1. Spirit Fanfics >
  2. Pequena curandeira (Marcas de ontem) >
  3. Mágoa

História Pequena curandeira (Marcas de ontem) - Mágoa


Escrita por: Rainha_de_Mirkwood

Notas do Autor


Bora lá, mais um capítulo, aviso que esse aqui tem um hot, mas também adianto que é bem leve nesse sentido...
Não me matem!!!

Capítulo 55 - Mágoa


Nenhum dos dois podia precisar quanto tempo ficaram frente ao lago, embora soubessem ser tempo considerável, era como se houvesse uma quebra temporal vivenciada apenas por eles.

Thranduil sentiu seu coração tão repleto, uma alegria tão grande e transbordante que se assemelhava a euforia, permaneceu um bom tempo apenas a abraçando, trocaram beijos e carícias leves, sentia-se tão bem, tão vivo... Ela estava junto a si mesmo e envolta em sua capa, a pequena dama parecia estar confortável a seu lado.

Luna questionou-se mais de uma vez se estava realmente vivenciando aquilo tudo, o cenário era perfeito, o rei era perfeito e tudo se encaixava tão perfeitamente ao que internamente implorava. Se de alguma maneira aquilo era um sonho seu, gostaria sinceramente de morar ali... Em dado momento algo ocorreu, voltou-se diretamente ao rei.

— Lembrei de algo... – começou – Estou devendo uma sobremesa... Já sei o que fazer!

— Mesmo?! – seu pensamento estava tão focado nela que ficou um tanto surpreso por algo assim, então atentou-se a um fato, ambos não haviam jantado, estavam ali há tempo considerável – Vamos voltar... – levantou-se a trazendo consigo – Que acha de jantarmos essa noite? Eu faço algo novo para você... E você faz a sobremesa.

— Parece ótimo... – a humana conversou um pouco com alce antes que o rei a ajudasse a montar.

‘Está feliz...’ a mensagem passada pelo animal a si mesmo era clara, confirmou para o mesmo que de fato estava feliz.

Não teve pressa na volta, uma das mãos da mortal estava pousada em seu braço esquerdo, algumas vezes aproveitou-se da posição de ambos, o cheiro dela tão presente, uma ou outra vez beijou seu pescoço a fazendo a arrepiar-se e noutras vezes apenas aconchegava-se um pouco mais.

Ao descer o rei ajudou a humana a descer, apesar de estar escuro a pequena dama parecia ainda estar calma a seu lado. Assistiu-a  tocar o pelo de Arman, sua montaria abaixava a cabeça e recebia o afago de forma claramente satisfeita.

‘Ela aparecerá de novo?’os olhos do macho fixos em si mesmo. ‘Sim, não demorará!’ Guiou a pequena dama pelo mesmo corredor de antes, mas passou por uma segunda passagem ativando um interruptor de mármore iluminando o caminho, tinha seus dedos entrelaçados aos dela.

— Todos esses caminhos... – começou a falar – São secretos?

— Sim, são alas exclusivas... – fora ele e Légolas ninguém nunca ali circulava.

— Ah... – viu a conhecida porta pesada de madeira ser aberta, a lareira já se encontrava acesa, a temperatura era agradável.

— O que pretende fazer? – perguntou curioso, amava a geleia de maçã da humana, suspeitava que qualquer coisa doce que ela fizesse seria maravilhosa de se experimentar.

— Pão de mel! – revelou se encaminhando até a pia, começou lavando suas mãos – Conhece?

— Pão de mel... – repetiu as palavras tentando recordar de algo, mas nada veio a sua mente – Não!

— Também vai cozinhar, não é?! – estava curiosa, nunca tinha comido nada preparado pelo soberano.

— Vou, pretendo fazer uma torta cremosa, queijo e cogumelos. – tinha ideia de que a mortal gostava bastante de queijo, essa receita seria diferente, uma adaptação feita especialmente ao paladar da humana. Antes cozinhava apenas para seu filho e para si mesmo, agora tinha mais uma motivação para fazê-lo e empenhar-se-ia em fazer algo especialmente para ela.

— Parece bom, vamos aproveitar o forno então, colocar as duas receitas ao mesmo tempo. - pensou no tempo que ambas levariam - Vou precisar de um pouco de ajuda... – emendou. – A começar pela meleira...

O elfo foi até despensa e tirou de lá a ânfora de mel, compreendeu de imediato a ajuda a que ela se referia, pegar peso no momento era inviável, antes ela achara o recipiente pesado, a pouca força física de sua pequena dama somada a suas feridas. Sobre a bancada colocou o mel, ela pediu mais alguns ingredientes pesados e os demais pegou ela mesma, viu-a começar a manipular os ingredientes, misturava de forma consideravelmente lenta, homogeneizando, havia o cheiro de especiarias no ar. Ficou distraído a observando, mas logo lembrou que também cozinharia.

A massa levava dois tipos diferentes de queijo, o recheio levava outros três tipos de queijo, era cremosa, a receita tinha aspecto diferente do que estava acostumado, mas percebia que daria um belo resultado, observou há um tempo que a pequena dama gostava de queijo, já possuía uma pá de receitas com esse ingrediente, mas desejava algo novo feito especialmente para ela.

— Espero que dê certo... – comentou terminando de mexer a massa.

— É a primeira vez que faz a receita? – curioso perguntou, a torta estava sendo montada.

— Segunda vez, mas na primeira vez não deu muito certo... – sorriu um pouco insegura.

— Quem te ensinou a cozinhar? – inquiriu.

— Maior parte do que sei foi com a mamãe, os demais fui pegando receitas e testando.

O forno estava bastante quente, a receita de Thranduil foi depositada mais ao fundo, ao passo que o pão de mel de forma mais externa.

Estavam ambos em pé, tinham arrumado a bagunça deixada durante a preparação dos pratos, agora esperariam o tempo necessário para que ficasse pronta.

Quando Luna ia sentar-se o rei a enlaçou, abraçando-a por trás, ergueu seu rosto em sua direção e ainda nessa posição a beijou. Interrompido o contato depositou um beijo demorado em sua nuca, notando que ela estremeceu e arrepiou-se.

A mortal virou-se ficando de frente ao elfo, os olhos dele estavam cravados nos dela, sentiu um frio na barriga, nem teve tempo para processar tudo que nele via, quando ele tomou seus lábios novamente. Sem fôlego cessou o beijo, estava sentada sobre mesa, ele a tinha retirado do chão de forma ágil, seus pés não tocavam o chão.

— Déjà vu... – a respiração quente do monarca bem rente a seu pescoço, ele voltou a beijá-la, era caloroso e parecia intensificar-se, tornando-se mais faminto e dominante. Enfiou seus dedos entre os fios dourados, eram tão sedosos, brincava com eles, enquanto com a outra mão acariciava a nuca do soberano.

Fitou o rosto feminino a sua frente, os traços faciais, lembrou-se de quando a viu na cabana, das primeiras vezes que a contemplou pouco de sua fisionomia conseguiu captar, apenas sabia que era agradável e bastante meiga. Até encará-la diretamente e perceber que de fato era encantadora, seus olhos eram grandes e expressivos, escuros e seu olhar inteligente, via tanta pureza em seu olhar. Sua boca era delicada o contorno perfeito e a achava tão convidativa. Os cabelos volumosos e negros, tudo isso somado a toda delicadeza que havia nela, junto a bondade que praticamente emanava.

Luna não entendia como tudo aquilo aconteceu, tudo era bastante surreal, o rei tinha tantas qualidades, sentia-se atraída por ele, mas era difícil processar o quanto tudo parecia ser recíproco, em seu coração havia alegria, pois ele dissera a corresponder, em alguns momentos perguntou-se sobre como tudo poderia ser real, considerava que talvez fosse um sonho, mas esse sonho estaria dentro de outro sonho, tudo se embaralhava, tudo que desejava era poder sentir tudo aquilo em plenitude, que ficasse para amanhã seus receios. Os lábios do rei colaram em seu pescoço, acabou suspirando, roçara de leve em sua pele, fechou os olhos e apreciou, até que ele sugou sua pele, ofegou, apertou-o contra si mesma.

Não fazia ideia se ela percebia o quanto suas reações só o eriçavam, cada suspiro dela, cada vez em que arrepiava-se, só aumentava sua vontade e ir além e testá-la mais plenamente, prová-la, desvendá-la... Adorá-la... Separou suas pernas alojando-se entre elas, abraçou-a com certa força, beijou-a novamente, a achava tão doce em forma de o apreciar, havia desejo da parte dela, mas saltava a seus olhos a delicadeza e doçura que dela vinham. Estava tão aceso que era difícil de esconder o quanto, ela certamente poderia perceber, queria apenas ir um pouco além, não pretendia avançar demais naquela noite, era simbólica demais para que fizesse algo mais invasivo, afinal era somente o começo oficial da corte.

Sentia as mãos do rei firmadas em si mesma, o calor dele irradiava de forma quase sobrenatural, sua cabeça estava entre a curva de seu pescoço e ombro, tentava acalmar a própria respiração. Foi então que a ágil movimentação veio, o rei sentou-se, mas a trouxe consigo, estava sentada em seu colo, uma perna de cada lado do corpo masculino. Fitou sua face um momento, os olhos azuis brilhavam tanto, ao passo que percebia a nítida dilatação de suas pupilas. Acariciou sua bochecha, logo colando seus lábios a derme quente do monarca. Desceu seus lábios encontrando o pescoço do elfo, a pele suave e macia, o cheiro to fresco e natural que dele procediam a faziam querer ficar nele colada. Cada arrepio que dele percebia a deixavam mais acesa que antes.

O rei fechou os olhos apreciando a leve exploração da pequena dama, adorava cada toque dela, como de forma curiosa o tocava, era agradável. Quando ela o mordiscou acabou soltando um gemido um tanto baixo, a mirada da mortal veio de encontro a sua, ela acariciou seu rosto e o beijou. Empurrou-se contra ela de forma aberta, sua ereção indo de encontro ao baixo ventre da fêmea, ela enrijecera de leve, mas ainda permaneceu o saboreando, novamente moveu-se a seu encontro, mas dessa vez puxou-a de leve para baixo.

Já sem fôlego separou-se do elfo, encarou-o por um breve período, sentiu-se corar, a excitação dele era gritante, aqueceu-se, sentia um pouco de vergonha do que acontecia, mas nem cogitava parar, abraçou-o, de modo a esconder sua expressão facial dele, acabou vez o outra suspirando e quando sentiu que o gemido seria inevitável sugou a pele dele. Percebendo o ritmo que ele se movia adequou-se, ajudando que o contato de ambos fosse mais prazeroso, beijou-o, e em dado momento rebolou de leve em seu colo, mil pensamentos a invadiam, pelo que havia abaixo de si mesma o imaginou sem roupa, lembrava de tê-lo visto nu, mas não estava excitado.

Estava a ponto de explodir, antes sonhara com isso, mas naquele momento era tão real, o aroma doce e floral que dela vinha, os arrepios que nela percebia, o fato de o estar ajudando pressionando de forma deliberada, notar que continha suas reações. Quando a percebeu rebolando contra seu membro quase viu estrelas. Era perfeita, provou seus lábios, invadiu sua boca querendo mais dela, sentindo seu gosto, apreciando os arrepios da pele feminina, tinha abafado um gemido vindo dela, era tão gratificante a perceber excitada. Intensificou-se, a abraçava com alguma força, tentando colar ainda mais seus corpos, queria nela se fundir. Sua própria respiração estava acelerada, assim como notava a alteração no ritmo dela também.

Estava tão quente e sentia-se tão agitada, sabia que faltava pouco para seu clímax, quando o rei acelerou-se estremeceu de maneira aberta, agarrou com força, tinha conseguido a fazer derreter-se, o suspiro que dele veio quando isso percebeu a fez ter um frio na barriga, mas logo estava pronta novamente.

Tinha conseguido dar a ela prazer pela primeira vez, seu peito inflou-se, estava também próximo de seu ápice, mas queria levá-la consigo, atento a cada reação dela sincronizou-se e finalmente conseguiu seu orgasmo. A aninhou com carinho em seus braços, finalmente tinham dado prazer um ao outro, tinha sido tão bom, sabia que aquilo não se comparava em anda ao momento que finalmente se unissem, mas tinha sido tão... Era difícil concluir seu pensamento. Ela o tinha e o fazia ter prazer com tanta facilidade, era muito sensível a ela. Estava ainda em seu colo, a beijou de forma lenta e paciente, desprendeu-se de seus lábios e apenas acariciou suas costas de leve, aninhando-a contra si mesmo.

O cheiro do assado veio logo, Luna saiu do colo do soberano, estava com dificuldade de encará-lo, então sentou-se, mirou as próprias mãos.

— Está pronto... Ambos os pratos! – notou a postura da mortal e seu semblante, ficava tão fofa assim, um tanto tímida e acanhada. Tirou o pão do forno e o depositou na bancada, retirou a torta e serviu ambos enquanto a sobremesa esfriava, começaram a refeição - Sua família... – começou o assunto – Há como ter contato com eles? – continuou – Preciso falar com seu pai.

— Não há um modo que eu saiba... – respondeu com simplicidade – Por que quer falar com meu pai?

— Se a estou cortejando é conveniente que ele saiba e aprove. – para levar a pequena dama a sério tinha que demonstrar através de ações o quanto para si era importante. Notou que ela desviou o olhar, mirava seu próprio prato com olhar perdido. – Há algo errado? – ela aprecia estar um pouco triste.

— Mesmo que pudéssemos ter contato com ele, eu evitaria ao máximo... – começou a explicar – É complicado... Meu pai não é um bom homem! – ergueu seu olhar a face do elfo, ele a escutava com interesse genuíno – Ele já me machucou e magoou... – disse sem encará-lo – Eu aprendi com o decorrer do anos a perdoá-lo por isso... Se fosse apenas comigo seria fácil de lidar, mas ele magoou a minha mãe e quase a machucou. – respirou fundo, bebeu um pouco de suco, haviam preparado suco de uva, já que não podia beber – Posso perdoar o que é feito a mim, mas quando é com minha mãe... Eu não sou tolerante a quem magoa quem eu amo!

Tantas reações vieram ao soberano, era inundado por uma pá de sensações, seu estômago pesou, sua boca amargou, estremeceu de leve, seu sangue fervia ao passo que em seguida gelava. Era intolerável alguém machucasse sua lua, magoá-la... Toda a tristeza que nela percebia chegava a doer em si mesmo, o que mais o deixou alterado é saber que quem tudo isso foi era ninguém menos que o pai de sua pequena dama, em si mesmo havia o desejo de retribuir, ninguém deveria feri-la, isso jamais aceitaria, dentro de si criou-se aversão aquele homem, nem mesmo sabia que tipo de reação teria se o pudesse ver.

Consternou-se ao ouvi-la falar de sua mãe, ela sabia amar isso era nítido, seus sentimentos eram profundos e enraizados, isso inflava seu peito, houve um reconhecimento em si mesmo de tudo que dela procedera, era o mesmo modo de agir e pensar que encontrara antes em Calen. Admirável, nobre e íntegra, sua admiração por ela só crescia.

— E sua mãe? Também não há modo? – viu-a virar-se para ele.

— Não... – havia um pouco de tristeza, seguiram o jantar com conversas mais leves. Pensava em passar a noite com ela, com certeza a convidaria, cada instante que passava com ela era precioso e faria o possível para estar em sua companhia pó tempo. 

Continua...


Notas Finais


O que você achou???

Vamos jogar, essa é a hora da verdade!!! Quem leu as notas finais escreva nos comentários a palavra chave; NOBRE


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...