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História Pequeno segredo - Capítulo 1


Escrita por: Apenasilusoes

Notas do Autor


EU VOLTEIII
É isso mesmo meus amores, passei um mês em abstinência, dei uma adiantada na vida e cá estou, com uma estória beem diferente de todas que eu já escrevi.
Espero que gostem, beijos.

Capítulo 1 - Capítulo 1


Eles se olhavam indecisos enquanto liam o panfleto que uma senhora distribuía feliz a todos os "casais" que encontrava. Aquela era uma idéia estupidamente inconsequente, eles sabiam disso, mas uma voizinha dentro deles falava o contrário.


- Não. Você está pensando mesmo nisso? - Perguntava a morena tentando soar acusadora para o amigo que dava de ombros indeciso. - Paulo a gente não pode fazer isso. É loucura. - Tentava convencer mais a si mesma.


- Olha Lícia, são duas semanas. Semanas essas que tem tudo pago. Um cruzeiro. Tem coisa mais perfeita do que ficar duas semanas no meio do mar longe dos nossos pais? - Perguntou animado enquanto ela respirava fundo.

A verdade era que a relação com seus respectivos pais não estavam as melhores nos últimos dias. Alicia estava no auge dos seus 17 anos e não fazia idéia do que queria fazer da vida, o que causava a impaciência de seus pais e consequentemente constantes brigas. A situação de Paulo também não estava melhor. Ele queria cursar música, era completamente apaixonado por essa área, mas como seu pai havia dito milhares de vezes, era uma carreira cheia de incertezas e sem nenhum renome, tais acusações sempre levavam a discussões que terminavam com o garoto saindo de casa e passando a noite na casa de algum amigo, na maioria das vezes na de Alicia. Depois de mais uma briga na casa da morena eles decidiram ir a uma sorveteria perto de uma praça que era constantemente cheia de crianças, principalmente a tarde. Enquanto conversavam animados nem perceberam a presença de uma senhora simpática que lhes entregou um panfleto e os elogiou pelo fato de formarem um belo casal. Assim que eles olharam o que estava escrito naquele pequeno pedaço de papel começaram a rir, mas uma idéia começou a surgir na cabeça do Guerra que abriu um sorriso chamando a atenção da garota a sua frente que balançava a cabeça em discordância. No fim estavam discutindo se essa ideia louca era mesmo viável ou não. Ele tentava convencê-la de todas as formas, sabia que ela não tinha achado uma idéia tão ruim, irresponsável e insana talvez, mas não ruim.


- Como nós vamos fazer isso. É um cruzeiro para adolescentes grá-vi-das. Por falar nisso quem faz um cruzeiro desse? - Perguntou pra si mesma revoltada arrancando uma risada dele.


- Eu sei, mas pensa bem Aly. São só duas semanas, 14 dias. Você pode falar que está de sei lá 4 meses? - Tentou vendo ela revirar os olhos impaciente.


- Cê é burro né criatura?! 4 meses? Vê se acorda Paulo que você nem sabe a diferença dos meses em uma gravidez e quer ser pai em um cruzeiro cheio de gente. Olha.


- Você tá muito estressada. Relaxa. - Pediu servindo um pouco do seu sorvete para ela. - A gente nem precisa saber muito sobre bebês. Somos pais de primeira viagem, adolescentes. Você tem 17 anos e eu quase 18, está no nosso DNA não saber de nada mesmo. Vamos Aly por favor. - Implorou se levantando da cadeira e ficando de joelhos ao seu lado.


- Levanta troço. - Mandou desconfortável pois todas as mesas já tinham se virado para olhar os dois, ele percebeu e começou a cantar.


- "Diga que sim. Diga que sim. Sim pra mim." Diga.


- Cala a boca. Tá legal. - O cortou entre dentes dando um aceno para as pessoas que os olhavam encantadas. Ele se levantou e abraçou a morena que riu sincera.


- Então meu amor. Carregadora do meu bebê. O que fazemos primeiro? - Perguntou divertido vendo ela lhe mandar o dedo.


- Primeiro você tem que parar com esses apelidos escrotos. Segundo, temos que falsificar algumas assinaturas. Não sei se você se lembra, mas nós somos menores de idade. Terceiro, aqui pede uma prova da gravidez. E o mais difícil. Que desculpa vamos dar pra todo mundo? Não podemos desaparecer por duas semanas assim do nada. Mesmo querendo muito. - Declarou terminando o seu sorvete enquanto ele tentava pensar em uma solução.

As horas passavam rapidamente e nada deles pensarem em uma solução. O Guerra que se gabava tanto de ter uma ideia sempre a mão se frustava por não saber o que fazer naquele momento. Já a Gusman estava em guerra consigo mesma, ainda não sabia como o amigo tinha conseguido lhe convencer tão rápido, mas rapidamente se distraiu.


- Já sei. - Gritou de repente assustando Alicia que estava concentrada fazendo caretas para uma criança que retribuia encantada. - Vocês parecem que têm a mesma idade. - Comentou rindo da cara da amiga.


- Há há super engraçado você. Agora conta logo o plano, eu tenho que ir pra casa. - Mandou impaciente vendo as ligações perdidas de sua mãe, sem contar das inúmeras mensagens que seu pai estava lhe enviando.


- Antes eu preciso ter certeza de que você não vai pular fora. - Esclareceu sério enquanto ela balançava a cabeça concordando a contra gosto. - Ótimo. Porque vai dar um trabalhinho. - Avisou antes começando a contar todo o plano detalhadamente.

Assim que terminaram de acertar todos os detalhes cada um seguiu para a sua casa com um fio de preocupação que a cada hora aumentava mais e mais. Alicia chegou em casa e deu de cara com os pais emburrados na sala.


- Você tinha dito que ia dar só uma volta. Não que ia passar mais de duas horas na rua. - Reclamou seu pai sério enquanto a morena tentava controlar a respiração para evitar outra possível briga.


- Desculpa, eu não queria preocupar vocês. - Falou tentando soar a mais sincera possível, o que parece que convenceu, já que eles se entre olharam relaxando a face.


- Não, tá tudo bem. Só avisa na próxima vez e atenda as ligações por favor. - Pediu seu pai depositando um beijo em sua testa antes de se retirar da sala.


- Mãe. - Começou manhosa quando ele já tinha sumido de vista, ela a encarou já desconfiando da onde aquela conversa daria.


- Conheço esse tom. - Falou sentando no sofá dando espaço para a filha ao seu lado.


- Vai ter um retiro de duas semanas, tipo um acampamento, mas é algo voltado para o autoconhecimento sabe.


- Você em um retiro? - Perguntou descrente caindo na risada. Alicia tentou se controlar para não dar na cara, até porque ela mesma não cairia fácil nessa história.


- É sério, vai fazer bem para mim. Tô precisando escolher um rumo na minha vida. Nada melhor do que um tempo longe de tudo e todos não acha? - Insistiu enquanto sua mãe se recuperava da crise de risos.


- Filha por mim, tudo bem, mas você acha mesmo que seu pai vai deixar você sumir por duas semanas no meio do mato sozinha?


- Eu não vou sozinha. O Paulo vai comigo. - Esclareceu simples enquanto ela ria outra vez.


- Pior. Você e o Paulo juntos no meio do mato? Isso não vai prestar. - Disse rindo da cara que a filha fez.


- Nós somos só amigos. - Frisou de novo. - Além do mais ele não precisa ficar sabendo do Guerra. Só omitir essa parte. Vai, por mim? - Pediu a abraçando e derramando algumas lágrimas que a acabaram convencendo.

Na casa de Paulo, ele conversava com Marcelina tentando convencê-la a ajudá-lo.


- Por que você quer que eu fale com o Heitor? Fala a verdade Paulo. - Pediu de braços cruzados o encarando firme.


- Só pede pra ele dizer que eu vou estar nesse retiro dele. Eu só preciso que você convença o papai que é o melhor pra mim. Faz isso e eu te conto tudo. Por favor Marce. Eu prometo. - Falou vendo a baixinha se render e sair do quarto reclamando baixinho em direção a sala para conversar com seu pai. Depois de alguns minutos ela voltou com um enorme sorriso no rosto.


- Ele vai conversar com você mais tarde, mas provavelmente eu o convenci. Agora me conta tudo. - Mandou mudando completamente de humor fazendo ele soltar um sorriso baixo.


- Eu e a Alicia.


- Pera. Ela vai também? - Interrompeu enquanto abria a boca surpresa. - Vocês vão fugir? Eu não acredito que vocês vão fugir. Eu te amo Paulo, mas não faz isso. Não me abandona. E se eu nunca mais ver vocês? E se acontecer alguma coisa? E se eu nunca conhecer os meus sobrinhos? E se.


- E se nada Marcelina. - A cortou impaciente. - Caralho a gente não vai fugir. Respira e me escuta. - Pediu para ela que tentava controlar as lágrimas e começou a escutar toda a história em silêncio.


Notas Finais


Dedico este capítulo a Juh diva e a Dyne que me apoiou muito, obrigada amiga.


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