cancelou – ela deu ombros, voltando sua atenção para a tevê.

Quando eu abri a minha boca para falar, a campainha tocou. Olhei para o relógio na sala e eram exatamente cinco da tarde. Bati palma e corri para a porta. Assim que abri, dei de cara com um Justin super bem vestido e cheiroso. Perfeito era a palavra que o descrevia perfeitamente bem. Ele trajava uma harem pants preta azulada, uma regata branca e por cima uma jaqueta com as mangas em jeans. E claro, não poderia lhe faltar os famosos Supras nos pés, hoje brancos. Só depois de dois longos minutos observando-o da cabeça aos pés, fui perceber que ele segurava uma caixinha em suas mãos.

– Senti saudades – ele disse baixinho ao me abraçar.

Mordi o lábio inferior, sorrindo boba. Depois de me abraçar, Justin tentou me dar um beijo na bochecha, mas eu virei o rosto e acabou sendo no canto da boca. Ele olhou-me com um sorriso meio malicioso.

– Isso é para você. Comprei especialmente para hoje – ele estendeu a caixinha em suas mãos para mim. Abri e vi um laço de cabelo e um brinco, ambos de "A culpa é das estrelas".

Tirei o brinco que eu usava e coloquei o que estava na caixinha. O mesmo eu fiz com o laço.

– Muito obrigada, Justin, eu amei – sorri de lado.

– Bom, vamos? – ele estendeu o braço e eu o peguei.

– Vamos. Até mais tarde, Kath.

– Até – escutei-a gritar assim que fechei a porta.

Eu simplesmente não estava prestando o mínimo de atenção ao filme. Na verdade, nós não estávamos prestando atenção no filme. Desde que chegamos, a única coisa que Justin tem feito é me beijar.

Sinceramente, acho que o cinema foi apenas uma desculpa esfarrapada de Justin para que pudéssemos ficar. E olha que dias atrás, eu pensava que Justin queria apenas uma boa relação entre amigos. Mas está na cara que eu estava completamente e irredutivelmente errada.

Tinham poucas pessoas na sala que nós estávamos, e só percebemos que o filme havia acabado quando as poucas pessoas dali começaram a sair. Nós nos entreolhamos e começamos a rir. Ele se levantou e pegou a minha mão, puxando-me carinhosamente para fora da sala de cinema.

Depois que saímos, Justin me levou a praça de alimentação e comemos. Depois, ficamos andando pelo shopping até perceber que já estava bem tarde.

– Quer que eu te leve para casa? – Justin perguntou, segurando a minha mão.

– Não, não precisa. Eu quero ficar mais um pouco com você – sorri envergonhada com minhas próprias palavras.

Tudo bem, não sei por que diabos eu estava agindo tão estranhamente educada e tímida perto de Justin, se eu sou o oposto disso. Vai saber, né!