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História Pequena curandeira (Marcas de ontem) - Curativo


Escrita por: Rainha_de_Mirkwood

Notas do Autor


Oi, oi, oi o/
Como você está?
Espero que bem.

Aqui vai mais um capítulo, esse ficou mais curto que os anteriores, espero que não se importe.

Boa leitura, espero que aprecie.

Capítulo 6 - Curativo


Estava dentro da tina, usava o sabonete de flores que tinha feito, a esponja vegetal estava um tanto macia por a ter deixado de molho em água fervente, mesmo assim ainda era boa para esfoliar-se. O cômodo em que tomava banho não tinha porta, isso não era assim tão importante, aquele homem não se sentava sem ter algum auxilio e mesmo se ele chegasse no cômodo, o que duvidava muito que ele conseguisse haviam 3 cães que permaneciam ali cercando a tina, apesar de serem mansos, ela tinha consciência que poderiam atacar se achassem que isso a protegeria, foi esse comando dado por Beorn.

Secou-se com pressa, era difícil abandonar a água, mas ela já estava esfriando e seria pior ficar ali, de modo rápido passou o óleo em seu corpo depois de aspergir um pouco de hidralato, fazendo com que deslizasse melhor em seu corpo, aquele óleo era totalmente natural feito com amêndoas, sua pele reagia bem aos dois produtos junto e se sentia perfumada por um tempo considerável. Naquele lugar não havia amaciante, suas roupas eram lavadas com sabão comum, depois de serem devidamente enxaguadas, as deixava de molho em água de flores de um dia para o outro, tinha efeito similar a de amaciante, ao passo que era de certa forma hidrolato também. Colocou o vestido pesado em seu corpo, amarrou a sua cintura com parte de um tecido que tinha função de o deixar mais rente ao corpo, na altura da cintura, as cores eram simples, muito marrom e algum bege, quem morara ali antes era bem maior que ela, mas era grata por todo o conforto e segurança que aquela cabana podia proporcionar.

Seu cabelo estava preso por um pedaço de tecido, ainda não tinha secado completamente desde o banho de mais cedo e não o iria molhar aquela hora. Estava diante da cama mexendo algumas coisas na mesa, macerava  de forma lenta algumas ervas, estava na hora de trocar o curativo de Thranduil. Ele parecia estar dormindo.

O tocou de leve em seu ombro, ele esta imóvel, observou o movimento de sua respiração, tocou novamente dessa vez um pouco mais firme e o chamou pelo nome.

— Seu curativo... Está na hora! – disse assim que viu aqueles lindos olhos azuis abertos. – Sua camisa, precisa tirá-la. Posso te ajudar se não conseguir, quero ver como está se recuperando. – explicou, sabia que podia dar uma impressão errada de seus atos, pois acharia ele que era maldade sua.

Thranduil

O elfo tentou tirar a camisa deitado mesmo, não queria que ela percebesse que ele estava tão bem, afinal amanhã ele iria embora e nunca mais seria cuidado por ela. Era estranho gostar de ser cuidado, ia contra seu orgulho, mas de alguma forma se sentia bem com ela prestando tanta atenção nele. Notando que ele não conseguiria a humana o ajudou a remover aquela peça. Ao sentir as mãos dela o ajudando a remover ficou um tanto tenso, quando a pele dela entrou em contato direto com sua pele arrepiou-se.

— Minhas mãos estão geladas? – ela perguntou ao notar. – Minha mãe sempre diz que minhas mãos são geladas.

O curativo estava bem atado em seus flancos e parte dele em seu tórax, que apesar de não ter machucado ali dava mais firmeza ao curativo. Ela começou a remover o curativo já feito.

— Se doer é só dizer... – ouviu-a dizer isso e por um segundo pensamentos nada puros se passaram pela cabeça dele.

De forma relativamente rápida ela soltou a parte que se prendia no tórax dele, a pele de Thranduil estava exposta, ali limpa lisa e perfeita, em seguida de maneira lenta removeu o curativo. O elfo observava cada movimento, eram precisos, notou que ela observara suas formas, viu que houve um tanto de rubor na face da curandeira, isso o deixou intrigado, porém ela tinha voltado novamente ao modo profissional de agir.

— Você deve ter sentindo muita dor... – ela disse analisando as duas feridas, enquanto as limpava com água morna – Ainda dói, não é?- ele não a respondeu, apenas se retesou ao toque da ferida pela erva.

De verdade não estava com dor, mas observá-la tão concentrada e o resquício do rubor na face dela era interessante, por vezes arrepiava-se, mas ali estava frio no fim das contas, tentava se convencer.

Refez o curativo, a parte de seu abdômen estava completamente coberta, quando foi fixar no ombro dele cobrindo seu tórax, sentiu a mão dele em seu pulso.

O rei percebera que ela se assustou, estaria com medo de que a machucasse como daquela vez? Mas o que seguiu-se foi ele descobrindo o pulso dela.

— Está roxa, quando se machucou? Disse que colhia frutas... – estava curioso, sabia perfeitamente que tinha sido o culpado.

— Foi pura falta de atenção. Mas está bem, dói, mas sei que logo vai sarar.

Terminado o curativo ela o ajudou a colocar a camisa novamente, servira-lhe mingau de aveia. Tendo ambos comido não demorou e ela perguntou se podia apagar as velas.

Cerca de uma hora se passara quando Thranduil levantou, sabia que a humana estava dormindo, estava curioso em aonde. Foi então que depois de andar um pouco a encontrou deitada diante da lareira. A única coisa que a separava do chão frio um tapete de pele de animal. A lareira estava acesa, e a fina manta que a cobria parecia não ser o suficiente, os pés dela estavam descobertos, eram pequenos ele observou. Agachou-se ali e a cobriu de modo sutil, ela não acordaria com seus movimentos. A vontade que sentia era de tirá-la daquele chão frio e coloca-la na cama, não era justo que estivesse abdicando de seu conforto por um estranho. Ela acordaria se ele a tirasse do chão, isso era provável.

Ouviu algo lá fora que chamou sua atenção, em pouco tempo teve certeza do que se tratava, abriu a porta da cabana e ali estava ela.

— Tauriel... – ele disse em tom baixo, fez sinal para que a chefe da guarda permanecesse em silêncio. Afastaram-se um pouco da cabana.

— Estamos procurando há dias, Légolas está preocupado... – ela disse.

— Estou bem... Não retornarei agora, diga a ele que estou bem.

Ela fez uma reverência e partiu, ele respirou a ar gelado da noite, tinha que voltar a cabana. Quando fechou a porta foi diretamente a lareira, a humana tremia, estava deitada em posição fetal. Ele abaixou-se e com destreza e delicadeza a pegou no colo, não queria acordá-la por isso fez de forma bem atenciosa. De fato não acordou, o tremor cedeu em parte, ela moveu-se um pouco buscando a fonte de calor.

Ele a colocou na cama e a cobriu com as três cobertas que estavam ali. Sentou-se e por um momento a fitou, amanhã assim que ela despertasse agradeceria e se despediria. Faltavam ainda muitas horas para que amanhecesse, ficar ali no escuro era uma opção um tanto chata. Dirigiu-se a lareira e encarou as chamas.

Luna acordara, ainda era noite, iria conferir se Thranduil estava bem, mas sentiu que estava na cama. Desde quando? Apalpou a seu redor e sob a fraca luminosidade que entrava pela janela se situou. Levantou-se em um solavanco.

‘Onde ele está?’ – o que teria acontecido, até que chegou diante da lareira e ele estava ali sentado o tapete de pele, parecia entretido com as chamas.

Ele ouvira a movimentação dela, mas não deu atenção, continuou olhando as chamas, aquele saudosismo estava de volta. Ele a sentiu se jogar ao seu lado, estava ajoelhada.

— Você está bem? – mas ele não a respondeu. – Thranduil! – ela chamou, já inquieta levou suas mãos ao rosto dele e o virou para que pudesse vê-lo.

Os olhos dele pareciam brilhar tanto ali, a luminosidade da lareira era tão pequena, mas mesmo assim seus olhos faiscavam, meio perdidos. Até que ele focou nela.

Os olhos dela, para ele parecia profundos, tão negros, tal qual um abismo que não se sabe se tem fundo, eram calorosos, tão diferentes dos seus. As duas mãos dela repousavam em suas bochechas. Desviou o olhar e delicadamente tirou as mãos dela de sua face. Pegou a manta que estava ali, e colocou envolta dos ombros dela, a aconchegando. Com as mãos nos ombros dela tomou a palavra.

— Estou muito grato por ter cuidado de mim... – respirou fundo – Quando estiver claro eu partirei.

— Mas você... – estava um tanto surpresa, ele tinha tirado ela do chão, teria se recuperado tão rápido – Está mesmo bem?

— Sim... – então ele riu, estava as costas dela, a risada dele a deixou intrigada.

— O que foi? – ela indagou.

— Seu cabelo! – não resistiu e continuou rindo, era algo bobo ele sabia, mas ainda era engraçado. A viu levar as pequenas mãos ao cabelo.

— Ah é um coque abacaxi, eu faço para manter meus cachos... – ele continuava a rir – Está tão ruim assim?

— Bem, é... – ele voltou a rir. Era impossível recordar quando rira assim, ainda mais por um motivo tão tolo. Até que ouviu o som da risada cristalina dela se juntando a dele, era quase que uma carícia – E você do que ri? – ele conseguiu dizer ao respirar um pouco.

— De você, ri por você estar rindo... – para ele isso era totalmente sem nexo, mas gostava da risada dela.

Um dos cães latiu para ele. Quando ele a pegara do chão o cachorroo havia rosnado, mas não tinha feito nada a respeito, o animal percebera algo a mais como ameaça para curandeira naquele momento, o elfo pôde facilmente constatar e soube do que se tratava, mas ela merecia ser poupada dessa informação...

Continua...


Notas Finais


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